sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Celular da OAS revela um câncer: doação privada


As mensagens de SMS do celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelam como o financiamento empresarial de campanhas políticas, abolido em 2015 por decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, levou à metástase o sistema político brasileiro.

As mensagens apontam, por exemplo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez 27 pedidos a Léo Pinheiro e o executivo da OAS, por sua vez, fez 26 solicitações ao deputado. Numa das mensagens, Cunha diz que Moreira Franco (ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil) conseguiu levantar "5 paus" para o vice Michel Temer.

A OAS, concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), aparentemente, gostava dessa relação de troca, pois quando o PT começou a defender o fim do financiamento privado, Léo Pinheiro protestou: "Ficou louco. Isso é hora de demonizar empresário?".

Analogia

A PF do zé faz com o Lula o que os militares fizeram com JK.

Paulo Thadeu

Wagner é o da vez. O neto da Dilma é o próximo!

Deixar vazar não é combater a corrupção


O governador da Bahia Jaques Wagner conversou com dirigente da empreiteira OAS sobre matéria relacionada a seu Governo.

Esse vazamento dará origem a uma interminável campanha pigal para desqualifica-lo como homem-chave na estratégia política da Presidenta Dilma.

Nada de novo. Há 8.937 vazamentos por semana, devidamente dirigidos aos vazos.

O Conversa Afiada, o Nassif e o Azenha não recebem vazamentos.

O Brasil criou essa nova jabuticaba, desde o mensalão (o do PT, porque o do PSDB sumiu com o time do Corinthians).

Os vazadores são, como se sabe, e porque confessam, o Juiz do Não Vem ao Caso, a PF do , que o Governo Dilma transformou no centro da Sedição, e o próprio Ministério Público – não só os que tem o wi-fi de Deus, mas, agora se vê, o Procurador Geral, que faz distribuição farta de indícios e suspeitas sobre o FGTS.

O efeito eleitoral da produção dessa indústria será limitado, como se sabe. Não atinge, por exemplo, a estrela do PT que reluz com mais brilho, o Fernando HaddadNem fará com que o PT tenha um candidato a Presidente, se o Lula não for.

Porque o PT não teria quem suceder a Dilma, desde que o mensalão ceifou sua liderança, a começar pela mais capaz, o José Dirceu. (E, por isso, o Não Vem ao Caso tratou de prende-lo depois de preso, para ter o prazer de diminui-lo, em Curitiba.)

O objetivo da Casa Grande e seus instrumentos no PiG é fazer a Dilma sangrar: quanto mais melhor! Impedir que governe. Que leve os “bovinos” à Universidade. 

Em nome de um “ilícito. Era o ilícito pedir dinheiro para campanha? O PSDB pega dinheiro em quermesse? Não era isso o que o Ministro Gilmar (PSDB-MT) mais queria: que a grana das empreiteiras rolasse solta?

O inexplicável é que o Governo e seu Ministro (?) da Justiça assistam a tudo como se estivessem no cineminha do Alvorada, a contemplar o Star Wars, a Força!

Essa indústria do vazamento é crime! Os que vazam e os vazos cometem crimes previstos em lei!  Isso não existe em nenhum lugar do mundo civilizado (ou não)!

E não há repressão! Não há culpados! Cometem-se crimes 9.539 vezes por semana e o Brasil a contempla-los como se fosse tão natural quanto consultar a lista de novidades da Netflix!

Vaza, vaza, vaza – e nada. O Ministro da Justiça, o zé, mandou apurar o vazamento com que começou a artilharia contra Wagner! 

Quá, quá, quá! Mandou a Polícia Federal apurar quem vaza! Quá, quá, quá! A mesma Polícia Federal que vende delação ao André Esteves e grampeia mictório de preso sem autorização de juiz! É como pedir ao Aecím para denunciar a roubalheira em Furnas da tribuna do Senado!

Esse será um dos legados do Governo Dilma. Assim como a Globo vendeu aos incautos que uma Ley de Meios seria uma ameaça à liberdade de imprensa (dela, a Globo), a autonomia ilegal, anti-republicana, irrestrita da Polícia Federal se transformou numa virtude: nunca ninguém combateu a corrupção como nós!

Ora, faça-me um favor! Só em ditaduras a Policia tem autonomia! Não é isso, Otavim?

Quando Papai emprestava as camionetes – os torturadores trabalhavam com autonomia ou não? Irrestrita. Inclusive autonomia orçamentária, como agora o Dr Moro assegurou aos neo-torturadores.

Combater a corrupção com crimes, com vazamento ilegal, com a seleção de vazamentos para atingir apenas um lado do espectro político. Isso não é combater a corrupção, mas instalar um sistema institucionalmente stalinista, como denunciou o eminente Professor Pedro Serrano.

Já se sabe o desfecho do processo judicial antes de concluído! Isso não tem nada de “combater a corrupção”. Isso é uma disseminação do crime! Da arbitrariedade. De totalitarismo!

Desmoralizar pessoas, destruir reputações, arruinar famílias e empresas em nome de uma suspeita que, quem sabe?, um dia, no século XXII se materializará!

Oh, Gushiken! Genoino, esse multibilionário, um Midas! E o Daniel Dantas, pobrezinho? E o Aecím? E o Tarja Preta?

Wagner está irremediavelmente frito. O próximo alvo será o neto da Dilma.

Em tempo: a propósito, ler o Paulo Pimenta, um dos últimos petistas a ter voz alta. Por falar nisso, quando a Zelotes vai pegar os gordos?

Paulo Henrique Amorim em Conversa Afiada, 08/01/2016

Ácidas

Separando as coisas Não é justo que trabalhadores e seus familiares paguem pelos crimes praticados por donos e executivos de empreiteiras. Tampouco a economia pode ser tragada pela sanha punitiva dos que não se importam que o país vá à bancarrota em nome de seus interesses políticos.

Estado de Direito ou Estado da Direita?  É curiosa a situação que vive hoje o Brasil. Estamos em plena vigência de um Estado de Direito? Ou de um “estado” de direita, que está nos levando, na prática, a um estado de exceção?

O sonho virou delírio O sonho presidencial de Alckmin perdeu força em 2015 Lu Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin, PSDB/SP, usou aeronaves e jatos em 132 deslocamentos desde 2011. Todos os outros secretários juntos apenas em 76 vezes. 

Esperança O que o movimento democrático espera da nova orientação econômica do país são medidas claras que desafoguem a vida do povo e promovam uma reversão das expectativas, apontando a retomada do desenvolvimento e a queda de desemprego

Devagar com o andor, que o santo é de barro O mais emergencial agora, além de abortar as investidas golpistas, é concretizar uma agenda de consenso para interromper a queda da atividade econômica e recuperar o seu crescimento

Revelação Marina agrega outro adjetivo à sua história política: golpista. Ela não tem cara de golpe paraguaio, que é parlamentar. É sujo e violento, mas tem o verniz, ao menos, de uma participação popular, via seus representantes no congresso. Marina tem cara de golpe hondurenho, que é ainda mais ardiloso e mais antidemocrático: o golpe judicial.

Dilma x PT Concordo com Alex Solnik em parte. De fato, não é função dos partidos "impor" aos seus filiados que ocupem a chefia do executivo suas diretrizes. Mas não é papel de nenhum chefe do executivo “mandar no partido” ao qual esteja filiado.

Melhorou, mas ainda é desigual Embora os Estados do Nordeste alardeiem tantos avanços, do ponto de vista de números reais da economia brasileira, mesmo com tantos investimentos nos diversos Estado, os indicadores mostram que o patamar de participação nordestina no PIB ainda é abaixo dos 14%.

Corretíssimo Terceirizar não é vale tudo. A liberação da prática da terceirização para qualquer atividade da empresa poderá trazer uma série de consequências negativas. O principal perigo que o trabalhador irá enfrentar é a fragilização da relação de emprego

Bipolar FHC carrega um general golpista dentro dele. "Tudo indica que é um general integrante da UDN, que andava incubado e agora aflorou", afirma o colunista do 247 Laurez Cerqueira; segundo ele, em matéria de "falta de constrangimento público, de aridez interna, Fernando Henrique e Eduardo Cunha se parecem"; "Não sentem vergonha do que estão tramando. Aliás, estão juntos na empreitada do "golpe paraguaio" no Brasil. Os dois, além de Michel Temer, entrarão para a história pela porta dos fundos e farão parte da ala dos golpistas", afirma.

Jaques Wagner? Se Jaques Wagner será um quadro para a disputa à presidência é adivinhação. Lula nunca saiu do páreo, mas Wagner pode surpreender se compuser alianças pacificadoras e ‘conseguir’ um 2016 melhor.


Reforma da previdência? A Seguridade não é desse ou daquele governo, ela é dos trabalhadores, dos brasileiros. Diante de tudo isto, acredito em um caminho: a mobilização das ruas

O Futuro da Bolsa Esse capitalismo nanico pregado, aperfeiçoado e tenebrosamente difundido ao longo dos últimos anos sucateou as empresas brasileiras e as colocou em liquidação perante o capital estrangeiro. O tempo de recuperação será longo.

A Globo deveria trocar seu Plim-plim por vibrante dobre de finados...A programação capricha em evidenciar o baixo astral em cada notícia, em cada chamada de telejornal, como se temas felizes, pessoas alegres, mensagens com 0,01% de esperança no futuro e pautas inclusivas e não-partidarizadas estivessem para sempre banidos da emissora do Jardim Botânico carioca

Mitômano, o que é isso? Faz ou não faz todo sentido presidente da ANJ ser um mitômano? Ah, a Associação Nacional de Jornais… Poderia haver órgão mais representativo do coronelismo jornalístico brasileiro do que esse? 

Sartori: cadê o projeto do mínimo regional? O governador sequer recebeu em audiência as centrais para discutir a reivindicação. Ele passou o ano espalhando o caos na sociedade, atacando os servidores públicos, aumentando o ICMS, precarizando os serviços públicos e ignorando as demandas da população

Médicos precisam repensar seus valores, antes que seja tarde Os esquemas de corrupção em procedimentos, compras de medicamentos e em bular horários de trabalho, incluindo casos de manufaturas de dedos de silicone para bater o ponto são recorrentes; entidades médicas sabem que isso é comum, mas não tratam do tema.

Eduardo Cunha caminha para a forca? Ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF, concederá um prazo de 10 dias para que Eduardo Cunha apresente a sua defesa; caso ele, conhecido por sua agressividade e cinismo, não apronte mais alguma tramóia - sempre com o apoio dos "deputados éticos" do PSDB, DEM, PPS e SD -, poderá estar rumando para o cadafalso já no final de fevereiro.

Rapidinhas

Por que o TCU é contra? Ministros do TCU afirmam que, se o governo não devolver à corte o direito de apitar nos acordos de leniência com as empreiteiras do petrolão, não só irão se negar a aprovar os acertos como abrirão processos independentes para apurar as irregularidades, o que atrasará muito o processo. Ameaçam ainda punir servidores da CGU e da AGU, responsáveis pela costura dos acordos, caso entendam que a multa às empresas envolvidas está abaixo do calculado pelo tribunal.

Baú da felicidade O celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, segue fonte profícua de indícios da relação entre o então empreiteiro e Brahma, como o ex-presidente Lula era por ele chamado, segundo análise da PF.

Não se reprima Em 2014, Pinheiro escreve: “Ele vai estar num encontro político com o Brahma. Tem de aproveitar para pedir: solução para Porto Vida, solução para Porto Maravilha; BNDES; rolagem da dívida. É a hora de pedir. A oportunidade é única”.

Leozinho é pop Ainda em 2014, Pinheiro recebe uma mensagem de Carlos Borges, diretor da Funcef [fundo de pensão da Caixa]: “Não esqueça de me reservar uma vaga de office boy nesse arranjo político. Afinal, com sua influência junto ao Galego e a Lula, você é O CARA”.

Meu outro eu Em tempo: “Galego” é Jaques Wagner, hoje braço direito de Dilma.

Brahma pra toda obra Em setembro de 2012, Cesar Uzêda, então diretor da OAS, comenta com Pinheiro que um interlocutor em comum “esteve com o Brahma sobre Inambari”, hidrelétrica tocada pela empreiteira no Peru.

Sem provas  É lula pra cá, é Lula pra lá, mas cadê as provas?

Pirou Em 2013, quando o PT discutia o fim do financiamento privado, Pinheiro reclamava: “Ele disse que tem que acabar com isso [doações privadas], pois as empresas acabam mandando no Legislativo e no Executivo. Ficou Louco. Isso é hora de demonizar empresários?”

Outro lado O Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que não comenta “vazamentos ilegais, seletivos, parciais, com mensagens de terceiros fora de contexto”.

Peixe fora d’água O PSB nutre pouca esperança de que Romário (RJ) permaneça na sigla. O clima, que já não era bom, azedou de vez após ele ser sacado da presidência da legenda no Rio.

Meus direitos Eduardo Cunha vai processar a Receita Federal alegando vazamento de dados sigilosos. Ele acusa o governo de usar um órgão de Estado para perseguir adversários. “Venezuela é aqui”, dispara.

Também quero Cunha ficou indócil ao saber que o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) abriu investigação para apurar o vazamento de mensagens contra o colega Jaques Wagner (Casa Civil). “Ele não abriu inquérito para apurar o meu caso. Cardozo está prevaricando”, diz o presidente da Câmara.

‌Lorde dos Pesadelos De um ministro de Dilma: “Quando achamos que Cunha está finalmente morto, ele ressurge urrando e nos dá outro susto. Parece um filme B de terror. É o Freddy Krueger da crise”.

Sem tostão Com a torneira do financiamento privado mais seca do que o sistema Cantareira, o PT avalia que terá de “reaprender a fazer campanha eleitoral”. O tempo da militância paga ficará para trás.

Quebra essa? “Será uma campanha menos na base do dinheiro e mais na troca de favores, de compromissos”, resume um petista graúdo. A promessa de cargos e de facilidades dará a tônica da relação com os apoiadores.

Bom motivo Por que Andrea Matarazzo é contra a eleição de subprefeito? Tendo sido o pior subprefeito da Sé, jamais voltaria ao cargo pelo voto. Chico Macena (PT), secretário de Governo da cidade de SP, em resposta ao pré-candidato tucano à Prefeitura de SP, que criticou o projeto de Haddad.

Supremo autoriza devassa fiscal na família Cunha


Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, e de pelo menos três empresas ligadas à família; período de análise será de 2005 a 2014.

Eles são investigados por manter contas secretas no exterior que teriam sido abastecidas com propina de negócios da Petrobras na África; a Receita Federal identificou um patrimônio injustificado de Cunha de R$1,8 milhão.

Constatação

Saber votar é o desafio da democracia!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pinguço não tem jeito mesmo!

"Marina Silva, da Rede, tem apetite incontrolável de poder"

Engana-se quem pensa o contrário

Por Fernando Brito, do Tijolaço

Magrinha daquele jeito, Marina Silva é dona de um apetite incontrolável, daqueles que se manifestam fora de hora.

Parecia – só parecia – que Marina tinha adotado uma posição discreta, opondo-se ao golpe do impeachment – mesmo com a ressalva de que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição.

Que impeachment por crime de responsabilidade não é golpe até as pedras sabem, o que é golpe é inventar crime de responsabilidade para fazer o impeachment. É contra este abuso que se está lutando e, até agora, é assim que os deputados de sua Rede têm agido.

Hoje, porém, descobre-se que não é assim a posição de Marina.

Ela quer a deposição de Dilma por outro tipo de golpe, capitaneado não por Eduardo Cunha, mas por Gilmar Mendes.

“O melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque no TSE você teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi utilizado para a campanha do vice-presidente e da presidente da República”, disse hoje Marina ao G1.

Marina bem deve confiar na Justiça Eleitoral, pois até agora nada se apurou sobre o misterioso jato sem dono que matou Eduardo Campos e que a ela servia também porque, como diz ela própria dos outros, candidato a presidente e o vice "são faces da mesma moeda".

Está claro que o que a faz considerar o TSE “melhor” que o impeachment é o mesmo que faz Aécio preferi-lo também: sentir que o impeachment naufragou politicamente e que a “esperança” de eleições antecipadas estão no Tribunal.

Virou siamesa de Aécio: só pensam em “assaltar a geladeira” durante a noite.

Infelizmente Marina decaiu a um nível que só as pessoas dadas a delírios – ou oportunistas que se penduram em certa imagem “limpinha e cheirosa” que a mídia ainda dela projeta – a leva sério.

Ela só sobrevive porque uma parte do PT tem certo banzo do udenismo e porque a direita, sempre esperta, sabe que ela, já há duas eleições, presta-se com prazer ao papel de “bucha” para tirar votos do campo popular.

Fonte: Brasil 247, 07/01/2016

Ministro da Justiça manda investigar vazamentos de Leo Pinheiro


Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou no início da noite desta quinta-feira, 7, a abertura imediata de inquérito pela Polícia Federal, para investigar o vazamento à imprensa de mensagens do empresário Leo Pinheiro, da construtora OAS, que estão protegidas por sigilo legal.

Nas mensagens interceptadas por investigadores da operação Lava Jato, Pinheiro aparece em conversas com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

Em outro diálogo, Leo Pinheiro revela pressão de Eduardo Cunha (PMDB) por doações eleitorais: "Estou sendo cobrado com insistência. Liga para o EC (Eduardo Cunha). Fugir é o pior", diz o executivo a outro dirigente da construtora.

A oposicao, por meio do PPS, ja usa os vazamentos para pedir ao STF investigação contra Jaques Wagner.

A lógica pela qual a imprensa não cobre o caso Lu Alckmin


A bordo, como de costume: Lu Alckmin

Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.

Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.

Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.

Nada.

Escolhi Noblat porque, para mim, ela é a essência do jornalista que temos nas grandes empresas. O JP, o Jornalista Patronal, aquele que se empenha loucamente em produzir e reproduzir conteúdos que agradem os patrões.

O caso aéreo de Lu é exemplar para entender a alma abjeta da imprensa.

Se fosse a mulher de Lula, jornais e revistas se atirariam, em matilha, às denúncias. Manchetes, primeiras páginas, capas, demorados minutos no Jornal Nacional. O público, ou vítima, seria bombardeado.

Mas não é Dona Mariza.

Sendo a mulher de Alckmin, ninguém repercute a história ou, muito menos, a aprofunda. A própria Folha, que deu, logo esquece, ao contrário do que faria se fosse Dona Mariza, ainda que o furo fosse da concorrência.

A mídia já não faz questão sequer de manter as aparências. É preciso ser definitivamente um analfabeto político para levá-la a sério.

Machado de Assis escreveu que o pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Jornais e revistas usam essa lógica machadiana para encobrir os pecados dos amigos: não os publicam.

O problema é que, na Era Digital, a informação se espalha velozmente pelos sites progressistas e pelas redes sociais.

Quem perde é a sociedade com o comportamento delinquente da mídia.

Discussões importantes são perdidas. Por exemplo: faz sentido um Estado, mesmo sendo São Paulo, ter aviões e helicópteros para o transporte do governador?

Um governo que não pode pagar decentemente professores pode se dar a tal luxo?

Recentemente, o governo britânico conseguiu enfim aprovar a aquisição de um jato para uso do premiê e dos ministro. Uso a serviço, naturalmente, não aquilo que Lu Alckmin e Aécio fizeram com aviões mantidos por recursos públicos.

A argumentação contrária era que um avião para o governo seria um gesto ruim em tempos de austeridade e uma afronta à cultivada frugalidade britânica.

O governo teve que fazer contas para mostrar que economizaria dinheiro com um avião particular.

Foi uma batalha.

Enquanto isso, você fica sabendo, por vias tortas como a compulsão aérea da primeira dama de São Paulo, que o governo paulista tem uma frota aérea.

O Brasil necessita de um choque urgente de simplicidade e frugalidade para que excessos dessa natureza, e de muitas outras, sejam evitados.

A mídia poderia ajudar se fizesse um trabalho decente.

Mas o que ela faz é indecente.

Vice-Presidente admite que não haverá impeachment de Dilma

Numa velocidade relativamente estonteante para um homem de seu quilate, Michel Temer passou de autor de cartas constrangedoras a golpista fracassado.

Um deputado do PMDB, Osmar Terra, contou ao Estadão que ele, Temer, “trabalha com a ideia de que não vai ter impeachment. Pelo menos este ano ele acha que não vai”. Terra ainda falou que Temer “quer todo o PMDB unido para a eleição de 2018”.

O afastamento de Dilma teria “perdido relevância” depois da decisão do STF. Lúcio Vieira Lima, também da facção peemedebista pró golpe, fez uma conta: “Com esses embargos, a votação na Câmara deve ficar lá para maio ou junho deste ano. No segundo semestre, tem eleições municipais e depois, acabou o ano”.

Se alguém ainda achava que Temer era um grande articulador — e não faltaram colunistas descrevendo-o desta maneira — , é melhor repensar.

MT passou 2015 tentando se vender como alternativa diante de uma queda de Dilma. Conspirou à luz do dia, chegou a ser cortejado por parlamentares (Serra tentou emplacar um ministério), palestrou para empresários, recebeu cupinchas no Palácio do Jaburu, tentou cavar uma vaga como alguém capaz de “unir o Brasil”.

Seu suposto rompimento com o Planalto naquele mimimi antológico que ele mesmo vazou para um jornalista amigo dividiu o partido. Suas próprias pedaladas foram lembradas. Consolidou-se como comparsa de Eduardo Cunha. Comprou briga com Renan Calheiros. E ainda tem sobre a cabeça a Lava Jato.

Terminou dezembro bambeando e começa janeiro tentando juntar os cacos de seu papel de vice decorativo, lutando apenas para não perder o comando da legenda.

Em algum lugar do passado recente, Temer acreditou que poderia ser mais do que isso. A realidade acabou por demonstrar que, como dizia o pessoal de Tropa de Elite, nunca será.

Fonte DCM, 06/01/2016

Movimentos sociais reagem contra a reforma na previdência


O anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 7, de que o Brasil terá que encarar uma reforma da Previdência recebeu reação imediata dos movimentos populares; líder do MST, João Pedro Stedile disse que "haverá mobilização contra o governo" se a reforma proposta pelo governo retirar benefícios dos trabalhadores do campo.

"Se o governo tentar mudar a idade mínima no campo, certamente haverá mobilizações em todo o país contra o governo", disse Stedile: "O governo não é dono, nem responsável pela previdência dos trabalhadores", afirmou.

Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os movimentos irão para "o enfrentamento" contra a medida, que classificou como "desastrosa" e "covarde". A decisão da presidente pode resultar em perda de apoio dos que foram às ruas defender seu mandato.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Terreno onde funciona a usina de asfalto de Itaituba foi negociado

Na manhã desta quarta feira, os vereadores Peninha e Iamax Prado foram comunicados que o empresário José Oliveira Lemos – conhecido por Tata, estava limpando o terreno para murar. Imediatamente os vereadores que estavam na Câmara foram até o local e constataram que o empresário usando maquinas pesadas estava fazendo a limpeza da área para murar.



Há vários anos a Usina de asfalto funciona ali, devido o terreno pertencer ao município. Os edis apuraram que o terreno era de propriedade do falecido vereador José Alexandre Primo, que na época do então prefeito Francisco Xavier Lages de Mendonça havia trocado com o município e recebido vários terrenos situados na área do antigo aeroporto (Bairro Boa Esperança).

Entretanto, com o falecimento do então vereador José Alexandre, o terreno não chegou a ser transferido para o patrimônio municipal e em seguida apareceu varias escrituras desmembrando este terreno.

Agora, os vereadores estão buscando junto ao Cartório de Registro de Imóveis e no Setor de Terra da Prefeitura de Itaituba documentos para evitar a perda da área, que mesmo sem documento, pertence ao município.

Também, os vereadores, através da Câmara vão cobrar do município (prefeita e Procuradoria do Município) que embargue qualquer obra nele terreno, até que seja esclarecida a origem e a veracidade dos documentos daquela área.

Fonte: Blog do Peninha, 06/01/2016

Família difícil de entender

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise

O que não é novidade para ninguém

Bolsa da China: crise mundial

O que aconteceu com a Bolsa de Valores da China no primeiro pregão do ano deixou clara a cafajestice com que a imprensa nacional e a oposição política brasileira trataram a crise mundial durante todo esse tempo.

O tombo de 7% no principal índice chinês arrastou para o abismo as demais bolsas asiáticas e causou danos na Europa e no continente americano. O estrago só não foi maior porque as negociações foram encerradas antes do fechamento oficial com a intervenção do chamado “circuit breaker”.

Para conter a queda livre na desvalorização do Yuan, o Banco Central chinês injetou num único só dia, 20 bilhões de dólares no mercado. Uma mordomia para quem possui o luxo de contar com reservas internacionais de 343 bilhões de dólares. Um pouco menos do que as reservas do Brasil.

Tudo isso causado com a simples divulgação da retração na produção industrial da China. Muito antes disso, a Alemanha, a maior economia da Europa, já emitia sinais profundos de dificuldades em função da crise global.

A despeito de tudo isso, economistas picaretas como Miriam Leitão e Carlos Sardemberg, além da trupe circense que se transformou os líderes de oposição, teimaram em querer imputar as dificuldades da economia brasileira a fatores exclusivamente internos.

Tentaram, de todas as formas, desenhar um quadro onde um Brasil em ruínas se apresentava como uma ilha de retrocesso em meio a um oceano mundial de bonança e prosperidade.

O triste – para a turma do quanto pior, melhor – é que contra fatos e dados não existem argumentos. Apesar da crise MUNDIAL, o Brasil fechou o ano de 2015 com a maioria dos indicadores sociais de causar inveja a muitas potências européias.

Além de um saldo positivo na balança comercial de 19,7 bilhões de dólares, entramos 2016 com um histórico de redução da extrema pobreza de inacreditáveis 63% nos últimos dez anos.

Mais do que isso, o salário mínimo completou o seu décimo terceiro ano consecutivo de aumento real. Uma seqüência jamais vista desde a sua criação em 1 de maio de 1936 no governo de Getúlio Vargas.

Com o aumento estipulado em 11,67%, considerando o acumulado de 2002, já atingimos um ganho frente à inflação de 77,3%. Como efeito prático, o que em 1995 dava para comprar 1,1 cesta básica, em janeiro de 2016 o SM eqüivale a 2,4 o valor da cesta. Mais do que o dobro.

Evidente, como deixou exposto o primeiro dia útil do ano, que o cenário atual que se impõe para o Brasil e para o mundo é extremamente desafiador, principalmente com a queda das importações pela China de commodities produzidas no mundo inteiro.

No Brasil, os índices de desemprego e inflação são indicadores que merecem especial atenção pelo governo, justamente por serem os que mais rapidamente afetam a população de menor poder aquisitivo.

O fato é que ao fim e ao cabo, a exemplo das demais crises que já superamos, muitas delas piores do que a atual, iremos mais uma vez sair de uma crise internacional muito maiores e mais fortalecidos.

Apesar da grande mídia e de partidos como o PSDB e o DEM.

Fonte: DCM, 05/01/2016

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Constatação

Constatação

A PF do Zé só falta colocar na farda a insignia ou um broche de "tucaninho".

Comentário de Nilson Fernandes, na postagem "A Democracia americana é uma democracia?", em Conversa Afiada, 04/01/2016

FHC passou de grande sociólogo a golpista inveterado

Que coisa feia, deprimente, ex-presidente dando canelada!

Em entrevista ao programa Manhattan Connection, do GloboNews, nesta madrugada, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso voltou a defender o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “não precisa de empurrão, se cair, Dilma cai sozinha”.

Segundo ele, Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) ‘disputam cabeça a cabeça’ pelo título de pior de 2015. “Sou otimista, para recompor uma situação política no Brasil, 3 a 5 anos”, completou. 

Ele afirma ainda que "o risco maior na América Latina é esse populismo (...) tomara que o Brasil se livre disto". Um dos principais líderes do movimento golpista, FHC escreveu ontem que vale tudo para derrubar Dilma: "renúncia, retomada da liderança presidencial em novas bases ou, sendo inevitável, impeachment ou nulidade das eleições".