quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Lula: SP é a carroça do Brasil

Nenhum outro líder político denunciou o reacionarismo da USP!

Fonte: Conversa Afiada, 02/11/2016

Saiu na Fel-lha:
(…) "Aqui em São Paulo nós temos um problema que é o conservadorismo. Desde a Revolução de 32, quando foi construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma meganação, que tivemos as mais diferentes culturas desse mundo, e tem gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros Estados", disse Lula em discurso a estudantes.

(Sobre as tolices da USP, não deixe de assistir à entrevista do ansioso blogueiro com Jessé Souza.)
(...) De acordo com ele, (…) os estudantes devem participar da política. "Nós temos que aprender que cada vez mais, ao invés de a gente negar a política, a gente tem que fazer política. Porque a desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta. E quem gosta é sempre a minoria, é sempre a elite." O ex-presidente (...) disse que "não se conserta um país discutindo crise".

"Estamos numa crise agora? Estamos. Temos responsabilidade? Temos. Fizemos erros? Fizemos. Agora a verdade é a seguinte: não se conserta esse país discutindo crise [...] Esse país era o país mais otimista do mundo, esse país era um país alegre, de repente esse país ficou mal humorado."

Lula ainda levantou (sic) questionamentos (sic) sobre os motivos que levaram ao impeachment da ex-presidente (sic) Dilma Rousseff.

"Será por causa do pré-sal, que é a maior descoberta de petróleo do século 21? Será que é por que nós destinamos 75% dos royalties para resolver o problema da educação, para recuperar o tempo perdido do século 21? Será que essa coisa que aconteceu no Brasil tem alguma ligação de o Brasil ter virado um protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco fora do FMI e do Banco Mundial? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul? Então é importante que a gente discuta que não é por acaso o que está acontecendo nesse país, não é por acaso. Tem algo maior do que a gente imagina acontecendo nesse país."

(Não deixe de ler “Lula: o que derrubou a Dilma”.)
O Conversa Afiada sempre sustentou que Lula tinha um projeto geopolítico secreto.

Agora, aos poucos, quando se aproxima daquele ponto na cordilheira em que se situam os estadistas que levam o povo ao centro do espectro politico – veja a TV Afiada sobre esse tema - o plano deixa de ser secreto, como fez agora na UFSCar, ao lado de Raduan Nassar.

Lula percebeu que São Paulo não era a locomotiva do Juscelino nem dos militares.

São Paulo é a carroça.

Perdeu a hegemonia faz tempo – o que se materializa no fato de não ganhar quatro eleições presidenciais em seguida e, com a “fulgurante” ascensão do Geraldinho Trensalão nas eleições de 2016, vai perder a quinta…

(Como diz o sábio Flávio Dino, essa vitória não dura.)

Nenhum outro líder político percebeu, como Lula, o papel historicamente retrógrado da USP, de que o símbolo mais “fulgurante” foi o grupo para estudar Marx, o Grupo do Capital – de FHC Brasif, José Arthur Gianotti e Francisco Weffort entre outros - , que, como diz aquele amigo navegante, é o grupo do capital até hoje!

Lula tirou o Brasil de São Paulo.
Lula fez o Brasil crescer – fora de São Paulo!
No Nordeste, no Norte, no Centro-Oeste!
E no Rio, onde 9/10 das obras de Sérgio Cabral e Eduardo Paes se devem ao Lula e à Dilma!
Assim como 9/10 das obras que “consagraram” Eduardo Campos se devem ao Lula.

(Por falar nisso, quem é mesmo o dono do jatinho, senador Bezerra?)

Lula percebeu, ao fundar o PT, que a elite de São Paulo não entende o Brasil e quer que o Brasil se lasque!

FHC Brasif e o Padim Pade Cerra representaram esse papel secessionista com perfeição.

(E, não fosse o PiG, não passavam de Resende...)

E agora, se continuarem em liberdade, com São Paulo, FHC E Cerra acabarão enclausurados na irrelevância.

Lula não acredita em “teorias conspiratórias”, mas sabe que há conspirações.

Por isso, começa a alinhavar com a nitidez de raio laser os motivos que construíram a conspiração contra o Governo trabalhista no Brasil.

Foi o que ele fez na conversa com Luiz Carlos Barreto e este ansioso blogueiro, reproduzida no post “Lula explica por que Dilma caiu”.

Nesse sentido, o Traíra e seus pré-encarcerados do Palácio Planalto não passam de marionetes de espetácaulo mambembe, ao ar livre, em dia de chuva, no Porto de Santos!

PHA

Protógenes diz que Sérgio Moro fez o mesmo que ele, mas não foi punido


Do Conjur - O vazamento de informações sigilosas levou à condenação do ex-delegado e ex-deputado federal Protógenes Queiroz. Por esse motivo, ele foi expulso da Polícia Federal e condenado à prisão, com sentença que já teve trânsito em julgado. Asilado na Suíça, o homem da famigerada operação Satiagraha vê uma nova chance para permitir sua volta ao Brasil: o juiz Sergio Moro, juiz que conduz a “lava jato”, vazou de forma ilegal, como já foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal, conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e não foi punido por isso.

Se Moro vazou e não foi punido, Protógenes afirma que deve ser anistiado, já que, em sua visão, os casos são idênticos. O ex-delegado entrou com uma ação de revisão criminal junto ao STF pedindo a anulação de sua pena, reincorporação à PF e indenização por danos morais. 

O ex-deputado demonstra concordar com a atitude de Moro. Assim como ele, o homem da “lava jato” teria vazado intencionalmente os áudios “para garantir a investigação criminal” e “ambos agiram para o interesse público, interesse da nação, interesse do povo brasileiro”.

Crime admitido
O advogado de Protógenes defende as atitudes que ele e Moro tomaram. Mas, ao mesmo tempo, também afirma categoricamente que ambos cometeram crime: "Incontestavelmente, essa conduta se amolda, com perfeição, à mesmíssima prática vedada ao agente público, reprimida no artigo 325, parágrafo 2º, do Código Penal (crime formal, próprio, na forma qualificada), exatamente a conduta reprovável que foi determinante, fatal e terminativa para a condenação e o decreto de perda do cargo público do também agente público Protógenes Queiroz". 

Ele ainda lembra que as 10 medidas que o Ministério Público Federal elaborou e nomeou de anticorrupção estabelecem que não será crime o agente público que vazar informações para a imprensa, caso o conteúdo seja de interesse público.

Após admitir o crime, o ex-delegado mostra que a solidariedade para com o colega tem seu limite. Protógenes mostra ressentimento com a diferença de tratamento praticada no Supremo, “onde um agente público juridicamente desprotegido sofre os rigores da lei, ao passo que outro agente público, praticando igual conduta, recebe as benesses da lei e de seus pares”.

Ineditismo falso

Protógenes se sente ferido com o argumento de que Moro lidou com uma situação inédita no Brasil. Para ele, não se pode dizer que o juiz condenou altos agentes públicos e empresários até então intocáveis, pois muitos foram sim investigados pela satiagraha.

Trânsito em julgado

A sentença contra Protógenes, assinada em 2010 pelo juiz Ali Mazloum, transitou em julgado no ano passado. O Supremo manteve parte da decisão que o considerou responsável por vazar informações sigilosas para concorrentes do banqueiro Daniel Dantas — por ele investigado — e para a imprensa.

Com base na condenação, ele foi ainda demitido da Polícia Federal por “prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial”, revelar “segredo do qual se apropriou em razão do cargo” e “praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder”.

8 governadores violam LRF. Impeachment neles?


Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, pelo menos oito estados da federação estouraram os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e estão gastando com pessoal bem mais que os 60% da Receita Liquida Corrente admitidos pela lei. 

"Alguém, entre os que condenaram a ex-presidente Dilma Rousseff, vai pedir o impeachment dos governadores destes estados por crime de responsabilidade fiscal?", questiona a colunista Tereza Cruvinel.

"Não, muito pelo contrário. O que o governo federal começou a discutir foi ajustes na LRF e tapar as brechas que eles vêm utilizando para produzir uma 'contabilidade criativa' que os deixam falsamente enquadrados nos limites da lei".

Cunha ameaça Temer e o põe como testemunha


Deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), solicitou para testemunhar em seu favor na ação penal que responde na Lava Jato o presidente Michel Temer, seu ex-aliado político.

Da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Cunha tem mandado recados ao presidente e aliados no Congresso, de que poderá revelar o que sabe para proteger a esposa e filhos da prisão.

O arquiteto do golpe contra Dilma Rousseff é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.

O ex-presidente Lula também foi incluído entre as testemunhas, mas Temer é quem corre riscos, uma vez que Cunha foi tesoureiro informal do PMDB nos últimos anos.

Prefeito eleito de Belo Horizonte diz que príncipe Aécio será preso


Em vídeo que viralizou nas redes sociais, o prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), não poupa críticas ao senador Aécio Neves e sugere que o presidente nacional do PSDB será preso.

“Muito cuidado com o que vocês estão fazendo com o príncipe Aécio Neves, muito cuidado. Porque eu avisei, não tenho medo e não sou de brincadeira. Cuidado que o príncipe vai pra gaiola”, disparou depois de fazer referências a uma delação premiada sobre a Cidade Administrativa.

Kalil derrotou o candidato de Aécio, João Leite (PSDB), na disputa pela prefeitura da capital mineira.

Ocupações mostram que luta contra Temer continua


Vice-presidente da UNE em 1966, quando a entidade se engajava na resistência a ditadura militar, a socióloga Eleonora Menicucci, ministra de Políticas para a Mulher no governo Dilma, diz que "a ocupação das escolas pelo movimento estudantil de 2016 "mostra que o governo Temer não tem o domínio da situação política. A luta continua. Sempre".

Em entrevista ao colunista do 247 Paulo Moreira Leite, Eleonora diz que a conjuntura ajuda a lembrar que política é aprendizado e também e didatismo.

"Não podemos separar o que aconteceu no dia da eleição de um golpe que vinha sendo preparado e articulado desde 2013. Este golpe é o fator principal para a votação e não aquilo que chamam de 'nossos erros'".

Para ela, a luta dos estudantes mostra que é preciso pesar os fatos, analisar e refletir; "Como acreditar que estamos na defensiva, como uma força isolada, quando se sabe que o Lula continua o mais popular presidente da história?".

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Juiz autoriza tortura para desocupação de colégio em Taguatinga

Onde chegamos!

 


Juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, determinou que a Polícia Militar promova a desocupação do Centro de Ensino Asa Branca de Taguatinga, com métodos torturantes frente aos estudantes.
 
Em sua decisão, magistrado autorizou que a polícia suspenda o fornecimento de água, energia e gás, proíba acesso de terceiros, em especial parentes e conhecidos ao local, corte acesso de alimentos ao local e utilize instrumentos sonoros contínuos voltados para os estudantes.

Lula: quem não gosta de política será governado pela elite



Na primeira aparição pública após o resultado do segundo turno das eleições municipais, o ex-presidente Lula reforçou nesta terça-feira, 1º, a importância de participação na atividade política.
"A desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta. E quem gosta é sempre a minoria, é sempre a elite", disse Lula, em Buri (SP).
Ele visitou o campus Lagoa dos Sinos, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que foi doado à UFSCar pelo escritor Raduan Nassar durante o governo do ex-presidente.
Lula reforçou a importância da mobilização dos estudantes contra a PEC 55, que agora tramita no Senado, que propõe o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos.
"Vocês não podem desistir nunca. Vocês devem ter noção de uma coisa: o político que vai mudar esse país não é o Lula, são vocês".

Xico Sá chama Serra de $erra e tenta entender quebra de blindagem

"Trabalhei cem anos na imprensa paulistana. Não acho estranho a mídia esconder os 23 milhões do $erra. Fico pasmo é como isso vazou. Milagre?", questionou o jornalista, ex-colunista da Folha.

"Entendam, amigos, quando falo que admiro $erra estar no noticiário, é porque esse cara sempre foi 100% blindado nos jornais de São Paulo. Não tô protegendo", explica ele, pelo Twitter.

O ministro das Relações Exteriores, José Serra foi acusado em delação da Odebrecht de receber R$ 23 milhões em propina por meio de conta na Suíça. A denúncia foi capa da Folha, mas os demais jornais e colunistas mantiveram silêncio sobre o caso.

‘Estamos num silencioso processo de involução’


Por Tiago Pereira, da Rede Brasil Atual

A restrição ao direito de greve dos servidores públicos, decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, que determinou o corte de ponto dos grevistas; a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segundo a qual a Operação Lava Jato não precisa seguir as regras dos processos comuns, pois "trazem problemas inéditos e exigem soluções inéditas"; a obsessão cega, e ao mesmo tempo seletiva, no combate à corrupção; estudantes sendo algemados em uma escola ocupada; e toda a fragilidade institucional acarretada pelo processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, contestado por parte relevante da comunidade jurídica. Para Eugênio Aragão, o último ministro da Justiça do governo Dilma, estes são sintomas claros de um processo de degradação que atualmente atinge as instituições do país.

"O que a gente não está vendo é que estamos num silencioso processo de involução. Não chamo de silenciosa revolução, porque revolução pressupõe que se vá para frente." Essas são algumas das preocupações demonstradas pelo professor do curso de Direito na Universidade de Brasília (UnB).

"Estamos num momento de profunda degradação do tecido institucional do Estado brasileiro. Estamos desmontando completamente o pacto de 1988 (representado na Constituição Federal que vigora desde então), e, por isso estamos involuindo."

Em entrevista à RBA, Aragão, que retornou à função de procurador do Ministério Público Federal (MPF), afirma que a relação entre os poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) encontra-se em desequilíbrio, critica a superexposição midiática de juízes e procuradores e diz que pode levar uma geração até que as instituições se recuperem.

Para ele, a decisão do STF que validou, por 6 votos a 4, o desconto dos dias paradas de servidores públicos que entrarem em greve, equivale, na prática, a impedir o direito de greve. "Se a Constituição prevê o fim, que é o direito de greve, deve também dar os meios. Tirar do servidor os seus vencimentos, porque está fazendo greve, é impedir a greve", afirma o ex-ministro, para quem a medida parece fazer parte de uma estratégia mais ampla.

"O problema é o seguinte: enquanto a Câmara aprova a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que vai deixar os servidores provavelmente com os seus vencimentos congelados pelos próximos 20 anos, o STF impede a greve. Parece um jogo de bobinho, em que a bola fica entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e o governado é o bobinho, que fica tentando correr atrás da bola", analisa o professor, que também não poupa críticas ao Supremo por excessiva preocupação com a governabilidade do presidente Michel Temer, preocupação essa que não se viu durante os momentos finais do governo Dilma.

"Me preocupa essa seletividade temática. Se busca bloquear um direito constitucional, ou pelo menos a sua praticidade, para garantir governabilidade para um senhor que se apossou da presidência da República através de uma manobra parlamentar. Tudo isso era muito previsível. Na verdade, a destituição da presidenta Dilma foi o início de um processo de degradação das nossas instituições."

Já sobre os investigadores da Lava Jato, Aragão lembra que o discurso de excepcionalidade para justificar o descumprimento de regras legais, como no caso do vazamento de conversas entre a então presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, que passou sem punição, foi adotado também durante a Alemanha nazista.

Ele ainda afirmou que a exposição excessiva de autoridades da Justiça pela mídia tradicional, desde os promotores da Lava Jato até o ministro Gilmar Mendes, sempre prontos a dar declarações de impacto que virem manchete, colaboram para a sua "desmoralização institucional". Em algum momento futuro, quando houver sinais de pacificação, faz-se "urgentemente" necessário criar medidas que "segurem os excessos do Judiciário e do Ministério Público", ambos, segundo Aragão, atualmente "descarrilhados".

"Desequilibraram o sistema completamente. A gente vê membros do MP atuando claramente com objetivos de seleção de alvos. Estamos vendo um Judiciário enfraquecido, anuindo a tudo isso e também adotando discurso seletivo."

PEC do mal


Frente às ameaças aos direitos individuais e coletivos, e de perdas efetivas – como a PEC 241 – o ex-ministro Eugênio Aragão lamenta a falta de reação da sociedade, e diz que o Brasil vive hoje "um momento surreal, um quadro absurdo de Salvador Dalí", a espera de um comando advindo da mídia tradicional.

"O brasileiro, infelizmente, parece que não tem capacidade de se mobilizar se não tiver um lide (referência ao jargão jornalístico que define o parágrafo principal de uma matéria). Estão perdidos, sem nenhum tipo de rumo, sem norte, assistindo a esse circo pegar fogo com absoluta inação. Parece que há um estado de torpor."

Nesse quadro de enfraquecimento das garantias individuais, Aragão diz que a denúncia dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Comitê de Direitos Humanos da ONU, que acusa o juiz Sérgio Moro de cometer uma série de arbitrariedades, é medida importante para "dizer claramente que a comunidade internacional, que não é petralha, não está concordando com o que está acontecendo no Brasil de hoje."

Outras ações que visam a restringir a liberdade de expressão e consciência, como o projeto Escola sem Partido, que tramita no Congresso Nacional, e coloca restrições ao debate de ideias dentro de sala de aula, ou ainda a ação do MPF que mandou retirar cartazes 'Fora Temer' do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, indicam, para o professor, "um processo de fechamento de discurso, que proíbe as pessoas de pensarem 'contramajoritariamente'".

"Não sei por quanto tempo a gente vai poder refletir, mas, enquanto puder, é importante falar. É importante a gente dizer o que está acontecendo, sem medo das consequências. Estamos em um momento que, ou a gente fala, ou depois não vamos poder reclamar mais."

Num cenário sombrio, Aragão afirma que reside nos estudantes que ocupam escolas por todo o país contra a PEC 241 e contra a proposta de reforma do ensino médio do governo Temer, a esperança de um futuro de mais igualdade de direitos. "Vejo jovens tomando atitudes para poder salvar pelo menos o seu pedaço, que é a educação pública. Isso é um alento, e serve de exemplo a nós, adultos."