Galera, aí vai um recado do TITIRICA...
... e pensar que eu ria da cara dele!!
O grande parlamentar brasileiro TIRIRICA foi diplomado em 17.12.2010..
Salário: R$ 26.700,00
Ajuda Custo: R$ 35.053,00
Auxilio Moradia: R$ 3.000,00
Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00
Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E
INTERNACIONAL (livre escolha de medicos e clinicas).
Telefone Celular: R$ ILIMITADO.
Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00)
Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre
Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.
Mensalão: A COMBINAR!!!
Custo médio mensal: R$ 250.000,00
Aposentadoria: total depois de 8 (oito) anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: NOSSO BOLSO!!!
Dá para chamar ele de palhaço?
Pense bem, quem é o palhaço!!
Nem é preciso dizer...
Colaboração de Mari Oliveira da Silva (Belém)
Política Economia Meio Ambiente Turismo Educação Comportamento Humor Sociedade Estado do Tapajós
sábado, 14 de maio de 2011
Rapidinhas...
O deputado estadual Hilton Aguiar diz que quer lançar o vereador Cebola ou sua mulher Sueli Aguiar para a prefeitura de Itaituba, no ano que vem. Vai optar pelo que estiver melhor. Não é verdade, Sueli é a candidata. Como ele já enrolou muita gente, o Cebola só será mais um!
Mas, tem mais um dado, a princípio a candidatura é de fachada, o que o Hilton quer mesmo é favorecer uma provável candidatura de Valmir a reeleição. Seria uma forma de pagar o apoio recebido na eleição de deputado! Todo cuidado com esse rapaz é pouco: ele capaz de "dá nó em pingo d'água"!
Dependendo de como fica a reforma política que está sendo "costurada" no Congresso Nacional, a eleição por aqui, salvo raras exceções, será igual nos Estados Unidos: dois partidos se revezarão no poder!
O fim da coligação proporcional e o financiamento de campanha vai privilegiar os partidos grandes, enquanro isso os partidos pequenos podem desaparecer e os médios se consolidarem.
Enquanto para o Valmir Climaco existe a empresa "Plano A" a tendência é que para o eleitorado itaitubense ele não seja nem plano b!
No intuito de ocupar o Ministério Público e tirar o foco das investigações que se processam, os vereadores da base aliada do prefeito Municipal, levou o promotor Maurim Vergolim para ver e analisar de perto o atraso de usuários da rede bancária. Só os vereadores não entendem que a lei que fizeram é "letra morta"!
Dependendo de como fica a reforma política que está sendo "costurada" no Congresso Nacional, a eleição por aqui, salvo raras exceções, será igual nos Estados Unidos: dois partidos se revezarão no poder!
O fim da coligação proporcional e o financiamento de campanha vai privilegiar os partidos grandes, enquanro isso os partidos pequenos podem desaparecer e os médios se consolidarem.
Enquanto para o Valmir Climaco existe a empresa "Plano A" a tendência é que para o eleitorado itaitubense ele não seja nem plano b!
No intuito de ocupar o Ministério Público e tirar o foco das investigações que se processam, os vereadores da base aliada do prefeito Municipal, levou o promotor Maurim Vergolim para ver e analisar de perto o atraso de usuários da rede bancária. Só os vereadores não entendem que a lei que fizeram é "letra morta"!
Comissão aprova regras que limitam poderes do Executivo
Após acordo entre oposição e governo, o Congresso poderá ter agora até dez dias para analisar se as medidas provisórias editadas pelo Executivo realmente atendem aos critérios de urgência e relevância previstos em lei
O Senado deu o primeiro passo ontem para mudar a tramitação das medidas provisórias no Congresso. Em um acordo fechado pelo governo e pela oposição, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou por unanimidade relatório do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que endurece as regras para a tramitação das MPs.
O tucano suavizou o texto em favor do governo para conseguir aprovar a matéria. Na principal concessão, Aécio retirou o artigo que impedia a vigência imediata da MP depois de editada pelo Poder Executivo sem antes passar pela análise do Congresso.
Na nova redação, a MP passa valer desde sua edição -como já ocorre atualmente- mas o Congresso terá o prazo de 10 dias para analisar se ela de fato atende aos critérios de urgência e relevância previstos pela Constituição Federal para entrar em vigor. Se a proposta for aprovada, a Câmara e o Senado vão criar uma comissão mista permanente, composta por 24 parlamentares, para analisar as MPs que chegam ao Legislativo em dez dias.
Os deputados e senadores têm autonomia para rejeitá-las ou sugerir que sejam transformadas em outras propostas. Se no prazo de dez dias a comissão não analisar a MP, ela segue para que o plenário da Câmara decida a questão.
A comissão poderá decidir pela transformação da MP em projeto de lei para tramitar na Casa se não achar que é urgente ou relevante, disse Aécio. Em contrapartida, os governistas acataram pedido de Aécio para que as MPs passem a tratar de um único assunto.
Se reunir temas diversos, eles devem ter ligações entre si. Atualmente, as MPs reúnem assuntos que não têm qualquer ligação, numa prática apelidada de árvore de Natal pelos parlamentares da oposição.
Limitações
O relatório do tucano Aécio, que modifica a proposta de emenda constitucional (PEC) originalmente apresentada pelo senador José Sarney (PMDB-AP), limita o prazo para a Câmara analisar as MPs. A Constituição determina o prazo de 120 dias para o Congresso votar as medidas provisórias. O que ocorre na prática, porém, é que a Câmara acaba consumindo a maior parte do prazo -o que levou os senadores a fixarem 60 dias para os deputados analisarem as MPs.
O Senado, pela proposta, terá o prazo de 45 dias para analisar as medidas. Nos 15 dias restantes, a MP pode retornar à Câmara para os deputados julgarem as mudanças propostas no Senado. O texto de Aécio prevê que, se a Câmara não analisar a MP no prazo de 60 dias, ela segue automaticamente para o arquivo. Tem que cumprir o rito completo em cada uma das Casas. Não podemos ter o risco de uma matéria não-votada em uma das Casas virar lei, disse Aécio. (das agências)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
As MPs são as principais armas do Executivo para que seus interesses sejam colocadas em prática rapidamente. Elas são um ato de exclusividade do presidente, têm força de lei, e só são objeto de análise do Legislativo posteriormente.
Fonte: O Povo - 12 de Maio de 2011
Votação do Código Florestal é adiada na Câmara
Gabriela Lima Vinicius Sassine
Fonte: Caldeirão Político - 12 de Maio de 2011
Tudo caminhava para um acordo entre a base do governo e a oposição, mas depois de um dia inteiro de discussão na Câmara dos Deputados, a votação do novo Código Florestal acabou em insultos e suspensa por falta de quórum. Devido à obstrução da base, o presidente da Casa, Março Maia, encerrou a sessão. A análise do projeto ficou para a próxima terça-feira (17/5).
Um requerimento, apresentado pelo Psol, pediu a retirada de pauta do projeto (PL 1876/99). Apesar de o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ter elogiado o texto apresentado pelo relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ele orientou os partidos da base governista a votar a favor da retirada.
Vaccarezza e o líder do PT, Paulo Teixeira, chegaram a confirmar o acordo entre base e oposição. Mas voltaram atrás e defenderam novo adiamento da votação. Teixeira disse que o texto apresentado em plenário pelo relator não foi aquele acordado. O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, também recuou.
O principal ponto de divergência entre governo e oposição são as áreas de proteção permanentes (APPs). Representantes do DEM articulavam apresentar uma emenda contrária aos interesses do Executivo, o que desagradava a base.
Twitter
O clima na Casa ficou tenso no plenário depois que Marina Silva (PV), ex-ministra do Meio Ambiente, postou no twitter uma crítica ao relator do projeto. "Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação", disse na rede social.
O relator, que já estava irritado com a posição da base governista, subiu o tom com a ex-ministra. "Marina foi no twitter e disse que eu fraudei o relatório. Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido dela."
Fonte: Caldeirão Político - 12 de Maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Para especialistas, criação de Estados é manobra política
Economistas e cientistas políticos avaliam que problema de grandes regiões, como o Pará, é a infraestrutura precária, e não a dimensão
07 de maio de 2011 | 0h 00
Gabriel Manzano - O Estado de S.Paulo
A aprovação pela Câmara de plebiscitos para o desmembramento do Pará e criação de dois novos Estados - Carajás e Tapajós - foi recebida por estudiosos da vida administrativa brasileira como simples manobra para criação de cargos executivos, mais empregos públicos e espaço para troca de favores políticos. "Não vejo como os problemas daquela área seriam mais bem resolvidos com essa providência", resumiu a economista Luciana Gross, da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Luciana Gross/FGV
Um dos sérios desafios da região, adverte a economista, "é sua precária estrutura rodoviária e fluvial". E isso não se resolve, acrescenta, "com a construção de mais prédios e instalação0 de novas assembleias, fóruns, secretarias e mais empregos públicos". "Criar um Estado não melhora a capacidade de arrecadar tributos", afirmou.
No mesmo tom, o cientista político Marco Antonio Teixeira, da PUC, diz que a aprovação dos plebiscitos - até pelo modo como foi obtida, numa votação simbólica, numa tarde de quinta-feira, com pouca gente em plenário - aponta para "uma acomodação entre lideranças políticas, para futura troca de favores". O melhor atendimento aos que lá vivem e precisam de ajuda, prossegue o professor, "depende de melhor qualidade de gestão dos recursos públicos, de uma seleção rigorosa de objetivos em que gastar o pouco dinheiro que há".
Ele rejeita a tese de que o Pará é muito grande e regiões distantes ficam abandonadas. "Se Estado pequeno funcionasse melhor, Alagoas ou Sergipe estariam por certo em ótima situação", comparou.
O quadro fica mais grave, segundo Teixeira, "porque essas são áreas com baixa capacidade de arrecadar tributos". Isso permite, segundo ele, prever uma dependência muito grande de repasses federais, situação que não deve mudar no curto prazo. Um breve exemplo: a simples realização dos dois plebiscitos representará um custo acima de R$ 8,5 milhões - um gasto do Tesouro antes mesmo que a criação dos dois esteja aprovada.
Falsa ideia. Um argumento apresentado com ênfase pelos defensores do desmembramento, o de que a separação deu certo nos casos de Tocantins e Mato Grosso do Sul, parece infundada para o professor. "É preciso levar em conta que o País melhorou econômica e socialmente, em sua história recente, e isso ocorreu de forma generalizada. Não dá pra garantir que, no caso desses dois Estados, foi a divisão que os fez progredir."
Luciana Gross reforça essa análise: "Mato Grosso do Sul e Tocantins tinham características geográficas que justificariam uma administração diferenciada. Tocantins, por exemplo, é um lugar muito diferente do Sul, onde está Goiás. Nada disso ocorre no Pará, onde há uma marcante homogeneidade geográfica."
Pesquisa. Contra essas avaliações, políticos paraenses - a começar pelo deputado Giovanni Queiróz (PDT) - mencionam uma pesquisa feita no Estado, pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e divulgada pelo Diário do Pará segundo a qual 90% da população que vive na região oeste do Estado apoia a criação de Tapajós.
Outra pesquisa, reunindo eleitores do Sul e do Sudeste do Estado, revelou que 60% dos consultados também concordavam com a criação de Carajás. "Carajás e Tapajós têm potencial, mas predomina nessas regiões a ausência de Estado", justifica o deputado Queiróz.
Brasil pode ganhar mais dois Estados
07/05/2011 - 00:00:00 - Da Redação | Esta notícia foi lida 7.835 vezes |
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A População do Pará vai decidir se aceita ou não que a unidade federativa vire dois novos estados.
É que a Câmara aprovou dois projetos de decreto legislativo para a convocação de plebiscito que vai decidir sobre a criação dos Estados Carajás e Tapajós.
A proposta aprovada sobre o Carajás será promulgada. Já a do Tapajós ainda terá de passar pela avaliação do Senado.
Se Tapajós se tornar Estado, terá 29 municípios das regiões Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense.
Será o quarto maior estado do país, superando Minas Gerais. Em seu território, morariam cerca de um milhão e 700 mil pessoas, algo em torno de 20% da atual população do Pará. A capital deve ser a cidade de Santarém.
Já o estado do Carajás vai ter municípios localizados no Sul e no Sudeste do Pará, onde vivem quase um milhão e meio de pessoas.
A maior cidade é Marabá. De acordo com o projeto, o plebiscito será realizado em novembro.
É que a Câmara aprovou dois projetos de decreto legislativo para a convocação de plebiscito que vai decidir sobre a criação dos Estados Carajás e Tapajós.
A proposta aprovada sobre o Carajás será promulgada. Já a do Tapajós ainda terá de passar pela avaliação do Senado.
Se Tapajós se tornar Estado, terá 29 municípios das regiões Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense.
Será o quarto maior estado do país, superando Minas Gerais. Em seu território, morariam cerca de um milhão e 700 mil pessoas, algo em torno de 20% da atual população do Pará. A capital deve ser a cidade de Santarém.
Já o estado do Carajás vai ter municípios localizados no Sul e no Sudeste do Pará, onde vivem quase um milhão e meio de pessoas.
A maior cidade é Marabá. De acordo com o projeto, o plebiscito será realizado em novembro.
Passo para redividir o país
Política 6 | |||||
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Com plenário vazio, Câmara dá aval a plebiscito sobre criação de 2 Estados
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Deputados aprovam plebiscito para dividir Pará em três Estados
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segunda-feira, 9 de maio de 2011
Sem amparo científico, projeto do novo Código Florestal é um retrocesso
Pesquisador lamenta que o novo Código Florestal não tenha levado em conta as sugestões da comunidade acadêmica e critica a polarização do debate entre ruralistas e ambientalistas
Com a aprovação, na semana passada, do regime de urgência para a votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, a expectativa é que o texto seja apreciado pelos parlamentares nos próximos dias. No entanto, os pontos polêmicos do documento estão longe de serem sanados. E dividem a opinião de especialistas. Para o engenheiro agrônomo Antônio Donato Nobre, por exemplo, pesquisador e professor de um doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), trechos do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre o novo Código Florestal podem ser comparados aos discursos do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels: “O ministro dizia que uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade”, cita Antônio Nobre, em entrevista ao Correio, para criticar o substitutivo de Aldo que altera a legislação ambiental brasileira. Para o pesquisador, o relatório é um retrocesso. “O que está sendo feito é um acordo de lobby, de poder, de ideologia. Não tem fundamento científico”, afirma o pesquisador.
Antônio Nobre foi o coordenador do estudo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que apontou incontáveis prejuízos ambientais e econômicos no caso de aprovação do novo Código Florestal. A pesquisa foi divulgada em 26 de abril. No mesmo dia, um grupo de cientistas — entre eles Antônio Nobre — reuniu-se com Aldo Rebelo e fez sugestões para o substitutivo que será votado na Câmara. “Ele não inclui nada. E piorou o relatório”, lamenta o pesquisador. Confira os principais trechos da entrevista:
O deputado Aldo Rebelo apresentou um novo relatório na semana passada. O senhor já fez uma comparação, do ponto de vista da ciência, entre o documento aprovado na comissão especial em 2010 e o mais recente?
Já dizia Dom Pedro II: “Devagar que eu tenho pressa”. Se você correr, quebra-se a roda da carruagem e não se chega a lugar nenhum. É exatamente isso que está sendo feito. É muito grave o fato de a ciência não ter sido chamada a opinar. Em 1934, quando foi feito o primeiro Código Florestal, e em 1965, os legisladores chamaram a ciência. Não havia satélite, computador, modelagem matemática, nada disso, e, no entanto, houve a consulta. É quase insano, neste momento, fazer uma modificação tão profunda no Código Florestal sem chamar a ciência. A sociedade paga impostos para que se desenvolva o conhecimento, mas o deputado Aldo Rebelo acha isso irrelevante. O que está sendo feito é um acordo de lobby, de poder, de ideologia. Não tem fundamento científico. Esse é um debate desgastante, principalmente porque os extremos estão conduzindo o debate, sem bom senso. Aos extremos não interessa o diálogo. E não há motivo para esse desgaste todo: a parte ambiental influencia na parte agrícola. Na verdade, os que estão brigando deveriam estar conversando.
Poucos dias depois de o senhor e um grupo de cientistas se encontrarem com Rebelo, o deputado apresentou o novo substitutivo, com mudanças importantes. O que achou desse novo relatório, que deve ir à votação?
Foram colocadas pegadinhas nesse texto, como liberar os estados e os municípios para a supressão da cobertura vegetal e falar que não se está liberando para o desmatamento. O ministro da Propaganda de (Adolf) Hitler (Joseph Goebbels) dizia que uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade.
A grande discussão agora é sobre áreas consolidadas em APPs, permitidas pelo relatório. Como o senhor vê isso?
É um desastre. Basta ver os eventos extremos que têm ocorrido. Propriedades a menos de 500 metros das margens do Rio Iguaçu, por exemplo, estão com o solo todo exposto. Muitos agricultores não fazem plantio direto e a terra roxa, uma das mais ricas do mundo, que demora mil anos para se formar a partir da rocha, está indo para o fundo do Rio Iguaçu e caindo nas cataratas. Dez bilhões de reais se perdem por erosões, sem falar da contaminação da água e do problema do suprimento de água com qualidade nas cidades. Essa questão ripária não é meramente uma posição ideológica, do tipo “sou comunista”, ou “defendo uma ONG”. É uma questão científica. Nessa votação, ligaram um trator ideológico. Quem não concorda é desqualificado com bases ideológicas. A lei a ser alterada vai mudar o funcionamento e o metabolismo do país. Não se deve fazer isso no prazo de uma semana.
Como foi o encontro com Aldo? Que garantias ele deu aos cientistas?
No primeiro momento, foi um pouco tenso, pois havia uma leitura de Aldo e dos ruralistas de que a SBPC estava se alinhando ao ambientalismo. Depois, questionamos se ele concordava com as faixas de APPs e sugerimos um sistema que respeite a vocação natural dos terrenos. Ele achou interessante e disse: “Eu confesso para você que o que estou propondo não é o ideal, é o real, o possível”. Pedimos para ele, então, que incluísse algo que não concretasse o Código Florestal, já que a votação será inevitável. Mas vamos ficar presos num novo código, que é pior do que o que está saindo.
O novo substitutivo incluiu alguma das sugestões dos cientistas?
Não incluiu nada. Ele piorou o relatório. O argumento dele era que o setor de meio ambiente do governo não deixava. Nós estivemos com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Quando a gente relatou isso à Izabella, ela disse: “O que vocês estão apresentando é ouro, é fantástico, é maravilhoso, seria perfeito se a gente conseguisse colocar no código”.
O senhor está pessimista com a votação?
Não. Eu já achava que ia ser votado na quarta passada e não foi. Os ruralistas estão com força, têm 300 votos. Se a proposta passar como um trator na Câmara, dificilmente o Senado vai bloqueá-la. Mas há a possibilidade do veto presidencial. A presidente Dilma não pode evitar, mas pode vetar. O ideal é que se faça um acordo agora. É uma vergonha, em 2011, o Brasil apresentar isso para o mundo.
Fonte: Correio Braziliense, 09/05/11
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