terça-feira, 4 de abril de 2017

Depois de atear fogo no país, Aécio diz que o brasil precisa de menos fogueiras


Da tribuna do Senado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) condenou nesta terça-feira, 4, a reportagem da revista Veja desse fim de semana, que o acusa de receber propina da Odebrecht em uma conta em Nova York.

Para o presidente do PSDB e principal responsável pela situação política do País, o Brasil precisa de "menos fogueiras".

Beneficiário de várias delações seletivas contra a presidente eleita Dilma Rousseff, incluindo a da própria Veja na véspera da eleição de 2014, Aécio agora diz que "reputações não podem permanecer reféns da má-fé de vazamentos selecionados".

"Ontem foi comigo, amanhã violência similar pode ocorrer contra qualquer outro cidadão. Eu ainda tenho, pela vontade majoritária dos mineiros, esta tribuna para me defender, mas milhões de brasileiros, que têm direito ao mesmo respeito e às mesmas garantias legais, não dispõem dela".

Ele pediu acesso à delação de Benedicto Júnior e investigação da origem do vazamento.

Dilma: como o Temer não tem nada a ver com isso?


A presidente deposta Dilma Rousseff criticou em entrevista nesta terça-feira o uso das delações de Marcelo Odebrecht na ação que pode cassar a chapa vitoriosa de 2014 no TSE; para ela, muitas das declarações do empreiteiro são meras peças de "ficção" motivadas pela coação que ele sofreu na cadeia.

Dilma atacou ainda a principal estratégia de defesa de Michel Temer, afirmando que é impossível dividir as contas da campanha: "E como o Temer não tem nada a ver com isso? Ele arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele", acusa.

Ela atacou ainda o choro de Aécio Neves e sua irmã, que têm se revoltado por agora aparecerem nos escândalos de corrupção.

"Quem abre a caixa cheia de monstros geralmente é devorado primeiro", diz.

Para Dilma, Lula só será preso "se eles forem muito doidos".

Segundo a FUP, Parente ´é da Total


Federação Única dos Petroleiros (FUP) acusa o presidente da Petrobras, Pedro Parente, de entregar "de mãos beijadas" à empresa Total um tesouro de 675 milhões de barris de petróleo (o bloco todo tem reservas provadas de três bilhões de barris).

A entidade se refere à venda de 22,5% da área exploratória de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos, que a estatal brasileira celebrou com a petrolífera francesa.

Para a FUP, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao aprovar sem restrições o negócio nesta segunda-feira 3, oficializou "mais um crime de lesa-pátria".

Gilmar no artigo 145


"Num país onde o artigo 145 do Código de Processo Civil coloca sob suspeição todo juiz que seja 'amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes', o julgamento do TSE começa com uma situação insólita. Gilmar Mendes, presidente do tribunal e protagonista do caso desde as primeiras denúncias, na campanha de 2014, tem uma amizade 'de mais de 30 anos' com Michel Temer e é um adversário aberto de Dilma, Lula e do Partido dos Trabalhadores", afirma Paulo Moreira Leite.

Caso seja condenado, resta a Michel Temer "a estratégia B", diz PML: "conservar os direitos políticos e tentar uma eleição indireta pelo Congresso, acrobacia fácil de anunciar, difícil de entregar quando se trata de presidente no fundo do poço".

Ele avalia que, "mesmo fora do lugar do ponto de vista do pacto político que derrubou Dilma", a denúncia protocolada pelo PSDB no TSE "permanece mais atual do que nunca".

Constatação

O Aécio Neves aparece mais na Lava Jato do que no Senado.

Lula: Dilma é inocente e quem deu o golpe não sabe o que fazer com o Brasil

Em entrevista nesta manhã à Radiojornal de Pernambuco, o ex-presidente Lula disse que espera que o TSE faça justiça no julgamento da chapa Dilma-Temer, que começa nesta terça-feira 4, e declarou estar "convencido da inocência da Dilma".

Para ele, "as pessoas que deram um golpe no Brasil não sabem o que fazer com o Brasil".

"Tentaram destruir o PT e um ano depois o Brasil tá pior", constata.

Lula voltou a defender eleições diretas, para que o País volte a ter credibilidade, e sobre a economia, argumentou que "só tem um jeito nesse momento": "incluir o pobre no orçamento".

"O povo precisa ter dinheiro para gastar".

Marcelo Odebrecht fez 'delaçãozinha' após sofrer coação, afirma Dilma

FOLHA, 04/04/2017 

Marlene Bergamo/Folhapress 
A ex-presidente da República Dilma Rousseff em sua casa em Porto Alegre

Na véspera do início do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode cassar a chapa eleita em 2014 e torná-la inelegível, a ex-presidente Dilma Rousseff diz, em entrevista à Folha, que Marcelo Odebrecht "sofreu muitos tipos de pressão" para aceitar virar delator e que seus depoimentos são "uma coisa absolutamente ridícula".

"Não venham com delaçãozinha de uma pessoa que foi submetida a uma variante de tortura, minha filha. Ou melhor, de coação", diz.

Ela também critica a tese de que seria possível separar as contas da chapa. "Nós pagamos integralmente todas as despesas dele", afirma, sobre o agora presidente Michel Temer.

Folha - O julgamento do TSE começa já com o parecer do procurador eleitoral Nicolau Dino, baseado nos depoimentos de delatores como Marcelo Odebrecht, dizendo que a campanha da senhora recebeu R$ 112 milhões de caixa dois em 2014.
Dilma Rousseff - Eu fico estarrecida, primeiro, com o cerceamento de defesa do qual estou sendo vítima. [Marcelo Odebrecht] está fazendo delação de acordo com seus interesses. Portanto, tudo o que ele diz pode servir de indício para investigar, mas não para condenar. O STF [Supremo Tribunal Federal, que homologou a delação do empreiteiro] nem abriu investigação [criminal] ainda. É estarrecedor que um procurador use como prova o que não é prova.

Em segundo lugar, ele faz uma soma de laranja com banana. O senhor Marcelo Odebrecht diz que R$ 50 milhões [dos R$ 112 milhões] foram doados em 2009 e faz uma relação disso com o Refis [ele diz que prometeu os recursos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois que a Odebrecht foi beneficiada por uma medida provisória. O valor teria se transformado em crédito que só foi usado na campanha de 2014]. Ora, em 2009 eu tive um câncer e sequer era candidata a Presidência.

Além disso, terminamos a eleição de 2010 com uma dívida de R$ 10 milhões. E não usamos nada desses R$ 50 milhões para cobrir esse débito? Esses R$ 50 milhões são uma ficção, uma coisa absolutamente ridícula.

Marcelo Odebrecht e outros delatores dizem que houve também, entre outros, pagamentos de R$ 20 milhões para João Santana no exterior e de R$ 25 milhões para comprar o apoio de partidos. E afirmam que a senhora sabia da dimensão dos recursos doados à campanha pela empreiteira.
Eu acho que o senhor Marcelo Odebrecht exagera bastante a realidade. Ele fala "ah, ela sabia". Eu sabia do nível de investimentos deles no Brasil. Nós tivemos sete audiências [durante o governo de Dilma] em que ele fez apresentações exaustivas sobre isso. Nesses encontros, ele jamais tocou em outro assunto, e nem disse que tocou. As doações oficiais dele foram de R$ 29 milhões, ou 8% do total que arrecadamos. Então, minha querida, que grande doador é esse que eu teria de saber o que ele estava fazendo?

Ele diz que havia uma conta de R$ 150 milhões destinados à campanha, também via caixa dois.
Para se passar por grande doador, ele fala dessa conta. Em determinado momento de seu depoimento, diz: "É uma conta corrente que só eu tinha na cabeça". Ou seja, era uma conta da subjetividade dele.

A senhora indicou o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, para ser interlocutor de Marcelo Odebrecht?
Ele diz que, quando o [Antonio] Palocci saiu [do ministério], no começo do meu governo, me perguntou com quem trataria. De fato ele pergunta pra mim. E o que ele queria? Falar sobre crédito, tributos e as obras que iríamos fazer. Eu disse: ministro Guido é quem trata. Mas o Guido nunca foi interlocutor de Marcelo Odebrecht para assuntos eleitorais, até porque estávamos em 2011. Ele [Odebrecht] sempre faz essa confusão. [Elevando o tom de voz] Esse rapaz jamais ousaria conversar comigo sobre doação. Você acha que alguém ousaria? Pergunta se alguém ousaria.

Em outro trecho ele diz que sugeriu que eu deveria pedir doação para empresários porque a campanha estava sem dinheiro, e que eu nunca me interessei e nunca pedi. Essa narrativa me beneficia, mas essa conversa não aconteceu. Nunca, querida. É uma conversa estapafúrdia, esdrúxula, uma sandice desse rapaz.

Eu tenho a impressão de que o senhor Marcelo Odebrecht, para que sua delação fosse aceita, tinha de falar sobre coisas ilícitas da minha campanha e inventou essa ficção.

A senhora quer dizer que os investigadores o pressionaram para envolvê-la?
Olha, eu tenho a impressão de que o senhor Marcelo Odebrecht sofreu muitos tipos de pressão. Muitos tipos de pressão. Por isso, não venham com delaçãozinha de uma pessoa que foi submetida a uma variante de tortura, minha filha. Ou melhor, de coação.

Ele nunca teve essa proximidade comigo [para tratar de verba de campanha]. Da minha parte sempre houve uma imensa desconfiança dele.

E por quê?
Eu era ministra-chefe da Casa Civil em 2007 e supervisionava os grandes projetos do governo como as usinas do complexo do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau. E um empresário começou a dizer que estava muito difícil participar do leilão porque havia uma espécie de cartel organizado pelo senhor Marcelo Odebrecht. Eu fui averiguar. E havia um processo de cartelização. Chamada a direção de Furnas [que participou do consórcio], isso foi imediatamente resolvido. Mas não é só. O leilão já estava marcado e ele disse em vários locais que ninguém faria lance se o preço mínimo da energia não ficasse em R$ 130. Decidimos não adiar. E a própria Odebrecht ganhou por R$ 78,87.

Faça as contas e veja a diferença de margem de lucro [que a Odebrecht deixou de ganhar]. Ele nunca deve ter me perdoado.

Marcelo também diz que, já com a Lava Jato em curso, avisou a senhora, num encontro no México, que a sua campanha poderia ser contaminada, pois ele havia feito pagamentos ao marqueteiro João Santana no exterior.

Eu viajei ao México para um encontro com o [presidente] Peña Nieto e depois houve um almoço e uma reunião com empresários. O Marcelo estava lá. No fim do dia, eu já estava saindo para o aeroporto, atrasada, mas queria ir ao banheiro. Fui para [o toalete de] uma sala reservada e fiz o que tinha que fazer [risos]. Quando voltei, tá lá o senhor Marcelo nessa sala. Ele começou a falar comigo, do jeito Marcelo, tudo meio embrulhado. E eu numa pressa louca, olhando pra ele. Não entendi patavina do que ele falava. Niente ["nada", em italiano]. Ele diz que me contou que poderia ocorrer contaminação. Mas eu não tinha conta no exterior. Se o João tinha, o que eu tenho com o João? Por que eu teria que saber?

A senhora acredita que a chapa pode ser cassada e a senhora se tornar inelegível?
Mais uma vez vão cometer uma injustiça e com base em um depoimento [de Odebrecht] absolutamente sofrível. E como o Temer não tem nada a ver com isso? Na campanha, ele arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele. Jatinhos, salários de assessores, advogados, hotéis, material gráfico, inserções na TV. Separar essa conta só tem uma explicação: dar tempo para ele entregar o resto do serviço que ficou de entregar: reforma da Previdência e desregulamentação econômica brutal.

A senhora afirmou recentemente que conhecia bem o grupo de Michel Temer no PMDB e disse que não deixou Moreira Franco roubar.
Diz-me com quem tu andas que eu te direi quem és.

A senhora soube de algo que comprometa o Temer?
Não, querida, isso eu não posso dizer. Porque se eu soubesse ele não demorava nem dois minutos para sair. Já do Moreira eu suspeitava. Suspeito. O Eliseu Padilha [ministro da Casa Civil] é do Rio Grande do Sul, como eu. Sai na rua e pergunta para as pessoas quem ele é.

Se a senhora sabia tanto, por que eles ficaram no seu governo?
Eu soube bem lá pelo fim do governo.

A senhora conviveu muitos anos com eles.
Eu não convivi não, querida. "Yo", no. Agora, há uma coisa gravíssima no Brasil, que não é se rouba ou deixa roubar, porque isso você pune, prende.

O problema muito mais grave é que o centro foi para a direita. Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara] está preso mas tudo o que garantiu a sobrevivência dele está solto, lá no parlamento.

Há um processo gravíssimo de radicalização. Não adianta agora as pessoas que criaram esse processo, como o senador Aécio Neves e sua irmã, irem para as redes sociais gravarem depoimentos emocionados contra esse tipo de conflito, de vazamento, dizer que queimar a moral de pessoas em praça pública é condenável. Quem abre a caixa cheia de monstros geralmente é devorado primeiro.

Fiquei bastante impactada quando li que houve pagamento de propina no exterior ao Aécio na usina de Santo Antonio. Suamos tanto para fazer um leilão competitivo e a propina rolando solta? Aí é dose.

Aécio desmente a acusação.
Querida, a mim ninguém nunca acusou de ter conta no exterior. Mas, enfim, vivemos uma conjuntura complexa que tem também a ver com a forma como a imprensa espetaculariza certas coisas.

Lula será preso?
Só se eles forem muito doidos. Não dá para continuar nesse ritmo. Nós precisamos de uma eleição para ver se conseguimos criar um consenso novo, para que nos encontremos todos e sejamos capazes de fazer um novo pacto.

E a senhora, é candidata?
Eu não quero. Mas posso até ser. Me casse que eu vou passar o tempo inteiro lutando [na Justiça] para não ser cassada e ser candidata.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Grana para empresa do Gilmar aumenta 1.766%

Seria um "é dando que se recebe"?
 
Conversa Afiada, 02/04/2017


Do UOL:

Repasses do governo para faculdade de Gilmar Mendes aumentam 1.766% em 2 anos
Os repasses do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para o IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), faculdade que tem o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes entre seus sócios, aumentaram 1.766% entre 2014 e 2016. No mesmo período, os recursos totais destinados ao Fies aumentaram 40%.

Em 2015, Mendes chegou a criticar o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) por ter aumentado os recursos do programa em ano eleitoral. Procurada, a faculdade disse que apenas 11% de seus alunos são financiados pelo programa e que esse número vem caindo.

O Fies é um programa do Ministério da Educação que prevê o financiamento para estudantes do ensino superior que não tenham condições de pagar as mensalidades em faculdades privadas.

Os alunos que têm suas inscrições aceitas podem ter até 100% do seu curso pago pelo governo, que repassa esses recursos diretamente para as instituições de ensino. Os beneficiários e beneficiárias do programa têm um prazo de carência após o final do curso para começarem a reembolsar o governo.

O IDP foi fundado em 1998 e, segundo o cadastro de empresas da Receita Federal, Gilmar Mendes é um de seus sócios.

De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, os repasses do Fies para o IDP saíram de R$ 75 mil em 2014 para R$ 1,4 milhão em 2016, um aumento de 1.766%.

O valor é pequeno se comparado ao volume total do programa. Em 2014, o Fies movimentou R$ 13,7 bilhões. Em 2016, esse valor foi de R$ 19,2 bilhões.

O que chama a atenção no caso do IDP é a velocidade do crescimento.

O grupo Anhanguera Educacional, um dos maiores participantes do programa, viu seus repasses aumentarem 13% entre 2014 e 2016.

Ministro criticou ampliação do Fies

Beneficiado pelo aumento no volume dos recursos recebidos por sua faculdade, Gilmar Mendes criticou a ampliação dos recursos destinados ao Fies em 2014, durante as eleições presidenciais.

Durante o julgamento de uma ação movida pelo PSB contra restrições de acesso ao Fies impostas pelo governo com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em 2015, Gilmar Mendes atacou o governo e o aumento no volume destinado ao programa.

O governo queria limitar o acesso ao programa a candidatos que tivessem obtido uma nota mínima no Enem. Gilmar Mendes, ao contrário, defendia que a exigência de uma nota mínima representava uma mudança nas "regras do jogo".

"Há essa elevação significativa de valores num ano. Veja, nós saímos de R$ 5 bilhões de gastos em 2013, vamos para R$ 12 bilhões em 2014 e aí se diz: 'Não tem dinheiro'. Veja, isso tem nome", disse Mendes à época.

Na ocasião, o STF manteve as restrições impostas pelo governo. Gilmar Mendes, que se posicionou contra, foi voto vencido.

Outro lado


Procurado pelo UOL, o IDP enviou uma nota por e-mail sobre o aumento no volume de recursos. Segundo a nota, a instituição disse que 108 dos seus 926 alunos "utilizam o Fies" e que o número de novos alunos financiados pelo programa está caindo.

Segundo o IDP, o crescimento do valor repassado pelo governo à faculdade "se deve ao fato de que apenas no segundo semestre de 2014" é que o "IDP passou a receber alunos com esta modalidade de contratação".

Ainda segundo a nota do IDP, o ministro Gilmar Mendes, apesar de sócio de uma instituição de ensino, não tinha razões para se julgar impedido de apreciar a ação que envolvia, em última instância, repasses do Fies para faculdades privadas.

"O caso citado não se enquadra (entre os casos de suspeição) ou então magistrados ficariam impedidos de julgar planos econômicos se tivessem uma poupança, ações contra impostos de combustíveis por abastecer seu automóvel ou processos contra reajustes de escolas por terem filhos em idade escolar", disse a nota.

Documento da presidência rebate acusação do MP contra Lula sobre triplex



Registro mostra que o ex-presidente não frequentou o triplex do litoral paulista, do qual Lula é acusado de ser proprietário e que teria recebido da empreiteira OAS, investigada na Lava Jato.
 
"Lula, como todos os [presidentes] que o antecederam, conta com um grupo de assessores mantidos pela Presidência da República. Eventuais gastos com diárias por essa equipe são registrados na Presidência da República, indicando o local onde estiveram. A última vez que os assessores pernoitaram no Guarujá (SP) foi em 17/01/2011, quando ficaram com o ex-Presidente em uma base militar naquele município, em função do convite feito pelo então Ministro da Defesa Nelson Jobim. É o que comprova o documento", diz nota da defesa.

domingo, 2 de abril de 2017

Em novo vídeo, Renan rompe de vez com o golpe de Temer


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou um vídeo neste domingo em sua página no Facebook criticando as medidas do governo de Michel Temer e afirmando que "quem não ouve erra sozinho", reforçando seu rompimento com o Planalto.

O líder do PMDB no Senado, Renan critica a sanção da lei que libera a terceirização e a reforma da Previdência, dizendo que ela "pune trabalhadores", e chamando o governo de "errático".

Mercadante:fim do Ciênccia Sem Fronteiras é "retrocesso inaceitável"


Ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reagiu ao anúncio do fim do programa Ciência Sem Fronteiras, criado pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

"Quando denunciamos o fim do Ciência Sem Fronteiras, falaram também que só queríamos criar pânico nos estudantes. Agora, confirmam o desmonte do programa", disse Mercadante sobre a medida de Michel Temer.

Ele lembra que dos alunos que participaram do Ciência Sem Fronteiras, 26,4% são negros, 25% são jovens de famílias com renda até três salários mínimos e mais da metade são de famílias com renda de até seis salários mínimos.

"Mais uma vez, a sociedade paga pelos retrocessos e desmandos na educação. Sofrem, principalmente, os mais pobres que, em razão da renda, dificilmente terão a oportunidade de estudar no exterior, como faziam com o suporte do Ciência Sem Fronteiras".

Ator rejeita papel de FHC e diz que filme da Lava Jato é propaganda tucana


Filme sobre a operação Lava Jato voltou a ser criticado na imprensa; a película, que obteve de maneira ilegal imagens da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu comentários negativos do ator da Globo Herson Capri.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Herson Capri foi convidado para representar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no filme.

"O artista recusou. Publicamente, ele não fala sobre o assunto, em respeito aos colegas, profissionais que ele 'respeita muito, independentemente da posição política'. Mas, a um amigo, Capri disse que o filme é 'uma peça de propaganda do governo do PSDB, do Plano Real e do mandato do FH, visando a 2018'", diz Ancelmo Gois em sua coluna deste domingo, 2.

Perdeu, Playboy!


"Aécio foi o mentor do golpe. Quando perdeu as eleições de 2014, ao invés de trilhar um caminho altivo na oposição responsável e se cacifar para a disputa em 2018, preferiu escancarar seu lado ególatra", diz o cientista político Robson Sávio Reis Souza.

"Enquanto maquinava sem cessar, com apoio da mídia e de seus sócios no parlamento, no governo e na justiça tudo caminhava razoavelmente bem. Mas, as delações foram mostrando que o mineirinho tem telhado de vidro. Campeão absoluto nas trairagens premiadas, o menino do Rio foi derretendo lentamente".

Segundo ele, "Aécio assiste uma de suas últimas trincheiras ser derrubada: a mídia golpista que o sustentava também quer jogá-lo fora do barco".

Professor detalha ‘a dimensão do desastre do golpe’


"FHC pegou o Brasil com uma dívida pública de 34% do PIB. Doou metade do patrimônio público sob a alcunha de "privatização". Duplicou a dívida externa. Quebrou o país três vezes, precisando recorrer ao FMI. Entregou o país a Lula sem reservas e devendo 76% do PIB". 

"O PT pegou o Brasil com a dívida pública em 76% do PIB, recapitalizou a Petrobrás a transformando na segunda maior petrolífera do mundo, não privatizou nada, "pagou" a dívida externa, e entregou, no último ano do primeiro mandato de Dilma, a dívida pública em 63% do PIB", compara Gustavo Castañon, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Um depois, os golpista chafurdam na lama


Praticamente um ano após o golpe de 2016, cujo processo começou em 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados acolheu o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade, os homens que conspiraram contra a democracia brasileira estão na lama.

Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), político mais delatado na Lava Jato, é capa de Veja como beneficiário de propinas em Nova York pagas pela Odebrecht.

Michel Temer, em quem 79% dos brasileiros não confiam, pode começar a ser cassado na próxima terça-feira.

Enquanto isso, não há uma única acusação de corrupção contra Dilma Rousseff, a presidente honesta que foi afastada para que uma quadrilha tomasse o poder e liquidasse com direitos sociais e trabalhistas.

sábado, 1 de abril de 2017

Temer, sinônimo de traição, colhe o que plantou



O dado mais sintomático da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira, é assustador: nada menos que 79% dos brasileiros não confiam em Michel Temer;

O dado, no entanto, não chega a surpreender.

Temer traiu a presidente eleita Dilma Rousseff, ao conspirar para derrubá-la.

Ele traiu os eleitores ao, no poder, adotar o programa do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG), que nomeou vários ministros em seu governo.

Ele traiu também todos os brasileiros, ao extinguir direitos trabalhistas e lançar uma proposta de reforma da Previdência que deixará milhões de pessoas sem nenhum tipo de proteção social.

Tudo isso já era previsível desde 17 de abril do ano passado, quando Temer mandou que sua assessoria distribuísse aos jornais a foto acima, em que ele aparece sorrindo, com aliados, no dia em que Eduardo Cunha conduziu a sessão que acolheu o pedido de impeachment contra Dilma.

O brasileiro não confia em quem trai compulsivamente.

Lula: Temer propõe desmonte da Previdência

Em vídeo divulgado hoje, o ex-presidente Lula voltar a criticar duro a reforma da Previdência de Michel Temer, alvo dos protestos que ocorreram ontem em todas as regiões do País.
 
Segundo Lula, Temer tenta fazer com que as pessoas tenham mais dificuldade de se aposentar e transfere para o trabalhador a culpa pela crise fiscal do país, decorrente da falta de arrecadação provocada pela política econômica.
 
“Essas pessoas não querem fazer reforma pensando em ajudar o trabalhador. Tudo o que pensam, e sempre foi assim na história do Brasil, é tirar direitos dos trabalhadores”.
 
O líder na preferência da maioria do eleitor brasileiro para 2018, apesar da intensa caçada judicial a que está submetido, Lula diz que se considera “convidado para a luta”.

Letícia Datena, a gata em evidência


Ela quer descolar do pai, apresentador famoso. Ela foi capa na Playboy lançada ontem





Resultado de imagem para imagens de Letícia Datena

Veja decreta a morte política de Aécio Neves

Mais uma propina. Desta vez, em NY

Se não bastassem as propinas em Furnas, na Cidade Administrativa (MG) e até o caixa dois em Cingapura, agora surge mais uma bomba.

Segundo reportagem de capa da revista Veja deste final de semana, o ex-­presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, delator da Lava Jato, afirmou que a empresa depositou propina para o senador tucano numa conta em Nova York operada por sua irmã.

O texto diz que situação de Aécio "é um pouco pior" que a dos outros caciques tucanos que poderiam concorrer à presidência, José Serra e Geraldo Alckmin, e que "pode se complicar ainda mais".

Aécio seria o político que recebeu uma das mais altas somas da empreiteira, R$ 70 milhões, considerando-se pagamentos de 2003 até hoje.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. É golpe mesmo!


"Recordamos, mais uma vez, o malfadado golpe civil-militar de 1964. E somos obrigados a falar do golpe de 2016. Nas democracias, a mudança do poder político só é legítima pela via eleitoral. Portanto, golpe é a mudança do poder político, de forma repentina, sem a deliberação ou o respaldo do povo", escreve o cientista político Robson Sávio nesta sexta-feira 31, quando se completam 53 anos do golpe militar no Brasil.

O coordenador da Comissão da Verdade em Minas Gerais, ele alerta que, "na atual fase, os golpistas se articulam para recolocar o Brasil à sua condição de colônia do capitalismo rentista. Portanto, destruir os direitos sociais, econômicos e trabalhistas conquistados na Constituição Federal de 1988. Para tanto, há uma orquestração de ações nos campos político (executivo e legislativo) e jurídico-constitucional (Supremo)".

"1964, que estava no retrovisor, voltou. É preciso reagir. Ou cairemos numa situação de barbárie", conclui.

Rapidinhas

Renan Calheiros
Procurou? Achou! Separação litigiosa Michel Temer desistiu. Após receber sucessivas críticas do líder de seu partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente afirmou a aliados na noite de quinta (30) que, se o alagoano buscava o rompimento, conseguiu. A fagulha que levou à implosão da aliança foi um vídeo postado pelo senador na internet, no qual ele ataca propostas do governo. A decisão de usar as redes sociais para divulgar conteúdo explosivo rendeu um apelido a Renan no Planalto: “Trump do agreste”.

Vai sem ele A ordem no Planalto é seguir com a defesa de reformas, como a da Previdência, sem contar com qualquer ajuda de Renan. Para o governo, o senador vinha sinalizando uma ruptura. “Não existe casamento forçado”, resumiu um auxiliar de Michel Temer.

É guerra O Planalto não engole a tese de que o senador está se realinhando com o PT só de olho na eleição em Alagoas. Acredita que Renan busca, acima de tudo, suporte em diversas alas da Casa para segurar o tranco que se aproxima com os desdobramentos da Lava Jato.

Nem aí Por enquanto, Renan tem feito graça da situação. Disse recentemente que “nem lembrava mais como era bom ser oposição”. Sabe que pode atrapalhar os planos do governo. Como líder, tem a prerrogativa de indicar relatores de projetos e integrantes de comissões.

Não vai sozinho Renan tem um grande peso político no Congresso Nacional e não está sozinho na decisão de se distanciar de Temer. Com certeza Temer passa a ter dificuldades no Legislativo!

Realinhamento Ao deixar o barco de Temer, Renan não ficará isolado e nem terá um grupo a parte, mas juntar-se-á a oposição 

Abandonando o barco Um fato também imaginável é que boa parte das bancadas do nordeste, onde Temer está muito fragilizado, tome o mesmo rumo de Renan.

Valmir Climaco
O Temer de Itaituba No município de Itaituba, Pará, nas eleições do ano passado para prefeito, Valmir Climaco, foi eleito com o dobro de votos de seus adversários. Teve amplo apoio dos trabalhadores da educação e agora se nega a reajustar o salário dessa categoria, negando assim seu discurso de palanque. Por outro lado, seus apaniguados estão vivendo um tempo de "vacas gordas".  

O bicho vai pegar Os lesados politicamente prometem dar o troco ao prefeito e já estão ensaiando uma rebelião sem precedentes. Sindicato forte eles têm!

De qualquer jeito O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai para o tudo ou nada. Quer levar à votação na próxima semana o projeto que trata da dívida dos Estados. Governadores se recusam a apoiar a exigência de contrapartidas, mas o Planalto não abre mão.

Só os astros Em campanha pela aprovação do projeto de renegociação das dívidas, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se agarrou à astrologia. “Dizem que quando você faz aniversário acaba o inferno astral. Espero que seja verdade”, disse, na quarta (29), quando completou 62 anos.

Mordida O Senado vota na terça-feira (4) um requerimento de urgência para colocar em pauta projeto que transfere 30% dos recursos destinados às confederações do “Sistema S” para financiar a seguridade social.

Tem dono A proposta é do tucano Ataídes Oliveira (TO), que historicamente critica a destinação de recursos a essas entidades. O potencial para tumultuar a reforma da Previdência atraiu simpatia da oposição e de rebelados do PMDB para o projeto.

Sob pressão O governo já admite a possibilidade de mudar a regra de transição e a idade mínima de aposentadoria de trabalhadores rurais.

Conectados A reunião dos chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai para discutir sanções à escalada autoritária na Venezuela foi acertada em um grupo de WhatsApp. O encontro ocorre neste sábado (1), em Buenos Aires.

Tempo sombrio Segundo o ministro Aloysio Nunes, “a gravidade do quadro exigiu uma conversa pessoal”. Antes, ele falou por telefone com Julio Lopes, presidente do Parlamento venezuelano. “Houve ruptura da ordem constitucional.” Nova sanção só sairá se os quatro países chegarem a um acordo.

Visita à Folha Flávio Dino (PC do B), governador do Maranhão, visitou a Folha nesta sexta (31), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Márcio Jerry, secretário de comunicação e articulação política, e Ednilson Machado, assessor de imprensa.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Reprovação ao governo Temer no Nordeste é de 67% segundo IBOPE

Do UOL, em Brasília31/03/2017

Eduardo Knapp - 10.mar.2017/Folhapress

Ao lado do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), Temer participa de inauguração de trecho da obra de transposição do rio São Francisco

Pesquisa Ibope sobre a aprovação ao governo do presidente Michel Temer divulgada nesta sexta-feira (31) aponta o Nordeste como a região do país onde o presidente tem os piores índices de popularidade.

No Nordeste, 67% dos entrevistados disseram avaliar o governo como ruim ou péssimo. A média nacional é de 55%, pior índice de Temer entre as quatro pesquisas sobre seu governo desde junho.

A reprovação ao governo foi de 52% de respostas ruim/péssimo no Sudeste, 49% nas regiões Norte e Centro-Oeste (agrupadas na pesquisa) e de 48% na região Sul.

O índice de reprovação teve um aumento de 10 pontos nas regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste, 8 pontos no Sul e 6 pontos no Sudeste, em relação à última pesquisa, de dezembro.

O maior índice de aprovação ao governo está na região Sul, com 17% de respostas ótimo ou bom sobre a avaliação do governo Temer. A aprovação foi de 13% nas regiões Norte/Centro-Oeste, 10% na região Sudeste e de 6% no Nordeste.

Na média nacional, a aprovação ao governo ficou em 10%, uma oscilação negativa, dentro da margem de erro de dois pontos a mais ou a menos, em relação à pesquisa de dezembro, quando o índice foi de 13%.

A pesquisa divulgada hoje foi realizada entre os dias 16 e 19 de março e ouviu com 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A baixa popularidade no Nordeste foi apontada pela pesquisa mesmo depois da visita do presidente à região, no dia 10 de março, quando inaugurou um trecho das obras de transposição do rio São Francisco. Em dezembro, numa visita a Maceió, Temer afirmou que gostaria de ser lembrado, apesar de ser paulista, como o "melhor presidente nordestino" que o país já teve.

A inauguração da obra no São Francisco abriu uma disputa política entre Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela paternidade da transposição.

Em discurso na inauguração do trecho leste do projeto, na Paraíba, Temer afirmou que ninguém poderia reivindicar a autoria da obra. "A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino", disse. 

As obras da transposição começaram em 2007, no segundo mandato do ex-presidente Lula.

Nove dias após a inauguração oficial com Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma visitaram a região para uma espécie de "reinauguração" do trecho. O ato foi batizado como "inauguração popular da transposição do rio São Francisco".

"Sinto muito orgulho de ter tido a coragem de iniciar este projeto. Nós somos pai, mãe, irmão, tio e sobrinho da transposição das águas", disse Lula, em discurso no evento.

Fachin autoriza interrogatórios de Sarney, Renan, Jucá e Machado

Ministro do Supremo determina que Polícia Federal cumpra determinação de realizar oitivas com o ex-presidente, os senadores e o ex-diretor da Transpetro no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato

Breno Pires e Rafael Moraes Moura , 
O Estado de S.Paulo/23 Março 2017 | 05h00


BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin determinou que Polícia Federal dê cumprimento à determinação de interrogar o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato. 

Foto: Dida Sampaio/Estadão
José Sarney em seu último discurso no Senado, em 2014

No despacho, de segunda-feira, 20, Fachin autorizou também que sejam recolhidos, junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, todos os registros de passagens emitidas e utilizadas por Sérgio Machado entre 1.º/12/2015 e 20/5/2016. Fachin, no entanto, deixou em suspenso a autorização solicitada pela Procuradoria-Geral da República para a obtenção “de todos os registros de acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão (advogado) no ano de 2016 com todas as informações e arquivos relacionados”. 

Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, “Renan Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência (Teori Zavascki) sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado”.

Fachin já havia autorizado esta medida, quando da abertura do inquérito, mas ela não foi cumprida diante de um impasse surgido no processo. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o ministro reconsiderasse a decisão argumentando que isto “invade a esfera de atuação profissional” e infringiria normas. 

A PGR, em resposta ao pedido de impugnação feito pela OAB, solicitou a Fachin que rejeitasse o pedido da entidade e referendasse o prosseguimento das investigações. Fachin disse que, em momento posterior, irá deliberar sobre o impasse entre a OAB e a PGR referente à obtenção dos dados do advogado. 

Defesas. O Estado não conseguiu falar com as defesas de todos os envolvidos nesta quarta-feira, 22. Mas, quando o ministro Edson Fachin autorizou a abertura do inquérito, em fevereiro, o senador Renan Calheiros disse, em nota, que “reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes”. 

Procurada, a defesa de Machado informou que o ex-diretor da Transpetro está colaborando com as investigações. 

O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney disse que se houve crime “este foi praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações”.

Contra pressão, Temer sanciona Terceirização e põe fim à CLT


Ignorando o protesto de milhares de brasileiros nesta sexta-feira 31, que foram às ruas contra a reforma da Previdência e a Terceirização, Michel Temer sancionou o projeto sem salvaguardas aos trabalhadores, vetando apenas o trecho que permitia que o contrato de trabalho temporário fosse prorrogado para até 270 dias.

A previsão para que o texto fosse sancionado era daqui 15 dias, mas Temer se adiantou para fugir da pressão de parlamentares do próprio PMDB.

O principal crítico da proposta era o líder do partido no Senado, Renan Calheiros.

Um grupo de senadores peemedebistas pediu também em carta para que o projeto não fosse aprovada.

Cunha pode ser a garantia da queda de Temer

Ribamar Fonseca/Brasil247, 31/03/17

Eduardo Cunha, o homem que viabilizou o impeachment de Dilma, em conluio com um magote de peemedebistas e tucanos, acaba de ser condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, condenação que pode destravar a língua dele, até agora contida dentro da boca pelo próprio Moro.

Dino afina ideias com Lula: “Brasil não é programado para o fracasso”


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se reuniu com o ex-presidente Lula, em São Paulo, e conversou sobre temas ligados à crise institucional brasileira e quais as soluções a buscar para deixar a retração sem penalizar os mais pobres.

"Vim para falar e ouvir do ex-presidente Lula sobre formas para retomar a trajetória de desenvolvimento com justiça social. No quadro atual, de crise profunda das instituições, é preciso buscar uma solução que seja positiva para a maioria do povo. Precisamos retomar a ideia de que o Brasil não é programado para o fracasso", disse Flávio Dino, que dialogou com o ex-presidente na sede do Instituto Lula.

Renan antecipa tendência: aliança com Lula


A decisão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de romper com o projeto golpista, explicitada num vídeo publicado na noite de ontem, antecipa uma tendência que será seguida por todos os políticos que precisarem buscar a reeleição em 2018.

Como Michel Temer é uma das figuras mais rejeitadas do Brasil, quem estiver associado a ele terá reduzidas chances de se reeleger.

Mais do que simplesmente romper com Temer, Renan já negocia uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todos os cenários sobre sucessão presidencial.

Para jornal francês, Moro quebrou o Brasil

Cortaram a Odebrecht pela metade

Conversa Afiada, 31/03/2017

A edição desta sexta-feira (31) do jornal vespertino Le Monde traz uma reportagem sobre como a operação Lava Jato pode ter agravado a crise econômica do Brasil (...) Ela começa dizendo que a manifestação do domingo (26) contra a corrupção foi um fiasco. (...)

Entrevistado pelo jornal, o secretário da CUT (Central Unica dos Trabalhadores), João Cayres, diz que "a Lava Jato paralisou o país levando ao desemprego milhões de trabalhadores que eram irreprocháveis”. 

Cayres afirma que a falta de discrição dos policiais, que transformara a operação em espetáculo midiático, contribuiu para a redução do tecido industrial do país; “Não defendo os corruptos, mas, em outros lugares do mundo, condenamos os culpados, não a empresa no seu conjunto”, diz.

(...) Gabriel Kohlmann, da consultoria Prospectiva, disse ao jornal que "a operação Lava Jato não foi a única responsável a mergulhar o Brasil na crise, mas afetou dois setores importantes: energia e construção, que contavam com 15% de investimentos em 2013”.

A correspondente escreve que "a descida ao inferno de grande atores econômicos, como a Petrobras e a empreiteira Odebrecht, dá uma ideia dos danos provocados". "Desde 2015, a Petrobras vendeu ativos por 12,6 bilhões de euros e demitiu 13.655 empregados por meio de um plano de demissão voluntária. Na Odebrecht, os investimentos recuaram R$ 12 bilhões desde 2014, e o tamanho da empresa foi reduzido à metade. O diretor do grupo, Marcelo Odebrecht, se encontra na prisão."

Povo volta as ruas contra as reformas de Temer


Avenida Paulista lota com manifestação em protesto contra a reforma da Previdência e o projeto da Terceirização.

PROTESTO EM SÃO PAULO
Houve grandes atos também em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Vitória, Maceió, Fortaleza, entre outras capitais.
PROTESTO NO RIO DE JANEIRO
PROTESTO EM SÃO PAULO
Centrais sindicais e movimentos sociais, que convocaram os protestos, veem o movimento desta sexta-feira 31 como um esquenta para a greve geral anunciada para 28 de abril, contra a retirada de direitos trabalhistas.
PROTESTO EM BELO HORIZONTE
"O jogo no Brasil começou a virar. A ficha do povo está caindo", discursou Guilherme Boulos, líder do MTST e da Frente Povo Sem Medo, na Paulista.
Resultado de imagem para IMAGENS DO PROTESTOS CONTRA TEMER HOJE

"Se tivesse um pingo de vergonha na cara, Temer pedia para sair. Vai embora, Temer. Pede pra sair", clamou.
CAMPO GRANDE
SÃO PAULO
De acordo com a convocatória assinada por ambas as Frentes a conta do chamado "golpe" já chega aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

“O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos
 trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, FIES, PROUNI e PRONATEC, criminalização e perseguição dos movimentos sociais”, conforme consta na convocação dos atos.A farsa montada com o mote da corrupção também começa a cair, segundo os movimentos sociais.


“Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer, Eduardo Cunha, Romero Jucá e boa parte do Congresso Nacional, demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para barrar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil”, afirmam os movimentos na chamada do ato.

Levante ocupa Globo com o mote golpe, a gente vê por aqui


Avalista do golpe parlamentar de 2016, que arruinou a economia nacional e manchou a imagem do Brasil no mundo, a Globo teve sua sede ocupada nesta manhã, no Rio de Janeiro.

Manifestantes montaram dezenas de barracas e ergueram a faixa "Golpe, a gente vê por aqui".

"Se a Juventude se unir, a Globo vai cair", gritam os manifestantes.

Protesto é parte das manifestações do dia nacional de mobilização e greve contra a reforma da Previdência.

Globo apoiou o golpe militar de 1964 e só pediu desculpas 50 anos depois, para, logo em seguida, apoiar o golpe parlamentar de 2016, que instalou Michel Temer no poder, um projeto reprovado por 90% dos brasileiros.