segunda-feira, 17 de maio de 2010

A governadora do Pará, Ana Júlia, PT, traiu os trabalhadores da Educação

Quem acompanhou a propaganda eleitoral de 2006, ouviu quando a então candidata ao Governo do Pará, Ana Júlia, do PT, disse com todas as letras que ela valorizaria os trabalhadores da educação. a sua fala foi tão enfática, convincente que nós acreditamos. Foi essa fala que garantiu a vitória de Ana Júlia, naquela eleição.
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A partir da posse, gradativamente, a governadora começou a dizer a que veio. Acordos espúrios, máquina governamental emperrada, nomeações de pessoas que sempre se opuseram as lutas dos trabalhadores e de militantes ou simpatizantes de seu Partido, sem a menor condição técnica de assumir o comando de algum órgão ou mesmo de fazer parte de uma equipe de trabalho.
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Algumas secretarias de governo, até a presente data, parece que não sabem bem qual a sua competência constitucional e a sociedade é quem sofre com os desmandos, com o desgoverno, com a falta de compromisso de um mandato que se diz popular. Mas, popular porque? Porque se distancia da população, porque realiza obras sem licitação, porque mente para a população pregando mudanças? A SEDUC já tem o quarto secretário nesse mandato e os professores paraenses são os últimos do Brasil em termos de vencimentos salariais. Progredimos em quê?
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O que ficou, para o povo paraense, de saldo do famoso PTP - Planejamento Territorial Participativo? Em quantos e quais municípios as obras do PTP e de responsabilidades do Governo do Estado foram realizadas? Fora desse plano, nesse mandato, em Itaituba, o Governo tem algumas obras começadas, não concluídas e praticamente abandonadas como é o caso do IML, da sede do Corpo de Bombeiros e da Escola Estadual Benedito Correa de Souza, onde há indícios de superfaturamento e que está parcialmente parada, por falta de pagamento dos funcionários da Construtora EMOB, que alega não está recebendo conforme o pactuado. Itaituba é o nono colégio eleitoral do Pará, é o município mais desenvolvido da região do Tapajós. O que tem mais para Itaituba, onde ela morou quando trabalhava no Banco do Brasil? Itaituba só merecia isso?
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Voltando a Educação. Projeto de lei, de 07 de maio último, encaminhado ao Legislativo, não valoriza o professor que está a décadas cumprindo o seu papel social, ao estatabelecer percentuais menores e retirar parte das suas vantagens configuradas na chamada progressão funcional horizontal. Se governadora atuasse na Educação certamente não faria esse papel rídiculo, inaceitável de prejudicar tão nobre processo que só é prioridade nos discursos de palanques eleitorais.
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Mas, registro aqui que a governadora, se não mudar o rumo, conseguirá alguns feitos históricos. O primeiro é fortalecer o SINTEPP, que nesse momento, representa a tábua de salvação quando reúne, discute, organiza e encaminha os interesses dos trabalhadores da educação pública. O segundo é fazer campanha eleitoral contra si própria, uma vez que pretende disputar a reeleição.
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Se não mudar o curso desta história, sabe quando a governadora será votada macissamente, outra vez, pelo pessoal da educação: nunca mais.

2 comentários:

Pedro Souto disse...

Eu pessoalmente confiei tanto nos discursos da Candidata ao Governo Ana Julia, em 2006, que fiz campanha abertamente pra ela, discutir com colegas e amigos; é aquela coisa, confiar muita acaba aumentando a decepção. Ana Júlia se elegeu com mais de 95% dos Professores (prometia repor as perdas deixadas pelos Tucanos)etc, e 80% dos PMs do Estado. Computando servidores com seus familiares e os trabalhos feitos com os vizinhos, Ana Julia obteve a vitória. Enganou sim a Educação e agora, politicamente, vejo que Ana ficará em 3º lugar; se conseguir dar aumento aos professores como prometeu, ficará em 2º colocado.

William smithik/ Novo Progresso disse...

O DETRAN fez greve e em 10 dias negociou e a greve acabou, a SEFA ameaçou grevar e em menos de 30 dias foi aprovado o plano de carreira dos Fiscais; a ADEPARÁ fez greve e em menos de 5 dias a greve acabou, houve negociação, etc. A educação faz greve e não obtem nada, por que o Sintepp tem uma política defasada de "como grevar"; é preciso mudar o estilo de greve. Pra este governo e os tantos outros, educação é 4º plano, não é prioridade. A prioridade é somente nos palanques eleitorais. Sefa e DETRAN são fontes de recursos; se greva o Governo deixa de arrecadar. Adeprá é produção de alimnetos e tbm questão de saude, se greva, os serviços de orientação e vacinação de rebanhos e outros animais não acontece, e repercute mal; enfim, até os meios de comunicação nem dão cobertura a greve dos professores, mas fazem todos os dias mensão a greve dos rodoviários em Belém, isso pq Onibus sem circulação repercute mais do que aluno sem aula. É o cúmulo do absurdo.