terça-feira, 16 de maio de 2017

Djamila Barbosa, que contestou Moro: O texto que reflete o que realmente aconteceu em Londres; veja íntegra do debate

Viomundo, 15/05/2017

O choque de realidade que Sérgio Moro tomou em Londres



No sábado, 13 de maio, o juiz Sérgio Moro foi a Londres participar de uma mesa redonda que tinha o ex-ministro da justiça José Eduardo Cardozo entre seus conferencistas. Como esperado, Cardozo teceu incisivas críticas à postura de Moro no que diz respeito, dentre outras coisas, à flexibilização que vem fazendo em relação a garantias como a presunção de inocência e o caráter excepcional das prisões preventivas.

No início de sua fala, logo após as exposições de Cardozo, o juiz paranaense brincou com a expectativa de um confronto entre ele e o ex-ministro, tendo garantido que não havia lhe desferido nenhuma cotovelada durante sua palestra.

Moro reiterou o que vem dizendo ao longo dos três anos da operação Lava Jato.

Criticou o que chama de “generosidade recursal”, algo que favoreceria a impunidade, e qualificou a presunção de inocência como um dos trampolins para que réus acabem impunes.

Citou também as experiências dos EUA e da França, países de tradição democrática e liberal mais consolidada que o Brasil que deixaram de adotar a regra da prisão apenas após o trânsito em julgado.

Obviamente, teceu loas ao sepultamento que o STF promoveu do artigo 5º, LVII da Constituição Federal, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

O STF, segundo afirmou, havia fechado uma das janelas para a impunidade.

Em A Ideologia Alemã, Marx e Engels afirmam que aqueles que têm o controle dos meios de produção material controlam também os meios de produção espiritual.

Em outras palavras, todas as representações e valores inerentes ao pacote ideológico das classes dominantes são expandidos tal qual se tratassem de uma realidade universal, de modo que o pensamento burguês quebra as barreiras de sua classe e coloniza a mente de quem vive de salário e usa transporte público.

A metáfora marxista é importante para compreendermos o microuniverso de Moro, aquele, da 13ª vara federal de Curitiba.

A fala do magistrado indica que a (sua) realidade da impunidade é a realidade dos processos que se revezam no seu gabinete e no gabinete de seus colegas em autos que tratam de crimes financeiros, lavagens de dinheiro, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, etc, onde pessoas abastadas é que são rés.

Entretanto, como falar que há impunidade em um país no qual sua população carcerária é a quarta maior do planeta, sendo composta por 60% de presos provisórios, pessoas que ainda estão aguardando o julgamento?

Como falar em uma democracia substancial, efetiva e fora do formalismo burguês quando mais da metade desta população é de pessoas negras, maiores vítimas da escalada da violência?

Moro projeta no mundo a realidade ar-condicionada de seu gabinete, onde boa parte dos réus usam gravata e possuem off-shores e contas na Suíça.

Não surpreende, portanto, que se coloque como uma espécie de aplicador mecânico da lei ao afirmar, no que se refere às prisões preventivas, que as vem aplicando de maneira “ortodoxa”, estritamente dentro das hipóteses legais, ainda que o instituto “prisão preventiva para forçar delações” ainda não esteja previsto em nosso ordenamento jurídico.

Moro mostrou-se convencido de que vem agindo de forma técnica, cinzenta, operacional e objetiva, e que as consequências de seu anti-garantismo se restringem aos processos no qual preside e à sua cruzada contra a corrupção.

Alguém precisava trazê-lo para a realidade.

Foi a Djamila Ribeiro, filósofa e ex-Secretária-Adjunta de Direitos Humanos do município de São Paulo, que coube este papel.

Aos chiliques da turba pró-Moro, foi ao microfone e criticou a “aplicação ortodoxa da lei” defendida pelo juiz, recordando que a escravidão no Brasil era prevista em lei e que esta “ortodoxia”, principalmente em matéria penal, é responsável por gerar efeitos diretos nos abusos institucionais e no encarceramento em massa da população negra do país, alvo preferencial de nosso sistema repressivo.

Lembrou do caso de Rafael Braga Vieira e chamou a atenção para a generalização da arbitrariedade representada pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela ordem judicial que cessou as atividades do Instituto Lula.

Moro, cuja relação com a lei lembra a de monarcas absolutistas, estava nu.

O momento foi emblemático, pois escancarou a necessidade de trazer o juiz ao chão para que refletisse acerca das consequências de suas decisões, dando-lhe um choque de realidade e mostrando que o mundo vai muito além da bolha asséptica da 13ª vara.

Se hoje ele se vê como um preceptor da flexibilização da presunção de inocência e da prisão preventiva quanto a crimes envolvendo grandes interesses econômicos, há apenas um filete mínimo, insignificante que separa uma legitimação ainda maior dessa narrativa em relação à absoluta maioria dos casos onde o réu não é Marcelo Odebrecht, mas sim Rafael Braga Vieira, Amarildo ou a população negra, pobre e moradora de áreas periféricas, os esfarrapados das cracolândias e os descalços e mendicantes invisibilizados por sua condição social, as mesmas pessoas que já esborrotavam nosso sistema prisional antes mesmo de Moro dar guarida a essa tendência autoritária.

É por razões como estas que causa espanto que o magistrado, em sua fala, tenha se amparado na realidade das demais varas criminais mesmo diante da profusão de dados que comprometem a substância do seu discurso anti-iluminista enquanto pressuposto para o combate à corrupção, cujo enfrentamento, como bem observou Cardozo, jamais pode ocorrer sob os cadáveres de conquistas civilizatórias e garantias constitucionais.

O mundo real foi colocado sob o nariz de Moro, gerando o incontido descontentamento do seu fã clube, cuja existência, por sua vez, foi também questionada por Djamila como evidência de um judiciário partidarizado: é bom para a democracia que um juiz tenha um séquito de adoradores fanáticos?

É possível o diálogo numa conjuntura onde arbitrariedades se assomam de forma assustadora? Certamente não.

Ao ter suas contradições expostas, foi rompido o véu das bajulações que lhe confere a mídia comercial e lhe dada a oportunidade de refletir sobre seus atos enquanto juiz e agente político.

Se terá maturidade e espírito republicano para fazê-lo, é outra história.

*Gustavo Henrique Freire Barbosa é advogado e professor.

Íntegra:

Ex-ministro Aragão pede investigação: Caso Monica Moura tenha forjado prova, é preciso descobrir quem foram os cúmplices

Viomundo, 16/05/2017

Perfil do estagiário capturado pela revista Fórum: Delivar de Mattos Advogados Associados. Um dos sócios do escritório é Rodrigo (esquerda), que se tornou advogado de João Santana; ele é irmão do procurador da Lava Jato Diogo (direita), que por sua vez é professor da PUC-PR, onde estuda o estagiário

‘Um rascunho de e-mail não serve para prova nenhuma’, diz Eugênio Aragão

Para ex-ministro da Justiça de Dilma, caso de delação de Monica Moura e suposto e-mail “está muito mal contado”. “Delatores dizem exatamente o que querem que digam”, afirma


São Paulo – Para o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff Eugênio Aragão, o caso da suposta conta de e-mail que Monica Moura, esposa do publicitário João Santana, afirmou à Operação Lava Jato que era usado para falar com Dilma, “está muito mal contado”.

“O que mais espanta é que, quando João Santana e a Monica foram presos, deixaram bem claro na época que não tinham nada contra a Dilma”, diz.

“Há um contraste entre as primeiras declarações e aquelas que depois se tornam públicas em cima de uma delação que sabe-se lá como foi feita. Não se sabe o que é discutido nessas delações, como foram negociadas.”

Aragão observa que “o mecanismo e a dinâmica (das delações) são sempre os mesmos”.

“São como peças de um quebra-cabeça. Se encaixam num molde de uma teoria que o Ministério Público já montou. A gente sabe o que eles querem que os delatores digam e os delatores dizem exatamente o que eles querem que digam.”

Na opinião do ex-ministro, “tudo indica” que o e-mail é forjado.

Uma ata notarial foi registrada em um cartório de Curitiba em 13 de julho de 2016, por Felipe Pedrotti Cadori, que seria estagiário no escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados Associados.

O casal foi solto em 1º de agosto de 2016. O escritório passou a ser defensor de João Santana há um mês, em 17 de abril.

Na quinta-feira (11), Dilma Rousseff divulgou nota na qual afirma que “João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores”.

No sábado (13), em outra nota, ela disse que “o jornalismo de guerra promovido contra mim e o presidente Lula é a prova de que a escalada autoritária contaminou radicalmente os formadores de opinião pública”, em referência ao jornalista Merval Pereira, que sugeriu no jornal O Globo que a ex-presidente seja presa por obstrução da Justiça.

A suposta conta de e-mail registra uma única mensagem, na pasta de rascunhos: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

“Primeiro, um rascunho de e-mail não serve para prova nenhuma. Não tem sequer um e-mail que foi enviado. E um rascunho é facílimo de ser forjado. Pode até colocar a data que quiser ali. Isso precisa ser esclarecido”, diz Aragão.

Ele considera “mais curioso ainda” o fato de que as delações se tornaram públicas, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), logo depois do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na quarta-feira (10), ao juiz Sérgio Moro.

No depoimento, o petista teve “uma performance muito além do que se esperava”. Para Aragão, fica a impressão de que a intenção da nova polêmica “é tirar um pouco o sucesso do depoimento do Lula e colocar na sombra eventuais pontos ganhos pela defesa”.

O ex-ministro defende que se faça no país uma profunda reflexão sobre a necessidade de um marco normativo da atuação do Ministério Público, principalmente quanto às delações premiadas.

“Cada dia temos uma novidade. Essa Lava Jato nunca acaba. O país não merece isso. O MP tem que ter um prazo para investigar. Não dá para ficar o resto do tempo destruindo o tecido institucional do país, com esse tipo de trabalho midiático que está sendo feito há três anos.”

Segundo ele, se Monica Moura forjou provas, ela pode ser incriminada. É preciso saber, primeiro, quem está por trás de uma eventual fabricação de provas.

“É preciso saber, caso seja uma fraude, se ela forjou provas porque quis, ou se foi obrigada. Essas circunstâncias têm que ser examinadas devidamente. Afinal, Monica Moura estava presa (quando o e-mail foi registrado). A pessoa na cadeia tem dificuldade de fazer as coisas. Está sob vigilância do Estado. Em segundo lugar, se houver realmente uma fraude, temos um crime de fraude processual, falsificação de prova. É um processo que pode pegar para ela e eventualmente outros que participaram da empreitada.”



Estarrecida, a Nação toma conhecimento de que a absurda história alegada por Mônica Moura da criação de uma conta secreta de e-mail para comunicação com a presidenta Dilma Rousseff é falsa.

Um estagiário do escritório de advocacia Delivar de Matos e Castor Advogados e Associados registrou em cartório, em 13 de julho de 2016, uma imagem da mensagem de e-mail desta conta como prova da existência da conta. Neste dia, a publicitária estava presa.

Essa história, por si só, é risível. A mensagem contida na pasta ‘Rascunho’ e registrada no cartório, tem data de criação em 22 de fevereiro. No mesmo dia, 22 de fevereiro de 2016, a Lava Jato deflagrou a Operação Acarajé com ordem de prender João Santana. Como o casal estava fora do país, só se apresentou à justiça brasileira em 23 de fevereiro de 2016.

Ou seja, a mensagem eletrônica registrada em cartório foi criada um dia antes da prisão do casal de publicitários, em uma improvável coincidência. Forjaram uma farsa envolvendo a criação de uma conta de e-mail que nunca foi acessado pela presidenta Dilma.

Também é uma baita coincidência o fato de que, desde abril deste ano, o mesmo escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados Associados faz a defesa de João Santana.

Isso é de estarrecer a Nação. A sociedade brasileira começa a ter uma visão clara do submundo pelo qual se movimentam estas pessoas que estão a aniquilar a democracia e a República Brasileira.

Tudo isso, à base de farsa, de chantagem e de mentiras com o objetivo claro de tentarem atingir a honra e a dignidade de Dilma Rousseff e de Luiz Inácio Lula da Silva.

Acredito que a Nação está tendo clareza exata do que está em disputa no Brasil e o papel que essas pessoas desempenham. Em nenhum lugar do mundo, essa delação faria sentido e seria anulada de imediato.

Por fim, seria razoável que a criação deste factoide, como forma de aliviar a pena de Mônica Moura e de João Santana, ao contrário do planejado, servisse como agravante e implicasse no aumento do tempo de condenação do casal pela Justiça.

Chico Vigilante, deputado distrital (PT)

PS do Viomundo: Para complicar ainda mais essa história, um dos sócios do escritório de advocacia do estagiário, Rodrigo Castor de Mattos, é irmão de um dos procuradores da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos. Rodrigo entrou na defesa de João Santana em 17 de abril deste ano. Um perfil do procurador Diogo Castor de Mattos, publicado pela revista Ideias em janeiro de 2016, revela que àquela altura ele era professor de Direito Penal na PUC de Curitiba, justamente onde, segundo o perfil do Facebook, o estagiário Felipe Cadori — que foi ao cartório registrar o e-mail de Monica Moura — estuda Direito. O site da universidade confirma que Diogo ainda é professor da Faculdade de Direito.

Do perfil:

Diogo Castor de Mattos estudou no Colégio Santa Maria, depois no Colégio Dom Bosco
– Graduado em Direito em 2009 pela PUC-PR
– É Mestre em Função Política do Direito pela UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná (2015)
– Fez concurso, mas não foi aprovado, para Procurador do Banco Central.
Para a segunda fase, tomou aulas com o prof.º Belmiro – em 2009
– Foi aprovado em concurso para Defensor Público Federal, mas não assumiu a vaga – em 2010
– Foi aprovado em concurso para Procurador Federal da Advocacia da União – em 2010. Assumiu o cargo em Junho de 2011
– Fez concurso para Promotor de Justiça do Paraná, assumindo em Julho de 2012
– Em Fevereiro de 2013, assumiu o cargo de Procurador da República, em que permanece até o momento
– Passou um ano em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná. Em Março de 2014, foi convocado para integrar a então recém-criada equipe da força tarefa da Operação Lava Jato. Convocado por Deltan Dallagnol (idealizador do projeto)
– É professor de Direito Penal na PUC-PR
Nasceu em 18 de Junho de 1986, em Curitiba. Pai: Delivar Thadeu de Matos, falecido em 05 de Outubro de 2007; Mãe: Maria Cristina Jobim Castor de Matos.

Trecho da entrevista:

A partir de quê foi idealizado o projeto da Lava Jato?

Foi idealizado em 2014, após a prisão de Alberto Youssef, em 17 de Março. Dada a magnitude do que se apresentava na época, o colega Deltan achou que era conveniente pedir ajuda para montar um grupo de procuradores, que depois ficou conhecido como “força-tarefa”. Eu fui estagiário do Deltan em 2009. Coincidentemente, o pai dele foi colega do meu pai (MP Estadual do Paraná).

TSE vai cassar a Dilma e salvar o vice

Por que o TSE seria diferente do TCU, por exemplo?

Conversa Afiada, 15/05/2017


Em novo parecer apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, pediu novamente a cassação da chapa encabeçada por Dilma e Michel Temer em 2014. Dino defende que Temer seja afastado do cargo de presidente e Dilma fique inelegível pelos próximos oito anos.

O julgamento da cassação da chapa pelo TSE começou em abril, mas foi interrompido após o ministro Herman Benjamin, relator do caso, aceitar incluir os depoimentos do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura e do ex-ministro Guido Mantega. De acordo com o jornal O Globo, o conteúdo do novo parecer de Nicolao Dino, entregue na última sexta-feira (12), mudou pouco em relação ao entregue por ele em março. O vice-procurador-geral eleitoral considerou que os depoimentos trouxeram poucas informações novas ao processo e fez poucas alterações, mantendo o pedido de cassação da chapa.

Agora, o ministro Herman Benjamin deverá preparar seu voto e pedir a inclusão do processo na pauta do TSE. Gilmar Mendes, que preside o tribunal, já havia prometido dar celeridade ao julgamento. Expectativa é que o caso seja pautado na agenda do tribunal até o fim de maio ou começo de junho.

Os delatores dizem o que os Procuradores querem

E-mail da Dilma é falso!

Conversa Afiada, 16/05/2017

Da Rede Brasil Atual:


Para o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff Eugênio Aragão, o caso da suposta conta de e-mail que Monica Moura, esposa do publicitário João Santana, afirmou à Operação Lava Jato que era usado para falar com Dilma, “está muito mal contado”. “O que mais espanta é que, quando João Santana e a Monica foram presos, deixaram bem claro na época que não tinham nada contra a Dilma”, diz. “Há um contraste entre as primeiras declarações e aquelas que depois se tornam públicas em cima de uma delação que sabe-se lá como foi feita. Não se sabe o que é discutido nessas delações, como foram negociadas.”

Aragão observa que “o mecanismo e a dinâmica (das delações) são sempre os mesmos”. “São como peças de um quebra-cabeça. Se encaixam num molde de uma teoria que o Ministério Público já montou. A gente sabe o que eles querem que os delatores digam e os delatores dizem exatamente o que eles querem que digam.” 

Na opinião do ex-ministro, “tudo indica” que o e-mail é forjado. Uma ata notarial foi registrada em um cartório de Curitiba em 13 de julho de 2016, por Felipe Pedrotti Cadori, que seria estagiário no escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados Associados. O casal foi solto em 1º de agosto de 2016. O escritório passou a ser defensor de João Santana há um mês, em 17 de abril.

Na quinta-feira (11), Dilma Rousseff divulgou nota na qual afirma que “João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores”. No sábado (13), em outra nota, ela disse que “o jornalismo de guerra promovido contra mim e o presidente Lula é a prova de que a escalada autoritária contaminou radicalmente os formadores de opinião pública", em referência ao jornalista Merval Pereira, que sugeriu no jornal O Globo que a ex-presidente seja presa por obstrução da Justiça.

A suposta conta de e-mail registra uma única mensagem, na pasta de rascunhos: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

“Primeiro, um rascunho de e-mail não serve para prova nenhuma. Não tem sequer um e-mail que foi enviado. E um rascunho é facílimo de ser forjado. Pode até colocar a data que quiser ali. Isso precisa ser esclarecido”, diz Aragão.

Ele considera “mais curioso ainda” o fato de que as delações se tornaram públicas, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), logo depois do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na quarta-feira (10), ao juiz Sérgio Moro. No depoimento, o petista teve “uma performance muito além do que se esperava”. Para Aragão, fica a impressão de que a intenção da nova polêmica “é tirar um pouco o sucesso do depoimento do Lula e colocar na sombra eventuais pontos ganhos pela defesa”.

O ex-ministro defende que se faça no país uma profunda reflexão sobre a necessidade de um marco normativo da atuação do Ministério Público, principalmente quanto às delações premiadas. “Cada dia temos uma novidade. Essa Lava Jato nunca acaba. O país não merece isso. O MP tem que ter um prazo para investigar. Não dá para ficar o resto do tempo destruindo o tecido institucional do país, com esse tipo de trabalho midiático que está sendo feito há três anos.”

Segundo ele, se Monica Moura forjou provas, ela pode ser incriminada. É preciso saber, primeiro, quem está por trás de uma eventual fabricação de provas. “É preciso saber, caso seja uma fraude, se ela forjou provas porque quis, ou se foi obrigada. Essas circunstâncias têm que ser examinadas devidamente. Afinal, Monica Moura estava presa (quando o e-mail foi registrado). A pessoa na cadeia tem dificuldade de fazer as coisas. Está sob vigilância do Estado. Em segundo lugar, se houver realmente uma fraude, temos um crime de fraude processual, falsificação de prova. É um processo que pode pegar para ela e eventualmente outros que participaram da empreitada.”

Gang assalta o Refis para aprovar Previdência

Janaína Paschoal, Miguelzinho Reale, isso é pedalada?

Conversa Afiada, 16/05/2017
No meio da deduragem, um marido

Como anunciou o Conversa Afiada, a partir de excelente reportagem de André Barrocal, o MTvai meter a mão na tua grana para a aprovar a reforma de Previdência:

Em busca de votos para aprovar a reforma da Previdência, o governo cedeu nas negociações com o Congresso e concordou em permitir descontos de multas e juros no novo programa criado para regularização de dívidas de empresas com o fisco.

Batizado como Programa de Regularização Tributária (PRT), e popularmente conhecido como novo Refis, o novo plano começou a ser discutido depois que o Congresso alterou proposta original do governo, incluindo vários benefícios para devedores. (...) 

Em tempo: as fotos acima revelam momento de ternura e deduragem entre Eliane Tucanhêde, aquela da massa cheirosa, e o cheiroso MT, da lista de alcunhas da Odebrecht. Foi durante a "entrevista" em que o Treme agradeceu a propaganda que o Elio Gaspari (provavelmente gratuita) lhe ofereceu. Como se sabe, o marido da Tucanhêde orna a Lava Jato. Aparece lá numa das roubalheiras da Odebrecht. O que explica a familiaridade entre a suposta repórter e o suposto Presidente: imersos na mesma lama. - PHA

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Valor, da Globo, mente em editorial sobre Cardozo


Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal Valor Econômico, da Globo, publica uma mentira, ao dizer que o ex-ministro José Eduardo Cardozo confirmou a versão da delatora Mônica Moura።

"Mônica contou que Dilma, informada pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a avisou dos mandados de prisão expedidos contra o casal. Dilma rebateu com seu bordão favorito: a mulher de Santana 'faltou com a verdade'. Acontece que Cardozo, na sequência, disse que nada mais fez que cumprir com seu dever de ofício, ou seja, comunicar à presidente da República. Não só confirmou a versão de Mônica, portanto, como se resguardou para eventuais demandas judiciais. Dilma provavelmente será processada pelo Ministério Público", diz o texto

o que Cardozo disse foi que, em todas as operações, seguia o protocolo da PF, que consiste em informar a presidência no momento das prisões።

Exército dos EUA ocupa a Amazônia

Chico Pinheiro fura bloqueio da Globo e detona Temer por empregar babá


Em post no Twitter, o jornalista Chico Pinheiro, do Bom Dia Brasil, da TV Globo, chama Michel Temer de "sem noção" pelo fato de ele pagar a babá de seu filho via Palácio do Planalto.

"Sem noção, esse Temer. Pra financiar esse tipo de gasto público das elites dos poderes, não há reforma que dê conta", diz Chico.

Filósofa a Moro: é a ditadura do Judiciário

Juiz que é Juiz não pode ser aplaudido

Conversa Afiada, 15/05/2017
Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política e ativista (Créditos: Ricardo Matsukawa/El País)

Da Revista Fórum:


A filósofa Djamila Ribeiro questionou o juiz Sergio Moro sobre seus posicionamentos à frente da Operação Lava-Jato. O magistrado participou ontem (13) de um debate na London School of Economics, no Reino Unido, com a presença do ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo.

Na ocasião, Cardozo afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff se tratou de um golpe baseado em “acusações pífias” e foi recebido com palmas. Quando a discussão passou às perguntas da plateia, Djamila, que falará no evento no domingo sobre questões de gênero, criticou o “discurso do populismo penal”.

A ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos da cidade de São Paulo lembrou que a decisão de interromper as atividades do Instituto Lula foi feita com uma “canetada”. “Juiz não deveria ter lado, juiz não deveria ter partido”, enfatizou ao comentar a torcida em torno da figura de Moro no debate.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

As perguntas de Lula que Moro não respondeu

Provincianoto, medíocre, de limitados recursos técnicos e agressor da Língua!

Conversa Afiada, 12/05/2017

Reprodução: Facebook

O juiz imparcial de Curitiba fracassou como âncora do Fantástico.

NENHUM órgão do PiG elogiou seu desempenho.
Nenhum!

Na verdade, quando teve que enfrentar um adversário político maior do que ele, Moro voltou a ser o que é.
Um provincianoto, como diz o Mino Carta, um juiz medíocre, de limitados atributos intelectuais e técnicos, que agride a Língua do Padre Vieira e a Globo transformou em Pai da Pátria!

Lula deixou o Moro do tamanho que tem.

Durante o depoimento 7 a 1, Lula fez algumas perguntas que o Moro não respondeu.

Fica devendo:

- Só o jornal nacional foram 18 horas e 15 minutos nos últimos 12 meses. Sabe o que significam 18 horas falando mal de um cidadão?

- Como alguém pode imaginar em sã consciência, Dr. Moro, que um cidadão compra um apartamento que vale dez e depois declarou no Imposto de Renda cinco anos seguidos e depois aparece um apartamento que vale vinte sem nenhuma explicação?

- O Ministério Público tem algum documento que mostra que eu comprei o apartamento, alguma escritura? Foram em alguma imobiliária?

- Nos últimos depoimentos de pessoas que citaram meu nome, quais eram as manchetes no dia seguinte, qual era o tratamento que o jornal nacional dava à figura do Lula?

- Uma das reformas feitas foi a instalação de um elevador. “Essa do elevador é uma das anomalias do Ministério Público, pelo menos do pessoal da Lava Jato. Eu vi pela imprensa que o Ministério Público tinha dito que eu tinha pedido ao Léo [Pinheiro] para colocar um elevador. Isso aqui, doutor [entregando foto impressa a Moro] é uma escada caracol. Essa escada tem 16 degraus. Essa escada é do meu apartamento, onde eu moro há 18 anos [em São Bernardo do Campo]. Dona Marisa, há exatamente seis anos, tomava remédio todo santo dia para dor nas cartilagens. Será que alguém de bom senso nesse país imagina que eu ia pedir um elevador num apartamento que não era meu, e deixar de pedir para fazer um no prédio em que a Marisa vivia havia 20 anos, e que tomava remédio todo santo dia?”

- O sr. se sente responsável pela Lava Jato ter destruído a indústria da construção civil neste país? O sr. se sente responsável por 600 mil(hões) de pessoas que já perderam o emprego nos setores de óleo e gás da construção civil?”

Moro - Senhor presidente, o senhor Duque sequer tem acordo de colaboração e ninguém prometeu liberdade a ele. A informação que o senhor tem é equivocada.
Lula - Mas, eu tô vendo, doutor. Como não prometeu? Passou esses dias na televisão, o cidadão. Um mora numa praia não sei aonde, o outro mora num condomínio que só tem desembargador. O outro mora num apartamento não sei da onde, fumando charuto cubano com dinheiro roubado?
Moro: Essas pessoas foram presas.
Lula: Foram presas, delataram e saíram para gastar a parte do dinheiro.

Carta Capital que chega às bancas nessa sexta 12/V

A Globo está de costas para o precipício

A Globo desistiu de ser a Globo. Desistiu do negócio de televisão.

Está à venda!

Acesse o link e entenda porque a Globo vai acabar nos moldes atuais: A Globo está de costas para o precipício

Entenda distritão, voto distrital misto, lista aberta e mais da reforma política

Uma pequena reforma política pode está a caminho

Do G1, em São Paulo, 26/05/2015

O Congresso pode mudar a forma como você elege deputados, senadores e vereadores. Entenda as mudanças no voto proporcional propostas na reforma política:

saiba mais


Como é hoje

PROPORCIONAL com lista aberta

A eleição depende de um cálculo, chamado quociente eleitoral, baseado nos votos válidos no candidato e no partido. A partir dele, são preenchidas as cadeiras disponíveis, proporcionalmente (Entenda como é feito o cálculo).

A crítica é que candidatos com pouquíssimos votos podem ser eleitos, “puxados” por aqueles com mais votos do mesmo partido. Por exemplo, em 2014, Celso Russomanno (PRB), deputado federal mais votado, ajudou a eleger outros quatro candidatos.

Lista aberta: O eleitor pode votar em um candidato ou em um partido (voto na legenda).


Como pode ficar

DISTRITÃO

Acaba o quociente eleitoral e os mais votados são eleitos, ou seja, seria uma eleição majoritária, como para presidente. Cada estado vira um distrito eleitoral. No caso de vereador, seria o município. O eleitor vota em um nome em seu distrito. Os mais votados são eleitos.

A crítica é que as cadeiras são preenchidas sem considerar os partidos, o que poderia encarecer as campanhas individuais, enfraquecer as legendas e as minorias.

PROPORCIONAL com lista fechada

O partido faz uma lista de candidatos. O eleitor vota no partido, que terá o número de vagas proporcional ao número de votos obtidos. As vagas serão preenchidas pelos candidatos da lista. A crítica é que o eleitor não poderia votar em outros candidatos fora da lista.

DISTRITAL MISTO

É uma mistura do sistema proporcional e do majoritário. O eleitor vota duas vezes. Uma para candidatos no distrito e outra para a lista dos partidos (legenda). A metade das vagas vai para os candidatos eleitos por maioria simples. A outra metade é preenchida conforme o quociente eleitoral pelos candidatos da lista. A crítica é que os eleitores não poderão votar em candidatos de outros distritos.

Floresta Amazônica é ameaçada por bancada ruralista


A edição desta sexta-feira 12 do jornal francês Libération traz uma matéria sobre o desmatamento da Floresta Amazônica, em prol das plantações de soja e da criação de gado. "No Brasil, a floresta paga o preço das mudanças políticas", diz a manchete

12 DE MAIO DE 2017 ÀS 14:47 // 247 NO TELEGRAM // 247 NO YOUTUBE

Por RFI - A edição desta sexta-feira (12) do jornal Libération traz uma matéria sobre o desmatamento da Floresta Amazônica, em prol das plantações de soja e da criação de gado. "No Brasil, a floresta paga o preço das mudanças políticas" diz a manchete.


Libération explica que, desde a destituição de Dilma Rousseff, os conservadores favoráveis ao lobby agroalimentar defendem uma legislação perigosa para a Amazônia. "Tratados com indiferença, os povos indígenas tentam barrar a catástrofe", escreve o jornal.

Sobre o assunto, Libération entrevistou o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). Segundo ele, "as forças políticas conservadoras se alinham para acabar com as proteções ambientais e sociais básicas", o que expõe boa parte da floresta amazônica a danos gravíssimos.

De acordo com Fearnside, o desmatamento da Amazônia deu um grave salto em 2016: 29% em relação à 2015 - um número que compreende apenas o desflorestamento legal. O cientista alerta que, se as ações ilegais forem consideradas, o desmatamento no local destruiu uma superfície do tamanho da França em apenas um ano. Além das plantações de soja e da criação de gado, a construção de barragens hidrelétricas, de estradas e portos contribuem para a devastação.

Segundo o pesquisador do Inpa, o cenário só tende a piorar. "Há cada vez mais investimentos. Os projetos de infraestrutura em andamento encorajam a especulação sobre as terras. O valor delas sobe enormemente a cada vez que uma nova estrada é construída na região", salienta Fearnside, em entrevista ao jornal Libération.

O diário destaca que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) confirma a tendêndia citada pelo cientista. De acordo com a instituição, o Brasil é o país que mais destruiu suas florestas no período entre 2010 e 2015. Cerca de 0,2% da área verde brasileira é destruída por ano, lembrando que o Brasil é o segundo país com o maior número de florestas, 12% da área verde do mundo, ficando atrás apenas da Rússia.

Conservadores no poder

Libération explica que não há mistério sobre esse aumento desenfreado do desmatamento: o aumento do preço da soja e da carne tornou mais rentável a exploração das terras. "Mas é sobretudo a chegada dos conservadores ao poder, há um ano, que custa caro para a a Amazônia", salienta a matéria. Com a queda de Dilma Rousseff e a chegada ao poder de Michel Temer, o bloco ruralista, que representa os interesses do agrobusiness, ganhou espaço e controla atualmente 40% do Congresso.

"Sob pretexto de tornar a economia brasileira mais competitiva, os ruralistas estão fazendo passar um arsenal de leis e emendas na Constituição para minar as proteções ambientais e invadir as terras indígenas", ressalta Libération. O texto mais recente aprovado pelo Congresso permite a abertura de mais de um milhão de hectares de florestas, até hoje protegidos, para a exploração.

Diante da situação calamitosa, dezenas de Ongs de proteção ao meio ambiente lançaram nesta semana o movimento "Resistir" para pressionar os governantes brasileiros. Mas, para ambientalistas, é preciso ir além e criar uma forte mobilização da população, já abatida por anos de crise política e econômica no Brasil.

Os 10 melhores momentos de Lula em Curitiba


A página “Que saudades do meu ex” fez uma lista de 10 respostas do ex-presidente que deixaram o juiz praticamente sem tréplica. “A Polícia Federal não descobriu quem foi? Não? Então, quando descobrir, o senhor me fala, eu também quero saber”. Confira

12 DE MAIO DE 2017 ÀS 06:58 // 247 NO TELEGRAM // 247 NO YOUTUBE


Confira, abaixo, uma lista elaborada pela página “Que saudades do meu ex” das melhores respostas de Lula no depoimento concedido ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (10), em Curitiba (PR), no processo que envolve o apartamento triplex no Guarujá (SP).

MORO: Senhor ex-presidente, preciso lhe advertir que talvez sejam feitas perguntas difíceis para você.
LULA: Não existe pergunta difícil pra quem fala a verdade.

MORO: Esse documento em que a perícia da PF constatou ter sido feita uma rasura, o senhor sabe quem o rasurou?
LULA: A Polícia Federal não descobriu quem foi? Não? Então, quando descobrir, o senhor me fala, eu também quero saber.

MORO: O senhor não sabia dos desvios da Petrobras?
LULA: Ninguém sabia dos desvios da Petrobras. Nem eu, nem a imprensa, nem o senhor, nem o Ministério Público e nem a PF. Só ficamos sabendo quando grampearam o Youssef.
MORO: Mas eu não tinha que saber. Não tenho nada com isso.
LULA: Tem sim. Foi o senhor quem soltou o Youssef. O senhor deve saber mais que eu [referindo-se ao escândalo do Banestado].

LULA: O Dallagnol não tá aqui. Eu queria o Dallagnol aqui pra me explicar aquele PowerPoint.

MORO: Saíram denúncias na Folha de S. Paulo e no jornal O Globo de que…
LULA: Doutor, não me julgue por notícias, mas por provas.

LULA: Esse julgamento é feito pela e para a imprensa.
MORO: O julgamento será feito sobre as provas. A questão da imprensa está relacionada a liberdade de imprensa e não tem ligação com o julgamento.
LULA: Talvez o senhor tenha entrado nessa sem perceber, mas seu julgamento está sim ligado a imprensa e os vazamentos. Entrou nessa quando grampeou a conversa da presidente e vazou, conversas na minha casa e vazou, quando mandou um batalhão me buscar em casa, sem me convidar antes, e a imprensa sabia. Tem coisas nesse processo que a imprensa fica sabendo primeiro que os meus advogados. Como pode isso? E, prepare-se, porque estes que me atacam, se perceberem que não há mesmo provas contra mim e que eu não serei preso, irão atacar o senhor com muito mais força.

MORO: Senhor ex-presidente, você não sabia que Renato Duque roubava a Petrobras?
LULA: Doutor, o filho quando tira nota vermelha, ele não chega em casa e fala: “Pai, tirei nota vermelha”.
MORO: Os meus filhos falam.
LULA: Doutor Moro, o Renato Duque não é seu filho.

LULA: Doutor Moro, o senhor já deve ter ido com sua esposa numa loja de sapatos e ela fez o vendedor baixar 30 ou 40 caixas de sapatos, experimentou vários e no final, vocês foram embora e não compraram nenhum. Sua esposa é dona de algum sapato, só porque olhou e provou os sapatos? Cadê uma única prova de que eu sou dono de algum tríplex? Apresente provas doutor Moro?

MORO: O senhor solicitou à OAS que fosse instalado um elevador no tríplex?
LULA: O senhor está vendo essa escada caracol nessa foto? Essa escada tem dezesseis degraus e é do apartamento em que eu moro há 18 anos em São Bernardo. Dezoito anos a Dona Marisa, que tinha problema nas cartilagens do joelho passou subindo e descendo essa escada. O senhor acha que eu iria pedir um elevador no apartamento que eu não comprei, ao invés de pedir um elevador no apartamento em que eu moro, para que a Dona Marisa não precisasse mais subir essa escada?

LULA: O vazamento das conversas da minha mulher e dela com meus filhos foi o senhor quem autorizou.

MORO: Tem um documento aqui que fala do tríplex…
LULA: Tá assinado por quem?
MORO: Hmm… A assinatura tá em branco…
LULA: Então, o senhor pode guardar por gentileza!

Lula errou pouco no depoimento a Moro, avaliam advogados

Reprodução 
Lula durante depoimento ao juiz Sergio Moro, em Curitiba

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO12/05/2017 02h00

O ex-presidente Lula não deu o show que gostaria, mas conseguiu evitar que o interrogatório conduzido pelo juiz Sergio Moro gerasse contradições que pudessem incriminá-lo no caso do apartamento tríplex, segundo três advogados e professores de direito ouvidos pela Folha.

As perguntas de Moro que não tinham relação com a ação penal, o apartamento do Guarujá que teria sido ofertado pela empreiteira OAS ao ex-presidente como propina disfarçada, foram criticadas pelo trio.

"Lula não se saiu mal no interrogatório", diz Gustavo Badaró, advogado e professor de direito penal da USP. "Ele confirmou encontros e situações que os investigadores conheciam, mas negou a prática de atos ilícitos. Foi uma boa estratégia".

Para Badaró, o fato de o juiz ter extrapolado a acusação do Ministério Público é preocupante. "Juiz que extrapola a denúncia é um indício de perda de imparcialidade. No caso do Moro, acho que isso não compromete o seu trabalho, mas acende uma luz amarela".

Alberto Toron, criminalista e professor na Faap, diz que a insistência do juiz em repetir certas perguntas mostra um alinhamento com a acusação que não deveria existir. "Não posso dizer que o juiz foi parcial. Ele foi respeitoso com o acusado, mas certas perguntas revelam que ele está buscando provas para condenar", afirma.

Toron inclui nesse rol as perguntas do juiz em torno da indicação de diretores da Petrobras e a insistência em questionar o ex-presidente se ele sabia da corrupção na estatal.

Toron diz que o interrogatório longo também faz parte de uma estratégia para "dobrar o réu", como se fazia na ditadura militar (1964-1985).

Thiago Bottini, professor do curso de direito da FGV do Rio, também classifica como bom o depoimento de Lula com um senão: "Se alguém esperava que o Lula fosse se auto-incriminar, errou feio. Ele poderia ter ido melhor se não perdesse tempo em responder perguntas que não tinham nada a ver com o caso do apartamento".

Foi nas perguntas que não tinham relação direta com o tríplex que Lula e Moro tiveram algumas discussões, na avaliação de Bottini. "A pior parte do depoimento de Lula foram nos momentos de antagonismo com o juiz. Isso não é bom para o Lula".

Segundo Bottini, o juiz tem revelado um comportamento parcial não só no caso do ex-presidente. "O Moro faz muito mais perguntas do que o Ministério Público, o que o torna um sujeito não ideal para julgar. Ele não cumpriu inteiramente o papel de juiz imparcial no interrogatório de Lula".

Uma das evidências da perda da parcialidade, de acordo com Bottini, apareceu nas perguntas sobre o mensalão. Na ação em questão, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS.

Golpe de Temer e cia completa um ano com grandes perdas para a maioria


Nesta sexta-feira 12, o golpe parlamentar de 2016, uma conspiração de políticos corruptos contra uma presidente honesta, liderada por Eduardo Cunha, condenado a 15 anos de prisão, e Aécio Neves, recordista de inquéritos na Lava Jato, completa um ano; desde então, o Brasil viveu o maior retrocesso econômico, social e institucional de sua história.

Primeiro, roubaram o seu voto.

Depois, tomaram o seu emprego, com a depressão econômica de Michel Temer, delatado por ter presidido uma reunião onde se definiu uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB.

Em seguida, criaram a falácia de que o mercado de trabalho só iria se recuperar com o fim dos seus direitos trabalhistas.

Em breve, será reforçado o argumento de que a economia brasileira não sairá do buraco se não tomarem a sua aposentadoria; se isso não bastasse, lá se foram o Minha Casa, Minha Vida, a Farmácia Popular e vários programas sociais.

Além disso, o Brasil perdeu o respeito internacional, se tornou um pária entre os vizinhos e até mesmo o orgulho de ser brasileiro atingiu seu ponto mais baixo; valeu a pena?

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Depois de depor perante Moro, Lula sai mais fortalecido

Lula foi o melhor presidente do Brasil. Ele fez um governo de inclusão social e essa inclusão permitiu que o pobre passasse a viajar de avião, comer mais e melhor, morar decentemente, ser doutor e aumentar a expectativa de vida.

Essa política de inclusão social promovida pelos governos do PT incomodou muita gente, que bem articulada, combinada e mancomunada deu um golpe sem precedentes e está fazendo um estrago no País.

Os golpistas estão praticando uma política de terra arrasada, acabando com a economia, entregando as riquezas nacionais, afetando nossa soberania e nos envergonhando perante o mundo civilizado.

Queriam ter a felicidade de prender o Lula, mas como o mundo está de olho nos desdobramentos da Operação Lava Jato que está mais para Operação Caça Lula, o máximo que farão é inviabilizar sua participação na próxima disputa presidencial.

Os coxinhas enganados pelo PIG - tão bem representado pela Globo - e pela FIESP do pato amarelo, por setores da PGR, do MPF e da PF, foram as ruas de verde e amarelo, bateram panelas, assumiram o fascismo, dividiram o País e fizeram e falaram o diabo nas redes sociais, agora sumiram definitivamente das ruas e os poucos enganados que ainda têm já sentem vergonha de defender essa perseguição política que o mundo inteiro já percebeu e condena veementemente. Os coxinhas perceberam que no Brasil de Temer, o que era ilegal agora é legal, o que era imoral agora é moral, o que era errado agora é certo. Enfim, caiu a ficha!

Agora por exemplo, a imprensa ficou anunciando o tempo inteiro que ia ter atos de vandalismo por ocasião do depoimento de Lula a Moro e isso não ocorreu. Muito pelo contrário, reacionários de direita, tentaram atingir aqueles que foram à Curitiba se manifestar pacificamente.

Mas por falar em depoimento de Lula, o que se viu foi juiz de primeira instância completamente acuado, por não conseguir provas contra o Lula e nem poder prendê-lo, para dar satisfações aos seus patrões, e por outro lado, teve que se comportar direito para que pensem que é minimamente imparcial.

Ontem, também percebemos que a Globo e amigos ficaram desorientados, perdidos nos seus jornais centrais. Sem edição e manipulação estão mortos.

Lula continua livre, para desgraça dos coxinhas, firme e forte rumo a 2018, percorrendo o Brasil inteiro.

A essa altura do jogo, com todos os itens citados antes e o desastre do governo Temerário e ilegitimo, o Lula deve ter mais de 50 % nas pesquisas.

É óbvio que esse circo da Lava Jato foi montado para desabilitar Lula. Só não contavam que a situação do País fosse se deteriorar a esse ponto. Lula conseguiu dar a volta por cima e hoje é o único concorrente à Presidência.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Lula: estou vivo! E vou voltar!

"Eu respeito a Justiça e exijo respeito de volta!"

Conversa Afiada, 10/05/2017

Discurso do Presidente Lula marcou o encerramento do ato desta quarta-feira, 10/V (Crédito: Ricardo Stuckert)

O Conversa Afiada, que transmitiu ao longo de todo o dia as manifestações em Curitiba, reproduz as principais declarações do Presidente Lula em discurso feito no centro da capital paranaense, na noite desta quarta-feira, 10/V:

- nenhuma manifestação é tão gratificante quanto essa, por saber que vocês confiam em alguém que está sendo massacrado!

- haverá um momento em que a História irá mostrar que nunca antes no Brasil alguém foi tão perseguido como estou sendo!

- se um dia eu tiver cometido um erro, eu não quero ser julgado apenas pela Justiça. Quero antes ser julgado pelo povo brasileiro!

- hoje eu achei que os meus acusadores fossem mostrar algum documento. Depois de dois anos de massacre, esperava que fosse ter algum documento mostrando que eu comprei um apartamento. Nada! Perguntaram se eu conheço Vaccari, Léo Pinheiro etc.

- não quero ser julgado por interpretações. Quero ser julgado por provas!

- Virei em quantas audiências forem necessárias! Porque se tem um brasileiro que está em busca da verdade, sou eu!

- se um dia eu tiver que mentir pra vocês, eu prefiro que um ônibus me atropele em qualquer rua deste País (diz, às lagrimas)

- estou vivo! E estou me preparando para voltar a ser candidato à Presidência!

- se a elite não tem competência para consertar este País, o metalúrgico vai provar que é possível consertar este País (...) Eu respeito a Justiça! A única coisa que peço em troca é que eles me respeitem!

Veja mais imagens do discurso do Presidente Lula (crédito: Ricardo Stuckert):





Fechar Instituto Lula é decisão absurda e parcial, diz Kennedy



"A decisão de Ricardo Augusto Soares Leite, juiz substituto da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, de fechar o Instituto Lula é absurda e inconsistente. O instituto funciona há décadas. Essa decisão revela parcialidade contra Lula. Também se alinha à visão equivocada de querer punir instituições, como partidos políticos, e empresas, como a Odebrecht, pelos erros cometidos por pessoas", diz o colunista Kennedy Alencar.

Sem palavras


"Quando subitamente um simples juiz substituto de Brasília decide, sem qualquer base legal, suspender as atividades do Instituto Lula de São Paulo, 24 horas antes do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro... 

Quando tomamos conhecimento das acusações centrais a Lula: ocultação de patrimônios, quais sejam, a posse de um apartamento no Guarujá (que está registrado em cartório no nome da OAS a qual, inclusive, já o penhorou) e um sítio em Atibaia do seu amigo José Bittar... 

Quando estamos diante disso tudo, nos faltam palavras... E sem palavras, só nos resta a ação. E a ação é a luta efetiva, popular e suprapartidária contra a Ditadura", diz o professor Carlos D'Incao.