quarta-feira, 19 de julho de 2017

Pensando bem

Os demitidos de sempre Ocorreu, da mesma forma, nos piores anos dos governos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. A economia ia mal, então os gênios de então da equipe econômica tucana decidiram que milhares de empregados terceirizados deveriam ser demitidos, em nome da austeridade. 

Maia dá ‘beijo da morte’ em Temer com votação nominal Maia tem se mostrado um ótimo conspirador, mas ele também tem recebido uma “ajudinha” de setores do judiciário e da Globo para dar o “golpe no golpe”.


A face mais perversa do golpe: a fome volta a assombrar os brasileiros Os números do orçamento da União são pedagógicos e esclarecem como e por que estamos voltando ao mapa da fome. De janeiro a junho de 2016 foram pagos R$ 43 milhões para aquisição de alimentos; no mesmo período em 2017 foram somente R$ 5 milhões.

O momento da virada O passo dado pelo Juiz Sérgio Moro foi de sutileza paquidérmica, do ponto de vista do desrespeito, desconsideração e desprezo pelo Estado de Direito, e, como já dissemos tantas vezes aqui, já estava sobejamente anunciado.

Para entender o retrocesso Como a reforma trabalhista deve levar o Brasil de volta ao século XIX. Diferente do que é dito pelos setores governistas comprometidos com a agenda ultraliberal do presidente Michel Temer, flexibilizar as leis trabalhistas não gera emprego. O que gera emprego é crescimento econômico.

Governo decorativo com prazo de validade Se a oposição não se movimentar urgentemente, os brasileiros vão ter que lutar entre si pra não nadar, nadar e morrer na praia. Ou seja, ninguém aguenta mais ficar nãos mãos de um presidente que está dilapidando o poder público e promovendo um verdadeiro Black Friday fora de época no País. 

Edir Macedo pode entrar na corrida para Presidente É possível que surjam ainda outros candidatos sem tradição para 2018, como o bispo Macedo, que, beneficiados pelo desencanto da população com os políticos diante das denúncias de corrupção, podem se tornar fortes concorrentes, a exemplo do que aconteceu em São Paulo, onde João Dória foi eleito prefeito. 

Aécio é o principal articulador por trás do duro ataque da Record à Globo A guerra que está em andamento não é da Globo com a Record. Envolve muitos outros interesses e grupos poderosos. É uma guerra de facções que participaram do golpe. E pode ou levá-lo a um outro patamar, fazendo com que um setor fique na estrada. Ou implodir o próprio golpe, se os setores progressistas tiverem capacidade para entender o que está ocorrendo e conseguirem agir com celeridade e inteligência.

A sentença de Moro: “xeque mate” e cheque sem fundos A sentença de Moro – fraca, condenatória sem provas e previamente decidida na esfera da difusão da informação – é um "xeque-mate" na República, que não tem uma elite política no Parlamento, capaz de resistir à decomposição, que especialmente o PMDB e o PSDB, ora promovem na nossa democracia em crise.

Julgamento de Temer deve ser o foco Em meio à maior crise política da história do Brasil, o Congresso insiste em discutir, ao mesmo tempo, temas cruciais para o país sem o envolvimento da sociedade. A cada dia que o corrupto Michel Temer permanece na Presidência da República, mais direitos são defenestrados. Não podemos mais permitir. 

Condenação de Lula e outros casos escabrosos: reparação histórica é o….Tem muita gente que se conforma com a tal da reparação histórica. Eu a entendo como importante, mas que tal repararmos a história enquanto ela está acontecendo? A condenação sem provas de Lula, por exemplo, tem que ser reparada agora. 

Delação de Cunha é caso da Lei de Segurança Nacional A se confirmar as informações de que o presidiário Eduardo Cunha apresentará uma lista, com todos os deputados que receberam dinheiro para votar a favor do impeachment da presidente Dilma, o único instrumento jurídico compatível com a dimensão desse crime é a Lei de Segurança Nacional.

Sursis: alma brasileira em liberdade condicional, direito colonial para interesses estrangeiros Na sociedade rousseauniana, o Brasil, neste século XXI, é colônia da banca, do sistema financeiro internacional, e, embora com diferenças sutis e mínimas, do interesse geopolítico estadunidense, onde também prepondera a banca. 

A contrarrevolução de Temer Temer encarna o político contrarrevolucionário porque é ele quem levou a cabo as reformas que retiram direitos dos trabalhadores. Foi o ilegítimo quem propôs a um 'parlamento patronal' – e depois sancionou — a reforma trabalhista que precariza a mão de obra a ponto de afirmarmos que foi criado no país a figura do "escravo autônomo", a partir da aprovação do PLC 38/2017. 

Junior não é tucano Junior quer ser, digamos, a Marina de calças e com os sinais trocados, e usar a metade de direita da sociedade, que já rechaçou os tucanos como alternativa, vide Bolsonaro encostar em Lula nas pesquisas como segundo colocado, para, por meio de sua relação com o mercado, obter a bênção para ser não a Marine Le Pen tropical, mas o Macron tropical. 

MP 777 e o fim do BNDES A MP troca a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), 8,25%, praticada pelo BNDES, pela Taxa de Longo Prazo (TLP), 10,25%, praticada pelos bancos privados. A medida de Temer aprofundará ainda mais a crise econômica e social. Ficará mais caro produzir.

A Ciência brasileira esmagada e propina para comprar a Câmara O “genial” Meirelles, que governa a economia brasileira com a perícia de um contador de segunda categoria, cortou os investimentos na área científica de R$ 16 bilhões para R$ 8 bilhões. Ora, isso é cerca de metade do que Temer gastou comprando consciências na CCJ da Câmara. 

Compra de votos por Temer vale 90 mensalões e 128 PECs da reeleição de FHC É claro que a esmagadora maioria dessa gigantesca grana, considerando-se a grave crise econômica do pais, concedida quando a maioria dos ministérios não tem mais dinheiro sequer para comprar cafezinho e pagar as contas de luz e de telefone, foi destinada a deputados da base.

PSOL defende Lula e permite união da esquerda em 2018 O fato político mais importante e menos comentado da semana, na opinião desta página, foi nota oficial emitida pelo PSOL protestando contra a condenação de Lula por Moro.

Geddel vai novamente para a cadeia? No caso de Geddel Vieira, o desfecho poderá ser mais rápido, acelerando o desgaste de Michel Temer e da quadrilha que tomou de assalto o Palácio do Planalto. O usurpador talvez tenha se precipitado ao afirmar que “fico no governo até final de 2018”.

A impotência da razão jurídica e o fim da política É como se vivêssemos em dois universos paralelos: um o do Direito, da Constituição, das Normas e Garantias individuais (e seus clientes preferenciais- "os criminosos de colarinho branco", onde é sempre possível achar um amigo no Poder Judiciário e ganhar uma tornozeleira eletrônica na frente de 4 mil presos "comuns"): e o outro, dos "corpos infames", "abjetos", sem direitos ou garantias individuais.

"Moro é um juiz chicaneiro, não tem outra expressão", diz ex-ministro da Justiça

"Isso mostra que Moro tem lado. Não é coisa que se faça com um réu comum. Ele está fazendo isso porque é o Lula"

247 - Eduardo Maretti, da RBA - O pedido de sequestro dos bens e o bloqueio de contas bancárias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da operação Lava Jato, “é um absurdo e uma chicana”, segundo o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, que integrou o Ministério Público Federal de 1987 a 2017. Em despacho de 14 de julho, mas divulgado nesta quarta-feira (19), Moro ordenou o bloqueio, pelo Banco Central, de R$ 606.727,12 do ex-presidente e o sequestro de três apartamentos, dos quais o imóvel onde Lula reside. Todos os imóveis estão na declaração de bens de Lula quando de suas candidaturas à presidência em 2002 e 2006.

“O que ele está fazendo, em bom juridiquês, é uma chicana (“abuso dos recursos, expedientes e formalidades da Justiça”, segundo o dicionário Michaelis). A coisa mais absurda de tudo isso é, primeiro, que a própria sentença reconhece que não houve nenhum prejuízo à Petrobras. Em segundo lugar, reconhece que o apartamento não é do Lula. Afinal de contas, o que ele quer? O Lula tem que indenizar o quê? Em terceiro lugar, ele está lançando mão das verbas alimentares, o que é um absurdo em relação à pessoa física, num valor que o Lula nunca teve na vida, e ele sabe disso. Esse Moro é um juiz chicaneiro, não tem outra expressão”, diz Aragão.

Na semana passada, Moro condenou o petista a nove anos e seis meses de prisão. Em entrevista coletiva, o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que "a sentença despreza as provas da inocência" e "potencializa um espetáculo midiático-penal". 

“Se é uma medida de natureza executória, caberia na sentença condenatória, e não num despacho posterior, que é para dificultar a apelação”, comenta o ex-ministro. Segundo ele, dificulta a apelação porque, se Moro tivesse adotado a medida antes da sentença, caberia recurso em sentido estrito (artigo 581 do Código de Processo Penal). “Agora não cabe mais. Provavelmente, (a defesa) vai ter que entrar com mandadode segurança. Isso deveria ter sido resolvido na sentença, mas ele resolve como medida de execução provisória de uma sentença que ainda não foi confirmada no segundo grau”, aponta.

Para o jurista, Moro deveria ou ter colocado tal medida na sentença, ou ter resolvido o sequestro dos bens antes da sentença. “E então caberia recurso em sentido estrito. Mas fazer isso depois? Para ele ter por toda a semana os seus dez minutos de glória? Isso é tortura chinesa?”, ironiza.

Aragão diz que o despacho que bloqueia contas e sequestra bens “é uma teratologia” (“estudo das monstruosidades”, segundo o dicionário Aurélio). “Mostra que Moro tem lado. Isso não é coisa que se faça com um réu comum. Ele está fazendo isso porque é o Lula.”

Ele enfatiza que o pedido do juiz de Curitiba de sequestro de bens foi requerido pelo Ministério Público Federal (em 4 de outubro de 2016) muito antes da sentença proferida na semana passada. “Moro deixou isso encadernado lá, sem resolver. Foi arrastando esse pedido e agora resolve esse pedido depois da sentença. É um absurdo completo. Ou ele é um sujeito completamente desorganizado, ou está fazendo isso por chicana, ou por sadismo puro, para fazer as maldades aos pouquinhos.”

Nota

Em nota divulgada no início da noite de hoje, os advogados de Lula afirmam que a decisão de Moro é ilegal. “A decisão é de 14/07, mas foi mantida em sigilo, sem a possibilidade de acesso pela defesa – que somente dela tomou conhecimento por meio da imprensa, que mais uma vez teve acesso com primazia às decisões daquele juízo”, afirma o documento.

A defesa diz que vai entrar com recurso. “Somente a prova efetiva de risco de dilapidação patrimonial poderia justificar a medida cautelar patrimonial”, diz a nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins.

O comunicado acrescenta ser contraditório Moro afirmar que o bloqueio de bens e valores tem o objetivo de assegurar o cumprimento de reparação de “dano mínimo”, mas a medida ter sido “efetivada um dia após o próprio Juízo haver reconhecido que Lula não foi beneficiado por valores provenientes de contratos firmados pela Petrobras”.

Moro confisca imóveis de Lula e bloqueia R$ 606 mil em suas contas


Ex-presidente teve R$ 606.727,12 bloqueados pelo Banco Central nesta terça-feira 18 por ordem do juiz Sérgio Moro.

O magistrado atendeu ao Ministério Público Federal, que havia pedido bloqueio de R$ 10 milhões.

Só foram encontrados em quatro contas de Lula, no entanto, um pouco mais de R$ 600 mil: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú. Moro também confiscou três apartamentos e um terreno de Lula, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.

Moro quer matar Lula de fome


"O que Moro quer com esta nova agressão a Lula é sanar uma falha grave em sua sentença, forçando a relação entre o famigerado tríplex e a Petrobrás, para sustentar a condenação por corrupção passiva. Mas, dando a impressão de que deseja matar Lula de fome, Moro amplia a percepção, inclusive no círculo de admiradores, de que realmente persegue o ex-presidente", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel, sobre o confisco de bens do ex-presidente Lula determinado pelo juiz Sérgio Moro.

"Moro quer matar Lula de fome. Logo Lula, que sobreviveu à fome em sua infância pobre no Nordeste".

Moro confessa que triplex não tem a ver com Petrobras

Assim sendo, a sentença perde a sua eficácia?

Conversa Afiada, 18/07/2017


O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito no Tijolaço:



Embora, em princípio, não servissem para qualquer consequência jurídica, porque o resultado de qualquer objeção da defesa de Lula a Sergio Moro é, simplesmente, ignorado, a recusa do juiz aos embargos de declaração opostos à sentença do juiz curitibano acabaram produzindo um resultado precioso para a contestação de sua sentença.

É que, ao responder ao questionamento sobre as ligações entre o suposto favorecimento no suposto recebimento do imóvel, ele diz, literalmente:

Este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente. Aliás, já no curso do processo, este Juízo, ao indeferir desnecessárias perícias requeridas pela Defesa para rastrear a origem dos recursos, já havia deixado claro que não havia essa correlação (itens 198-199). Nem a corrupção, nem a lavagem, tendo por crime antecedente a corrupção, exigem ou exigiriam que os valores pagos ou ocultados fossem originários especificamente dos contratos da Petrobrás.

Registre-se que, só por isso, a sentença de Moro estaria em evidente contradição, pois ele próprio escreve, no parágrafo 880 da carta condenatória:
Mesmo tendo parte dos benefícios materiais sido disponibilizada posteriormente, durante o ano de 2014, tendo eles origem em créditos decorrentes de contratos da Construtora OAS celebrados em 10/12/2009, considerando aqui somente os contratos do Consórcio CONEST/RNEST, configuram vantagem indevida disponibilizada em razão do cargo de agente público federal, não só para o então Presidente, mas para os igualmente beneficiários executivos da Petrobrás.

Mas vejamos o “crime antecedente” de corrupção, já que este foi – assumidamente, o julgamento por Moro, se Lula sabia ou comandava o esquema de corrupção na Petrobras? E sobre ele, Moro julgou que sim?

Então porque a novela para discutir e (não) provar que o apartamento era de Lula? Apenas para encontrar uma “vantagem indevida” necessária ao ato de corrupção, que já estava julgado, embora não se tenha uma prova sequer, neste caso, de que Lula tenha articulado fraudes na Petrobras, nem mesmo a palavra do delator da OAS?

Ou melhor, uma “participação” de Lula no esquema provada apenas pela palavra do delator (e réu) Léo Pinheiro, como admite Moro?

A vantagem indevida, por sua vez, decorre não somente da atribuição ao Sr. Presidente da propriedade de fato do apartamento 164-A ou da realização nele de reformas personalizadas, mas sim desses fatos acompanhados da falta do pagamento do preço, ou melhor com abatimento do preço na conta geral de propinas mantida com o Grupo OAS, conforme explicitado na parte conclusiva do tópico II.17.

A responsabilidade de Lula, então, foi a de nomear diretores, funcionários de carreira, da empresa, que se meteriam em falcatruas, porque é isso a “culpa” estabelecida neste tópico?

Ninguém, exceto o powerpoint de Deltan Dallagnoll, apontou responsabilidade direta de Lula nos desvios da Petrobras e a indireta, até agora, não vai além do “eu acho que ele sabia”.

O resto, como a comparação com Cunha ou dizer que o fato de auditorias da Petrobras não terem revelado os desvios e ser essa a mesma situação de Lula é mera baixaria politiqueira do juiz, já que há uma “singela” diferença de que Lula, ao contrário deles, não tem contas ou posses milionárias, não recebeu dinheiro nem sequer o apartamento que lhe atribuem como “propriedade de fato”, uma figura que, rapidamente, é preciso inventar no direito brasileiro.

Em tempo: respeitada revista alemã concorda: Moro não tem provas contra Lula

Ciro ao Moro: cadê as provas?

Lula tem a presunção da inocência

Conversa Afiada, 19/07/2017


(...) Ex-ministro da Integração Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006, Ciro Gomes destacou que a condenação do petista pelo juiz de primeira instância Sergio Moro, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, no caso do triplex do Guarujá, no litoral sul de São Paulo, “é muito frágil”.

Segundo Ciro Gomes, é preciso que Lula “tenha a presunção da inocência garantida e que o devido processo legal seja assegurado. A gente cobra da magistratura que a sentença se lastreie em provas cabais, definitivas”, ressaltou.

(...) "Porque no estado de direito democrático, mesmo culpado, se não houver prova, a dúvida é pró réu. Portanto, a sentença é muito frágil." 

(...)

Defesa condena decisão ilegal e abusiva de Moro

Na prática a decisão retira de Lula a disponibilidade de todos os seus bens e valores, prejudicando a sua subsistência, assim como a subsistência de sua família

Paraná 247 – Em nota divulgada nesta quarta-feira, a defesa do ex-presidente Lula condena duramente o confisco de todos os seus bens, determinado pelo juiz Sergio Moro. Confira abaixo:

É ilegal e abusiva a decisão divulgada hoje (19/07) pelo Juízo da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba determinando o bloqueio de bens e valores do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão é de 14/07, mas foi mantida em sigilo, sem a possibilidade de acesso pela defesa — que somente dela tomou conhecimento por meio da imprensa, que mais uma vez teve acesso com primazia às decisões daquele juízo. A iniciativa partiu do Ministério Público Federal em 04/10/2016 e somente agora foi analisada. Desde então, o processo também foi mantido em sigilo. A defesa irá impugnar a decisão.

Somente a prova efetiva de risco de dilapidação patrimonial poderia justificar a medida cautelar patrimonial. O Ministério Público Federal não fez essa prova, mas o juízo aceitou o pedido mais uma vez recorrendo a mera cogitação (“sendo possível que tenha sido utilizada para financiar campanhas eleitorais e em decorrência sido consumida”).

O juízo afirmou que o bloqueio de bens e valores seria necessário para assegurar o cumprimento de reparação de “dano mínimo”, que foi calculado com base em percentual de contratos firmados pelos Consórcios CONPAR e RNEST/COONEST com a PETROBRAS. Contraditoriamente, a medida foi efetivada um dia após o próprio Juízo haver reconhecido que Lula não foi beneficiado por valores provenientes de contratos firmados pela Petrobras (Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000) e que não recebeu efetivamente a propriedade do tríplex — afastando a real acusação feita pelo Ministério Público Federal na denúncia.

Na prática a decisão retira de Lula a disponibilidade de todos os seus bens e valores, prejudicando a sua subsistência, assim como a subsistência de sua família. É mais uma arbitrariedade dentre tantas outras já cometidas pelo mesmo juízo contra o ex-Presidente Lula.

Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins

Pergunta que não quer calar

Planalto instalou ‘misturador de voz’ no gabinete de Temer. Você sabe por quê?

Reinaldo diz que sentença de Moro ignora o que estava na denúncia


"O juiz Sérgio Moro, na resposta aos embargos de declaração interpostos pela defesa de Lula, deu uma escorregada feia, como sabem todos os operadores do direito que atentaram para a questão. E poderá ter consequências", escreve o jornalista, que também critica duramente o que chama de "imprensa séria", que segundo ele "não sabe separar o principal do acessório".

"Mas a imprensa não deu bola. Preferiu chamar a atenção para o fato de que o juiz comparou o ex-presidente a Eduardo Cunha. Que importância tem isso?"

Parlamentares que vão votar perdão de dívidas devem R$ 533 milhões à União


Deputados e senadores que irão votar o texto do novo Refis – programa federal de parcelamento de débitos previdenciários e tributários que deverá perdoar até 73% das dívidas a serem negociadas – devem cerca de R$ 532,9 milhões aos cofres públicos.

As empresas ligadas a parlamentares são responsáveis pela maior parte das dívidas em abertos junto à União.

O deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), relator da medida provisória, também figura na lista.

Constatação

O jantar de Temer e Maia foi para mostrar que, entre golpistas, um vive de olho no outro

Viomundo, 19/07/ 2017
Roberto e Erasmo discutem o repertório do novo disco, “Satan is Real”

Mantenha seus amigos perto de você e seus inimigos mais perto ainda.

A frase de Lao Tsé roubada por Coppola no “Poderoso Chefão” explica o jantar de Rodrigo Maia e Michel Temer na residência oficial do presidente da Câmara.

Os dois golpistas padecem da desconfiança com que os golpistas são tratados e, quando estão juntos, andam com as costas na parede para evitar surpresas.

Ambos tentam atrair dissidentes do PSB para seus respectivos partidos.

Havia uma negociação antiga para eles ingressarem no DEM, mas ela emperrou. Quando cresceu a possibilidade de Maia virar presidente, voltou a ganhar força.

Temer reagiu e teve reunião com os mesmos políticos, vendendo a possibilidade de filiação ao PMDB e sabe Deus mais o quê.

Maia teria ficado irritado com o que considerou afoiteza do chefe e concorrente.

É evidente que, entre dois conspiradores dissimulados, o assunto do encontro não seria esse.

“Foi uma conversa entre bons amigos e homens públicos exemplares”, jurou o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, do PSDB.

“O que existe é muito ruído, em que se tenta jogar um contra outros. Mas a maturidade dos dois não vai permitir prejudicar a relação entre eles”, afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também presente.

O que importa é a simbologia da reunião, não o que se falou entre garfadas e goles de vinho caro pagos por você. 

A tentativa foi a de retratar a união entre dois líderes, a lealdade de um para com outro, a tal “maturidade” de que falou o ilustre deputado.

Na realidade, vêem-se dois sujeitos que são protagonistas de um golpe, numa terra de ninguém, paus mandados do “mercado” que não precisam de votos, deixando claro que um sabe o que o outro fez no verão passado.

Vão continuar brigando pelos pessebistas até que um deles faça a oferta mais irresistível e leve o prostíbulo de brinde.

Os restos eles atiram para o Brasil.

Valério é transferido e irá delatar tucanos



Condenado a 37 anos e cinco meses de prisão pelo envolvimento no chamado 'mensalão', o empresário Marcos Valério foi transferido na noite de segunda-feira 17, a pedido da Polícia Federal, da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para a Apac de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais.

O objetivo, segundo a PF, se deu "a fim de concluir o procedimento de colaboração premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal".

A decisão ignora formalidades e filas de transferência de presos sob o argumento de que Valério é "possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a República".

Na delação, ele promete entregar tucanos como os ex-governadores de Minas Aécio Neves (hoje senador) e Eduardo Azeredo.

Maior revista alemã diz que Lula foi alvo de julgamento político


Um dos periódicos mais importantes da Europa, a Der Spiegel publicou uma longa análise sobre a condenação do ex-presidente Lula, intitulada "Julgamento contra o ex-presidente do Brasil: Estado no lodaçal".

O texto afirma que o juiz Sergio Moro "confirmou com sua sentença o que os críticos reprovam nele há muito tempo: o tratamento jurídico do maior escândalo de corrupção da história do Brasil segue critérios políticos, e não legais".

A acusação de Lula "ter recebido um apartamento" parece "uma ninharia em comparação com as acusações contra o atual presidente Michel Temer e seus aliados".

A Spiegel também acha estranho que não haja milhões de pessoas indo às ruas contra Michel Temer e faz uma dura crítica ao STF: "atua como uma barreira protetora para Temer e seus aliados no Congresso".

terça-feira, 18 de julho de 2017

Janot tem bambu para até 4 denúncias contra Temer


"Embora tenha declarado não ter pressa em apresentar novas denúncias contra Michel Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem bambu estocado para apresentar até quatro, e não apenas mais duas denúncias contra Temer antes de 17 de setembro, quando deixa o cargo", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247.

Ela destaca ainda que a compra de Temer por votos na CCJ para barrar a primeira denúncia não deve ser suficiente para que ele permaneça no cargo.

"Se a votação da primeira denúncia em plenário fosse hoje, Temer escaparia. Mas os deputados da base que livraram a cara dele na CCJ andaram dizendo que receberam emendas apenas para votar contra a primeira denúncia, a de corrupção passiva, não tendo compromisso com outros pedidos de licença que venham a tramitar no segundo semestre".

Por ter apoiado o golpe, Cristovam não consegue lançar livro em Minas

Ele foi hostilizado na UFMG e cancelou lançamento de livro

O custo do apoio ao golpe de 2016, que destruiu a economia e a imagem do Brasil, se torna cada vez maior para os políticos que o apoiaram; nesta terça-feira 18, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) precisou cancelar o lançamento de seu livro "Mediterrâneos invisíveis" na Universidade Federal de Minas Gerais após protestos de professores e alunos.

O apoiador do impeachment que derrubou Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, o parlamentar ouviu gritos de "golpista" e "traidor da Educação"; duro revés para um senador que já foi reitor na UnB e se tornou persona non grata nas universidades federais.

O PSB é socialista?

Atualizada em 22/07/2017

Infelizmente, do ponto de vista político o Brasil, é um campo de muitas contradições. A começar pelo sistema politico que tantos prejuízos causa ao País. 

Uma rápida análise nos mostra um Congresso Nacional composto por um grandes número de parlamentares que já cometeram ou estão cometendo crimes. Os que estão envolvidos direta ou indiretamente na Operação Lava Jato firmaram um pacto para estancar a sangria, e tais ações estão em curso via Executivo, Legislativo e Judiciário.

O PSB, que nasceu socialista e ainda conserva esse termo no seu nome, está totalmente descaracterizado por várias razões. Uma delas é o fato evidente das parcerias firmadas com o PSDB e outros partidos de direita nos estados e em âmbito federal quando colabora efetivamente para a deposição de uma presidente sem crime. 

Também não dá pra entender porque parlamentares de um partido socialista votam em favor de mudanças que retiram direitos dos trabalhadores. Dos 36 deputados federais do PSB, 30 votaram na Reforma Trabalhista, 14 foram SIM, 16 NÃO e 6 nem compareceram, apesar da orientação partidária pelo NÃO. No Senado não foi diferente, 2 votos favoráveis, 3 contrários e 1 abstenção.

Agora, Temer e Rodrigo Maia, ambos golpistas, travam uma batalha discreta para receber 10 ou mais deputados federais do PSB, praticamente um terço da bancada, na Câmara. 

Hoje com 36 deputados federais, partido pode voltar ao tamanho que tinha antes das eleições de 2006 caso 14 integrantes se filiem ao DEM e ao PMDB; 

Para o ex-deputado Beto Albuquerque (RS), que foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, "é preferível ter 10 deputados a menos, mas que não nos façam passar vergonha" e completa: "Estar no PSB e flertar com o DEM é uma esquizofrenia".

Em outras palavras, esses deputados do PSB, não têm nada de socialistas e o pior, não representam seus eleitores, quando votam contrário em questões de interesses dos mesmo.

Nesse contexto cabe perguntar, o PSB é socialista?

Temer ajuda deputada do PSB a resolver pepinos na Receita


Michel Temer segue tentando atrair apoio de deputados de todos os partidos para se safar da denúncia por corrupção passiva oferecida pela Procuradoria-Geral da República à Câmara.

Segundo a jornalista Andréia Sadi, da Globonews, a deputada Tereza Cristina, líder do PSB e produtora rural em Mato Grosso do Sul, comemorou junto a colegas o apoio de Temer a reclamações dela quanto à Receita Federal, que tem se negado a mudar entendimentos regulatórios que beneficiariam a bancada ruralista.

Moro compara Lula a Cunha e iguala triplex da OAS a contas na Suíça

O juiz parece obcecado em condenar Lula. Tal comparação equivale comparar Deus ao diabo!
  

Em despacho publicado nesta terça-feira, 18, o juiz Sergio Moro comparou o ex-presidente Lula, maior liderança popular da história do Brasil, ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Mais do que isso, Moro fez um paralelo entre o triplex registrado em nome da OAS e cedido em garantia à Caixa Econômica Federal às contas mantidas por Cunha em bancos suíços.

Mais cedo, em entrevista a uma rádio, Lula disse que provará que Moro errou e o acusou de agir como um czar.

Moro respondia a questionamentos da defesa de Lula, que acusa o juiz de estar a serviço da direita para tirá-lo da corrida eleitoral.

Defesa de Lula que diz que Moro confirmou abusos na decisão sobre recurso


Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, o juiz Sergio Moro confirma, na decisão proferida nesta terça-feira 18 sobre os embargos de declaração apresentados pela defesa, que o processo do triplex do Guarujá "jamais deveria" ter tramitado em sua vara, uma vez que não tem qualquer relação com a Petrobras, como já afirmavam os advogados do ex-presidente.

"O juiz deixa claro que criou uma acusação própria, diferente daquela apresentada em 16/09/2016 pelo Ministério Público Federal", ressalta o advogado, que recorrerá da decisão de hoje.

Zanin Martins também define como "descabida e reveladora de falta de critérios objetivos a referência feita na decisão hoje proferida ao ex-deputado Eduardo Cunha".

Financial Times aponta Temer como o maior agressor da Amazônia


Jornal britânico diz que Michel Temer está trocando árvores por votos, ao concordar em apoiar as demandas do lobby rural do Brasil para facilitar a operação em áreas protegidas em troca de seu apoio, uma vez que tentar barrar, no Congresso, denúncia de corrupção contra ele.

Os representantes de organizações ambientais internacionais, como a WWF, apontam que áreas florestais protegidas no Brasil, equivalentes ao tamanho de Portugal, estão sob ameaça de Temer e do poderoso lobby rural que almeja diminuir as áreas de conservação do país.

Na semana passada, o peemedebista enviou ao Congresso um projeto de lei que propõe reduzir o tamanho da floresta nacional de Jamanxim, no Pará, em 27%, e ainda conceder incentivo a ocupantes ilegais.

Lula percorrerá o sertão de ônibus por mais de 20 dias


Líder em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começará sua agenda como pré-candidato ao Planalto com uma viagem ao Nordeste.

O petista percorrerá a região em um ônibus e ficará mais de 20 dias na estrada.

A viagem deve começar em Salvador e seguir para Sergipe; Lula percorrerá poucas capitais e dará mais atenção a cidades do sertão.

A cúpula do PT prevê que a caravana comece no dia 16 de agosto.

A viagem será seu primeiro grande ato após a condenação pelo juiz Sergio Moro.

Golpe faz Brasil desabar em ranking de influência democrática


O golpe que destituiu a presidente Dilma Rousseff colocou o Brasil na penúltima posição num ranking de influência diplomática.

Com as políticas desastradas e entreguistas de Michel Temer e Aloysio Numes, o Brasil despencou na lista, caindo de 24º para 29º lugar entre os 30 países do ranking de “soft power”, conceito da diplomacia que estima o poder de influência dos países nas relações internacionais com base em critérios não-militares, como cultura, penetração digital, entre outros, em oposição ao “hard power” das relações baseadas na força; com o golpe, Brasil perdeu o respeito até dos vizinhos mais próximos.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Fantástico prova que Moro precisa da Globo


"A matéria do Fantástico no último domingo sobre a sentença do juiz Sérgio Moro é uma peça de propaganda, não de jornalismo, muito menos de análise de uma sentença", diz texto publicado no site do ex-presidente Lula, que diz que a reportagem tentou provar, ao longo de 13 minutos, que a sentença de Moro contra Lula faria sentido.

"A Globo repete mil vezes que haveria provas para tentar que a mentira, pela repetição, supere a verdade. Assim como martela versões da sentença de Moro, não mostra os argumentos dos embargos apresentados pelos advogados, nem ouve os muitos juristas que discordam que a sentença de Moro seja correta", aponta o artigo.

A reportagem "ignora lacunas na sentença do juiz de primeira instância, distorce ou ignora a natureza de documentos apresentados pela defesa bem como a opinião de juristas que apontam falhas na decisão", conclui.

PSOL e REDE vão ao STF contra mensalão de Temer

Que pensa que tudo nos "caríssimos" que o fortalecem

Os dois partidos protocolaram, cada um, representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira 17 pedindo para que o órgão investigue se Michel Temer comprou votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados a fim de barrar a denúncia de corrupção contra ele.

Segundo a ONG Contas Abertas, o governo liberou emendas parlamentares a deputados pró-Temer em um total de R$ 134 milhões.

Houve ainda promessas de cargos a aliados que participaram da votação após ocuparem a vaga de deputados titulares que eram a favor do prosseguimento da denúncia.

Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), "existem limites que precisam ser preservados". O deputado Alessandro Molon (RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (AP) assinam a representação da Rede.

Rejeitado por mais de 80%, Temer diz estar mudando Brasil pra melhor

Cerca de 5% da sociedade brasileira concorda com ele

Em vídeo postado nas redes sociais, Michel Temer diz que seu programa de governo, "A Ponte para o Futuro", "tem se tornado realidade".

Ele afirma ainda que a reforma trabalhista sancionada na semana passada, que retira direitos históricos dos trabalhadores, "coloca o Brasil no século 21 nas relações trabalhistas". "Estamos mudando o Brasil para melhor", ressalta.

Temer diz ser “normal” gastar R$ 15 bi para barrar denúncia na CCJ

Quem acha isso normal, não é normal

Em nota divulgada à imprensa pelo Ministério do Planejamento, o Governo Temer diz ser "normal" liberar R$ 15 bilhões para convencer os deputados a barrar a denúncia por corrupção passiva contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Somente em junho, Temer ordenou a liberação de R$ 1,8 bilhões em emendas parlamentares e mais R$ 96 bilhões somente no primeiro semestre de 2017.

Dois terços dos deputados que votaram na CCJ estão pendurados no STF

Viomundo, 17/07/2017 às 04h37
Darcísio Perondi e Beto Mansur, integrantes da tropa de choque de Temer, não têm currículo, mas, sim, ficha corrida

A JUSTIÇA É PARA TODOS?

Sobre a celeridade seletiva da Justiça que promove privilégios, aprofunda desigualdades e a ficha corrida dos nossos doutos e probos deputados.


13/07/2017- Brasília- DF, Brasil- Deputados da tropa de choque de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, entre eles (á dir.) Darcísio Perondi (PMDB/RS) ujo pedido de investigação por crime de improbidade administrativa está parado no STF desde 30/04/2004. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/fotos publicas

No final dos anos 1970 o Senador Teotônio Vilela, um liberal, em suas andanças pelo país pregando a redemocratização, pronunciou palavras que merecem registro e meditação. Dizia ele: “As decisões dos tribunais são a última etapa da vida do direito. Sem um funcionamento adequado da organização judiciária, o país caminharia para a desordem e a descrença nas suas instituições políticas.”

A sentença do juiz Sérgio Moro condenando o ex-presidente Lula com base em suposições e desconsiderando as provas contidas nos autos, tornou-se, conforme declaração de seus advogados, “um processo ilegítimo e usado para fins políticos”, retrocedendo o funcionamento da organização judiciária para as práticas da ditadura militar combatidas pelo Menestrel de Alagoas, como Teotônio era chamado à época.

O judiciário e setores do Ministério Público Federal ao condenar Lula sem provas de acusação, mais uma vez interferem no processo político do país, com o objetivo de excluir Lula, que lidera todas as pesquisas para as eleições de 2018. Querem consolidar o golpe parlamentar contra Dilma Rousseff, transformando a justiça brasileira em ferramenta do poder político beneficiado pelo golpe.

Enquanto a justiça do Paraná deu o primeiro passo para afastar Lula da corrida presidencial de 2018, o STF faz vista grossa à manobra de Temer que escolheu quem iria julgá-lo na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados (CCJ).

É preciso que antes de ser afastado, Temer faça o serviço sujo de retirada de direitos, desmonte das políticas públicas implementadas nos 13 anos de governos petistas e a entrega das riquezas do país as grandes corporações estrangeiras, associadas a setores do empresariado nacional, “limpando a imagem” dos candidatos dos partidos da base do governo que concorrerão nas eleições de 2018, de suas responsabilidades.

Os partidos PMDB, PP, PR, PRB, PSB, PTB e Solidariedade desde o dia da instauração do processo na CCJ, trocaram 13 deputados titulares e lograram derrubar por 40 a 25 o parecer do deputado Zveider, que orientava o voto favorável à autorização de abertura de inquérito contra o Temer.

Dos afastados, por exemplo, Major Olímpio, Esperidião Amin, Delegado Waldir, Jorginho Mello e outros declararam com antecedência à Folha de São Paulo, que votariam a favor da abertura do processo.

Entre os deputados e deputadas que foram para a CCJ como tropa de choque de Temer estão Darcísio Perondi (PMDB/RS), cujo pedido de investigação por crime de improbidade administrativa está parado no STF desde 30/04/2004, assim como também estão parados os processos do Deputado Beto Mansur (PRB/SP), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, que aparece em 7 inquéritos, 2 ações penais e 3 pedidos de investigação, respondendo nestes processos por trabalho escravo, crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral e crimes de responsabilidade, aquele usado como argumento para o impeachment de Dilma.

Em 19 de setembro de 2016, o juiz Sérgio Moro abriu o processo do Triplex contra Lula, com base na teoria do domínio do fato e apresentou a sentença em 10 meses. Já a Ação Penal 580 do réu Beto Mansur sobre crimes de responsabilidade de quando foi prefeito de Santos entre 1997 a 2004, foi aberta em 18/03/2011 e até hoje não foi julgada, assim como a Ação Penal 635 onde o mesmo réu é acusado de manter trabalhadores em regime de escravidão, que também é de 2011.

O Senador Paulo Bauer do PSDB declarou sobre a condenação de Lula que a lei vale para todos. Ele responde desde 2008 a processo por peculato, que está parado desde 2013 no STF. A lei é para todos, mas a prioridade de ter julgado os processos e a celeridade só se aplica à alguns.

Vários políticos declararam que a condenação de Lula é um exemplo contra a impunidade, mas a sentença de Sérgio Moro confrontada com os processos de políticos que se arrastam no STF, apontam que a situação está mais para perseguição política do que para a eficiência do judiciário contra crimes de colarinho branco e autoridades.

Dos 66 parlamentares que votaram sobre a autorização para abertura de processo contra Temer, 44 possuem pendências no STF, gerando um volume de 28 petições, 106 inquéritos, sendo 47 abertos entre 1983 a 1999 e até hoje sem julgamento final, além de 19 ações penais, envolvendo 13 dos parlamentares da CCJ, com tramitações bem lentas.


Alguns destes processos são fruto comum do embate político, como no caso de Alessandro Molon, da REDE, que consta na lista unicamente por acusação de calúnia do já difamado ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente preso em Curitiba.

Mas, considerando o universo dos 66 deputados, entre estes procedimentos figuram crimes como de abuso de autoridade, ameaça, coação no curso do processo, tortura, homicídio simples, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores; apropriação indébita previdenciária, corrupção passiva, crimes ligados à Lei de Licitações, quadrilha ou bando e também crimes previstos na legislação extravagante, captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral, crimes eleitorais diversos e muitos, muitos crimes de responsabilidade.

Com tantos processos de políticos tramitando no STF, a celeridade contra petistas do mensalão se mostra exceção à regra, apontando um outro elemento da participação do judiciário no golpe de 2016.

A impunidade dos parlamentares no Brasil, afronta a igualdade de todos perante a justiça e é fruto de um judiciário permissivo, complacente com o crime de colarinho branco e de autoridades, sendo duro com a população em geral, como o caso de Rafael Braga condenado injustamente e preso no Rio de Janeiro, antes do julgamento, por portar um perigoso pinho sol durante as manifestações de 2013.

A sentença de Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula impõe aos juízes do recurso da defesa no TRF4, mais do que julgá-lo, decidir sobre os rumos do funcionamento da organização judiciária no Brasil.

Validar a decisão política da justiça na primeira instância contra Lula nos termos apresentados, é sucumbir ao desmonte do estado democrático de direito. País que planta exclusão, colhe violência.

PMs acusados de participação em chacina no Pará, adoecem de uma vez só

Todos os 11 policiais militares acusados de ter participado da chacina que deixou 10 trabalhadores rurais mortos em Pau d’Arco, no dia 24 de maio deste ano, solicitaram ao comando da Polícia Militar (PM) licença para tratamento de saúde poucos dias após o massacre.
E o mais interessante: os pedidos foram concedidos, com data retroativa a 29 de maio, em que pese os mesmos policiais estarem presos desde segunda-feira (10), uma manobra para blindar acusados.
O DIÁRIO teve acesso ao boletim geral da PM, de número 133, publicado ontem (13), onde é publicada a concessão da licença de 60 dias para cada um dos suspeitos.
O documento é assinado pelo diretor de pessoal da PM, coronel Paulo Eduardo Mendes de Campos, que concedeu a licença mediante um relatório complementar de ação psicossocial, feito no dia 19 de junho, e homologado pelo médico perito isolado, 1º tenente Ivan Cesar de Castro Júnior, que, em Redenção, prestaria serviços ainda como médico ginecologista, segundo uma pesquisa feita pela reportagem.
O período de licença do tratamento para os policiais militares começou a vigorar no dia 29 de maio, 5 dias após os assassinatos na fazenda Santa Lúcia.
Foram beneficiados, na ocasião, os seguintes policiais lotados em Redenção: tenente-coronel Carlos Kened Gonçalves de Souza, 2º tenente Rômulo Neves de Azevedo, 2º sargento Adivone Vitorino da Silva, terceiros sargentos Orlando Cunha de Sousa e Ronaldo Silva Lima, cabos Weliton da Silva Lira, Ricardo Moreira da Costa Dutra e Cristiano Fernando da Silva e os soldados Rodrigo Matias de Sousa, Jonatas Pereira e Silva, Neuily Sousa
A Justiça do Pará expediu 13 mandados de prisões temporárias contra policiais acusados de participarem da chacina.
Os crimes ocorreram após mandados de prisão, busca e apreensão na fazenda.
Na época, o Governo do Estado alegou que houve confronto entre policiais e os ocupantes da área.
Os mandados de prisão foram expedidos na última sexta-feira (7), pelo juiz de Redenção, Haroldo Silva da Fonseca, a pedido do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
Os promotores de Justiça de Redenção, Alfredo Martins de Amorim, José Alberto Dantas e Leonardo Lima Caldas, assinaram o pedido de prisão temporária com base na delação de 2 policiais civis.
Segundo a lei, a prisão é por 30 dias, pois trata-se de crime hediondo, podendo ser prorrogada por igual período.
Após esse prazo, os policiais podem ser liberados ou ter pedido de prisão definitiva decretada.

Toledo: fortuna que Temer torrou na compra de parlamentares será inútil


"Depois do recesso de julho, os deputados voltarão a Brasília com uma medida precisa do tamanho da resistência de suas bases eleitorais ao apoio que venderam ao presidente. A chance de não entregarem o prometido à Turma do Pudim aumenta. O bilhão de reais em emendas parlamentares liberado por Temer pode revelar-se o mais inútil da dispendiosa história parlamentar nativa", diz o colunista José Roberto de Toledo.

El País: “juízes tomaram o poder” no Brasil


A manchete do jornal espanhol El Pais no domingo foi enfática: "Brasil, o país em que os juízes tomaram o poder".

Citando a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a extensa reportagem mostra como o poder Judiciário assumiu o protagonismo e deixou o País refém de suas decisões.

A reportagem foi apenas mais uma da longa lista de menções negativas ao país na mídia estrangeira, que retrata o Brasil cada vez mais como uma república de bananas.

O periódico espanhol considera ainda que a nomeação de Raquel Dodge para a PGR foi um recado de Michel Temer aos juízes e ao Ministério Público Federal.

Ao não seguir a tradição de escolher a mais votada, o peemedebista estaria sinalizando que pretende combatê-los.

Pré-Sal, que Temer entrega, bate novos recordes


Impulsionada pela atividade dos campos da região do pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras atingiu em junho um novo recorde na produção de petróleo e gás natural, com uma produção de 2,81 milhões de barris de óleo equivalente por dia (petróleo e gás).

A produção no pré-sal bateu novos recordes em junho e atingiu 1,35 milhão de barris/dia.

Apesar do sucesso, o governo Michel Temer permitiu que a Petrobras, sob o comando de Pedro Parente, cedesse campos do bloco às empresas Statoil, da Noruega, e Total, da França.

A política de conteúdo nacional para equipamentos do setor também foi desmontada.