sábado, 20 de maio de 2017

Globo derrubou Dilma para pôr um ladrão no Planalto

Governo Temer, Aécio, Sergio Moro viram pó

18 de Maio de 2017


Vazamentos divulgados hoje dão um ponto final no governo Temer, no PSDB e desmoralizam totalmente o impeachment, a mídia, a Lava Jato e, em particular, Sergio Moro.

Reproduzo abaixo as duas notícias que mudam completamente a conjuntura política nacional e desmascaram os golpistas: um bando de corruptos que derrubaram uma presidenta honesta.

Quanto ao "interesse" da Globo em dar a informação, é evidente que uma bomba dessas estouraria de qualquer forma, até mesmo na grande mídia estrangeira, e a única maneira da mídia corporativa manter um mínimo de controle da situação é que ela mesmo dê a bomba.

Mas a bomba atinge também a Globo, que tentou até hoje blindar Michel Temer e concentrou toda a sua munição em Lula.

A Globo derrubou Dilma para botar um ladrão em seu lugar!

Não estamos falando aqui de pedalinhos em Atibaia, de acusações surreais sem provas, de emails vazios, de fofocas de delatores.

A própria Lava Jato é desmoralizada, porque os brasileiros irão se perguntar: peraí, a troco de que tanta perseguição a Lula, a Dilma, se os ladrões estão do outro lado, no PSDB e na presidência usurpada?

Por que Sergio Moro negou a delação premiada de Eduardo Cunha, que tentou, várias vezes, denunciar o presidente Michel Temer?

A denúncia acerta, por isso mesmo, em cheio, Sergio Moro, que chegou a ameaçar Eduardo Cunha em despacho judicial, quanto este tentou apontar o dedo para Michel Temer.

Entretanto, os fatos terão como resultado o seguinte. O golpe terá de se livrar de suas marionetes, que são Temer e ministros do PSDB, e mostrar quem realmente assumiu o poder político no país: o judiciário e a Globo.

Por outro lado, o argumento por eleições gerais ganha uma força prodigiosa.

A nova crise instalada cria um novo dilema: judiciário e Globo terão condições de governar o país sem a participação do povo?

Não!

Diretas já!

Tá dando alpiste para o passarinho?

Era a senha do Temer para o Joesley comprar o silêncio do Cunha!

Conversa Afiada, 19/05/2017
Ricardo Saud ouviu do Temer: "continua, isso é muito importante"

Do UOL:

"Tá [sic] dando alpiste para o passarinho? O passarinho tá [sic] tranquilo na gaiola?" Segundo Ricardo Saud, executivo da holding J&F, essas frases foram usadas pelo presidente Michel Temer (PMDB) para se referir à propina dada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), detido pela Operação Lava Jato.

Ainda de acordo com Saud, um dos sete delatores da JBS, Cunha e o doleiro Lúcio Bolonha Funaro --que também está preso-- recebiam dinheiro para ficar em silêncio, sem colaborar com as investigações.

Em delação ao Ministério Público no dia 10 de maio deste ano, o executivo contou que Joesley Batista, dono da JBS, se encontrou com Temer para dizer que "estava acabando o alpiste do passarinho". Ou seja, que a empresa deixaria de pagar a propina. No que o presidente teria afirmado: ''Continua, isso é muito importante''.

A companhia então continuou com os repasses. "Vamos pagar mais um ou dois, só, até o Michel Temer resolver como é que vai pagar isso. Porque nós já cumprimos nossa parte, não vamos mais ficar segurando ninguém", teria dito Batista a Saud.

Saud acredita que a fala dos detidos poderia comprometer "a República e a nossa empresa". "A República como um todo. Não é só político. É o Executivo, o Legislativo todo. Ali todo mundo trabalha junto."

Na gravação divulgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o momento em que Temer diz "Temos que manter isso, viu?" conta com vários trechos inaudíveis. Sem a transcrição oficial do diálogo, não é possível cravar que o presidente fez o comentário dando aval aos pagamentos.

Em pronunciamento na tarde desta quinta, Temer negou ter dado aval à compra de silêncio. "Ouvi realmente o relato de um empresário, que, por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse e somente tive conhecimento de fato dessa conversa pedida pelo empresário. Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém, por uma razão singelíssima: exata e precisamente porque não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial, nada tenho a esconder, sempre honrei meu nome: na universidade, na vida pública, na vida profissional, nos meus escritos, nos meus trabalhos, e nunca autorizei, por isso mesmo, que usassem meu nome indevidamente".

Em nota, Temer confirmou o encontro, mas disse que "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha" e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar".

Já Cunha, em nota redigida de próprio punho, afirmou que Joesley Batista mentiu ao dizer que estava pagando pelo seu silêncio. "Estou exercendo o meu direito de defesa, não estou em silêncio e tampouco ficarei", diz Cunha no texto. Ele reforçou ainda que "jamais" pediu "qualquer coisas ao presidente Michel Temer".

O executivo da J&F não especifica o valor pago a Cunha, mas diz que Funaro recebe R$ 400 mil mensais da empresa desde que foi preso, em julho de 2016. "Criou-se um mensalinho", resumiu. O repasse era feito inicialmente ao irmão de Funaro. Depois, passou a ser recebido por Roberta, a irmã. Em um desses encontros, gravado pela Polícia Federal, ela estava acompanhada de uma criança de quatro anos.

Antes do "mensalinho", a J&F já pagava propina ao doleiro referente a um processo da Eldorado Brasil, empresa de celulose da holding. "O Lúcio nunca foi próximo do grupo, sempre foi uma pessoa que chantageou muito o grupo. [...] Ele procurava as peças nos lugares certos para sair cobrando propina das pessoas", resumiu Saud.

O UOL tentou contato com os dois novos advogados de Eduardo Cunha - Rodrigo Rios e Ticiano Figueiredo -, mas nenhum deles atendeu aos telefonemas.

Segundo o advogado do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, Bruno Espiñeira, ele e o cliente só vão se posicionar após analisar cuidadosamente o material da denúncia. "Estamos encarando da mesma forma como qualquer delação, que muitas vezes acontece com o delator apenas querendo se librar de problemas e distorcendo fatos".

Acesse o link e assista: Executivo da JBS revela código de Temer para propina a Cunha

Temer embolsou R$ 1 milhão da doação que recebeu

Em delação premiada, o diretor da JBS Ricardo Saud afirmou que Michel Temer, durante a campanha à reeleição em 2014, embolsou R$ 1 milhão de R$ 15 milhões em propina que o PT havia mandado a empresa dar para o então vice-presidente.

"Michel Temer fez uma coisa até muito deselegante. Nessa eleição, eu só vi dois caras roubar deles mesmos. Um foi o (Gilberto) Kassab, outro o Temer", disse Saud, em referência também ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de Temer

Constatação

Temer, é um defunto ambulante e só não renunciou ainda porque o PMDB e o PSDB, seus principais aliados, insistem em não largar o osso.

Partidos menores, em nome da serenidade, já estão desembarcando do governo.

Temer perde HC no STF e inquérito prossegue. Renúncia se aproxima


O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu, nesta noite, um pedido de habeas corpus que pedia o trancamento das investigações contra Michel Temer.

“No caso de que se trata, não enxergo nenhuma ilegalidade flagrante ou abuso de poder que autorize a concessão do pedido. Seja porque a leitura da inicial não evidencia risco atual ou iminente à liberdade de locomoção do paciente, seja porque a parte impetrante deixou de acostar aos autos elementos mínimos que pudessem comprovar as suas alegações”, escreveu Barroso.

Pela primeira vez na história, Brasil tem um ocupante da presidência da República investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.

Pressionado por todos os lados, Temer ainda não renunciou porque precisa preservar o foro privilegiado.

Os delatores o apontam como corrupto e beneficiário de propinas gigantescas.

Moralista e relator das 10 medidas, Onyx confessa caixa dois e pede desculpas


O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) admitiu nesta sexta-feira ter recebido recursos via caixa 2 da empresa JBS. Relator do projeto das ’10 Medidas contra a Corrupção’ na Câmara, o parlamentar admitiu que R$ 100 mil doados pela companhia não foram declarados.

“Eu cometi um erro e eu peço desculpas aos meus eleitores por isso. Cometi o erro de aceitar e receber esse recurso que foi usado naquela fase final, onde todo candidato passa por momentos de grande dificuldade. E estou fazendo como um homem tem que fazer: assumindo minha responsabilidade”, disse Lorenzoni à Rádio Guaíba.

Caiado avisa: ou Temer renuncia ou cairá por impeachment


"Sem renúncia, resta o doloroso caminho do impeachment ou o (mais provável) da cassação da chapa Dilma-Temer. Só eleições diretas podem renovar e oxigenar o ambiente poluído da política. Crise política se resolve com política. E a necessária mudança constitucional pode ser obtida por um pacto suprapartidário que contemple, enfim, a voz das ruas", diz o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Aécio diz que entrou com ação para anular eleição "só para encher o saco"


Molecagem. Essa foi a explicação do senador afastado Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB, para a ação movida pelo seu partido no Tribunal Superior Eleitoral, logo depois que ele perdeu a disputa presidencial de 2014.

“Lembra depois da eleição? Os filhas da p… sacanearam tanto a gente, vamos entrar com um negócio aí para encher o saco deles também”, disse ele ao empresário Joesley Batista, num dos grampos da Polícia Federal.

A molecagem de Aécio fez com que a economia brasileira afundasse 10% e com que mais de 7 milhões de brasileiros perdessem seus empregos.

O golpismo tucano também arruinou a imagem do Brasil, que passou a ser visto como uma gigantesca república bananeira.

No próximo dia 6 de junho, o TSE retoma o julgamento da ação aberta por Aécio "só para encher o saco" .

Rapidinhas


Temer não tem mais condições de continuar na Presidência da República

Por aparelhos As próximas 72 horas serão decisivas para o futuro do presidente Michel Temer. É o tempo que líderes de partidos que são os pilares de sua base no Congresso terão para decantar as acusações feitas por Joesley Batista, dono da JBS, ao peemedebista. PSDB e DEM decidiram que, se desembarcarem, o farão juntos. O gesto, por si só, aniquilaria o apoio a Temer no Parlamento. Segundo dirigentes do PSB, a semana já não deve começar com boas notícias: a sigla vai deixar o governo.

Linha direta Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do DEM, Agripino Maia (RN), combinaram de falar sobre a situação do governo neste domingo (21). Cientes de que o risco de debandada é altíssimo, aliados de Michel Temer decidiram passar o fim de semana em Brasília tentando segurar o efeito manada na base do governo.

Via expressa O PSB, que tem o Ministério de Minas e Energia, vai devolver a pasta. A executiva da sigla se reúne neste sábado (20) para referendar os termos de sua saída. O partido deve pregar a renúncia de Temer e o cumprimento da Constituição, ou seja: eleições indiretas.

Empurrão Afetou sobremaneira o humor dos parlamentares da base aliada editorial publicado pelo jornal “O Globo”, na tarde desta sexta (19), pregando a renúncia de Temer. “Sem a Globo, o presidente não tem como sobreviver”, provocou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

De grão em grão Enquanto a OAB nacional não fecha posição sobre o futuro de Temer, 14 seccionais da entidade já se pronunciaram a favor do impeachment do presidente. A executiva da Ordem se reúne neste sábado (20), extraordinariamente, para tratar do tema.

Nota triste Com o clima pesado, recepcionistas do Planalto notaram que a apresentação da banda do Batalhão da Guarda Presidencial, que acontece toda sexta às 17h, foi mais longa do que de costume. No repertório, além do Hino Nacional, “Carinhoso” e “Aquarela do Brasil”.

Despertador Nas primeiras horas da manhã desta sexta (19), a cúpula do Planalto já havia recebido o resultado preliminar da perícia feita a pedido do governo no áudio de Joesley Batista com Temer. A análise levantou a possibilidade de que Joesley tenha enxertado ruídos para disfarçar os cortes.

Altas horas Os profissionais acionados pelo Planalto trabalharam a madrugada inteira na análise minuciosa do áudio. Com a confirmação de que a gravação foi editada, auxiliares de Temer oscilaram entre a euforia e o ódio. “A bolsa perdeu R$ 219 bilhões”, repetia um aliado do peemedebista.

Veredito Está nas mãos da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, pautar discussão sobre um questionamento da Procuradoria-Geral da República a respeito de divergência entre o que diz a Constituição e o que diz um recente projeto de lei sobre vacância de cargo após o segundo ano de mandato.

Veredito 2 O relator da ação é o ministro Luís Roberto Barroso. Ele liberou o caso para votação em outubro do ano passado. Em tese, o Supremo pode definir de uma vez se, em caso de cassação pelo TSE, eleição direta seria a opção legal. Há divergência na corte, porém, sobre esse entendimento.

Sinais Magistrados observaram que, no editorial em que pregou a renúncia de Temer, “O Globo” pediu a observância da Constituição, o que foi visto como gesto na direção de eleições indiretas, conduzidas pelo Congresso. A aposta é que caberá ao Supremo estabelecer as regras para o processo.

Game over Integrantes do Senado dizem que não há dúvida de que a Casa vai cassar Aécio Neves, afastado do mandato após ser flagrado em grampo pedindo dinheiro a Joesley Batista.

Quando sairá? Temer vai sair mais cedo ou mais tarde. A vaca foi para o brejo e levou a corda. A solução é eleição direta e nova Constituinte.

Andando nas nuvens Perguntada sobre o que era a melhor coisa de ter dinheiro, Ticiana Villas Boas, mulher de Joesley Batista, dono da JBS, respondeu: encontrar o carro abastecido, poder sair para jantar na hora que quiser, no restaurante que quiser, poder reformar sempre a casa, ter funcionários (...) mas um dia percebi que não sabia o preço do litro da gasolina!

Essa é nova Prefeitura de Itaituba, no Pará, através da Secretaria Municipal de Educação, resolveu repassar semanalmente a cada um dos 46 diretores uma cota de 20 litros de gasolina. 

Não convence Em abril a mesma prefeitura que diz não ter dinheiro para dar o reajuste salarial para a o Pessoal da Educação, contratou mais 67 servidores.

Mesma cartilha Enquanto Temer quer desmontar a economia, os direitos sociais, a democracia, fragilizar os sindicatos e fazer do judiciário e do Legislativo o seu quintal, em Itaituba, sem consultar as partes envolvidas, o prefeito Valmir Climaco, que também é do PMDB, não deixa por menos, quer modificar a lei que trata da eleição para diretor de escola e outras cositas mas...

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Temer já pode escrever a carta de renúncia. Áudio vazará em instantes


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acaba de pedir o levantamento do sigilo em que Michel Temer avaliza o pagamento de um mensalão para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, seu parceiro no golpe parlamentar, que destruiu a economia e a imagem do Brasil.

Com a divulgação dos áudios, Temer não terá condições de ficar nem mais um dia no Palácio do Planalto e sairá da História como merece: pela porta dos fundos.

A carta de renúncia pode ser escrita ainda hoje.

Noblat e Moreno, do Globo, confirmam renúncia de Michel Temer


Os jornalistas Ricardo Noblat e Jorge Bastos Moreno, do Globo, que eram também porta-vozes oficiais do governo golpista, confirmam: Michel Temer renuncia nesta quinta-feira; Moreno disse que Temer tem motivos para renunciar e Noblat foi mais incisivo, afirmando que Temer foi convencido por aliados e adversários a jogar a toalha.

Temer cogita renunciar ainda nesta quinta-feira


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sucessor natural de Michel Temer, acaba de ser chamado às pressas ao Palácio do Planalto e são fortes os rumores de que o ocupante da presidência da República irá renunciar nesta quinta-feira.

Já se sabe que Temer foi pego em fragrante cometendo crimes em série: obstrução judicial, com a compra do silêncio de Eduardo Cunha, vazamento de informação privilegiada, com o repasse da taxa de juros à JBS, e corrupção passiva, com a troca de cargos federais por propina.

Mais um crime: Temer antecipou corte de juros


Delação bombástica do empresário Joesley Batista, dono da JBS, não aponta apenas o crime de obstrução à Justiça cometido por Michel Temer; houve também vazamento de informação privilegiada ao empresário, de que o o Comitê de Política Monetária (Copom) cortaria a taxa de juros em 1 ponto porcentual.

A informação foi dada na mesma conversa em que Temer teria avalizado a compra do silêncio de Eduardo Cunha, em março desse ano no Palácio do Jaburu.

Ele falava do corte de juros do dia 12 de abril, quando o Copom reduziu a taxa Selic para 11,25%.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda de Temer, também foi presidente do Banco Original.

Temer vendeu cargos federais por propina


Michel Temer é, definitivamente, o maior corrupto da história do Brasil; ele não foi gravado apenas avalizando a compra do silêncio de Eduardo Cunha e vazando a informação privilegiada sobre a taxa de juros do Banco Central.

Por meio de seu operador Rodrigo da Rocha Loures, ele também ofereceu à JBS o direito de nomear servidores em vários órgãos federais, em troca de propina.

Temer ofereceu cargos no Cade, na Comissão de Valores Mobiliários, na Receita Federal, no Banco Central e na Procuradoria da Fazenda Nacional.

Traidor da presidente Dilma Rousseff e da democracia brasileira, ele deve cair ainda hoje, saindo do golpe para a lata de lixo da História.

Bomba atômica: JBS delata Temer, Aécio Neves e compra de silêncio de Eduardo Cunha


247 - Donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley fizeram nesta quarta-feira 17 uma denúncia explosiva ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, segundo o jornal O Globo.

Os empresários disseram ter gravações de Michel Temer dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e deputado cassado, hoje condenado e preso. 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, em cena filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o dinheiro e descobriu que ele foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PSDB-MG).

Segundo reportagem do Globo, "os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril".

Em duas oportunidades em março, Joesley conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido. A delação dos irmãos Joesley tem ainda um histórico de propinas pagas a políticos nos últimos dez anos.

Sintepp denuncia: Prefeitura diz que não pode aumentar salário na educação, mas fez 69 novas contratações em abril



Em conversa com este Blog, Celson Noronha, coordenador do Sintepp/Itaituba, disse não entender porque a prefeitura não pode oferecer um reajuste salarial para os trabalhadores da educação, uma vez que em abril foram feitas 02 novas contratações para a Semed e 67 para as escolas.

Pessoal da Educação aprovou a greve da rede municipal

Após várias tentativas, sem sucesso, de negociar um reajuste salarial para as categorias da Educação Municipal de Itaituba, os trabalhadores deliberaram em Assembleia pela paralisação das atividades docentes, para forçar a Prefeitura a apresentar uma proposta. Os trabalhadores paralisaram suas atividades e comissões de greve estão fazendo visitas para conscientizar aqueles que ainda resistem. A adesão é grande, segundo a Coordenação.

O principal argumento da Coordenação do SINTEPP é que se não houvesse dinheiro para dar reajuste também não haveria para fazer novas contratações.

Hoje uma comissão do Sindicato esteve no Ministério Público para denunciar a distribuição semanal de 20 litros de gasolina para diretores escolares e solicitar a intermediação deste ente Prefeitura e SINTEPP. 

Na pauta de reivindicações do SINTEPP também consta a realização de eleições para diretor, no mês de junho; a reformulação do PCCR; a criação de comissão de reformulação do Regime Jurídico Único; destinação de 25% da arrecadação própria para a educação; transparência com relação a utilização dos recursos públicos e em especial a Folha de Pagamento; correção do desnível salarial e ainda, descanso remunerado e insalubridade.

PF faz busca e apreensão na casa de Aécio Neves


Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizam operação da força-tarefa da Lava Jato desde o início da manhã desta quinta-feira (18), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos mandados de busca a apreensão em pelo menos três alvos: o senador Aécio Neves.

A irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, suspeito de ser “laranja”; Aécio foi responsável pelo golpe de 2016, que arruinou a economia e a imagem do Brasil.

Além de ter pedido e recebido propina de R$ 2 milhões, ele afirmou que o entregador da mala deveria ser alguém que eles pudessem matar antes que se tornasse delator.

Procurador da República é preso pela PF


Empresário Joesley Batista mostrou à PGR documentos sigilosos repassados pelo procurador da República Ângelo Goulart Villela.

A operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quinta tendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como um dos alvos também cumpre mandado de busca e apreensão no gabinete da Procuradoria-Geral Eleitoral, que fica no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fachin leva ao plenário do STF a prisão de Aécio


O ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato nesta madrugada, pode ser preso ainda hoje.

Isso porque o procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão de Aécio ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.

O ministro decidiu afastar Aécio do mandato e levará o pedido de prisão ao plenário da corte, numa sessão que ocorrer ainda nesta quinta-feira.

Aécio liderou o golpe parlamentar que destruiu a economia brasileira, arrasou a imagem internacional do Brasil e deixou milhões de desempregados.

Na ação controlada da Polícia Federal, ele foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões em propina à JBS, prometendo, em troca, uma diretoria da Vale.

O dinheiro foi entregue à família Perrela, dona do Helicoca, um helicóptero apreendido com 500 quilos de cocaína.

Irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, é presa em Minas


Alvo de operação da Polícia Federal nesta manhã, Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi presa em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Andrea e Aécio.

O senador tucano, um dos principais artífices do golpe parlamentar de 2016, que jogou o país na maior crise da história da República, e que tem o seu nome citado em várias delações premiadas na Lava Jato, foi gravado pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, pedindo R$ 2 milhões em propina.

O senador e presidente nacional do PSDB foi afastado do cargo pelo STF e poderá ser preso nos próximos dias.

Aécio Neves, presidente do PSDB, e líder do golpe, não é mais senador


Aécio Neves (PSDB-MG) não é mais senador.

O presidente nacional do PSDB e líder do golpe que destituiu Dilma Rousseff foi afastado do cargo pelo ministro do STF Edson Fachin.

O pedido de afastamento foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acolhido por Fachin.

Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, pedindo R$ 2 milhões em propina.

Longe do Senado e sem o foro privilegiado do cargo, Aécio pode ter destino semelhante ao de Eduardo Cunha e ter seu caso remetido para o juiz Sérgio Moro.

Com isso, a decisão por uma eventual prisão do mineiro estaria nas mãos de Moro.

Queda de Temer deve ser imediata

Cambada de desclassificados

Eduardo Anizelli/Folhapress 
Manifestantes fazem ato contra o presidente Michel Temer, na avenida Paulista, em São Paulo

O que será feito do país quando Michel Temer for defenestrado do Planalto? Essa é a dúvida desesperadora. Como evitar que o governo caia na mão de aventureiros talvez ainda piores? Como conter a desorganização econômica?

Qualquer solução deveria ser rápida, a fim de evitar riscos institucionais ainda maiores e, se possível evitar a recaída no pior da recessão. Eleição direta, a melhor solução política, reivindicada pela maioria do eleitorado desde o impeachment, não é prevista na Constituição e tende a ser lenta, em tese. Qualquer arranjo limitado ao Congresso ou a sua cúpula repulsiva não será tido como legítimo, para dizer o menos.

Antecipar excepcionalmente o fim deste mandato não parece mais descabido, embora complexo: um governo novo, para quatro anos.

A não ser em hipótese implausível de fraude da denúncia, Temer deve ser deposto. O modo de defenestrá-lo talvez deva fazer parte da negociação do que fazer do país logo após a deposição. Mas as alternativas são renúncia, impeachment e cassação por meio de carona no julgamento da chapa Dilma-Temer.

O julgamento da cassação da chapa foi marcado para 6 de junho. Trata de outro assunto, crime eleitoral em 2014. A absolvição da chapa ou, gambiarra ainda maior, a salvação apenas de Temer seria pilhéria, jeitão e acordão político. Agora, não é mais preciso ou possível manter as aparências descaradas.

Um processo de impeachment lançaria o país em tumulto caótico prolongado, óbvio. A defenestração de Temer deve ser quase imediata. Os problemas não terminam aí, apenas recomeçam.

O artigo 81 da Constituição determina que, vagando os cargos de presidente e vice nos últimos dois anos do mandato presidencial, haverá eleição para os dois cargos, pelo Congresso Nacional, em 30 dias, na "forma da lei".

Não há lei específica para regulamentar a eleição, apenas um projeto em tramitação. Enquanto não se elege o novo presidente, assume o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, outra figura notável, por assim dizer.

Isto posto, ainda que se chegasse a um acerto sobre os procedimentos da eleição, a população vai aceitar acordos e candidatos negociados por essa gente que está na cúpula do Congresso? A cúpula do PMDB inteira foge da polícia. O presidente do PSDB, aliado maior deste governo, Aécio Neves, faz parte do bando em fuga, tendo caído também na série de grampos que deu cabo de Temer.

O tumulto político que sobrevirá deve no mínimo suspender essa recuperação econômica que se limitava a uma passagem da recessão profunda para o que seria apenas estagnação, neste ano. Agora, haverá algum tumulto financeiro e incerteza profunda, com choque na confiança de consumidores e empresas. É improvável que o país não pare de novo, ao menos no interregno.

O problema maior será como elaborar um plano consensual de saída de mais esta desgraça. Será necessária uma concertação política rápida. No entanto, um governo que aparente continuidade, mesmo que apenas econômica, parecerá ilegítimo. Um governo inteiramente novo terá quase tempo algum para implementar políticas novas.

O problema essencial é como encurtar a crise com uma solução legal e legítima.

Fonte: Freire/Uol, 18/05/2017

Temer na mira

Presidente confirma que ouviu relato sobre pagamento a Cunha


O presidente Michel Temer (PMDB) confirmou em conversa com aliados no final da noite desta quarta (17) que ouviu do empresário Joesley Batista um relato de que dava dinheiro para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e não manifestou objeção.

Segundo o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que esteve na reunião, o presidente confirmou aos aliados que Joesley relatou ter dado "auxílio" a Cunha, reiterou que jamais fez qualquer pedido dessa natureza, mas também afirmou que não fez objeções após ouvir o relato.

Outros dois participantes de conversas com o presidente na noite desta quarta-feira confirmaram os relatos à Folha. Eles afirmam que Temer diz ter entendido o pagamento como um "ato de solidariedade".

De acordo com esses aliados de Temer, o presidente contou que Joesley disse estar ajudando financeiramente a família de Cunha, que, segundo o empresário, passava por dificuldades financeiras.

Eles dizem, no entanto, que o peemedebista negou que houvesse qualquer menção à compra de silêncio do ex-deputado e também que ele tivesse pedido para que os pagamentos continuassem.

Os aliados afirmam também que Temer relatou "muita insistência" de Joesley para ser recebido na noite do dia 7 de março, no Palácio do Jaburu.

Temer foi gravado por um dos donos do grupo J&F, proprietário da marca JBS, falando sobre a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi publicada na noite dessa quarta (17) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", e confirmada pela Folha. 

Fonte: Folha, 18/05/2017

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Ah, se Moro não tivesse quebrado o Brasil...

Teria sido possível prender os corruptos e salvar as empresas!

Conversa Afiada, 17/05/2017

O Conversa Afiada reproduz importantíssima entrevista de Walfrido Jorge Warde Júnior, sócio da Warde Advogados, formado em Direito e Filosofia pela USP e doutor pela USP, a Alexa Salomão:

O advogado Walfrido Warde Júnior (...) defende: “Precisamos punir os responsáveis, mas também preservar os negócios”, diz.

(...)
Nós temos algumas leis que gravitam no entorno do problema da corrupção, especificamente da corrupção endêmica, que é o caso da Lava Jato. Temos a lei de improbidade administrativa, pela qual o Estado busca ressarcimentos – condena quem causou o dano a pagá-lo e impõe outras punições. Por exemplo: não poder fechar contratos com o poder público – caso de empresas; ou perder direitos políticos – caso de pessoa física. Essa ação é pelo Ministério Público. Tem também o processo penal. O autor também é o Ministério Público. Além disso, tem o processo administrativo, que, no caso da Lava Jato, é tocado pelo Ministério da Transparência (antiga Controladoria Geral da União, CGU), que pode levar à improbidade administrativamente. Então, fazer uma leniência com a ex-CGU não significa que o Ministério Público vá parar uma ação penal. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) busca infrações às regras de proteção à concorrência. TCU (Tribunal de Contas da União) vê se tudo é feito conforme as regras, se a indenização é correta, se a multa é adequada. E por aí vai.

O correto seria negociar com todos ao mesmo tempo?
Correto seria que tivéssemos uma legislação que trouxesse toda essa gente para sentar à mesa, em colaboração. Mas o que estamos vendo é concorrência e busca de protagonismo entre eles. Não podemos ter um combate inconsequente. Quando digo inconsequente é um combate que destrua a empresa brasileira, que acaba com o capitalismo nacional.

É isso que está acontecendo?

Estamos vendo isso acontecer. A gente tinha um modelo de capitalismo – podemos discutir se era certo ou errado, mas era assim – escorado em relações entre Estado e empresas. As construtoras eram como recheios do Estado. De um lado, negociavam com o Estado financiamentos para as suas atividades; do outro lado, desde os anos 90, passaram a exercer funções estatais, como concessionárias de serviços públicos. O perecimento dessas relações tem impacto. Mesmo que elas não tenham sido condenadas, têm problema de reputação. O Estado não pode financiá-las, contratá-las. Simplesmente congelamos um setor importantíssimo da economia.

Como empresas corruptas são punidas em outros países?
Temos coisas que nos distinguem do resto do mundo. Primeiro, falta pragmatismo no tratamento dessas questões. No resto do mundo a lei põe todo mundo na cadeia, apresenta qual é o dano, qual indenização deve ser paga, de uma maneira possível, para impactar o mínimo possível a empresa. A segunda coisa é o nosso nível de concentração econômica. Essas empresas são todas pelos donos. É mais fácil quando são de capital aberto.

O executivo é uma peça móvel.
Exato. Não há dúvida que no caso brasileiro tem essa dificuldade: achar que uma organização vai deixar de ser como ela era porque você mandou o executivo embora, mas o controlador permanece, é uma ilusão.

(...)

Lá em 2015, a gente tinha uma proposta (veja no Conversa Afiada entrevista com o professor Gilberto Bercovici, um dos co-autores dessa proposta - PHA) que retornou há pouco na voz do ministro Bruno Dantas (do TCU). Você não vai na holding e tira o controlador, mas é possível fazer uma abertura do fechadíssimo mercado de infraestrutura transferindo as concessões. Vamos supor que após a investigação se conclui o tamanho do prejuízo que uma empreiteira causou ao erário. Ela paga transferindo ao Estado as ações do projeto dessa hidrelétrica e o Estado leva a leilão. Se der para cobrir a multa, maravilha. Se não, precisa dar ações de outros projetos.

Mas o Estado já foi lesado e ainda vai entrar nisso. Por quê?
Você tem ressarcimento rápido, permite que as empresas paguem a sua dívida com a sociedade e o País e destrava o mercado de infraestrutura.

Fazer algo assim não pode dar a sensação de que elas não estão sendo devidamente punidas?
Vão ficar sem punição se quebrarem e não pagarem o que devem. Podem achar que deixar elas quebrarem seria uma punição. Não é. Isso seria uma vendeta emocional.

(...)

Não existem Estados distintos. Existem agentes distintos do Estados. A força-tarefa tem uma trabalho importantíssimo de combate à corrupção. Mas não é possível imaginar que Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário estão apartados de outros interesses nacionais. A minha ponderação é simples. Precisamos punir os responsáveis, mas também preservar os negócios.

Constatação

Está claro demais para a maioria dos brasileiros que a retirada de Dilma do governo foi um golpe e que a caçada judicial contra Lula é um conluio, uma trapaça, uma perseguição política para impedi-lo de voltar a Presidência da República. Está na hora do Supremo voltar a ser Supremo e botar ordem na casa. O Brasil está fazendo um papel ridículo perante o mundo!

Lula vence na Justiça e reabre seu Instituto

Alvo da maior perseguição judicial - e também política porque a Justiça se tornou instrumento - da história do País, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve uma importante vitória na noite desta terça-feira.

Por meio de uma liminar do desembargador Neviton Guedes, Lula poderá reabrir, já nesta quarta-feira, o Instituto Lula, que havia sido fechado por determinação do juiz substituto Ricardo Leite, sem mesmo que a medida tivesse sido pedida pelo Ministério Público.

"A medida restabelece o Estado de Direito", comemorou, em vídeo, o advogado Cristiano Zanin Martins.

João Santana desmente Mônica Moura

Versão dela não bate nem com a do marido. Esqueceram de combinar


O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo negou as acusações de que teria repassado informações da Lava Jato à presidente deposta Dilma Rousseff.

Para o ex-ministro, a versão de Mônica Moura —de que Dilma a teria alertado sobre a prisão porque Cardozo viu um mandado de prisão em cima da mesa— é "grotesca" e "ridícula".

"O ministro da Justiça vai ficar andando pelas mesas da Polícia Federal procurando mandado?", questiona.

"O João Santana desmente ela (Mônica) e diz que ninguém no governo o avisou", completa; Cardozo destaca ainda que a campanha pagou R$ 70 milhões ao casal de marqueteiros de forma oficial e declarada, uma quantia elevada que tornaria difícil a existência de um caixa dois do tamanho do relatado nas delações.

O ex-ministro lembrou que a Odebrecht pagava à dupla por serviços prestados em vários países.

"Ele tinha uma conta corrente com a Odebrecht. Esse dinheiro era necessariamente da campanha da Dilma ou era de outras situações?".

Cardozo diz ainda que o erro de Dilma foi ter confiado no PMDB e que Lula é o melhor candidato para 2018.

Governador de Minas adverte que o País caminha para um Estado de Exceção


Jornalista Carlos Lindenberg lembra discurso feito pelo governador de Minas, Fernando Pimentel, em que o petista destaca "o voto popular" como "o mais sagrado instrumento que a democracia no mundo inteiro consagrou".

O voto é sagrado e tem de ser respeitado porque é ele quem dá legitimidade ao regime democrático. Não é o concurso público. O concurso público dá legalidade, mas o que dá legitimidade ao regime democrático é o voto", acrescentou.

"Curiosamente, essa mesma comparação foi feita pelo ex-presidente Lula, no dia dez, logo após depor ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, quando se dirigiu à multidão que o esperava nas imediações do Fórum da Justiça Federal do Paraná", lembra Lindenberg.

Perseguição a Lula "é um escândalo na justiça latino-americana"

O ex-presidente do Uruguai José Mujica fez duras críticas à caçada judicial a que está sendo submetido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em vídeo, Mujica diz que está em curso avançado uma "intensíssima campanha, que já dura anos, para tirar de Lula legalmente a possibilidade de disputar as próximas eleições no Brasil".

"A democracia em nossa América Latina está bastante comprometida e tomara que, pela importância do Brasil e o destino de nossa América Latina, esta felonia de inventado uma quantidade de colaboradores, a partir da delação premiada, alguns dos quais têm penas de 27, 28 anos de prisão é um verdadeira escândalo da justiça latino-americana", afirmou o líder uruguaio.

Reportagem de VEJA sobre Marisa é pior do que no tempo da ditadura


"Ato de repúdio a Veja é inteiramente justificado", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247, que foi redator-chefe da revista. "Ao engrossar a campanha pela desmoralização de Lula, alvo de uma perseguição que pode marcar a fronteira final que separa a democracia de uma ditadura, Veja abandona o jornalismo para se tornar instrumento de pura propaganda política e deve ser tratada dessa forma", Comparando a vergonhosa capa sobre Marisa Letícia com uma reportagem do mesmo porte em 1981, quando o próprio Lula foi condenado a três anos e meio de prisão porque liderou uma greve considerada ilegal, PML mostra que a cobertura de 36 anos atrás possuía uma postura submissa a ditadura mas trazia informações que deixavam o leitor "perceber que havia uma farsa em tudo aquilo, uma combinação entre generais arrogantes e magistrados submissos. Desta vez, nem isso"

terça-feira, 16 de maio de 2017

Globo distorce delações para crucificar Dilma


Embora a presidente deposta Dilma Rousseff tenha demitido ex-diretores da Petrobras como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, além de ter reduzido pela metade o contrato que gerou uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, o jornal O Globo, nesta terça-feira, distorce as delações premiadas da Lava Jato para dizer que "cresce o papel de Dilma no petrolão", quando o próprio João Santana afirmou que ela fechou as torneiras da corrupção na estatal.

A publicação da família Marinho também trata como verdade email aparentemente forjado por Mônica Moura.

Destruir Dilma é essencial para consolidar o golpe, que entrará para a história como uma conspiração de corruptos contra uma presidente honesta.

Le Monde, importante jornal da França diz que Temer completa um "ano horrível" no poder



Le Monde desta terça-feira, 16, traz uma reportagem de página inteira sobre a situação política do Brasil.

Em texto de uma página, o jornal diz que Temer "tem dificuldade para impor sua legitimidade".

"Desconfortável, ele foge desse 'povo' que gostava tanto de Lula. Impopular, ele evita as cerimônias públicas, com medo de ser vaiado".

Jornal francês diz que um ano após a saída de Dilma do poder, a recessão e o desemprego continuam destruindo o país, enquanto os escândalos de corrupção, que não poupam nenhum partido, provocam um vazio político.

"Um espaço deserto que apenas Lula consegue ocupar", apesar das acusações de corrupção que também o atingem, analisa o texto.

Juristas condenam suspensão das atividades do Instituto Lula


Decisão autoritária e controversa do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que mandou fechar o Instituto Lula completa uma semana.

De norte a sul, advogados, juristas e profissionais do Direito criticaram a medida, que não foi solicitada nem pelo Ministério Público Federal.

"Desvio de poder torna-se uma hipótese muito sólida para esse comportamento", analisa o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.

Para o especialista em direito constitucional Rogério Marcos de Jesus Santos, magistrado quis atrair a opinião pública às vésperas do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro.

"É mais mais uma estocada autoritária do processo de criminalização política, cujo alcance aparentemente não se restringe mais a pessoas e partidos", diz o professor de Direito Salah Hassan Khaled Jr.

Já o advogado Flávio Siqueira diz que a decisão é uma "medida inaceitável em qualquer democracia constitucional".

PT pede a PGR ação contra Temer por contratar babá com recursos


Deputado federal Robinson Almeida (PT-BA) entra com ação na Procuradoria Geral da República contra Michel Temer por ter contratado uma babá para seu filho, Michelzinho, com recursos públicos.

Denúncia veio à tona no fim de semana e aponta que Leandra Brito, que na prática atua como babá, é oficialmente contratada pelo Palácio do Planalto como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia).

Após a repercussão do caso, Temer comentou: "Se a funcionária não puder atuar lá em casa, isso vai ser alterado".

E se disse ofendido com a pergunta, uma vez que seu filho, que tem oito anos, não precisaria de babá.

"Este é mais um absurdo deste governo. Pense num absurdo e esse governo vai além", criticou Almeida.

Paulinho sinaliza que irá apoiar Lula


Diante da impopularidade de Michel Temer e suas reformar junto ao eleitorado sindical, o deputado federal Paulinho da força já articula o desembarque de seu partido, o Solidariedade, do governo.

O parlamentar já assume publicamente que voltará a conversar com Lula.

Versão de Mônica não bate nem com a do marido

Vídeo preparado pelo internauta Paulo de Andrade comprova a fragilidade do depoimento de Mônica Moura, que disse em sua delação premiada que seu marido, o publicitário João Santana, foi alertado diretamente pela presidente deposta Dilma Rousseff sobre a iminente prisão do casal pela Lava Jato.

O problema é que João Santana, em sua delação, contradiz o depoimento de Mônica.

"Nunca veio um alerta seja de quem fosse, de alguém do governo, dizendo 'olha, saiu o decreto'. Nós soubemos pela notícia", disse Santana.

Ao negar pedido de Lula, Moro reconheceu: triplex é formalmente da OAS


Reportagem de Carlos Fernandes no Diário do Centro do Mundo destaca trechos do despacho do juiz Sergio Moro em que ela nega, na madrugada dessa segunda-feira 15, pedidos feitos pelos advogados do ex-presidente Lula e pelo Ministério Público Federal, para que se incluíssem depoimentos de novas testemunhas e ainda novos documentos, na ação sobre o triplex no Guarujá.

"A ver do juízo, já está bem demonstrado pela Defesa que o referido apartamento foi incluído, em março de 2016, entre os bens de titularidade da OAS na recuperação judicial. Tem o juízo o fato como provado", diz Moro.

"Observo que, em princípio, o apartamento em questão encontra-se formalmente em nome da OAS Empreendimento, aparentando ser natural que figure nesse rol da recuperação judicial", acrescenta.