terça-feira, 25 de agosto de 2015

Yossef confirma que Aécio recebeu dinheiro de Furnas

Mas não tem problema, ele é do PSDB

O doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça (25), durante depoimento na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas: "Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele", disse o doleiro.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que Aécio seja investigado por ter sido citado por Youssef. Em seu discurso, Pimenta ironizou a atuação do PSDB e do DEM. Ele disse que a atuação da oposição é para que só “meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI. “É curioso porque há um esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá", disse.

Fonte: Brasil 247, 25/08/2015

Doleiro acusa deputado de intimidação em CPI


Acusação foi contra Celso Pansera (PMDB-RJ), autor de requerimentos de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da ex-mulher e de duas filhas de Alberto Youssef. 

Ao responder pergunta do deputado JHC (SD-AL) nesta terça-feira, o doleiro admitiu que estava sendo intimidado por meio de um integrante da comissão. "Ele está aqui?", quis saber o deputado. 

"Está aqui e não está aqui para investigar, mas para fazer intimidações, o que é triste porque eu sou um colaborador e estou aqui para dizer a verdade", disse Youssef. 

O doleiro não apontou o suposto autor de ações de intimidação, mas foi interrompido por Pansera, que quis saber quem era. "É o senhor", respondeu.

Madeira Limpa: 21 são presos em 3 estados em operação para combater desmatamento ilegal

Entre os presos, servidores públicos das três esferas de governo e madeireiros, todos suspeitos de coagirem assentados para retirar madeira ilegal em terras públicas

A Operação Madeira Limpa cumpriu hoje no Pará, Amazonas e Santa Catarina 21 mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha de comércio ilegal de madeira. A investigação é do Ministério Público Federal e da Polícia Federal e as prisões e buscas foram autorizadas pela Justiça Federal. Foram presos madeireiros e servidores públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e da Secretaria de Meio Ambiente do Município de Óbidos.

Apenas dois mandados não foram cumpridos e dois madeireiros são considerados foragidos. Além das prisões, foram apreendidos carros de luxo, jet skis, documentos e computadores que serão analisados na continuidade das investigações. A quadrilha agia em núcleos coordenados: os que atuavam no Incra coagiam trabalhadores rurais a aceitarem a exploração ilegal de madeira dos assentamentos do oeste paraense em troca da manutenção de direitos básicos, como o acesso a créditos e a programas sociais. Os demais asseguravam as derrubadas ilegais e a circulação da madeira no mercado por meio de papéis esquentados.

O grupo é acusado de coação, receptação qualificada de madeira, subtração de bem público, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, falsidade ideológica, estelionato, crimes ambientais. O prejuízo mínimo estimado ao patrimônio público é de R$ 31,5 milhões. Os servidores federais presos são Francisco Elias Cardoso do Ó, João Batista, José Maurício e Álvaro Pimentel, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, em Belém e Adriano Minello e Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, do Incra. Bacelar era o superintendente do órgão em Santarém e o MPF pediu o afastamento de todos os funcionários públicos envolvidos no esquema.

Crimes – Os investigados são suspeitos de formarem grupo organizado, estruturalmente definido e com divisão de tarefas, voltado à práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, uso de documento falso, crimes contra a flora e crimes contra a administração ambiental.

Segundo as investigações do MPF, iniciadas em 2014, o grupo atuava em três frentes interligadas: um núcleo intermediador e empresarial, um núcleo operacional centralizado no Incra e um núcleo relacionado às fraudes em órgãos ambientais.

Enquanto o primeiro núcleo concentrava os negociantes de créditos florestais fictícios (esses negociantes são conhecidos como “papeleiros”) e empresas que recebiam a madeira extraída ilegalmente, o segundo núcleo atuava diretamente com o desmatamento, sob a permissão de servidores do Incra, e o terceiro núcleo era responsável pela mercantilização de informações privilegiadas sobre fiscalizações realizadas por órgãos ambientais e pela liberação irregular de empresas com pendências nessas instituições.

O MPF qualificou como “cruel” o modo de atuação do núcleo concentrado no Incra. “O grupo investigado transformou a SR30 (superintendência do Incra que abrange o oeste paraense) em um grande balcão de negócios, fazendo uso da instituição pública, e no exercício funcional, para viabilizar a extração ilegal de madeira em áreas de assentados. Muitas vezes, a prática criminosa é realizada sob submissão dos colonos à precária situação em que são colocados. Precisam barganhar direitos que lhes são devidos em troca da madeira clandestina”, registra petição do MPF à Justiça Federal.

Assessoria de Comunicação/Ministério Público Federal no Pará, 25/08/2015

Aécio se manifesta sobre Cunha: "Não interfiro"

Ele está dando uma de Pôncio Pilatos

Em sua primeira declaração desde a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), senador diz que posicionamento da bancada do PSDB é de que "as acusações são graves e devem ser respondidas".

Questionado se concordava com o afastamento do deputado da presidência da Casa, porém, declarou: "é uma questão interna da Câmara na qual eu não interfiro".

Quanto à presidente Dilma Rousseff, contra a qual não há denúncias nem elementos que apontam seu envolvimento na Lava Jato, Aécio pede renúncia ou tenta forçar sua saída pelo impeachment.

Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda durante o governo José Sarney, Luiz Carlos Bresser-Pereira, escreveu que o PSDB quer derrubar uma presidente honesta aliando-se a um corrupto.

Abilio Diniz diz que a crise é política que econômica



Durante congresso sobre gerenciamento de crise para empresários do setor de varejo, o empresário Abilio Diniz, presidente da Brasil Foods, afirmou nesta terça-feira, 25, que o cenário econômico brasileiro não é o pior já enfrentado na história do País e nem o Brasil está sozinho na crise.

Abílio foi enfático ao dizer que a crise é "fundamentalmente política, muito mais do que econômica", e pediu a "união" dos brasileiros.

"A hora em que superarmos a crise política através de união dos brasileiros, vamos superar crise com certeza".

Dilma avisa que 2016 também será um ano dificil


Presidente reconheceu nesta terça-feira 25 que, apesar das ações do governo, a crise não será resolvida no curto prazo. "Eu espero uma situação melhor. Mas não tenho como garantir que a situação em 2016 vai ser maravilhosa, não vai ser, muito provavelmente não será. Agora também não será a dificuldade imensa que muitos pintam. 

Vamos continuar tendo dificuldades, até porque não sabemos a repercussão de tudo o que está acontecendo na economia internacional", declarou Dilma Rousseff, em entrevista a rádios do interior de São Paulo, onde entregará casas populares.

Sobre a queda brusca de ontem nas bolsas internacionais, ela afirmou que a economia brasileira está se protegendo com medidas como o pacote de exportações e o programa de atração de investimentos em logística.

Folha amarrou o discurso da elite contra o golpe


"Uma deposição assentada em razões banais traria instabilidade interna e mancharia a imagem do país aos olhos da comunidade internacional – o Brasil em tese superou sua fase de república das bananas", diz o editorial de Otávio Frias, da Folha de S. Paulo, publicado nesta terça-feira.

Posição é alinhada com a do banqueiro Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, que também se posicionou contra o golpe no fim de semana; "Não me parece ser motivo para tirar a presidente. Até porque presidentes anteriores a ela passaram por situações semelhantes. Seria um artificialismo querer tirar a presidente neste momento. Criaria uma instabilidade ruim para nossa democracia", disse ele, ao falar sobre as pedaladas fiscais.

"O segundo impeachment no Brasil, apenas trinta anos depois do fim do regime autoritário, banalizaria o instrumento, inibindo o amadurecimento da democracia", disse ainda o ex-ministro Maílson da Nóbrega, da Tendências Consultoria. Todos esses movimentos isolam ainda mais lideranças da oposição, como Aécio Neves, Ronaldo Caiado e Roberto Freire, que apostam na instabilidade.

Dilma defende parceria com estados contra crise


Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de prefeitos da região e ministros, presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira, 25, da entrega de 1.237 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em Catanduva.

Segundo Dilma, a parceria com estados e municípios vai continuar e não depende da relação dos partidos dos gestores com o governo federal.

"Tenho certeza de que essa parceria com estados e prefeituras vai continuar e está baseada em uma visão democrática e republicana da coisa pública", disse a presidente. "Podemos divergir, mas temos que agir juntos no que se refere à administração para proteger os interesses da população", completou a presidente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Vereador exige calçadas livre para pedestres

Hoje o Vereador Dayan Serique denunciou que alguns comerciantes se utilizam das calçadas como se fosse extensão de sua propriedade, pintam calçadas induzindo a serem utilizados como estacionamento, colocam cones em frente a suas lojas e tantas outras coisas, desrespeitando a faixa de domínio público, impedindo o direito dos pedestres, principalmente daqueles que por serem idosos e que possuem deficiência temporária ou permanente. 

Já vi comerciantes recuarem para dentro de seus estabelecimentos comerciais para garantir o direito de ir e vir das pessoas e isso é digno de aplauso, porém, alguns ainda insistem em transgredir a lei e para esses imploro e solicito que passem a enxergar e respeitar os pedestres, assim como também o Poder Público, através das Secretarias Municipais de Mobilidade e Trânsito e Infraestrutura que cumpram seu papel constitucional, aplicando a lei a todos, sem distinção, sem apadrinhamento , sem perseguição, de forma linear, afim de que a lei seja para todos!!!

Portanto, gostaríamos de contar com apoio da sociedade, da ACES, do Ministério Público do Poder Judiciário, de todos aqueles que querem ver uma Santarém cada dia melhor, tendo como mola mestra a civilidade, que não precise recorrer as leis, bastando ser consciente que para cada direito um dever!!!

Fonte: Blog Farol do Tapajós, 24/08/2015

Dilma diz: "Vamos passar todos os ministérios a limpo"


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda (24), em entrevista a jornais impressos, que a reforma administrativa anunciada pelo Palácio do Planalto vai cortar, além de dez ministérios, 1 mil cargos de confiança existentes hoje.

Ela reconheceu que as mudanças vão trazer alguma dificuldade política, mas afirmou que é necessário fazê-las. Dilma também disse que o governo errou ao demorar a perceber que a crise econômica era muito maior do que se esperava. 

Na entrevista, Dilma saiu em defesa do vice-presidente Michel Temer ("Ele é de extrema lealdade comigo") e do ex-presidente Lula ("Não são corretas as atitudes de tentar diminuí-lo, de tentar envolvê-lo"). Ela também negou os rumores espalhados de demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy; "Isso é mentira", afirmou.

Cunha festeja saíde de Temer e pede PMDB fora do governo


Presidente da Câmara classificou a saída do vice-presidente, Michel Temer, da articulação política como um "fator positivo" aos que defendem que o PMDB deixe o governo da presidente Dilma Rousseff.

"Não sei se a saída dele da articulação é mais um passo (para a saída do PMDB do governo), mas para nós que defendemos a saída, a gente vê como um fator positivo", disse, acrescentando que a saída "é um bom sinal para ele (Temer)".

Eduardo Cunha afirmou ainda que a antecipação do congresso do partido, marcado para novembro, "seria muito importante" para a discussão sobre a permanência do PMDB no governo.

Declarações foram feitas após um debate na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde Cunha foi alvo de protestos nesta segunda-feira.

Dilma tinha razão: O mundo vive nova crise global


Desde o início do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff tem feito alertas sobre a gravidade da crise global, sendo sempre questionada por analistas internos. Nesta segunda-feira, com o crash chinês afetando bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, o quadro é inequívoco: o mundo enfrenta hoje uma crise tão aguda ou ainda mais grave do que a de 2008.

Xangai teve baixa de 8,46%, a maior queda percentual diária desde 2007, enquanto as principais bolsas da Europa caíram entre 4,6% e 5,96%. Em menos de um ano, preços do petróleo caíram mais de 60%, derrubando ações de todas as petroleiras globais; commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, também enfrentam as mínimas históricas. Desta vez, até analistas conservadores, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, tenderão a reconhecer a gravidade do quadro internacional.

Governo anuncia reforma e cortará dez ministérios



Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou nesta manhã que o governo vai reduzir o número de ministérios, baixando o total de 39 para 29. A medida faz parte de pacote de reforma administrativa apresentado hoje a ministros durante reunião da coordenação política com a presidente Dilma Rousseff. As pastas que serão extintas serão definidas até o fim de setembro. "Com o melhor funcionamento da máquina, você vai aumentar a produtividade do governo. É vital e crucial aumentar a produtividade dentro do governo", afirmou Barbosa. A reforma também inclui cortes em estruturas internas de órgãos, ministérios e autarquias.

Governo pede ao TCU mais 15 dias para explicar contas


O governo federal pediu ao Tribunal de Contas da União um novo prazo para explicar a prestação de contas da presidente Dilma Rousseff referente a 2014. O pedido foi confirmado pelo ministro Augusto Nardes, relator do processo. “O governo está solicitando mais 15 dias. Estou sabendo disso agora, e tomarei uma decisão entre hoje e amanhã, porque foi dado um prazo bastante elástico, de 45 dias. Vou avaliar isso”, disse.

“Não há elemento jurídico para impeachment”


Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro aposentado Carlos Ayres Britto afirma que confia "na honestidade" da presidente Dilma Rousseff e reforça que "não há elementos jurídicos" para embasar pedido de impeachment.

Ele diz ainda que torce pela continuidade de Dilma no cargo, "mas que será necessário que ela se reinvente. Ou será devorada". "Acredito no espírito público da presidente. Agora, é ela dizer de si para si, várias vezes por dia: Dilma, reinventa-te ou te devoro. O dilema é esse. Ou a presidente se reinventa ou é devorada. Ou seja, os fatos estão dizendo para ela reinventar-se, ou nós a devoramos".

Bresser: PSDB quer derrubar presidente honesta aliando-se a um corrupto


O ex-ministro da Fazenda durante o governo José Sarney, Luiz Carlos Bresser-Pereira, postou em sua página pessoal no Facebook uma dura crítica ao PSDB comparando as aspirações golpistas do PSDB com as que a UDN tentou fazer valer suas ambições entre os anos de 1946 e 1964.

Segundo ele, a UDN conseguiu o golpe vitorioso em 1964, "mas com uma diferença: enquanto a UDN nunca se associou a políticos evidentemente corruptos, é isto que o PSDB está fazendo neste momento: aliou-se ao deputado Eduardo Cunha", escreveu.

Geração de usinas eólicas cresce 114% no semestre



A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou nesta segunda-feira que o Rio Grande do Norte foi o líder na geração eólica no período, com 651 megawatts médios de energia entregues, seguido pela Bahia e pelo Ceará

Juruna pede saída de Paulinho, após apoio a Cunha


Movimento por saída definitiva do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) da Força Sindical ficou mais forte depois que o parlamentar deu apoio explícito ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado por corrupção.

Secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que já é hora de Paulinho "seguir seu caminho", "deixando que a central siga o seu próprio caminho, tenha a sua posição permanente em defesa de políticas democráticas, do respeito à institucionalização do Estado de Direito Democrático".

Fonte: Brasil 247, 24/08/2015

Polícia do Pará prende 12 por fraudes em créditos florestais


A operação “Amazônia Legal”, realizada em conjunto pela Polícia Civil do Pará e a Semas (Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Sustentabilidade) desarticulou, no sábado (22), um esquema de fraudes na compra e venda de créditos florestais de empresas cadastradas no Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais), da Semas; e no Sisdof (Sistema de Controle Florestal), do Ibama. A informação é do blog do Evando Corrêa.

No total, 12 pessoas foram presas nas cidades de Belém, Santarém, Redenção, Tucuruí, Uruará e Novo Progresso, no Pará; Maceió, em Alagoas; e no município de Itinga, no Maranhão. No Leia Mais, abaixo, veja quem foi preso.

Além dos mandados de prisão preventiva, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão em domicílios nessas cidades.

O trabalho investigativo teve início após o homicídio de Ananias Alex Silva dos Santos, na cidade de Uruará, em 27 de fevereiro deste ano, por volta de 15h30.

A vítima era um empresário do ramo madeireiro e atuava como “papeleiro”, responsável em realizar transações ilegais com diversos outros “papeleiros” também envolvidos no esquema que “esquentava” madeira obtida de áreas que não podem ser defloradas.

Foram presos Itamar Gomes de Vasconcelos, em Maceió; Paulo Sérgio da Silva, vulgo “Paçoca”, em Redenção; Willian Augusto Ribeiro de Andrade, em Tucuruí; Almir de Sousa Gomes, em Itinga (MA); Wellington de Oliveira Silva, em Itinga (MA); Marcello Gomes Tartaglia, em Tucuruí; Enio Jouguet Barbosa, em Belém; Charles Andrey Mezetti, vulgo “Cabeção”, em Santarém; César de Paula Cordeiro, apelidado de “Koko”, em Novo Progresso; Sidnei Gomes, de apelido “Animal”, em Belém; Eudemberto Sampaio de Souza, de apelido “Beto”, em Uruará, e Elton Junior Santos de Castro, em Uruará. Estão foragidos Dionízio Pereira Filho Viana e Josiel Borgui Paulo.

Com a apreensão do aparelho telefônico de Ananias, foi possível identificar que a vítima agia para identificar empresas bloqueadas no Sisdof, administrado pelo Ibama; e no Sisflora, administrado pela Semas, com grande volume de créditos florestais disponíveis. As investigações mostravam que Alex providenciava o desbloqueio das empresas de forma fraudulenta através de Josiel Borghi Paulo, morador de Goianésia do Pará.

As investigações mostram que Josiel foi o responsável em contratar um “cracker” para invadir e clonar as senhas de superintendentes regionais do Ibama em Belém e em Marabá, e outro no Rio Grande do Sul. Segundo a delegada Juliana, com as senhas “raqueadas”, foi possível o desbloqueio de empresas para acesso aos sistemas.

Ananias Alex tinha como sócios, nas madeireiras desbloqueadas, Elton Junior e Dionízio Pereira Filho Viana, de Tailândia. Tanto Elton quanto Dionizio atuavam na venda de créditos para outras empresas que necessitavam de guias florestais para acobertam madeira extraída de locais proibidos por lei.

As investigações mostraram ainda que a associação criminosa é formada por Ananias e os demais acusados, além de outros até o momento não identificados. Após o desbloqueio das empresas, a organização criminosa, cada qual através de sua respectiva empresa madeireira, vendeu créditos para diversas empresas, tendo sido possível identificar apenas alguns dos compradores.

Ao todo, foram 23 empresas desbloqueadas acarretando a movimentação ilegal de 28.365,06 metros cúbicos e um total de R$ 10.736.715,66. A organização criminosa investigada possui atuação inclusive nos estados do Mato Grosso, Maranhão e Alagoas, cujos integrantes estão estruturados ordenadamente, voltados à prática do crime de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, transporte ilegal de madeira, associação criminosa, entre outros crimes. As investigações prosseguem para chegar aos demais envolvidos no esquema criminoso.

Fonte: Blog do Jeso, 24/08/2015

Cúpula do PMDB no Senado fecha acordo com governo para reconduzir Janot

Rodrigo Janot, Procurador Geral da República
A cúpula do PMDB do Senado costurou um acordo com o governo para reconduzir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O maior partido da Casa - com 17 dos 81 senadores - já sinalizou ao Palácio do Planalto que atuará para garantir a prorrogação do mandato do chefe do Ministério Público Federal por mais dois anos em votações secretas previstas para ocorrer nesta quarta-feira (26) tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quanto no plenário. 

A animosidade na Casa com o procurador-geral vinha desde março, com a abertura de 13 inquéritos contra senadores envolvidos na Operação Lava Jato, dos quais quatro peemedebistas e um deles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). No mês passado, a rejeição ao nome dele chegou a ser tratada como um risco real por três importantes líderes do Senado, logo após a operação de busca e apreensão avalizada por Janot contra os senadores Fernando Collor (PTB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). O movimento fez aliados de Janot cogitarem um plano B a fim de garantir a continuidade das investigações, se o nome fosse rejeitado.

Contudo, nas últimas semanas, peemedebistas entraram em campo para diminuir resistências ao procurador-geral. Primeiro, eles atuaram no dia 5 de agosto para dissuadir uma rebelião liderada por Collor para barrar, em votação secreta, um indicado por Janot ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Senadores queriam dar um "susto" em Janot com a rejeição a um novo mandato do procurador regional da República Fábio George Cruz da Nóbrega no CNMP. Mas não houve sucesso e Nóbrega obteve 51 votos a favor, 17 contra e ainda uma abstenção. Assim como Janot, ele precisava de, pelo menos, 41 votos favoráveis.

Dois dias depois, em viagem oficial, a presidente Dilma Rousseff avisou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) que iria reconduzir Janot. Aliado de Renan, o peemedebista - também alvo da Lava Jato - garantiu-lhe que o nome seria aprovado. Não houve mudanças no apoio com as denúncias de Janot, na semana passada, contra Collor e o também peemedebista, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). "Vai ser uma sabatina longa, dura, como deve ser todas elas, mas Janot será aprovado", afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), ao Broadcast Político.

Crise

A avaliação de integrantes do PMDB e outros partidos é que rejeitar o procurador-geral poderia trazer a crise para o Senado. Em entrevista na semana passada, quando já sabia que Cunha seria denunciado, Renan deu o tom de sua atuação. "Vou demonstrar completa isenção e grandeza como presidente do Senado Federal. Vamos fazer a sabatina na quarta-feira (dia 26), vou conversar com os líderes para que nós votemos no mesmo dia, para que definitivamente o Senado possa demonstrar que não vai permitir o amesquinhamento dessa apreciação", afirmou.

O principal foco de incerteza é Collor, maior crítico público à atuação de Janot. O ex-presidente já apresentou um voto em que questiona a gestão do atual procurador. Para Collor, Janot omitiu, na mensagem enviada ao Senado, o fato de dois contratos da gestão dele serem alvo de autorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele também promoveu cinco pedidos contra Janot no Senado que poderiam, em última análise, levar ao afastamento dele da chefia do Ministério Público. "Ele (Collor) é instável", reconheceu um líder aliado que atua para "segurar" o ímpeto do ex-presidente.

Boa vontade

Uma articulação de bastidores mostra a boa vontade do PMDB do Senado com o Ministério Público e com o governo. Eles decidiram apoiar uma proposta para impedir que Dilma passe o constrangimento de um novo veto. Alvo da Lava Jato e relator do projeto de reajuste dos servidores do MP, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) já topou apresentar um novo parecer em plenário que contemple o aumento para a categoria de 41,5% em quatro anos, a partir de 2016.

A proposta é idêntica à apresentada recentemente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aos servidores do Judiciário logo após Dilma ter vetado o aumento médio de 59,5% entre 2015 e 2017. Dessa forma, se o projeto dos servidores do MP passar, o texto vai para a Câmara e a presidente não será obrigada a rejeitar o reajuste maior. Por outro lado, com a aceitação do acordo, o PMDB do Senado sinaliza que não deve topar a derrubada do veto dos servidores do Judiciário, que tem vindo em caravanas à Brasília para pleitear o reajuste maior.

Fonte: MSN, 24/08/2015