sábado, 31 de dezembro de 2016

Até a Folha esculhamba o Gilmar!

O plenário? A maioria? Que se danem!

Conversa Afiada, 31/12/2016

O Conversa Afiada reproduz editorial da Fel-lha, insuspeitíssima: não só a Carta Capital critica o Ministro Gilmar Mendes.

Como se vê, ele se torna, aos poucos, uma unanimidade nacional!

Pelo menos três prefeitos eleitos em outubro terão bons motivos para se lembrar do ano que se encerra. Assumirão seus cargos no início de 2017 somente por força de uma infeliz característica do Poder Judiciário que se acentuou sobremaneira em 2016: o desrespeito ao caráter coletivo dos tribunais.

Com uma decisão individual, o ministro Gilmar Mendes, integrante do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, garantiu que os candidatos vencedores nas cidades de Ipatinga (MG), Timóteo (MG) e Tianguá (CE) tomem posse normalmente, a despeito de terem sido considerados inelegíveis pelo próprio TSE.

Condenados em 2008, antes da vigência da Lei da Ficha Limpa, que é de 2010, Sebastião de Barros Quintão (PMDB, Ipatinga), Geraldo Hilário Torres (PP, Timóteo) e Luiz Menezes de Lima (PSD, Tianguá) argumentaram que deveriam ficar inelegíveis por apenas três anos, pois essa era a punição à época das condenações.

A maioria dos ministros do TSE discordou dessa tese. De forma reiterada, a corte tem entendido que deve ser aplicado o prazo de oito anos, nos termos da Ficha Limpa.

Verdade que esse juízo não é pacífico. Desde 2013 tramita no STF um recurso em que se pede a aplicação dos prazos da Ficha Limpa só para condenações determinadas depois da vigência dessa lei.

Quatro ministros do Supremo já concordaram com o argumento, mas o processo foi interrompido no final de 2015 por Luiz Fux, que pediu vistas (tempo para examinar o caso) —outro hábito lamentável de membros do STF, que usam essa iniciativa individual além dos limites regimentais a fim de interditar um desfecho do qual discordem.

Enquanto o Supremo não chega a uma conclusão, o TSE mantém o mesmo entendimento adotado nas eleições municipais de 2012. Certa ou errada, essa é a posição majoritária de um plenário formado por sete ministros —e por isso a corte resolveu manter inelegíveis os prefeitos eleitos de Ipatinga, Timóteo e Tianguá.

Gilmar Mendes, entretanto, deu de ombros para a colegialidade. Tendo sido voto vencido no debate com seus colegas, aproveitou o recesso judiciário para revidar. Ao receber os recursos, suspendeu a decisão do TSE e assegurou a posse dos três políticos, como se sua opinião devesse prevalecer.

O problema não está na individualidade em si. Dado o número enorme de processos nos tribunais, torna-se impossível que todos os casos passem por uma turma ou pelo plenário. Deveria ser óbvio, porém, que não cabe a um ministro tomar sozinho decisão institucionalmente relevante —e muitos menos atropelar a vontade da maioria.

Em tempo: até o Noblat esculhamba o Gilmar! A-té-o-No-blat-se-nho-res!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

PF vazou email de cerveja a Lula

Não tem problema: o Janot vai apurar!

Conversa Afiada, 29/12/2016

O Estadão, em estado comatoso, se vale, como sempre, daquele que mereceu o cobiçado troféu "Conexões Tigre" para revelar que "segundo laudo da Polícia Federal", o dono da cervejaria Petrópolis pediu que Lula elogiasse a cerveja Itaipava.

Note-se que o dito empresário contratou a LILS, empresa de palestras de Lula, para proferir três palestras - pagas! - em três festas da empresa.

Trata-se, portanto, de uma correspondência comercial, privada!​

Imaginem se a PF, nos tempos republicanos do zé da Justiça vazasse correspondência comercial do iFHC com a Odebrecht!

Seria um Deus nos acuda!

Claro que o Procurador Janot criará uma Força Tarefa Máxima para apurar como esse documento comercial, sigiloso foi parar nas mãos do Conexões Tigre!

Assim como Janot criará outra Máxima Força para apurar por que o Presidente (segundo a GloboNews) comprava lanchinho superfaturado

Até o sanduíche de mortadela era superfaturado, Janot!

É a tal coisa: depois de rasgar a Constituição, vale tudo!

E o Conexões Tigre se aproveita!

Porque, como se sabe, a PF é a sede da sedição!

E, segundo o Conversa Afiada, a PF deveria ser sumariamente fechada até que uma Assembleia Constituinte a reabrisse, com outros republicanos procedimentos.

Em tempo: esse Bessinha... Desse jeito vai também levar uma chifrada...

PHA

Cuidado ao volante!

Bancos já operam numa moratória

Por 25% você abate a divida toda

Conversa Afiada, 30/12/2016

Essa quinta-feira, 29 de dezembro, foi frenética e febril no sistema bancário brasileiro.

Estava na cara que os açougueiros do neolibelismo seriam capazes de instalar no Brasil um regime pré-falimentar.

Eles e o Meirelles, que transformou o Traíra em refém.

Meireles é a encarnação do "mercado", não fosse, segundo a opinião insuspeita do Delfim, um...

Um informante do ansioso blogueiro participou de recente reunião do Traíra com o Meirelles.

A indigência intelectual do Traíra, em matéria econômica, é apavorante, disse a fonte.

Se a Dilma se metia em tudo, o Traíra não se mete em nada.

Ao lado dele, o Meirelles é "a segurança do mercado", como se dissesse àquele a quem a GloboNews chama de Presidente: "se eu cair você cai junto".

(Por acreditar nisso, o Meirelles da Argentina dançou...)

Quem fala é só o Meirelles.

O resultado se viu nessa quinta-feira 29 de dezembro.

Um dos maiores bancos comerciais (privados) chamou na sala, em São Paulo, alguns de seus maiores devedores e fez uma proposta de quem já está num regime de moratória não declarada: você paga 25% da divida e eu zero a tua divida.

Tudo para não entrar 2017 com uma marca exuberante de inadimplência e provocar tremores - especialmente nos acionistas...

Nessa quinta-feira 29 de dezembro, quando se soube que o desemprego cresceu 33% e o emprego com carteira assinada some com a rapidez da credibilidade deste "Governo", funcionários de outro forte banco comercial (privado) tiveram que se desdobrar, para devolver, antes que entre 2017, um número assustador de cheques sem fundos.

O que faziam os clientes em crise?

Passavam cheques sem fundos para cobrir contas no negativo, antes de virar o ano.

O banco, preventivamente, devolveu os cheques para não abrir 2017 com rombo colossal!

Ao mesmo tempo, esse mesmo banco viu um número desprezivelmente pequeno de clientes que, nos últimos dias do ano, emitiram cheques administrativos para zerar suas contas de 2016 - e evitar impostos.

Por que essa operação quase não existiu?

Porque os clientes não tem bala para emitir cheques administrativos para si próprios e só caírem em 2017!

O endividamento das empresas é monumental.

O endividamento e inadimplência das pessoas físicas também é monumental.

E isso a certa altura virá à luz.

Os açougueiros do Golpe não são os únicos responsáveis pela debacle.

A operação Lava Jato e seus furadores de teto depositaram no balanço dos bancos brasileiros buracos do tamanho do ego do cachalote.

Quando é que a Odebrecht vai pagar o que deve, aqui dentro?

Só quando o Moro voltar do ano sabático em Harvard!

PHA

Superação

Folha: Temer premiou grileiros do Pará


"A poucos dias do Natal, o Planalto deu a fazendeiros, posseiros e grileiros o presente por que eles tanto ansiavam desde 2006, quando a Flona do Jamanxim foi criada: de 13 mil km2, uma área 60% maior do que a região metropolitana de São Paulo, ela encolheu para 5.600 km2."

"No caso, a desfiguração da Flona veio embutida num pacote de ampliação de áreas protegidas em 2.300 km2, com a criação de novas unidades de conservação (UCs)", escreve a Folha de S.Paulo em editorial nesta sexta (30).

Gilmar permite posse de 3 prefeitos considerados inelegíveis pelo TSE



Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permitiu que três candidatos considerados inelegíveis tomem posse no início de 2017 como prefeitos.

A decisão beneficiará Sebastião de Barros Quintão (PMDB), de Ipatinga (MG), Luiz Menezes de Lima (PSD), de Tianguá (CE), e Geraldo Hilário Torres (PP), de Timóteo (MG).

Eles foram os mais votados, mas, por condenações do ano de 2008 que os tornaram inelegíveis, haviam tido o registro indeferido para as eleições de 2016 por decisões do próprio Tribunal Superior Eleitoral.

O ladrão já nasce pronto!

Resultado de imagem para anezio ribeiro

Vai ficar pior: Brasil terá mais 1 milhão de desempregados em 2017



O número recorde de desempregados registrados em 2016 —que chegou a 12,1 milhões em novembro, atingindo taxa de 11,9%— pode crescer ainda mais.

As previsões de analistas indicam que o país vai perder mais um milhão de empregos em 2017.

Com o resultado, a gestão de Michel Temer se consolidará como a de pior resultado na criação e manutenção de empregos na história do Brasil; indústria e comércio são os dois setores que mais continuarão cortando vagas pelo menos até junho do próximo ano.

A quantidade de desempregados no país deve atingir a marca de 13,7 milhões de pessoas no fim do primeiro semestre.

A revista VEJA vende Marcela Temer como consolo para 12 milhões de desempregados de do presidente



Alguém no Palácio do Planalto teve uma "idéia genial" para tentar levantar a popularidade de Michel Temer, rejeitado por pelo menos 77% dos brasileiros, neste fim de ano: explorar a imagem "princesa Disney" de Marcela, junto ao povão.

Esta é a capa de Veja deste fim de ano em que o Brasil termina com a maior taxa de desemprego da história, que é consequência direta do golpe que levou Temer ao poder.

A capa de Veja gerou uma onda de vomitaços nas redes sociais, até mesmo entre os leitores de Veja.

Constatação

"Saddam Hussein era uma enorme serpente. Hoje uma multidão de serpentes nos dirige"   Ilaf, iraquiano, estudante de direito

Educação dos filhos, responsabilidade dos pais

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Américas expulsam a engenharia brasileira

Moro, você toma aspirina Bayer?

Conversa Afiada, 29/12/2016


Como se sabe, o Panamá é um estado-associado aos Estados Unidos, como Porto Rico, Colômbia, Paraguai, Argentina e, desde o Moro e o Golpe, o Brasil.

(Só que o Padim Pade Cerra, ministro das relações exteriores (sic), sairá debaixo da cama apenas quando o Trump tomar posse, para saber o que dizer sobre a crise com Israel)

Como diria o pai do João Dória, deputado janguista cassado no Ato Institucional 1, em 1964:

"Os Estados Unidos do Brasil passaram a se chamar Brasil dos Estados Unidos".

A morte da engenharia brasileira não será apenas no Brasil, mas nas Américas, onde será substituída pelas empresas de engenharia americanas - devidamente incentivadas pelo Trump -, que está preocupado em dar emprego aos trabalhadores americanos.

Tarefa a que se dedicam, também, o Moro e o Pedro Malan Parente, que, ainda, dá emprego a trabalhadores franceses.

Vejam que a Odebrecht quebrou no Panamá!


Panamá proíbe Odebrecht de participar de licitações por casos de corrupção

O Governo do Panamá anunciou nesta quarta que a empresa brasileira Odebrecht está proibida de participar de licitações públicas do país até que os crimes da empreiteira sejam esclarecidos e os cofres públicos panamenhos sejam ressarcidos. A Odebrecht está sendo investigada por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha em um esquema que alcançou 12 países, incluindo o Brasil, o Panamá, o Peru, além do México, a Colômbia e outros países latino-americanos.

A empresa tem participação em projetos importantes de infraestrutura panamenha, incluindo a linha 1 do metrô da Cidade do Panamá, a rodovia Panamá Colon, e a hidrelétrica Dos Mares, na província de Chiriquí. Segundo o site da Odebrecht Panamá, há ainda quatro projetos em execução, incluindo a linha 2 do metrô na capital (projeto orçado em mais de 1,8 bilhão de dólares), e a ampliação do aeroporto de Tocumen (800 milhões de dólares). Nestes casos, as autoridades anunciam que vão zelar para que os projetos sejam concluídos sem prejuízos ao país.

Mas, o Governo afirmou que trabalhará para que a Odebrecht devolva a concessão do projeto hidrelétrico Chan 2, na região de Bocas do Touro, e que se cancele, sem custo para o Estado, o contrato de associação para esta obra, que ainda não começou e que requer um investimento de 1.049 bilhão de dólares.

N a v a l h a
O Dr Moro, aqui também chamado de cachalote, certamente toma aspirina Bayer...

Ele talvez não saiba que a empresa Bayer é descendente direta da IG Farben, que fabricava o Zyklon B que a SS lançava nas câmaras de gás para asfixiar os judeus, no Holocausto.

Os aliados - os Estados Unidos à frente - e os alemães trataram de condenar os dirigentes nazistas das empresas (uma boa parte, mas não todos...) e preservar as empresas, para garantir o emprego dos trabalhadores alemães.

Aqui, os lavajatenses, com a deliberada e sistemática politica de vazar seletivamente para o PiG, destruíram as empresas, antes, sequer, que seus dirigentes pudessem ser julgados.

(Sobre essa matéria, por favor, amigo navegante, antes de tomar uma aspirina Bayer, leia o que o Conversa Afiada já escreveu sobre o tema, com a ajuda do Ministro da Justiça da Dilma - que acertou por ultimo -, Eugênio Aragão.)

Em nenhum paíseco do mundo, nem o mais remoto Estado falido da África, Ásia ou América Latina se permitiria que um juizeco de primeira instancia quebrasse o país!

Por aí se vê a força incomensurável do Lula.

Porque tudo isso é para impedir que o Lula volte em 2018!

Esses moralistas sem moral querem tanto combater a corrupção quanto furar o teto!

PHA

Dilma caiu porque não compactuou com a bandalheira


O jornal britânico The Guardian publica uma carta escrita pelo professor Kevin Dunion, da University of Dundee, onde o também diretor diretor na Faculdade de Direito Executivo do Centro de Liberdade de Informação fala sobre o impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff.

Segundo ele, "os desafios que Dilma Rousseff enfrentou na limpeza da política brasileira não podem ser subestimados" e ela caiu porque decidiu enfrentá-los.

Desemprego recorde tem responsáveis: Aécio, Cunha, Temer e Meirelles


Deposta pelo golpe de 2016, a presidente Dilma Rousseff entregou uma taxa de desemprego de 4,8% em dezembro de 2014, quando seu governo efetivamente terminou.

Em 2015, quando Aécio Neves e Eduardo Cunha começaram a governar o Brasil com a política do "quanto pior, melhor", colocada em prática para viabilizar o impeachment, a taxa começou a disparar.

Em 2016, os responsáveis pela tragédia são Michel Temer e Henrique Meirelles, que estão no poder há 230 dias, mas dizem, em anúncios publicitários, que governam há apenas 120 dias. 

O golpe é...desemprego


"O golpe encerrou o trimestre de novembro de 2016 elevando para 11,9% a taxa de desempregados no país. Até pouco tempo, nas eras Lula e Dilma, o Brasil tinha fama de o país do pleno emprego. A juventude desconhecia até o golpe de 31 de agosto deste ano as palavras “recessão” e “desemprego”. Michel Temer (PMDB) — com suas políticas neoliberais — está empurrando os brasileiros para a pauperização absoluta".

A análise é do colunista Esmael Morais. Ele ressalta que o aumento do desemprego tende a acelerar a queda de Temer: "A projeção dos próprios golpistas é que ele dure até, no máximo, 31 de março de 2017", frisa.

Temer assina decreto que reajusta salário mínimo em 57 reais


O presidente Michel Temer assinou decreto nesta quinta-feira (29) que reajusta de R$ 880 para R$ 937 o salário mínimo; o novo valor entrará em vigor a partir do domingo (1º).

Na proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional, o governo calculava uma elevação para R$ 945,80.

Como a inflação foi menor do que a prevista inicialmente, o valor foi alterado para R$ 937.

Paneleiros serão esbofeteados com a volta da CPMF e alíquota de 0,5%


O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) alerta: depois que quebrar o País, Michel Temer e Henrique Meirelles irão propor a volta da CPMF, em 2017, com alíquota de 0,5%.

"Os golpistas serão esbofeteados quando perceberam que terão que pagar o pato", diz ele.

Nesta quinta-feira, em editorial, a Folha de S. Paulo, que condenou o ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff e pelo então ministro Joaquim Levy, já defende novos impostos em 2017.

"Hipócritas", resume Pimenta.

Recessão de Temer demitiu 117 mil em novembro


Tradicionalmente marcado por contratações para as vendas de fim de ano, o mês de novembro de 2016, com Michel Temer e Henrique Meirelles no comando da economia, conseguiu ser o pior de todos os tempos, segundo dados divulgados na tarde desta quinta (29) pelo Ministério do Trabalho;

O Brasil registrou perda líquida de 116.747 vagas formais de emprego no mês passado; no acumulado de janeiro a novembro, o mercado de trabalho brasileiro já fechou 858.333 postos formais. Trata-se do 20º mês seguido em que o número de vagas formais diminuiu no mercado de trabalho do país.

As demissões foram o dobro das Expectativas de Mercado, o que sinaliza que a economia brasileira entrou em depressão depois do golpe.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

2016: o ano em que se tentou matar a esperança do povo brasileiro


"A situação social, política e econômica do Brasil mereceria uma reflexão severa sobre a tentativa perversa de matar a esperança do povo brasileiro, promovida por uma corja (esse é o nome) de políticos, em sua grande maioria corruptos ou acusados de tal, que, de forma desavergonhada, se pôs a serviço dos verdadeiros forjadores do golpe perpetrado contra a Presidenta Dilma Rousseff", diz o teólogo Leonardo Boff.

Segundo ele, trata-se "da velha oligarquia do dinheiro e do privilégio que jamais aceitou que alguém do andar de baixo chegasse a ser Presidente do Brasil e fizesse a inclusão social de milhões dos filhos e filhas da pobreza".

Previsão de desemprego em 2017 piora ainda mais


O cenário para a geração de empregos no Brasil, que já estava ruim, foi revisto para um patamar ainda pior; a taxa de desemprego atual, de 11,8%, deve chegar a superar 13% em 2017, segundo projeção do Santander.

Os economistas do banco previam uma taxa média de 11,6% para o ano que vem, mas revisaram o número para 12,7% depois da divulgação dos resultados fracos do PIB do terceiro trimestre.

O Bradesco também elevou sua expectativa de desemprego de 12,5% para 12,9%.

Segundo o banco, a criação líquida (a diferença entre as vagas criadas e as fechadas) de 150 mil postos formais no próximo ano não será suficiente para compensar o aumento do número de pessoas procurando emprego.

Previsão de desemprego em 2017 piora ainda mais


O setor público brasileiro registrou déficit primário de R$ 39,1 bilhões em novembro, pior resultado para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central em dezembro de 2001, ressaltando a contínua deterioração das contas públicas em meio à recessão econômica e comprovando o fracasso do projeto de Michel Temer e Henrique Meirelles; o dado, divulgado nesta terça (27) pelo BC, foi puxado pelo rombo de R$ 39,876 bilhões registrado pelo governo central (governo federal, Banco Central e INSS); enquanto isso, Estados e municípios ficaram no azul em R$ 421 milhões e as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 314 milhões de reais; nos acumulado de janeiro a novembro, o déficit primário do setor público alcançou R$ 85 bilhões.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Baixo crescimento marcará economia em 2017, preveem especialistas


Um início de recuperação em meio a um crescimento tímido e a dificuldades no cenário internacional. Para os economistas, as perspectivas para a economia em 2017 indicam leve melhora em relação a 2016, mas apontam para um caminho cheio de percalços rumo à retomada da produção e do consumo.

O quadro político também retarda a recuperação da economia. Para eles, o país precisa superar as pendências políticas antes de voltar a crescer, mas essa é apenas uma parte da solução.

DCM: O maior dos pecados de Temer na TV foi ter citado Dom Paulo


"Onde estava Temer quando Dom Paulo arriscava a vida contra a ditadura?", questiona o jornalista Paulo Nogueira, do DCM, sobre o pronunciamento de Michel Temer na véspera do Natal.

"Temer fugiu do extenso velório de Dom Paulo por medo de ser vaiado. Por covardia. Por delírio: como alguém poderia pensar em vaias profanas num momento tão solene como o velório de Dom Paulo?", questionou.

"Em sua insuperável generosidade, Dom Paulo perdoaria Temer por citá-lo de forma tão vil e oportunista. Mas nós não somos Dom Paulo. Não perdoaremos. Não esqueceremos".

Eunício e Renan travam guerra no PMDB por comando do Senado


A cúpula do PMDB iniciou uma batalha interna pela reacomodação de espaços na bancada e no próprio Senado; o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), reforçou a movimentação na bancada do partido para consolidar sua candidatura à sucessão de Renan Calheiros e já negocia postos na Mesa do Senado com outros partidos, como o PT e o PSDB.

Nos bastidores, Eunício e Renan têm divergido sobre a nova configuração da Casa: sem o poder de antes, Renan quer ser o novo líder ou presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), enquanto Eunício prefere fazer Raimundo Lira (PMDB-PB) o novo líder da bancada.

Supersalário de procurador pode chegar a R$ 120 mil por mês


A incorporação de indenizações — como auxílio moradia alimentação e ajuda de custo— podem até quadruplicar o salário mensal de um procurador do Ministério Público Federal.

Em alguns meses, essa combinação fez com que procuradores chegassem a receber "supersalários" de R$ 121 mil, dos quais R$ 96 mil em indenizações.

A cifra já desconsidera os descontos previstos em lei, como Imposto de Renda e contribuição previdenciária.

Essas compensações, que não estão sujeitas ao teto salarial do funcionalismo público, representam 30,4% do gasto com folha dos servidores ativos do Ministério Público Federal.

A regra também vale para o Judiciário, com anuência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que faz que a situação se repita entre os magistrados.

Historiador diz que Moro no poder repetiria Collor de Mello

"A nossa corrupção está fazendo as pessoas imaginarem que virá do horizonte alguém que irá nos salvar. E não virá. Não virá. Um juiz Moro, usando como fantasia distópica, assumindo o poder sem o controle de uma máquina partidária, não terá nenhuma base no Congresso". 

"Resultado: ele repetirá um pouco Collor com seu partido surgindo do nada, incapaz de dialogar com o Congresso. As soluções têm que ser coletivas e é preciso se dar conta que não depende de uma pessoa só, mesmo que ela seja honesta e competente", diz o professor e historiador Leandro Karnal, em entrevista à jornalista Sonia Racy.

"Não existe nenhum obstáculo e nenhuma antipatia na candidatura do Moro. A minha antipatia é com o sebastianismo".

Mais uma prova do fiasco golpe: confiança industrial desaba


Um dia depois do Natal mais fraco em várias décadas, um novo indicador revela a tragédia econômica provocada no Brasil pelo golpe de 2016, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Brasil caiu em dezembro para o menor patamar desde junho passado, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas.

"O resultado da sondagem industrial de dezembro, com queda da confiança e nível recorde de ociosidade, joga um balde de água fria sobre indicadores que já estavam mornos", afirmou a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos.

No poder há quase oito meses, Michel Temer e Henrique Meirelles não trouxeram de volta a confiança prometida. Ao contrário, aprofundaram a recessão e o desemprego.

Recessão Temer/Meirelles derruba venda do natal


As vendas de Natal do comércio tiveram um novo ano de queda em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta segunda (26) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), contrariando mais uma vez o que Michel Temer e Henrique Meirelles prometeram ao país.

As vendas a prazo tiveram queda de 1,46%.

"O resultado negativo reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2016, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar”, disse em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Nos shoppings, a situação foi ainda pior: queda de 3,2%, levando 2016 a ser o primeiro ano em que o setor registrou queda de vendas desde 2004.

O número de lojas também encolheu.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Janio: Andrade mente descaradamente

Executivo inventou encontro com ministro

Conversa Afiada, 25/12/2016


Por Janio de Freitas, em artigo na Fel-lha:

À falta de resposta no Painel do Leitor, volto aos depoimentos contraditórios do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.

Seu advogado, Juliano Breda, disse em carta à Folha que "a mudança no seu [de Azevedo] depoimento perante o TSE ocorreu em razão da análise de uma prestação de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto".

O despacho 84/2016 da Procuradoria Geral Eleitoral, de 16.12.2016, diz que no depoimento para a Justiça Eleitoral em 17.11.2016 Azevedo "apresentou versão com traços divergentes em relação às afirmações feitas no depoimento prestado em 19.9.2016", à Lava Jato.

Neste depoimento, Azevedo apresentou a história de um encontro seu com Edinho Silva e outro petista para acertar a doação de R$ 1 milhão à campanha de Dilma. Nas palavras da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), está claro que são duas declarações explícitas e contraditórias.

A segunda, quando em novembro Azevedo foi indagado pela PGE sobre a divergência, depois que a defesa de Dilma desmentiu-o e apresentou cópia do cheque de R$ 1 milhão nominal a Michel Temer. A Azevedo só restava desdizer-se.

Breda diz ainda que "os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu".

O plural não estava no artigo. E o encontro para Edinho Silva pedir (e receber) R$ 1 milhão foi inventado por Otávio Azevedo: Edinho e seu acompanhante o negaram e, mais importante, a negação está implícita no reconhecimento de Azevedo de que o dinheiro não foi dado para Dilma, mas a Temer.

O despacho 84 foi mais longe, ao questionar a possibilidade de "desatendimento aos termos daquele acordo" (de delação premiada, com a Lava Jato). Por isso, e por ser assunto criminal, não eleitoral, remeteu a ação contra Otávio Azevedo "à Procuradoria da República em Brasília, para a adoção das medidas que entender cabíveis", e à Procuradoria Geral da República.

Ainda há o caso da declaração de Otávio Azevedo, aos procuradores da Lava Jato, de doação a Aécio Neves de R$ 12,6 milhões, que depois reconheceu serem, na verdade, R$ 19 milhões. O primeiro valor dava cobertura ao declarado na (também falsa) prestação de contas da campanha de Aécio.

Aragão: “estamos sentados sobre os escombros do sonho de construir um estado democrático, justo e solidário”

“MP e Judiciário terão que ser passados a limpo. Não podemos mais fazer o que a gente fez”

O Cafezinho, 26/09/2016

por Marco Weissheimer, no Sul21

Membro do Ministério Público Federal desde 1987, subprocurador da República e ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff durante dois meses, Eugênio Aragão é hoje um dos mais duros críticos dos procedimentos adotados pela Operação Lava Jato que, em vários casos, ultrapassaram as fronteiras da legalidade, como foi o caso da escuta da presidenta da República autorizada e divulgada para a imprensa pelo juiz Sérgio Moro. Em entrevista ao Sul21, Eugênio Aragão define a Lava Jato como “uma das operações mais tortuosas da história do Ministério Público. “A gente sente claramente que os alvos são escolhidos. Há delações claras em relação a outros atores que não pertencem ao grupo do alvo escolhido e que simplesmente não são nem incomodados. Em relação aos alvos, a operação chega a ser perversa e contra a dignidade da pessoa humana”, critica.

Para Eugênio Aragão, o Brasil vive uma onda de fascismo maior talvez que a vivida no período da ditadura militar e o Judiciário e o Ministério Público tem responsabilidade por isso: “O Judiciário tem um problema muito sério: é o poder mais opaco de todos, não tem transparência nenhuma e é muito alienado quanto ao déficit de acesso à Justiça que existe no Brasil. Parece que vive em outro mundo”. O ex-ministro acredita que foram cometidos graves erros no recrutamento de atores importantes nas instituições do Judiciário. “A maioria dos ministros do STF têm uma dificuldade muito grande de enfrentar a opinião pública”, exemplifica.

Aragão critica o discurso que afirma que tudo está podre, tudo está corrupto, assinalando que esse é, historicamente, o discurso de todo governo fascista. E reafirma suas críticas ao juiz Sérgio Moro, dizendo que ele está ultrapassando os limites do Direito Penal. “É uma volta às Ordenações Filipinas, na medida em que expõe as pessoas como troféus do Estado, fazendo-as circular pelas ruas com baraços e pregão para que todo mundo possa jogar tomates e ovos podres em cima delas. Isso é o que ocorria na Idade Média”.

Lula apoiou empreiteiras de forma legítima, diz Rui Falcão


Presidente nacional do PT afirma que a relação que o ex-presidente "teve com as empreiteiras é pública. Ele ajudou de forma legítima para que estas pudessem ter contratos no exterior gerando empregos e divisas para o Brasil. Fez palestras para essas empresas, todas declaradas e comprovadas".

Rui Falcão acredita que "a melhor maneira de tentar barrar" a eventual interdição de Lula se candidatar, uma vez que ele é réu, é "colocar publicamente para a população a pré-candidatura com um programa de reconstrução da economia nacional".

Pela primeira vez, o dirigente petista defende uma investigação interna no partido para apurar as acusações contra José Dirceu e Antonio Palocci, presos pela Lava Jato.

Criminalista diz que: “excessos da Justiça contra Lula são evidentes”


Advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, criticou o tratamento dado ao ex-presidente Lula pela Justiça.

"Os excessos foram evidentes. Se você é intimado, é obrigado a depor. Se é intimado e não vai, acaba conduzido coercitivamente", disse Kakay em entrevista à Carta Capital.

"Não existe condução coercitiva em primeira mão. Isso é para impedir que se fale com os advogados. E inconstitucional. A condução coercitiva do ex-presidente Lula foi desnecessária", disse.

Para Kakay, a operação Lava Jato tem uma "importância enorme", mas tem como "subproduto" as "odiosas medidas contra a corrupção, de cunho fascista, como o teste de integridade".

O trololó de Temer e as sombras que nos rondam


"Serve o artigo de Temer para nos lembrar que seu governo, afora os males que estão na cara de todos, tem servido também para tornar o Brasil um país mais vulnerável, irrelevante no cenário global e sujeito à manipulação por forças estrangeiras interessadas em transformá-lo, com todas as suas riquezas, em campo de rapinagem", escreve a colunista do 247 Tereza Cruvinel, sobre texto de autoria de Michel Temer, publicado neste domingo, 25, no Estadão.

"Quando um país perde seu rumo e começa a se desintegrar, e não dispõe de um governo que defenda com firmeza seus interesses, o que exige mais que “diplomacia presidencial” de viagens e convescotes, os predadores aterrissam e o submetem. É este o risco real que nos espreita e que só pode ser espantado pela relegitimação do governo pelo voto", afirma.

A degradação do Judiciário



O colunista do 247 Emir Sader critica a participação do Supremo Tribunal Federal no golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff sem que houvesse comprovação de crime.

"Com seu silêncio, sacramentou sua responsabilidade com a ruptura da democracia no Brasil, da qual deveria ser o zelador", afirma; ele cita a decisão que impediu Lula, "sem ser réu de qualquer processo", de assumir a Casa Civil no governo Dilma, "mas permite que 15 ministros do governo Temer façam isso".

"Um STF como esse tornou-se uma vergonha para a democracia brasileira. Desonra a função que deveria ter de guardião da Constituição, violada semanalmente pelo governo golpista e por seu Congresso corrupto. Degrada a função do Judiciário".

Eliana Calmon: delação só é séria se denunciar Judiciário


Para a ministra Eliana Calmon, aposentada do STJ e ex-corregedora nacional de Justiça, a delação premiada dos executivos da Odebrecht só pode ser levada a sério se denunciar magistrados.

"Delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação", disse ao jornalista Ricardo Boechat, que em sua coluna, noticiou que ela está sendo investigada por ter recebido doação de R$ 250 mil da OAS durante sua campanha para senadora, em 2014, quando se candidatou pelo PSB-BA."

"É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer", disse Eliana.

Justiça suspende aumento de salário de vereadores de São Paulo


juiz Alberto Alonso Muñoz, do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendeu o reajuste de salários dos vereadores da capital paulista.

O magistrado concedeu decisão liminar em ação popular contra o aumento de salário dos vereadores, que havia sido aprovado na terça-feira, 20.

Por 30 votos a favor e 11 contra, os parlamentares municipais concederam reajuste de 26,3%, fazendo com que os salários subissem de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil.

Dilma: “Este golpe parasitou as instituições e a democracia”


Em Buenos Aires, onde foi homenageada com o título de Doutora Honoris Causa da UMET (Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho), nessa semana, Dilma declarou em entrevista ao portal de esquerda Página 12 que os "estados de exceção" parasitam a árvore da democracia e a correm.

Para ela, o Brasil vive nesse momento "uma democracia suspensa"; "Não é um 'estado de exceção' na democracia. São medidas de exceção que corroem a democracia. Que a suspendem. O Brasil tem uma democracia suspensa", analisa, citando como "exemplo máximo" disso a aprovação de seu impeachment sem crime de responsabilidade; a solução para a crise do País, em sua opinião: "eleições diretas já para presidente, com uma nova constituinte para solucionar o sistema político".

Padilha confirma: Temer pediu dinheiro à Odebrecht no Jaburu


"Houve o jantar. Os recursos (da Odebrecht) foram registrados por depósitos bancários, foi feita a prestação de contas, e as contas foram aprovadas pelo TSE. Eu, pessoalmente, não era candidato. Não pedi e não recebi dinheiro de ninguém", diz o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, depois de confirmar que Michel Temer pediu seu auxílio para que "se fosse possível, que se ajudasse a campanha do PMDB".

Acusado pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho de receber R$ 4 milhões, quantia que teria que redistribuir, Padilha afirma ainda ter "mais do que apoio" de Temer para ficar no cargo.

Segundo o delator, escolha do Jaburu para o pedido de R$ 10 milhões foi "simbólico".

Fala de Temer foi alvo de panelaço em várias cidades


Povo recebeu o pronunciamento oficial de Michel Temer em rede nacional, feito na véspera de Natal, com panelaço em diversas cidades, como São Paulo, Rio, Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre, Bauru e Feira de Santana, de acordo com relatos nas rede sociais.

Fala do presidente ignorou o tema corrupção, teve o tom otimista e completamente alheio ao que se passa em volta.

2017: O duelo entre a democracia e a ditadura


"Em 2016, o Brasil sofreu a interrupção da democracia instaurada com o fim da ditadura militar. Golpistas assaltaram o governo, derrubaram a presidente reeleita pelo voto popular. Pretendiam impor uma dura e desmoralizante derrota ao movimento popular, que o deixaria fora de ação por muito tempo. Não conseguiram. Infringiram um duro golpe à democracia, a feriram, mas não de morte", escreve o sociólogo Emir Sader.

Para ele, "a disputa decisiva entre a democracia e a ditadura vai ter em 2017 seu grande cenário", com "grandes lutas sociais, de riscos para a continuidade do governo golpista. Se somam a isso as iniciativas populares de lançamento da pré-candidatura de Lula. Este segundo vetor representa a força da democracia, se opõe frontalmente ao primeiro e anuncia um choque frontal entre o projeto do golpe e o da restauração democrática".

Andrade deve ser chamada para delatar SP e MG


A expectativa é de que no início de 2017 executivos da empreiteira Andrade Gutierrez sejam chamados para falar sobre pontos que não contaram na delação premiada, mas que foram expostos por delatores da Odebrecht, como corrupção em obras em São Paulo, onde a Odebrecht revelou propina ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), o "Santo", e na cidade administrativa de Belo Horizonte, onde Aécio Neves (PSDB) é acusado de fazer parte do esquema.

Dilma diz que se ela não tivesse vencido em 2014, as coisas estariam piores

Nós já teríamos um pacote de austeridade e privatizações como o do [presidente Mauricio] Macri, na Argentina

Brasil 247, 25.12.16

247 – A presidente eleita e deposta pelo impeachment Dilma Rousseff acredita que, se não tivesse vencido a eleição de 2014, a situação do País estaria pior hoje. A análise foi feita em entrevista ao jornal britânico The Guardian, publicada neste sábado 24.

Questionada se se arrepende de ter vencido a disputa contra Aécio Neves (PSDB), ela responde: "Nem por um momento. Se eu não tivesse vencido, as coisas estariam piores agora. Nós já teríamos um pacote de austeridade e privatizações como o do [presidente Mauricio] Macri, na Argentina".

Pela primeira vez, Dilma descreve seus sentimentos no dia em que a Câmara votou pela admissibilidade do processo de impeachment, na sessão de 17 de abril desse ano. "Foi um caleidoscópio de lembranças. Senti tristeza, desespero e indignação", afirma.

Ela também recorda a reação do ex-presidente Lula, que estava junto com ela no momento. "Ele chorou e me abraçou. Ele disse 'chore, Dilma, chore!' Mas eu não choro quando estou sentida. Não é assim que eu sou", conta.

Dilma comenta o episódio em que o deputado Jair Bolsonaro dedica seu voto pelo impeachment ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi, órgão de repressão durante a ditadura militar e um dos torturadores de Dilma. "Eu fiquei chocada que ele pudesse dizer isso no Congresso", disse a ex-presidente.

Ainda em referência à ditadura, ela relata "todos os dias são difíceis", em alusão ao período posterior ao seu afastamento, mas ressalta que "este não foi o pior ano" da sua vida. "De jeito nenhum", atesta.

Como já disse em outras ocasiões, Dilma reforçou que o fato de ser mulher ajudou nesse processo. "O fato de eu ser a primeira mulher presidente foi significante para o que aconteceu comigo. É difícil de quantificar, não era 100% por causa disso, mas era um componente", acredita. "Acho que será mais fácil para a próxima presidente", espera.

Franceses comemoram “negócio da China” no pré-sal


A Rádio França Internacional publicou a festiva repercussão na imprensa francesa da compra pela Total, multinacional deles, de boa parte dos campos de petróleo de Iara e Lapa, no pré-sal brasileiro da Bacia de Santos (SP).

Dizem que o jornal de economia Les Echos informa que esses campos “guardam reservas gigantescas de petróleo e o valor pago foi interessante”, destaca o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Peemedebistas ameaçam pôr fogo em tudo

Alan Marques - 22.dez.2016/Folhapress 
Presidente Michel Temer entre os ministros Henrique Meirelles (esq.) e Dyogo Oliveira (dir.)

Apesar de algum possível alívio a ser trazido pela liberação das contas inativas do FGTS, no conjunto da obra o bando peemedebista que se apossou do poder demonstra surpreendente audácia. Quanto maiores os sinais de perigo, mais atiçam o fogo que crepita sob a cadeira presidencial.

Nesta quinta-feira (22) Michel Temer declarou que aproveitava a "baixa popularidade para tomar medidas impopulares". Talvez tenha achado astuta a tirada suicida do publicitário Nizan Guanaes e decidiu acolhê-la mesmo depois que a Folha mostrou a efetiva disparada da reprovação a seu nome(11/12).

À frente de um ilegítimo mandato semiparlamentarista, seria de se esperar que o chefe de governo tivesse ouvido com mais atenção o recado emitido pela Câmara dos Deputados na terça-feira (20). Ao aprovar, por 296 a 12, proposta que aliviava a situação dos Estados, a Casa mostrou o risco de quebrar as unidades da federação em nome de uma austeridade extrema. Os nobres deputados podem até se distanciar da opinião pública, como ficou claro no gorado projeto de anistia ao Caixa 2, mas dificilmente contrariam o humor popular.

Ao recusar o cancelamento de reajustes já acordados com servidores e o aumento da contribuição previdenciária de funcionários, os parlamentares buscaram amenizar a indignação dos bem organizados sindicatos do setor público. Caso contrário, os grêmios poderão funcionar como catalisadores da crescente rejeição popular ao ajuste fiscal.

A frustração com a falta de recursos nos hospitais e escolas estatais poderá engrossar os confrontos violentos, que ocorrem quase que dia a dia no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Contudo, em vez de acenar com algum alívio aos cofres regionais, ao menos enquanto o PIB patina, Temer duplicou a aposta, reafirmando que as contrapartidas vetadas pela Câmara serão repostas na negociação individual de cada governador com o Ministério da Fazenda. Não satisfeito, o presidente ainda mandou apresentar, embora sob a forma de projeto de lei, a reforma trabalhista que tende a tornar letra morta a CLT.

Talvez a clique planaltina tenha se impressionado com a facilidade para passar o teto dos gastos. Ocorre que a população ainda não entendeu o significado do congelamento orçamentário. Já a reação provocada pela reforma da Previdência, cuja natureza parece ter sido rapidamente apreendida, deve ter apimentado bastante o caldo de raiva que se forma contra a atual gestão.

Quem sabe, por outro lado, os peemedebistas queiram provar aos colegas tucanos que sacrificam, desde logo, qualquer possibilidade de disputar a Presidência da República em 2018. Para isso, como dizia Drummond, arriscam "pôr fogo em tudo", inclusive em si mesmos.

Artigo de André Singer, cientista político/Folha, 22.12.16