segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Os prêmios e o brilho das estrelas no tapete vermelho do Globo de Ouro

 

Amy Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, de "Trapaça", posam juntos no Globo de Ouro. Filme de David O. Russell foi o destaque da noite com três estatuetas: melhor atriz coadjuvante, melhor atriz de comédia/musical e melhor filme de comédia/musical. Com três prêmios --melhor filme de comédia ou musical, melhor atriz (Amy Adams) e melhor atriz.

Os demais prêmios foram divididos entre os outros concorrentes, com o de melhor filme de drama para "12 Anos de Escravidão". Antes considerado favorito, o longa de Steve McQueen levou apenas um troféu, o principal da noite, e segue como um dos grandes nomes para levar a estatueta de melhor filme no Oscar.

"Gravidade", que também era forte candidato, inclusive ao prêmio de melhor atriz para Sandra Bullock, teve apenas um prêmio para o diretor Alfonso Cuarón, que fez piada com seu sotaque de mexicano e com os mal-entendidos causados por ele durante a produção, algo que ele disse acreditar que os colegas da Associação de Críticos Estrangeiros de Hollywood " já passaram".

"Ela", que concorria entre os filmes de comédia e musical, levou apenas o Globo de roteiro, para o diretor e roteirista Spike Jonze.
 
Prêmios de atuação
Leonardo DiCaprio, em sua décima indicação e segundo prêmio, venceu como melhor ator de comédia ou musical por "O Lobo de Wall Street" e fez piada por ter sido indicado como "comediante". Esta foi a única estatueta do filme de Martin Scorsese.

Já entre os atores de filmes dramáticos, o premiado foi Matthew McConaughey, por "Dallas Buyers Club", que também teve Jared Leto premiado como ator coadjuvante. Esta foi a primeira indicação dos dois atores, que interpretam, respectivamente, um cafetão que começa a ajudar aidéticos a conseguirem medicação depois de também ser diagnosticado com Aids e um transexual.

Cate Blanchett, principal atrativo de "Blue Jasmine", de Woody Allen, também foi responsável por "roubar" o prêmio de atriz dramática, que muitos já consideravam de Sandra Bullock. Blanchett interpreta a personagem título de "Blue Jasmine", uma ricaça falida e surtada que vai morar com a irmã depois que seu marido é preso por fraude.
 
Outros prêmios
A vitória de Blanchett casou bem com o prêmio honorário da noite, oferecido a Woody Allen pelo conjunto de sua carreira. Conhecido por sua aversão a premiações, Allen não compareceu e foi representado por sua ex-musa e ex-mulher Diane Keaton, que ressaltou justamente a qualidade de suas personagens femininas, desde a sua Annie Hall (de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa") até "Blue Jasmine", que já foram interpretadas por "179 das melhores atrizes, simplesmente porque elas quiseram representá-los". O cineasta não escapou de ser alvo de uma piada de Emma Stone, que apresentou o prêmio Cecil B. DeMille. "Você é realmente problemático", brincou a atriz, ao relembrar filmes e personagens do diretor.

Indicado à Palma de Ouro em Cannes, "A Grande Beleza", de Paolo Sorrentino, bateu seu oponente francês "Azul É a Cor Mais Quente" e ficou com o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. Já "Frozen: Uma Aventura Congelante" conseguiu conquistar a crítica estrangeira de Hollywood e venceu o prêmio de melhor animação, apesar de ter estreado nos Estados Unidos apenas no fim de 2013.

Sobrou troféu até para os irlandeses do U2, que receberam o Globo de Ouro de canção original por "Ordinary Love", do filme "Mandela". O prêmio de trilha sonora ficou com Alex Ebert, por "Até o Fim", estrelado por Robert Redford.
TV
Nas categorias televisivas, o destaque ficou, previsivelmente, com "Breaking Bad". A série, que terminou em 2013, venceu como melhor série de drama e teve seu protagonista Bryan Cranston escolhido como melhor ator de série dramática. Inédita no Brasil, a comédia "Brooklyn Nine-Nine" levou as categorias melhor série e melhor ator de comédia ou musical (Andy Samberg). O filme televisivo "Behind the Candelabra", de Steven Soderbergh, também levou dois Globos: melhor filme para TV e melhor ator de filme ou minissérie para TV (Michael Douglas).
 
Veja os vencedores do Globo de Ouro 2014: 
 
CINEMA
 
Melhor filme de drama
"12 Anos de Escravidão"
 
Melhor filme de comédia/musical
"Trapaça"
 
Melhor direção
Alfonso Cuarón, por "Gravidade"
 
Melhor roteiro
Spike Jonze, por "Ela"
 
Melhor atriz de drama
Cate Blanchett, por "Blue Jasmine"
 
Melhor atriz de comédia/musical
Amy Adams, por "Trapaça"
 
Melhor ator de drama
Matthew McConaughey, por "Dallas Buyers Club"
 
Melhor ator de comédia/musical
Leonardo DiCaprio, por "O Lobo de Wall Street""
 
Melhor atriz coadjuvante
Jennifer Lawrence, por "Trapaça"
 
Melhor ator coadjuvante
Jared Leto, por "Dallas Buyers Club"
 
Melhor animação
"Frozen - Uma Aventura Congelante"
 
Melhor filme estrangeiro
"A Grande Beleza" (Itália)
 
Melhor trilha sonora
"Até o Fim"
 
Melhor canção original
"Ordinary Love", de U2 ("Mandela")
 
TV
Melhor série de drama
"Breaking Bad"

Melhor série de comédia ou musical
"Brooklyn Nine-Nine"

Melhor minissérie ou filme feito para a TV
"Behind the Candelabra"

Melhor atriz de série dramática
Robin Wright - "House of Cards"

Melhor ator em série dramática
Bryan Cranston - "Breaking Bad"

Melhor atriz em série de comédia ou musical
Amy Poehler - "Parks and Recreation"

Melhor ator em série de comédia ou musical
Andy Samberg - "Brooklyn Nine Nine"

Melhor atriz em minissérie ou filme feito para a TV
Elisabeth Moss - "Top of the Lake"

Melhor ator em minissérie ou filme feito para a TV
Michael Douglas - "Behind the Candelabra"

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie, ou filme para a TV
Jacqueline Bisset - "Dancing on the Edge"

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie, ou filme para TV
Jon Voight - "Ray Donovan"
Leia mais em: http://zip.net/bml4l3
 
 
Modelo Heidi Klum, linda demais

Ben Foster

Grávida, a atriz Kerry Washington optou por um visual mais discreto e usou um vestido longo branco com bolero.

A comentarista de moda Kelly Osbourne exibiu um modelo preto com fenda frontal.

Já Zooey Deschanel inovou: no lugar de vestido, a atriz queridinha do público indie usou saia longa de tule e top branco.
                                            Leslie Mann, simpatissísma
 
 
                                   Kaley Cuoco também brilhou no evento




Corrupção provoca fome


Dilma negocia ministérios com aliados


De olho na campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff começa nesta semana conversas com líderes de partidos aliados para discutir a reforma ministerial. Os dois principais aliados, PT e PMDB, serão os primeiros com quem a presidente vai tratar das mudanças.

Dilma avisou o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que tem hoje almoço marcado com o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que ele será chamado esta semana para falar do troca-troca.

Além de ocupar as vagas de ministros que deixarão os cargos para fazer campanha, Dilma vai tentar contemplar os pleitos dos partidos pensando na composição para a disputa da reeleição e no tempo de TV das legendas na propaganda eleitoral.

O plano é conquistar o dobro do tempo dos adversários. Para a próxima semana, são esperadas conversas com representantes do PTB, Pros e PP. A ideia da presidente é abrir espaço na Esplanada para o PTB, que não ocupa um ministério desde 2009, e para o recém-criado Pros.

O Ministério da Integração é a pasta mais cobiçada e alvo de disputa entre os integrantes da base. O ministério está nas mãos de um interino desde que Fernando Bezerra, do PSB, deixou o cargo em 1º de outubro do ano passado.

O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, desembarcou do governo petista de olho na disputa pelo Planalto. Para 2014, estão reservados para a Integração R$ 9,3 bilhões, sendo 78% para investimentos.

O PTB quer emplacar na pasta o presidente da legenda, Benito Gama. O PMDB almeja ver o senador Vital do Rego comandando o posto. Até o PP, hoje à frente das Cidades, cobiça o ministério.

Mas, no jogo da reforma, há pelo menos outros 12 ministérios que devem ter seus titulares trocados. Sete deles são comandados pelo PT e, na avaliação do Palácio, são pastas sensíveis, seja pela proximidade com a presidente (Casa Civil), pelo potencial eleitoral (Saúde), ou pelo diálogo com o Congresso (Relações Institucionais).

Aliados como o PSD, que comanda a Secretaria da Micro e Pequena Empresa com uma indicação considerada da cota pessoal de Dilma e não do partido, não devem ganhar mais espaço na Esplanada.

Fonte: Folha de S Paulo, 13/01/14 

especialistas recomendam cautela no mercado de imóveis

Os preços tendem a se manter nos mesmos patamares de 2013 ou até mesmo cair em algumas cidades


A compra da casa própria é um sonho difícil de ser realizado. E, nos últimos anos, quem observou o mercado pensou bem antes de se aventurar. Os preços dos imóveis sofreram uma grande escalada em todo o país, sobretudo no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal — desde 2010, a média nacional acumulada de reajuste foi de 67%, segundo levantamento da revista britânica The Economist. Esse movimento, porém, começa a mudar, com o setor passando por um processo de acomodação. Por isso, quem tem interesse em adquirir ou em vender um bem desse tipo deve se atentar a quesitos como o desempenho do mercado de trabalho, do ganho salarial e da oferta de crédito.

Pelo Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, em 2013, o valor médio do metro quadrado no país cresceu 13,7% — segundo The Economist, de 23 países analisados, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos no ranking das maiores correções. Apesar disso, os preços de imóveis em Brasília, por exemplo — que tradicionalmente foram influenciados pela especulação —, tiveram o menor aumento entre 16 cidades brasileiras pesquisadas pelo FipeZap: 4,2%, o único resultado abaixo da média nacional. Diante desse cenário, o que se pode perceber é que será difícil lucrar com transações de compra e venda em 2014.

Crise
Os preços tendem a se manter nos mesmos patamares de 2013 ou até mesmo cair em algumas cidades. “Os investimentos em ativos reais servem muito mais como segurança e como proteção do que para ganhar dinheiro. Não são indicados em tempos de crise e de instabilidade monetária”, adverte o economista Alex Agostini, da Austin Rating. Ele ressalta ainda que quem pretende adquirir esse tipo de bem para alugar deve repensar a estratégia. “O retorno deve ficar abaixo do esperado. O salário do trabalhador crescerá menos e o inquilino dificilmente suportará altos percentuais de reajuste.” Nesse caso, a dica é esperar 2015 chegar.

Fonte: Correio Braziliense, 13/01/2014 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Bolsas de estudo/Abertas as inscrições para o Prouni 2014; cadastro online termina sexta

Inscrições para bolsas do Prouni serão abertas nesta segunda-feira

Começam amanhã (13) as inscrições para a primeira edição de 2014 do Prouni (Programa Universidade para Todos) pela internet. O prazo de inscrições vai até as 23h59 da sexta-feira (17). A primeira chamada dos estudantes pré-selecionados será divulgada no dia 20 de janeiro no site do programa, que vai publicar a segunda chamada no dia 3 de fevereiro.

Plataforma online oferece aluguel de livro a universitários

O Prouni é destinado a alunos que querem concorrer a bolsas de estudo, integrais ou parciais, em instituições particulares de educação superior. As bolsas integrais são para os estudantes com renda bruta familiar, por pessoa, até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas aos candidatos com renda bruta familiar até três salários mínimos por pessoa. O bolsista parcial poderá utilizar o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para custear o restante da mensalidade.

Pode participar da seleção o estudante que tenha feito a prova do Enem 2013 (Exame Nacional do Ensino Médio) e obtido no mínimo 450 pontos na média das notas. O candidato não pode ter tirado zero na redação e precisa ter cursado o ensino médio na rede pública ou com bolsa integral na rede privada.

Este ano, há mudança quanto aos procedimentos da lista de espera. Agora, o estudante que não for pré-selecionado nas duas chamadas regulares e quiser participar da lista terá de manifestar interesse pela internet e, em seguida, nas datas previstas em edital, comparecer à instituição de ensino na qual pretende estudar com os documentos necessários.

Após esse processo, a instituição terá prazo para avaliar a documentação. O estudante selecionado receberá o resultado por meio do boletim do candidato, disponível online na página do Prouni. Nas edições anteriores, o candidato tinha de manifestar interesse na lista de espera e aguardar a convocação da instituição.


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Resultados

Serão realizadas duas chamadas, nas seguintes datas:
Primeira chamada: 20 de janeiro
Segunda chamada: 3 de fevereiro

O estudante pré-selecionado na primeira ou na segunda chamada deverá comparecer à instituição de ensino para qual foi aprovado para comprovação de informação e eventual participação em processo seletivo próprio da instituição, quando for o caso, nas seguintes datas:
Comprovar informações - Primeira chamada: 20 a 24 de janeiro
Comprovar informações - Segunda chamada: 3 a 6 de fevereiro

O registro da aprovação ou reprovação do estudante no Sisprouni (Sistema Informatizado do Prouni) e a emissão dos Termos de Concessão de Bolsa ou Termos de Reprovação deverão ser realizados nas seguintes datas, pelas instituições de ensino:
Registro - Primeira chamada: 20 a 29 de janeiro
Registro - Segunda chamada: 3 a 10 de fevereiro
 
Lista de espera

As inscrições na lista de espera serão realizadas nos dias 13 e 14 de fevereiro. A lista de espera estará disponível no Sisprouni para consulta das instituições de ensino no dia 17 de fevereiro.

No período de 19 a 20 de fevereiro os estudantes convocados deverão comparecer às instituições de ensino e entregar a documentação para comprovação das informações prestadas na inscrição e participação em eventual processo seletivo próprio.

O registro da aprovação ou reprovação do estudante pré-selecionado na lista de espera e a emissão do Termo de Concessão de Bolsa ou Termo de Reprovação deverão ser realizados no período de 21 a 26 de fevereiro.

Fonte: Uol, 13/01/14

Pesquisa afirma que cafeína pode ajudar cérebro a fixar memórias



Amantes de uma boa xícara de café acabam de ganhar mais um argumento em favor dessa bebida. Isso porque um estudo conduzido por pesquisadores das Universidades Johns Hopkins e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, confere à cafeína a propriedade de consolidar memórias no cérebro.

A descoberta é destaque em edição do periódico científico Nature Neuroscience publicada neste domingo (12).

A atuação da cafeína como fixador de memórias foi identificada por meio de experimentos que envolveram 100 pessoas.

No primeiro experimento, os participantes assistiram à uma exibição de imagens. Logo após a tarefa, metade deles ingeriu uma pílula com 200 miligramas de cafeína, enquanto os outros 50 participantes ingeriram uma pílula inócua, sem nenhuma substância (um placebo).

Conheça alguns estudos científicos curiosos

No dia seguinte à exibição das primeiras imagens, ocorreu mais um experimento: dessa vez, os 100 participantes assistiram a mais uma exibição de imagens. Só que nessa etapa, as imagens vistas no dia anterior apareceram misturadas a novas imagens.

Os participantes, então, tinham de classificar as imagens que viam como "novas", "velhas" ou "semelhantes às primeiras fotos vistas".

O desempenho dos 100 voluntários mostrou aos cientistas que aqueles que haviam ingerido a pílula de cafeína tinham mais capacidade de apontar com exatidão quais imagens haviam de fato sido vistas no dia anterior (as "velhas") e quais apenas se pareciam com as que já tinham sido vistas.

Já os participantes que tomaram o placebo tendiam a apontar de forma errada as imagens, dizendo que as fotos parecidas eram as que haviam sido vistas no primeiro experimento.

A pesquisa afirma que antes de garantir que a cafeína seja capaz de consolidar memórias serão necessários mais testes.

Segundo o texto do estudo, doses inferiores a 200 miligramas de cafeína não surtiram o mesmo efeito. A cafeína também não ajudou a consolidar memórias quando ingerida apenas uma hora após a aplicação do primeiro teste.

A forma como o café é preparado pode fazer diferença na saúde

VERDADE: dois conhecidos elementos químicos dos grãos do café, o cafestol e o caveol, elevam os níveis de colesterol e LDL no sangue, mas são removidos em parte com a água quente. O que a água não consegue eliminar fica retido no coador de papel ou em filtros. Mas os elementos permanecem no café feito com coador de pano, no expresso e no de estilo francês, por exemplo. "Outro ponto a ser observado é a cor do pó de café, que deve ser marrom claro (cor de chocolate), pois o pó que é muito escuro indica que o café foi submetido a altas temperaturas por tempo prolongado, podendo perder suas substâncias benéficas ao organismo", aponta Tatiane Muniz de Oliveira, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.
 
Fonte: Folhapress, 12,01/14
 
 

Leitura recomendada: Operação banqueiro



Autor de "Operação Banqueiro" conta como o ministro do STF livrou o dono do Opportunity das acusações da Operação Satiagraha

Com 24 anos de carreira, Rubens Valente é um dos repórteres mais premiados do Brasil. Rigoroso na apuração dos fatos, fiel na interpretação dos acontecimentos, construiu uma carreira respeitada no jornalismo. Durante mais de dois anos, Valente se dedicou à investigação que resultou no livro Operação Banqueiro (462 páginas, R$ 44,90, Geração Editorial), um mergulho nos documentos e bastidores da Satiagraha. O subtítulo da obra resume o conteúdo escrito com habilidade e independência: “Uma trama brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador”.

A análise do livro pode ser lida na edição impressa de Carta Capital que chegou às bancas nesta sexta-feira 10/01. Na entrevista (...), Valente fala do papel do então presidente do STF, Gilmar Mendes, na campanha contra a operação policial e a favor de Dantas e desmonta algumas versões mentirosas alimentadas com o único intuito de anular a condenação do banqueiro a 10 anos de prisão por suborno.Operação Banqueiro é uma ode à verdade factual e presta um grande serviço à democracia e ao jornalismo.
"O aspecto mais grave foi a interdição da investigação, a impossibilidade de as autoridades levarem a apuração inteira até o final. Em termos gerais, a regra do jogo do processo penal no Brasil é simples: o delegado aponta evidências, o procurador acusa ou não, o juiz julga. Ao longo do processo, o réu se defende. Em caso de inocência, após o processo o réu pode buscar a punição dos responsáveis por um eventual erro judicial.
 
Mas no caso da Satiagraha, o delegado foi proibido de investigar e o juiz foi impedido de julgar. O sistema foi brutalmente bloqueado, de modo a não funcionar, a não concluir sequer a apuração inicial. Ao longo de 24 anos como repórter, li e acompanhei algumas dezenas de inquéritos policiais. Mas nunca vi uma inversão de fatores tão dramática e na dimensão deste caso.
 
Eu só posso qualificar o rumo dos acontecimentos como espantoso. Que dizer de um cidadão que não chega a ser julgado, mas em poucos meses passa a acusador em um processo contra o próprio delegado e o próprio juiz que o prenderam? É o sonho de todo investigado. 
 
As instituições estão em risco quando um acusado consegue impedir que a atribuição de um fato criminoso seja devidamente apurada até o fim pelos órgãos públicos. O bloqueio da Satiagraha foi um dos principais motivos do meu empenho neste livro, inclusive financeiro, pois todos os gastos, incluindo as viagens a três capitais e cópias de documentos, foram bancados com as minhas próprias economias".

Por Sérgio Lírio, em Carta Capital.
 

Vendo casa na planta

15 jeitos de perder dinheiro

1. Passear à toa pelo shopping
Um simples passeio pelo shopping center pode resultar em gastos adicionais. Além das despesas necessárias e previstas, como estacionamento e refeição, por exemplo, é grande a chance de o consumidor sair de lá com uma compra que não estava nos planos. "No shopping, somos bombardeados por ações de compra a todo o momento. O ideal é evitar passeios inúteis em lugares em que você sofrerá tentações de compra", diz Carlos Honorato, da Fundação Instituto de Administração (FIA).

2. Não saber o preço justo das coisas
O professor Honorato volta ao exemplo do shopping center. Se o consumidor vai lá comprar uma calça que custa R$ 100, não parece muito gastar R$ 7 num café, embora se saiba que o café não vale tudo isso e sairia bem mais em conta em outro lugar. "É comum, em situações assim, distorcermos o valor das coisas. Mas o consumo responsável está relacionado a pagar um preço justo e evitar pagar o que não acho justo."

3. Comprar título de capitalização
O produto é unanimidade, entre os especialistas em finanças pessoais, quando se fala em uso indevido do dinheiro. "Sempre vendem o título de capitalização como se fosse vantajoso porque o dinheiro é resolvido com correção pela TR. Mas a TR tem um valor ridículo, que nem cobre a inflação", diz Keyler Carvalho Rocha, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Além disso, a possibilidade de ser contemplado por sorteio é mínima. "É melhor aplicar o dinheiro na poupança e ganhar os juros", afirma o professor.

4. Usar o cheque especial
O limite do cheque especial é usado por muita gente como uma espécie de renda extra, diz Samy Dana, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). O problema é que os juros cobrados no especial são muito altos: segundo a última pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), foram de 7,89% ao mês em novembro, o que dá 148,76% ao ano. Em caso de necessidade, é melhor pegar um empréstimo pessoal no banco, porque pelo menos os juros serão mais baixos (3,18% ao mês ou 45,59% ao ano).

5. Não pagar a fatura do cartão de crédito integralmente
Os cartões de crédito estão entre os maiores vilões do endividamento, mostram dados da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em São Paulo. Segundo uma pesquisa feita em outubro de 2013, 28% dos inadimplentes tinham dívida no cartão. Não é por menos. Quem não paga a fatura integral do cartão se vê numa bola de neve da qual é muito difícil sair. Os juros são os mais altos do mercado para pessoas físicas: 9,37% ao mês, ou 192,94% ao ano, segundo a Anefac.

6. Deixar-se levar por ofertas, promoções e liquidações
Comprar produtos que estão em oferta pode ser um ótimo negócio, mas apenas se esse gasto já estiver previsto no seu orçamento. "Muitas vezes as pessoas acabam comprando produtos em promoção independentemente da necessidade. A pessoa vai comprar um determinado produto, mas a loja está vendendo pela metade do preço, então ela aproveita e leva quatro. Mas isso só é vantajoso se você realmente estiver precisando de quatro", diz Samy Dana.

7. Ter um plano de celular inadequado
Quando você contrata um plano de celular que dá direito a 500 minutos de ligações e usa apenas 300, por mais barato que ele seja, você está jogando dinheiro fora, porque está pagando por mais do que precisa. Ao mesmo tempo, se seu plano dá direito a 500 minutos e você usa 600, vai pagar caro pelos 100 minutos adicionais. Poucas pessoas fazem essa análise, diz Samy Dana, mas adequar o plano ao seu perfil de uso é fundamental para não perder dinheiro.

8. Deixar as decisões apenas nas mãos do gerente do banco
Se você não conhece nada sobre investimentos e deixa todas as decisões nas mãos do gerente da sua conta, pode perder ótimas oportunidades. "Em geral, o gerente vai te oferecer o que ele considera o melhor produto para o banco", diz Samy Dana, da FGV-SP. O ideal é pesquisar e conhecer o assunto, para que a conversa com o gerente chegue a resultados mais vantajosos.

9. Pagar por benefícios que não são usados
Os bancos costumam oferecer contas com muitos benefícios para quem tem renda mais alta, como atendimento preferencial, cartão de crédito com limite mais alto etc. De nada adianta ter tudo isso e não usar, porque esses benefícios são cobrados nas tarifas bancárias e na anuidade do cartão de crédito, por exemplo. O mesmo vale para os cartões que dão direito a milhagens, diz Samy Dana, da FGV-SP. "A maior parte dos cartões cobra taxas mais caras para que você receba mais milhas, e o consumidor acaba não usando essas milhas depois."

10. Não diversificar investimentos
Antes de investir seu dinheiro, é preciso escolher o tipo de aplicação que mais tem a ver com seu perfil (mais ou menos propenso a correr riscos). Seja qual for a escolha, porém, o resultado é quase impossível de ser previsto, porque vai depender de fatores diversos. A forma de minimizar esse risco é diversificar os investimentos, diz Keyler Carvalho Rocha, professor da FEA-USP. "O ideal é aplicar em várias empresas com cautela e segurança. Se uma ou outra for infeliz, pode ser que uma ou outra seja boa."

11. Escolher o pacote bancário errado
Os bancos são obrigados a oferecer alguns serviços básicos gratuitamente para seus clientes. Ainda assim, muita gente contrata pacotes de serviços que nem são usados. Ou a pessoa faz operações, como transferências de uma conta para outra, por exemplo, em quantidades que não estão incluídas no pacote, precisando pagar mais por isso, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação de Consumidores Proteste. É importante, assim, ter atenção na hora de escolher o pacote.
Contratar seguro para cartões.

12. O valor mensal do seguro contra perda e roubo de cartão (de crédito ou débito) é pequeno.
Poderia ser até um gasto interessante, não fosse inútil. "Todo consumidor tem o direito de contestar e reaver o dinheiro em caso de fraude envolvendo o cartão, mesmo que não tenha pago o seguro", diz Maria Inês Dolci, da Proteste. "Em vez de contratar seguro, o que ele precisa fazer é avisar logo a operadora em caso de perda ou roubo."

13. Acreditar em dinheiro rápido e fácil
Acreditar em maneiras milagrosas de ficar rico é outra forma de perder dinheiro facilmente, alertam os especialistas. Entrar em esquemas de pirâmide financeira é um bom exemplo, diz Samy Dana, da FGV-SP. Numa pirâmide financeira, uma empresa procura pessoas que não só vendam seus produtos, mas também, e principalmente, recrutem novos associados. O maior ganho de quem entra num esquema assim vem justamente desse recrutamento. O esquema é ilegal e, geralmente, beneficia somente quem entrou primeiro e conseguiu levar outras pessoas para a empresa.

14. Pagar para consultar lista de "nome sujo"
"Consultas a SPC e Serasa a partir de R$ 10." Anúncios como esses são comuns pelas ruas e pela internet, mas representam um gasto totalmente inútil. Isso porque o consumidor não precisa pagar para saber como anda sua situação nos cadastros de proteção ao crédito. É direito dele ter acesso a essa informação gratuitamente.

15. Não fazer controle financeiro
Anotar os gastos diários numa planilha é atitude simples, mas que pode fazer toda a diferença no fim do mês. "Quem não faz controle financeiro tende a gastar mais", diz Samy Dana, da FGV-SP. Essa atitude evita que o consumidor gaste além do que ganha e perceba exatamente onde estão as despesas que podem ser cortadas em caso de necessidade.


Fonte: Procon/SP, 11 de janeiro de 2014 às 11:22

Senado paga licença irregular para funcionários estudarem

PATRÍCIA CAMPOS MELLO/DE SÃO PAULO

Uma funcionária da gráfica do Senado ficou seis meses fora do trabalho em 2013 aprendendo a usar ferramentas básicas da internet e de computação. Seguiu, no período, recebendo salário de R$ 16.500 mensais líquidos.

Um consultor legislativo foi liberado por 90 dias para fazer dois cursos on-line. Um sobre o fenômeno do "bullying". Outro, sobre a nova ortografia da língua portuguesa. Durante os estudos, continuou recebendo do Senado seus R$ 18 mil mensais.

Escolas atestam carga horária que não é cumprida

Uma revisora da taquigrafia, com salário de R$ 19 mil, tirou 58 dias de licença no ano passado para fazer seu trabalho de conclusão de curso em filosofia e existência na Universidade Católica Virtual, em Brasília.

Os três foram beneficiados por um ato do Senado de 2011 que autoriza os servidores, a cada cinco anos, a tirar três meses de licença remunerada para fazer cursos de aperfeiçoamento profissional. Os cursos não são pagos pela Casa, mas o servidor recebe seu salário integral no período.

O Senado exige que os cursos tenham carga horária mínima de 16 horas semanais e tragam "conhecimentos relevantes" para a Casa. Também são autorizados cursos de língua estrangeira em país onde o idioma seja oficial e trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação, desde que o curso tenha afinidade com a atuação do profissional no Senado.

REQUISITOS

Segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, 143 servidores do Senado obtiveram licença para capacitação em 2013. Análise feita pela Folha encontrou indícios de fraudes, irregularidades e não cumprimento de requisitos em pelo menos um terço desses casos. Dos 143 servidores que ganharam folga para estudar, 39 fizeram cursos de idiomas em Brasília, apesar de as regras exigirem que esse tipo de curso seja feito no exterior.

É o caso de um funcionário que trabalha na edição de anais, com salário de R$ 18 mil. Ele ganhou 89 dias de licença para fazer um curso de espanhol em Brasília. Estudava duas horas por semana. Pelo menos 12 funcionários fizeram cursos com carga horária menor do que a exigida pelas normas do Senado.

Um deles, Adriano Laurentino de Araújo, que trabalha no serviço de publicações da Casa, afastou-se por 90 dias para aprender a usar um processador de texto, navegar na internet e consultar planilhas. "Claro que eu já sabia usar o Word, mas o curso foi um aperfeiçoamento. Eu não tinha um certificado. Agora tenho", diz Araújo, que ganha R$ 17 mil por mês, líquido.

Ele disse ter tido 20 horas de aula por semana durante três meses. Mas a escola Dytz Informática, onde ele se matriculou, nega que o curso tenha essa carga horária. Caso semelhante é o de Denise Dal Molin Izaguirre, a funcionária da gráfica do Senado que ficou seis meses afastada para aprender a usar programas de computador.

Segundo a escola Dytz, onde ela também se matriculou, o curso tem carga horária total de 80 horas, o que dá seis horas por semana no período, bem aquém das 16 horas exigidas pelo Senado. Procurada diversas vezes em seu celular e no de seu sobrinho, ela não respondeu às ligações.

AUTORIZAÇÕES

Alguns servidores se afastaram do trabalho para fazer cursos de relevância duvidosa na internet. Catorze usaram sua licença para estudar na EAD Virtual, uma escola de Goiânia que oferece cursos pela internet sobre assuntos como telemarketing on-line e etiqueta empresarial. A EAD é a escola onde dois servidores fizeram o curso de "bullying", a um custo de R$ 39 mensais. "O curso de 'bullying' tem boa saída, acho que por causa do boom que o assunto teve, e também o preço é bom", afirmou Werciley Silva, dono da EAD.

Márcia Vieira Pacheco, a revisora taquigráfica autorizada a se afastar para concluir o curso de filosofia e existência não foi encontrada para explicar como o curso seria útil para seu trabalho. Mas o Senado diz que a "produção e interpretação textual", que integrariam o currículo do curso, são relevantes.

A responsável por autorizar as licenças atualmente é a diretora-executiva do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), Elga Mara Teixeira Lopes, uma antiga funcionária do Senado. Ela chegou a dirigir a Secretaria de Comunicação do Senado, nomeada pelo senador José Sarney (PMDB-AP). Foi demitida em 2009, após vir a público que havia trabalhado em quatro campanhas eleitorais, para a família Sarney e para o PT, sem pedir afastamento das funções.

No mesmo dia de sua demissão, Elga foi readmitida no Senado, primeiro como assessora especial de Sarney. Depois, assumiu o ILB. Elga não respondeu aos pedidos de entrevista da Folha.

OUTRO LADO

O Senado afirma que todos os processos de licença para capacitação seguem a norma de carga horária mínima de 16 horas semanais. "Caso seja constatada alguma inadequação em relação à carga horária semanal mínima exigida, o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) toma as providências cabíveis", afirmou o Senado, em nota à Folha.

Em relação aos servidores que tiraram licença para fazer curso do pacote Office, o Senado afirma que o programa tem duração de 220 horas de aula. Segundo o site da empresa, a carga é de 140 horas somando Internet, Word, Windows, Excel, Power Point e Digitação para pessoas sem conhecimento prévio.

Cristina Dytz, dona da escola que ofereceu o curso, a Dytz Informática, afirmou que alguns alunos têm mais dificuldade e precisam de mais tempo, mas que a carga não chega a 16 horas semanais durante três meses.

"As licenças para cursos de Word não se restringem ao aprendizado do software em si, mas contemplavam outros aspectos importantes da tecnologia da informação", justificou o Senado.
No caso da servidora que é revisora taquigráfica e pediu licença para elaborar o trabalho de conclusão do curso de pós-graduação em filosofia e existência na Universidade Católica Virtual, o Senado afirma que suas atividades envolvem "supervisão, orientação e execução dos trabalhos de gravação, registro taquigráfico, interpretação, revisão e redação final de debates e pronunciamentos ".

Para o Senado, todas essas atividades são afeitas "à produção e interpretação textual", que seriam parte do currículo do curso. Afirmou ainda que, embora a norma interna da Casa preveja licença para "curso de língua estrangeira em país onde o idioma seja oficialmente praticado", ela não proíbe cursos em Brasília.

"O Senado Federal tem como política de recursos humanos o investimento contínuo no aprimoramento profissional dos seus quadros", disse o órgão. "Os pedidos são analisados, autorizados ou indeferidos pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), de acordo com a legislação e as normas internas vigentes."

Procurado, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal (Sindilegis) afirmou que não tem acesso aos processos dos servidores, e por isso não pode apontar se houve irregularidades. Por meio da sua assessoria, o sindicato disse que cabe aos órgãos competentes investigar eventuais irregularidades. "[Onde houver], que sejam apuradas e resolvidas pelos órgão competentes."

Colaborou Mariana Haubert, de Brasília. 

Fonte: Folha de S Paulo, 12/01/14