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domingo, 5 de janeiro de 2014
Governo quer leiloar neste ano a 1ª 'usina-plataforma', no Pará
MARIANA SALLOWICZ/DO RIO
O governo trabalha para leiloar neste ano mais um modelo de usina elétrica que promete causar polêmica. A hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (PA), cercada de floresta, vai inaugurar o conceito de usina-plataforma.
Inspirada na exploração de petróleo em alto mar, a ideia é evitar o desenvolvimento das cidades em seu entorno e reduzir o desmatamento.
A previsão é que o estudo e o relatório de impacto ambiental sejam entregues até março para o Ibama, afirma Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia e idealizador do conceito. Apenas após a concessão da licença é possível realizar a licitação.
"É um grande desafio porque é uma usina estruturante, uma grande usina, com todas as dificuldades características", disse o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, em novembro.
Com capacidade instalada de 6.133 megawatts, é a primeira dentro de cinco projetadas para a região. A energia gerada seria suficiente para atender a aproximadamente 5,4 milhões de residências.
A intenção é reflorestar a região com espécies nativas depois da construção, etapa em que há maior impacto ambiental, diz Zimmermann.
O funcionamento também será diferente: por regime de turno de trabalho, a exemplo do que ocorre nas plataformas de petróleo. Além disso, é previsto que a usina tenha alto nível de automação, reduzindo o número de funcionários. "Uma opção é operar à distância e deixar uma equipe reduzida, de 10 a 15 pessoas", diz o secretário.
De acordo com o Grupo de Estudos Tapajós, -formado por empresas como Camargo Corrêa, GDF Suez e Eletrobras, entre outras-, o transporte será feito por estradas já existentes e pelo próprio rio, quando possível, ou por por helicóptero.
ALTOS CUSTOS
Entre as críticas ao modelo, está a falta de detalhes técnicos. Para Célio Bermann, professor associado do Instituto de Energia e Ambiente da USP, se for necessário deslocamento por via aérea e fluvial, haverá altos custos.
"A ausência de mais detalhes sobre custos e logística acaba por transformar o conceito em mera propaganda."
Edmar Almeida, professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, também vê o custo de movimentação de materiais durante a construção como um impeditivo para a adoção do modelo.
O governo trabalha para leiloar neste ano mais um modelo de usina elétrica que promete causar polêmica. A hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (PA), cercada de floresta, vai inaugurar o conceito de usina-plataforma.
Inspirada na exploração de petróleo em alto mar, a ideia é evitar o desenvolvimento das cidades em seu entorno e reduzir o desmatamento.
A previsão é que o estudo e o relatório de impacto ambiental sejam entregues até março para o Ibama, afirma Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia e idealizador do conceito. Apenas após a concessão da licença é possível realizar a licitação.
"É um grande desafio porque é uma usina estruturante, uma grande usina, com todas as dificuldades características", disse o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, em novembro.
Com capacidade instalada de 6.133 megawatts, é a primeira dentro de cinco projetadas para a região. A energia gerada seria suficiente para atender a aproximadamente 5,4 milhões de residências.
A intenção é reflorestar a região com espécies nativas depois da construção, etapa em que há maior impacto ambiental, diz Zimmermann.
O funcionamento também será diferente: por regime de turno de trabalho, a exemplo do que ocorre nas plataformas de petróleo. Além disso, é previsto que a usina tenha alto nível de automação, reduzindo o número de funcionários. "Uma opção é operar à distância e deixar uma equipe reduzida, de 10 a 15 pessoas", diz o secretário.
De acordo com o Grupo de Estudos Tapajós, -formado por empresas como Camargo Corrêa, GDF Suez e Eletrobras, entre outras-, o transporte será feito por estradas já existentes e pelo próprio rio, quando possível, ou por por helicóptero.
ALTOS CUSTOS
Entre as críticas ao modelo, está a falta de detalhes técnicos. Para Célio Bermann, professor associado do Instituto de Energia e Ambiente da USP, se for necessário deslocamento por via aérea e fluvial, haverá altos custos.
"A ausência de mais detalhes sobre custos e logística acaba por transformar o conceito em mera propaganda."
Edmar Almeida, professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, também vê o custo de movimentação de materiais durante a construção como um impeditivo para a adoção do modelo.
Fonte: Folha de S Paulo, 03/01/14
Governo quer fazer leilão da usina São Luiz do Tapajós em 2014
Hidrelétrica seria primeira baseada no modelo de exploração de petróleo em alto-mar, com impacto mínimo ao meio ambiente
O governo federal está trabalhando para licitar a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós (PA) em 2014, informou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, nesta segunda-feira.
"A gente está trabalhando mirando 2014, mas claro que é um grande desafio porque é uma usina estruturante, uma grande usina, com todas as dificuldades características", disse Tolmasquim, a jornalistas, após o leilão de energia A-3 realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A hidrelétrica São Luiz do Tapajós, de cerca de 6.133 MW, seria o primeiro no conceito de usina-plataforma, baseado no modelo de exploração de petróleo em alto-mar, com o objetivo de causar impacto mínimo no meio ambiente. Essas usinas seriam cercadas de floresta por todos os lados.
Antecipação
Tolmasquim disse ainda que pretende fazer os outros leilões de energia nova de 2014 no primeiro semestre. "A ideia é tentar antecipar os leilões.. a ideia é fazer no primeiro semestre, de preferência, para ter mais tempo para construir", disse Tolmasquim.
Por enquanto, estão previstos leilões de energia A-5 e A-3 em 2014 e a EPE ainda não definiu se fará leilão de energia de reserva, segundo Tolmasquim. "Caso tenha, a gente também vai tentar fazer no primeiro semestre", acrescentou.
Já no segmento de transmissão, por enquanto, está prevista a licitação do sistema principal de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, em 7 de fevereiro, além de outros dois leilões de expansão do sistema de transmissão.
O governo federal está trabalhando para licitar a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós (PA) em 2014, informou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, nesta segunda-feira.
"A gente está trabalhando mirando 2014, mas claro que é um grande desafio porque é uma usina estruturante, uma grande usina, com todas as dificuldades características", disse Tolmasquim, a jornalistas, após o leilão de energia A-3 realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A hidrelétrica São Luiz do Tapajós, de cerca de 6.133 MW, seria o primeiro no conceito de usina-plataforma, baseado no modelo de exploração de petróleo em alto-mar, com o objetivo de causar impacto mínimo no meio ambiente. Essas usinas seriam cercadas de floresta por todos os lados.
Antecipação
Tolmasquim disse ainda que pretende fazer os outros leilões de energia nova de 2014 no primeiro semestre. "A ideia é tentar antecipar os leilões.. a ideia é fazer no primeiro semestre, de preferência, para ter mais tempo para construir", disse Tolmasquim.
Por enquanto, estão previstos leilões de energia A-5 e A-3 em 2014 e a EPE ainda não definiu se fará leilão de energia de reserva, segundo Tolmasquim. "Caso tenha, a gente também vai tentar fazer no primeiro semestre", acrescentou.
Já no segmento de transmissão, por enquanto, está prevista a licitação do sistema principal de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, em 7 de fevereiro, além de outros dois leilões de expansão do sistema de transmissão.
Fonte: Terra, 04/01/14
No PA, clientes enganados pela 'compra premiada' esperam justiça
Os cerca de 30 mil consumidores que foram enganados pela compra premiada da loja Eletromil há dois anos, até hoje esperam por justiça. Muitos ainda não receberam o dinheiro de volta.
O comerciante Geraldo Sá perdeu cerca de R$ 13 mil depois de ter feito o consórcio de uma moto que estava sendo negociada pela loja Eletromil, em Castanhal. Na época, ele pagava a última parcela quando soube que estava sendo enganado.
“Eu paguei as 36 prestações e quando terminei, fui lá e conversei com uma moça, que perguntou se eu queria a moto ou o dinheiro. Respondi que queria o dinheiro. Ela disse para eu retornar na loja, que receberia o valor. Quando cheguei lá, vi aquele monte de gente, e já estava fechada a loja”, disse.
Em 2012, a polícia começou a investigar a empresa Eletromil. Os casos ocorrem na Região Metropolitana de Belém (RMB) e em pelo menos dez municípios do interior do estado. Segundo o Ministério Público, cerca de 30 mil pessoas foram enganadas, somando prejuízo de R$ 25 milhões para os clientes.
Na chamada “compra premiada”, os clientes são atraídos com a promessa de adquirir bens, como motos, por exemplo. Grupos de participantes são formados, que pagam parcelas mensais e concorrem aos sorteios e quem ganha o prêmio fica livre das prestações.
Os donos da empresa Eletromil são acusados de estelionato e formação de quadrilha. A Polícia Civil já decretou a prisão de todos os envolvidos, mas até agora ninguém foi preso.
Os empresários Eduardo Fernandes Facunde, a esposa dele, Maria Sailene Facunde, além do filho do casal, Eduardo Facunde Junior, são considerados foragidos. A polícia acredita que eles podem ter enganado outras pessoas no estado do Maranhão.
“Falta a polícia do Pará cumprir esses mandados. A gente espera a ajuda da população, caso veja esse casal é só ligar para 181, não precisa se identificar”, disse o delegado Neivaldo Silva.
Fonte: G1 PA, 04/01/2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
MEC divulga notas individuais do Enem 2013; consulta está no ar
As notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013 estão disponíveis para consulta no site do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O MEC (Ministério da Educação) colocou o resultado nesta sexta (3/1).
Para acessar os resultados, o estudante precisa informar seu CPF e a senha cadastrada durante o período de inscrição. Caso tenha perdido a senha é possível recuperá-la no sistema. O boletim apresenta o desempenho do candidato nas quatro provas objetivas (linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza), além da nota de redação.
Com os resultados do Enem, os inscritos podem concorrer a vagas nas universidades federais que integram o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), a bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos), a financiamentos do Fies (Programa de Financiamento Estudantil), além de poder usar a nota em diversos processos seletivos. A nota também pode ser utilizada para participação do programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras.
Interessados em certificação do ensino médio podem utilizar a nota da prova para tal finalidade. Segundo o MEC, o inscrito na prova precisa obter nota mínima de 450 pontos em cada uma das áreas do conhecimento e 500 pontos na redação.
171 mil vagas no Sisu
Os participantes do Enem de 2013 poderão concorrer a 171.756 vagas em instituições públicas de ensino superior a partir de segunda-feira, 6, quando o Sisu abre as inscrições. O número de vagas é 33% maior do que o ofertado no primeiro semestre do ano passado.
O Sisu centraliza as vagas em instituições de ensino superior, sobretudo federais, que adotam o Enem como processo seletivo único para seus cursos ou parte deles. Durante o período de inscrições, os candidatos podem testar se é possível ingressar nos cursos pretendidos a partir da nota de corte divulgada ao fim de cada dia. As inscrições ficam abertas até o dia 10 e são feitas pela internet.
Carla Leão, 17, que está no terceiro ano do ensino médio em uma escola pública, e o colega de igreja Fernando Alves, 17, que cursa o último ano em uma escola privada. Ele quer engenharia elétrica em alguma federal, e ela, nutrição Lucas Rodrigues/UOL
Como o MEC (Ministério da Educação) não tinha avisado dia e horário exatos da divulgação, inscritos expressaram sua ansiedade e insatisfação durante toda a sexta nas redes sociais. No Twitter, diversos perfis comentam, sem parar, sobre a nota do Enem. Para ver algumas postagens, clique aqui.
Papa doa R$ 11,7 milhões e alivia dívida da Jornada Mundial da Juventude
Os organizadores da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) conseguiram nesta sexta-feira (3) um alívio na dívida deixada pelo encontro católico que trouxe ao Rio o papa Francisco, em sua primeira viagem internacional, na última semana de julho. O pontífice determinou a doação de R$ 11,7 milhões para ajudar no pagamento das contas pendentes. Esta quantia, somada aos R$ 800 mil arrecadados pela campanha de doação lançada em outubro, reduzirá a dívida dos atuais R$ 43,2 milhões para R$ 30,7 milhões.
Em nota, o COL (Comitê Organizador Local da Jornada) informou que "os recursos chegam para ajudar a saldar parte dos investimentos que fizeram possível essa grande festa de fé". Em agosto, auditoria realizada pela empresa Ernst&Young concluiu que o déficit da Jornada era de R$ 91,3 milhões.
Depois de a Arquidiocese do Rio negociar com os fornecedores e vender por R$ 46 milhões o imóvel onde funciona o hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão (zona norte), a dívida chegou a R$ 43,2 milhões em novembro, sendo R$ 22,92 milhões em despesas com alimentação e R$ 20,28 milhões devidos a fornecedores diversos, segundo o COL.
"Quando o papa Francisco esteve no Rio, em julho de 2013, ficou bem impressionado com tudo que experimentou naqueles dias, manifestando a intenção de contribuir financeiramente com a Jornada Mundial da Juventude. Foi uma iniciativa que partiu dele, reconhecendo a importância da JMJ para a juventude, a sociedade e a Igreja. Neste mês de janeiro, o gesto se concretizou. O Sumo Pontífice dispôs a contribuição de R$ 11,7 milhões", diz a nota do comitê organizador.
O texto informa que "os contratos ainda em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem ser quitados na medida em que os recursos estiverem disponíveis". Segundo o comitê, a venda de três DVDs e um CD da Jornada "também serão fonte de recursos" para pagar as contas.
Fonte, Uol, 03/01/14
Em nota, o COL (Comitê Organizador Local da Jornada) informou que "os recursos chegam para ajudar a saldar parte dos investimentos que fizeram possível essa grande festa de fé". Em agosto, auditoria realizada pela empresa Ernst&Young concluiu que o déficit da Jornada era de R$ 91,3 milhões.
Depois de a Arquidiocese do Rio negociar com os fornecedores e vender por R$ 46 milhões o imóvel onde funciona o hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão (zona norte), a dívida chegou a R$ 43,2 milhões em novembro, sendo R$ 22,92 milhões em despesas com alimentação e R$ 20,28 milhões devidos a fornecedores diversos, segundo o COL.
"Quando o papa Francisco esteve no Rio, em julho de 2013, ficou bem impressionado com tudo que experimentou naqueles dias, manifestando a intenção de contribuir financeiramente com a Jornada Mundial da Juventude. Foi uma iniciativa que partiu dele, reconhecendo a importância da JMJ para a juventude, a sociedade e a Igreja. Neste mês de janeiro, o gesto se concretizou. O Sumo Pontífice dispôs a contribuição de R$ 11,7 milhões", diz a nota do comitê organizador.
O texto informa que "os contratos ainda em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem ser quitados na medida em que os recursos estiverem disponíveis". Segundo o comitê, a venda de três DVDs e um CD da Jornada "também serão fonte de recursos" para pagar as contas.
Fonte, Uol, 03/01/14
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Governo federal economizou R$ 2 bi a mais que a meta de 2013, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta sexta-feira (3) que o governo federal superou a meta de economizar R$ 73 bilhões em 2013. Segundo ele, o superavit primário – economia do governo para pagar juros da dívida– fechou em cerca de R$ 75 bilhões, reforçado por mais um bom resultado em dezembro.
No último mês do ano, o governo economizou cerca de R$ 14 bilhões, mais uma vez graças a receitas extraordinárias obtidas com a recuperação de dívidas de contribuintes.
O resultado fiscal do ano normalmente é divulgado apenas no final de janeiro. Mantega disse que antecipou a divulgação para acalmar o mercado. "Nós antecipamos para baixar a ansiedade, já que havia analistas dizendo que não cumpriríamos a meta. Isso vai acalmar os que estavam nervosinhos", afirmou.
O ministro, no entanto, não se comprometeu com nenhum meta específica para 2014. A proposta do Orçamento deste ano aprovada pelo Congresso fixa uma meta mínima para o governo federal de apenas 1,1% do PIB, menor do que a economia feita no ano passado, que equivale a cerca de 1,5% do PIB.
Questionado se a economia de 2014 pode ficar abaixo da de 2013, Mantega disse apenas: "Não vou definir parâmetros para 2014".
O ministro afirmou que o objetivo para 2014 será anunciado apenas em fevereiro, quando for definido quanto será contingenciado dos gastos previstos para este ano.
O Ministro da Fazenda Guido Mantega, fala sobre o resultados fiscal de 2013
Para cumprir a meta do ano, o governo contou com um reforço de mais de R$ 35 bilhões em receitas não recorrentes —R$ 15 bilhões arrecadados com a concessão do poço de Libra, no pré-sal, e mais de R$ 20 bilhões em programas de recuperação de dívidas tributárias.
A meta total para o setor público (governo federal mais Estados e municípios), de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB), porém, não será alcançada. Diferentemente dos outros anos, o governo federal não é mais obrigado a cobrir o que não foi cumprido da meta dos governos regionais.
Inicialmente, o objetivo anunciado para todo o setor público era de economizar o equivalente a 3,1% do PIB. A meta foi abandonada em meados do ano passado diante do fraco crescimento da arrecadação e da dificuldade do governo em limitar a expansão dos seus gastos.
Sem as receitas extraordinárias, o governo federal não conseguiria atingir nem mesmo a meta reduzida de R$ 73 bilhões.
O objetivo do superavit primário é manter o endividamento público sob controle ao mesmo tempo que limita o crescimento dos gastos públicos, diminuindo a pressão sobre a inflação. Com uma economia maior, a Fazenda ajuda o BC a conter a alta dos preços.
Diante da inflação elevada no início de 2013, o Banco Central voltou a subir os juros em abril do ano passado, elevando a taxa Selic de 7,25% para o atual patamar de 10%.
Ainda assim, o IPCA —índice oficial de inflação— fechará o ano apenas levemente abaixo do de 2012, quando ficou em 5,84%. Pelo terceiro ano seguido, a administração Dilma Rousseff não entregou a inflação no centro da meta de 4,5%. A alta dos preços neste ano ajudou a derrubar a popularidade da presidente, o que levou o governo a subir os juros.
DEMISSÕES
Mantega viaja agora para São Paulo, onde vai se reunir com representantes do setor automobilístico. O assunto do encontro será as demissões na GM. "Vou conversar para pedir explicações, porque as empresas não podem ficar fazendo demissões. Mas vamos aguardar a conversa", disse.
O ministro disse ainda que não procede o rumor de que o governo elevaria o IOF sobre outras operações de câmbio, como a compra de moedas em dinheiro vivo. Na semana passada, o governo aumentou o tributo sobre operações como cartões de débito e pré-pago internacional.
No último mês do ano, o governo economizou cerca de R$ 14 bilhões, mais uma vez graças a receitas extraordinárias obtidas com a recuperação de dívidas de contribuintes.
O resultado fiscal do ano normalmente é divulgado apenas no final de janeiro. Mantega disse que antecipou a divulgação para acalmar o mercado. "Nós antecipamos para baixar a ansiedade, já que havia analistas dizendo que não cumpriríamos a meta. Isso vai acalmar os que estavam nervosinhos", afirmou.
O ministro, no entanto, não se comprometeu com nenhum meta específica para 2014. A proposta do Orçamento deste ano aprovada pelo Congresso fixa uma meta mínima para o governo federal de apenas 1,1% do PIB, menor do que a economia feita no ano passado, que equivale a cerca de 1,5% do PIB.
Questionado se a economia de 2014 pode ficar abaixo da de 2013, Mantega disse apenas: "Não vou definir parâmetros para 2014".
O ministro afirmou que o objetivo para 2014 será anunciado apenas em fevereiro, quando for definido quanto será contingenciado dos gastos previstos para este ano.
O Ministro da Fazenda Guido Mantega, fala sobre o resultados fiscal de 2013
Para cumprir a meta do ano, o governo contou com um reforço de mais de R$ 35 bilhões em receitas não recorrentes —R$ 15 bilhões arrecadados com a concessão do poço de Libra, no pré-sal, e mais de R$ 20 bilhões em programas de recuperação de dívidas tributárias.
A meta total para o setor público (governo federal mais Estados e municípios), de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB), porém, não será alcançada. Diferentemente dos outros anos, o governo federal não é mais obrigado a cobrir o que não foi cumprido da meta dos governos regionais.
Inicialmente, o objetivo anunciado para todo o setor público era de economizar o equivalente a 3,1% do PIB. A meta foi abandonada em meados do ano passado diante do fraco crescimento da arrecadação e da dificuldade do governo em limitar a expansão dos seus gastos.
Sem as receitas extraordinárias, o governo federal não conseguiria atingir nem mesmo a meta reduzida de R$ 73 bilhões.
O objetivo do superavit primário é manter o endividamento público sob controle ao mesmo tempo que limita o crescimento dos gastos públicos, diminuindo a pressão sobre a inflação. Com uma economia maior, a Fazenda ajuda o BC a conter a alta dos preços.
Diante da inflação elevada no início de 2013, o Banco Central voltou a subir os juros em abril do ano passado, elevando a taxa Selic de 7,25% para o atual patamar de 10%.
Ainda assim, o IPCA —índice oficial de inflação— fechará o ano apenas levemente abaixo do de 2012, quando ficou em 5,84%. Pelo terceiro ano seguido, a administração Dilma Rousseff não entregou a inflação no centro da meta de 4,5%. A alta dos preços neste ano ajudou a derrubar a popularidade da presidente, o que levou o governo a subir os juros.
DEMISSÕES
Mantega viaja agora para São Paulo, onde vai se reunir com representantes do setor automobilístico. O assunto do encontro será as demissões na GM. "Vou conversar para pedir explicações, porque as empresas não podem ficar fazendo demissões. Mas vamos aguardar a conversa", disse.
O ministro disse ainda que não procede o rumor de que o governo elevaria o IOF sobre outras operações de câmbio, como a compra de moedas em dinheiro vivo. Na semana passada, o governo aumentou o tributo sobre operações como cartões de débito e pré-pago internacional.
Fonte: Folha de S Paulo, 03/01/13
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