quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O governo deveria tratar a imprensa como um partido de oposição?

Na verdade, a imprensa está se comportando como um partido de oposição

Muito dinheiro público nisso aí

Mino Carta escreveu, em seu editorial na última edição da Carta Capital, que o governo deveria tratar a mídia como um partido de oposição.

O mesmo ponto fora defendido, dias antes, pelo escritor Emir Sader.

Não sei exatamente o que isto significaria na vida prática. Um corte substancial no bilionário Mensalão da publicidade oficial posta nas grandes empresas jornalísticas, provavelmente.

Um olhar mais rigoroso para empréstimos a juros maternos do BNDES para essas mesmas companhias, também.

Considere.

Em 2011, o BNDES liberou um empréstimo de pouco menos de 30 milhões de reais para que a Abril reformasse sua TI no departamento de Assinaturas.

Faz sentido?

Quando se lê, hoje, que os Civitas despejaram 450 milhões de reais na Abril para mantê-la de pé fica claro que não.

A família tinha e tem recursos para não recorrer ao dinheiro público de um banco mantido pelos contribuintes.

Isso foi no governo Dilma.

Na era FHC, o BNDES financiou a nova – e pateticamente inútil – gráfica da Globo. (A Globo não enxergou a internet.)

De novo: fazia sentido?

Veja a riqueza pessoal dos Marinhos para chegar a uma rápida resposta. Não, não e ainda não.

Um parêntese. Em editoriais vigorosos, jornais e revistas reclamam sempre cortes de gastos do governo. Alguém já viu um único editorial condenando as despesas bilionárias com propaganda?

O mesmo vale para o BNDES. São denunciados com frequência brutal empréstimos que teriam propósitos mais políticos do que qualquer outra coisa.

Mas e os empréstimos para empresas de jornalísticos cujos donos estão entre as pessoas mais ricas do país? Por que eles não investem seu próprio dinheiro em novos empreendimentos?

Isto é capitalismo: arriscar. A Globo apostou obtusamente no aumento das circulações quando a internet já se avizinhava. Mas quem pagou o preço do erro não foi a empresa. Fomos nós, o povo.

É coisa do Brasil.

Cerca de 25 anos atrás, Murdoch enxergou uma oportunidade da tevê por satélite. Era um investimento altíssimo, e ele teve que recorrer a empréstimos – mas de bancos particulares.

Quase quebrou, porque foi uma aposta fora de hora. Para que sua companhia não entrasse em colapso, Murdoch foi obrigado, sob pressão dos credores, a se associar a um rival na tevê por satélites. Só há pouco tempo, muitos anos depois, ele teve recursos suficientes para comprar a parte que teve que vender.

A isso se dá o nome de capitalismo. De verdade. Não o capitalismo de araque que existe no Brasil e do qual desfrutam, esplendidamente, as empresas de jornalismo.

Eu acrescentaria o seguinte: rever a publicidade oficial e os empréstimos (doações) de bancos públicos deveria ter sido prioridade no governo PT. Em nome da decência, da transparência e, por que não, até de um capitalismo moderno.

Meu ponto é: o governo não precisa tratar a imprensa como um partido de oposição, embora ela se comporte como tal.

Basta tratá-la sem os privilégios vergonhosos, sem as mamatas abjetas que parece impossível derrubar.

Fonte: DCM,12/01/2016

Brito desmascara a "acusação" de Cerveró contra Lula

E reproduz o incrível "interrogatório" sem perguntas ao delator
        No twitter de Turquim


O C Af reproduz texto de Fernando Brito, no Tijolaço:


Cerveró – Então eu fui indicado para a diretoria da BR Distribuidora por reconhecimento do Presidente pela ajuda que prestei para resolver aquele problema do empréstimo da Schahin.

Procurador – Sim, o como é que o senhor soube do reconhecimento do presidente Lula a isso?

Cerveró – .... (silêncio)

Procurador – Ele disse isso ao senhor, pessoalmente ou por telefone?

Cerveró – Não, senhor...

Procurador – E como é que o senhor soube disso?

Cerveró – .... (silêncio)

Teria sido assim o interrogatório do senhor Nestor Cerveró que lhe rendeu redução da pena?

Deve ter sido, porque a "ligação" de Lula à sua nomeação e a razão dela ter sido a "gratidão" presidencial pela operação ocuta exatas duas linhas e meia no depoimento premiado de Cerveró, que, há coisa de uma hora, foi liberado pelo "vazador" para ser publicado. Sim, porque duvido que um repórter experiente como o do Estadão fosse "deixar para depois" de ser furado pela Folha que havia uma menção a Lula, justo na primeira página do documento.

Mas vamos ao que diz o papelucho, cuja guarda estava a cargo dos procuradores Fábio Mangrinelli Coimbra e Rodrigo Telles de Souza.

QUE, como reconhecimento da ajuda do declarante nessa situação (a quitação do empréstimo), o Presidente da República LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA decidiu. indicar o declarante. para uma diretoria da BR DISTRIBUIDORA, a Diretoria Financeira e de .Serviços.

Só. Nada mais, oficialmente, foi dito ou lhe foi perguntado, porque não está no depoimento, nem que seja para dizer "que, indagado, não soube explicar que...etc..."

Inacreditável. Aliás, na página seis, Cerveró diz que Delcídio " também era considerado responsável pela indicação do. declarante para a diretoria da BR DISTRIBUIDORA". Era considerado ou era? Foi Delcídio que falou a Cerveró da suposta gratidão de Lula?

A única operação concreta a que Nestor Cerveró se refere é um suposto empréstimo do Banco do Brasil ao usineiro João Lyra, em 2010, por influência de Fernando Collor e que teria irritado Renan Calheiros. Há, porém, um "probleminha": informa oficialmente o Banco do Brasil que o empréstimo foi recusado e não saiu...

Qualquer delegado novato de DP no pé do morro aqui no Rio interroga melhor. Até porque sabe que um depoimento destes, sem materialidade e sem concatenação é lixo no tribunal.

Mas, no tribunal em questão, parece "não vir ao caso" e o depoimento é totalmente adequado ao que se busca, de fato: acusar Lula assim na base do "ouvi dizer".

Não precisa nem dizer de quem ouviu dizer.

PS. Detalhe intrigante: a delação não é o mesma que estava nas mãos de André Esteves e Delcídio do Amaral por uma simples razão: ambos foram presos no dia 25 de novembro e o depoimento foi prestado dia 7 de dezembro. É uma nova versão, certamente revista e talvez ampliada. Assim se conduz uma montagem.

Fonte: Conversa Afiada,12/01/2016


Constatação

A PF vaza, a globo espalha e o PSDB fatura.
Edson Marcon


O que o Brasil deve à direita?


O cientista político Emir Sader resgata "a experiência de mais de duas décadas de poder absoluto da direita no Brasil", durante a ditadura militar, e avalia que houve "destruição da democracia e a imposição de um modelo econômico que favorecia centralmente as grandes corporações".

Ao falar sobre FHC, lembra que "essa nova fase da direita" trouxe a "estabilidade monetária – conseguida inicialmente, embora a inflação retornasse posteriormente –, sem políticas sociais que atacassem o problema central do país"; para ele, a volta da direita ao governo, hoje, tão batalhada por Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014, "seria uma restauração conservadora, tanto do ponto de vista do regime político, como das políticas econômicas, com seus duros reflexos no plano social".


Lula nega relaçao pessoal e "gratidão" a Cerveró

Os proprietários dos grandes jornais e canais de televisão ficariam muito felizes se pudessem, algum dia, divulgar a prisão de Lula
 

Instituto Lula diz que "as questões levantadas pela imprensa com base em delação atribuída a Nestor Cerveró já foram esclarecidas pelo ex-presidente no foro apropriado: um depoimento à Polícia Federal em 16 de dezembro de 2015", no âmbito da Operação Zelotes.

"Lula não tem e não teve relação pessoal com o delator, muito menos o sentimento de 'gratidão' subjetivamente atribuído a ele", diz a nota.

Segundo a assessoria, Lula negou ainda "ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT ou sobre a contratação de sondas pela Petrobras".

Cerveró disse ter sido indicado a um cargo na BR Distribuidora por "gratidão" de Lula, após ele supostamente ter ajudado o PT a quitar um empréstimo.

Propinas da era FHC têm tratamento discreto nos jornais que tanto atacam o PT e o governo Dilma

Em outras palavras os grandes jornais são contrários aos governos petistas e fazem questão de dizer isso claramente, o que fere a Lei de Imprensa do País

247 – Embora Nestor Cerveró tenha dito que uma única transação da área internacional da Petrobras, fechada no apagar das luzes do governo FHC, tenha gerado uma propina de US$ 100 milhões para o PSDB, a imprensa brasileira deu tratamento discreto ao caso nesta terça-feira (leia maisaqui).

Em nenhum dos três principais jornais do País, o caso recebeu tratamento de manchete principal. A Folha julgou mais importante outro trecho da delação de Cerveró: a parte em que ele diz ter sido nomeado diretor da BR Distribuidora graças à "gratidão" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT por ter viabilizado um negócio com o grupo Schahin (leia aqui).

Globo e Estado, no entanto, não conseguiram compensar a denúncia que atinge o governo FHC com outra relacionada a Lula. Enquanto o jornal dos Marinho manchetou sua edição de hoje com a crise do setor aéreo, o Estado, dos Mesquita, deu destaque maior a mais um impasse político na Venezuela.

A tendência é que, nos próximos dias, o trecho da delação de Cerveró que atinge o PSDB desapareça dos jornais. Outra incógnita diz respeito ao tratamento que será dado à delação do ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente nacional do PP – ele já citou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e avisou que também pretende delatar o que ocorreu na compra de votos para a reeleição de FHC.

Ato em São Paulo tem bombas, feridos e presos


Policiais jogaram bombas de gás contra a multidão durante manifestação contra o aumento da tarifa do transporte na capital paulista no início da Avenida 23 de Maio.

O local transformou-se em campo de batalha. Alguns manifestantes arremessaram garrafas e pedras nos PMs. Cordões de policiais cercavam o local da concentração do ato, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.

Fonte: Brasil 247, 12/01/2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Aliados dizem que Temer se arrependeu de carta enviada a Dilma

De Brasília12/01/201613h07

O vice-presidente Michel Temer tem reconhecido a interlocutores que teria se precipitado ao enviar uma carta de desabafo à presidente Dilma Rousseff no início de dezembro, poucos dias após a abertura do processo de impeachment da petista na Câmara. Na opinião de auxiliares, o peemedebista dá sinais de que reconhece que a forma como escreveu alguns trechos do texto foi equivocada.
Segundo um aliado, Temer avalia que poderia ter redigido a carta de maneira diferente. Um dos exemplos citados por interlocutores é o trecho em que o vice reclamou a Dilma sobre o fato de não ter sido convidado para o encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no início de 2015. Um interlocutor próximo a Temer diz que o peemedebista poderia ter se manifestado de forma diferente, dizendo que Dilma rebaixou o Brasil ao tratar com um vice-presidente, quando a diplomacia estabelece que presidente fala com presidente.

Temer estaria, ainda de acordo com assessores, demonstrando reconhecer ter agido por impulso, em meio a uma forte pressão de peemedebistas por uma posição mais dura dele em relação ao impeachment, postura que, segundo aliados, não faz parte de seu comportamento político.

Um auxiliar do vice afirma que, neste momento, ele não repetiria a mesma fórmula, que acabou desgastando o peemedebista. A avaliação de que Temer errou é propagada por aliados em meio a movimentos do peemedebista e de Dilma para diminuir a tensão na relação entre eles. O discurso de relação "harmoniosa" do vice nos últimos dias também interessa ao Planalto.

A presidente pretende mostrar que tem o apoio de Temer, presidente nacional do PMDB. Já ao vice interessa obter pelo menos a neutralidade do Planalto na eleição para presidência nacional do PMDB, em março, principal preocupação dele neste momento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O perdão é uma qualidade dos fortes

Como a mídia vai tratar a propina da época do FHC denunciada por Cerveró?

Dará a mesma ênfase que dá quando a denúncia é contra governos petistas?

A notícia mais relevante deste início de 2016 é a delação premiada de Nestor Cerveró, em que ele aponta uma propina de US$ 100 milhões (ou "um Barusco") numa operação polêmica fechada pela Petrobras, no apagar das luzes do governo FHC.

À época, engenheiros da Petrobras já falavam em sobrepreço de US$ 300 milhões. Pelas redes sociais, FHC se revoltou com o que chamou de "afirmações vagas", mas não custa lembrar que a delação de Cerveró pode ser apenas o princípio de uma investigação. 

Além disso, Cerveró cresceu sob as asas de Delcídio Amaral, que já foi filiado ao PSDB, tendo sido nomeado diretor no governo FHC. Para completar, o operador Fernando Baiano conheceu Cerveró pelas mãos de Gregório Marin Preciado, parente de José Serra que já foi arrecadador de recursos para o PSDB. 

A isenção e o rigor investigativo da imprensa serão testados.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Prioridade do PT é 2016 é reeleger Fernando Haddad como prefeito de São Paulo


O PT já definiu sua meta mais estratégica para 2016: trata-se de garantir a reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Embora Celso Russomano, do PRB, lidere as pesquisas, a direção do PT avalia que a grande adversária será a ex-prefeita Marta Suplicy, que trocou o PT pelo PMDB.

Nos últimos meses, Haddad ganhou pontos com o eleitorado mais jovem com políticas urbanas modernas como as ciclovias e o estímulo ao transporte público. Sua aposta mais recente é a eleição direta de subprefeitos, tese contestada tanto por Marta como por adversários no PSDB.

O PT sabe que a reeleição é difícil, mas não a considera impossível.

Ministério Público Federal vê Nardes como chefe de esquema de corrupção


Ministro do TCU que capitaneou o voto contra a presidente Dilma Rousseff na questão das 'pedaladas fiscais' é apontado pela Procuradoria da República como "mentor" das atividades de lobby da Planalto Soluções, uma das empresas investigadas na Operação Zelotes.

Para o MP, embora negue, Nardes continua sócio da empresa e se vale da posição de ministro do TCU para praticar condutas que extrapolam as atribuições do cargo. Segundo a Zelotes, a Planalto recebeu R$ 2,5 milhões, entre 2011 e 2012, da SGR Consultoria, uma das principais suspeitas de pagamentos a conselheiros do Carf.

As anotações indicam que o "tio" de Carlos Juliano, que para os investigadores é uma referência ao ministro do TCU, recebeu R$ 1,6 milhão na mesma época. Nardes já foi citado como destinatário de R$ 1,8 milhão para colaborar na anulação, pelo Carf, de R$ 150 milhões em dívidas da RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, terra do ministro.

Tem que vazar a íntegra do Wagner!

Por que só um pouquinho? Porque não tem nada dentro!


Sugestão da Dona Mancha

O Conversa Afiada reproduz considerações afiadas do amigo navegante Walter Bom Braga :
Por que a mídia só vazou que o Jaques Wagner estava no celular da empreiteira mas não vazou o conteúdo? Já o conteúdo da conversa com Cunha foi vazado.

Por que a denúncia contra Aécio Neves ocorreu em Junho de 2014 e só vazou na forma de uma tímida nota ?

Está claro que existe um movimento seletivo, que tem acesso as informações privilegiadas, e escolhe as que são contrários aos alvos políticos da mídia.

Certamente a mídia não vazou o conteúdo da conversa de Jaques Wagner porque não era nada demais: preferiu só vazar o ocorrido para deixar em suspense os golpistas, para fazer sensacionalismo de oposição.

Se fosse alguma coisa grave ou comprometedora certamente teria sido vazada na íntegra como vem ocorrendo com Eduardo Cunha.

Este se tornou inimigo recente da mídia, pois contaminou o golpe, com suas graves acusações de corrupção. A mídia o elegeu alvo, para descontaminar o golpe da imagem de Eduardo Cunha.

Só no Brasil que se combate corrupção estimulando a corrupção, pois comprar informações sigilosas de agentes públicos, com finalidades políticas é corrupção, praticada escandalosamente pela mídia sem que ninguém seja preso por isso.

A Lava Jato deveria se chamar Vaza Jato.

Mas só de quem vem ao caso.

Fonte: Conversa Afiada, 09/01/2016

sábado, 9 de janeiro de 2016

O Brasil está dividido entre quem tem medo de Lula e quem tem esperança nele


Para o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, "desde que mudou o país, trazendo crescimento com distribuição de renda e controle da inflação, recuperando o papel do Estado e retirando milhões de brasileiros da pobreza e da miséria, o ex-presidente Lula é alvo de toda artilharia possível da direita, para acumular suspeitas em busca da rejeição do povo ao ex-presidente".

"Já terminaram com a reeleição – como já tinham feito uma vez -, contra o Lula, diminuíram o tempo de campanha, pelo pânico do Lula falando para todo o país", afirma.

Para Emir, o Brasil está dividido entre quem tem medo do Lula e que tem esperança nele.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Saída de Álvaro Dias é o começo da implosão tucana?


Aparentemente, há projetos presidenciais demais para um único PSDB, hoje dominado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Seu colega Alvaro Dias foi o primeiro a puxar a fila, trocando o ninho tucano pelo PV, mas há ainda duas dissidências no forno, o senador José Serra (PSDB-SP) pode migrar para o PMDB e o governador Geraldo Alckmin namora o PSB.

A fragmentação da direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com Lula, seja com Ciro Gomes.

Por trás dos vazamentos seletivos

Existem ações políticas na Polícia Federal para desgastar o Governo Federal. O outro fato é que eles não estão nem aí com o seu superior hierárquico


Segundo o colunista do 247 Héio Doyle, o vazamento de informações "é um dos instrumentos utilizados pelos oposicionistas e seus aliados no Judiciário, no Ministério Público, na Polícia Federal e na imprensa para cumprir o objetivo de desgastar e inviabilizar o governo e criar um ambiente favorável ao afastamento da presidente".

O jornalista aponta, no entanto, "interesses menores" por trás, como o prestígio com os jornalistas ou "o vazamento em troca de dinheiro". Doyle defende que "apurar todas as denúncias de corrupção é fundamental", mas alerta que "essa investigação não pode ser seletiva nem ter fins políticos e partidários, com vazamentos direcionados e manipulados".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mandou a PF apurar vazamentos de mensagens envolvendo ministros do governo.

Fonte: Brasil 247, 08/01/2016

'PMDB é uma gangue que quer o impeachment para controlar a PF'


Jornalista Gilberto Dimenstein afirma que, ao ler reportagem "com diálogos tirados de um celular do ex-presidente da OAS, você sai com a sólida suspeita de que o PMDB não é um partido. Mas uma gangue. 

E suspeita ainda de mais uma coisa: a motivação desse pessoal com o impeachment não é conquistar a presidência. Mas a PF. Para evitar ir para a cadeia".

A matéria aponta pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a Léo Pinheiro, da OAS, por doações a políticos.

Celular da OAS revela um câncer: doação privada


As mensagens de SMS do celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelam como o financiamento empresarial de campanhas políticas, abolido em 2015 por decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, levou à metástase o sistema político brasileiro.

As mensagens apontam, por exemplo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez 27 pedidos a Léo Pinheiro e o executivo da OAS, por sua vez, fez 26 solicitações ao deputado. Numa das mensagens, Cunha diz que Moreira Franco (ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil) conseguiu levantar "5 paus" para o vice Michel Temer.

A OAS, concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), aparentemente, gostava dessa relação de troca, pois quando o PT começou a defender o fim do financiamento privado, Léo Pinheiro protestou: "Ficou louco. Isso é hora de demonizar empresário?".

Analogia

A PF do zé faz com o Lula o que os militares fizeram com JK.

Paulo Thadeu

Wagner é o da vez. O neto da Dilma é o próximo!

Deixar vazar não é combater a corrupção


O governador da Bahia Jaques Wagner conversou com dirigente da empreiteira OAS sobre matéria relacionada a seu Governo.

Esse vazamento dará origem a uma interminável campanha pigal para desqualifica-lo como homem-chave na estratégia política da Presidenta Dilma.

Nada de novo. Há 8.937 vazamentos por semana, devidamente dirigidos aos vazos.

O Conversa Afiada, o Nassif e o Azenha não recebem vazamentos.

O Brasil criou essa nova jabuticaba, desde o mensalão (o do PT, porque o do PSDB sumiu com o time do Corinthians).

Os vazadores são, como se sabe, e porque confessam, o Juiz do Não Vem ao Caso, a PF do , que o Governo Dilma transformou no centro da Sedição, e o próprio Ministério Público – não só os que tem o wi-fi de Deus, mas, agora se vê, o Procurador Geral, que faz distribuição farta de indícios e suspeitas sobre o FGTS.

O efeito eleitoral da produção dessa indústria será limitado, como se sabe. Não atinge, por exemplo, a estrela do PT que reluz com mais brilho, o Fernando HaddadNem fará com que o PT tenha um candidato a Presidente, se o Lula não for.

Porque o PT não teria quem suceder a Dilma, desde que o mensalão ceifou sua liderança, a começar pela mais capaz, o José Dirceu. (E, por isso, o Não Vem ao Caso tratou de prende-lo depois de preso, para ter o prazer de diminui-lo, em Curitiba.)

O objetivo da Casa Grande e seus instrumentos no PiG é fazer a Dilma sangrar: quanto mais melhor! Impedir que governe. Que leve os “bovinos” à Universidade. 

Em nome de um “ilícito. Era o ilícito pedir dinheiro para campanha? O PSDB pega dinheiro em quermesse? Não era isso o que o Ministro Gilmar (PSDB-MT) mais queria: que a grana das empreiteiras rolasse solta?

O inexplicável é que o Governo e seu Ministro (?) da Justiça assistam a tudo como se estivessem no cineminha do Alvorada, a contemplar o Star Wars, a Força!

Essa indústria do vazamento é crime! Os que vazam e os vazos cometem crimes previstos em lei!  Isso não existe em nenhum lugar do mundo civilizado (ou não)!

E não há repressão! Não há culpados! Cometem-se crimes 9.539 vezes por semana e o Brasil a contempla-los como se fosse tão natural quanto consultar a lista de novidades da Netflix!

Vaza, vaza, vaza – e nada. O Ministro da Justiça, o zé, mandou apurar o vazamento com que começou a artilharia contra Wagner! 

Quá, quá, quá! Mandou a Polícia Federal apurar quem vaza! Quá, quá, quá! A mesma Polícia Federal que vende delação ao André Esteves e grampeia mictório de preso sem autorização de juiz! É como pedir ao Aecím para denunciar a roubalheira em Furnas da tribuna do Senado!

Esse será um dos legados do Governo Dilma. Assim como a Globo vendeu aos incautos que uma Ley de Meios seria uma ameaça à liberdade de imprensa (dela, a Globo), a autonomia ilegal, anti-republicana, irrestrita da Polícia Federal se transformou numa virtude: nunca ninguém combateu a corrupção como nós!

Ora, faça-me um favor! Só em ditaduras a Policia tem autonomia! Não é isso, Otavim?

Quando Papai emprestava as camionetes – os torturadores trabalhavam com autonomia ou não? Irrestrita. Inclusive autonomia orçamentária, como agora o Dr Moro assegurou aos neo-torturadores.

Combater a corrupção com crimes, com vazamento ilegal, com a seleção de vazamentos para atingir apenas um lado do espectro político. Isso não é combater a corrupção, mas instalar um sistema institucionalmente stalinista, como denunciou o eminente Professor Pedro Serrano.

Já se sabe o desfecho do processo judicial antes de concluído! Isso não tem nada de “combater a corrupção”. Isso é uma disseminação do crime! Da arbitrariedade. De totalitarismo!

Desmoralizar pessoas, destruir reputações, arruinar famílias e empresas em nome de uma suspeita que, quem sabe?, um dia, no século XXII se materializará!

Oh, Gushiken! Genoino, esse multibilionário, um Midas! E o Daniel Dantas, pobrezinho? E o Aecím? E o Tarja Preta?

Wagner está irremediavelmente frito. O próximo alvo será o neto da Dilma.

Em tempo: a propósito, ler o Paulo Pimenta, um dos últimos petistas a ter voz alta. Por falar nisso, quando a Zelotes vai pegar os gordos?

Paulo Henrique Amorim em Conversa Afiada, 08/01/2016

Ácidas

Separando as coisas Não é justo que trabalhadores e seus familiares paguem pelos crimes praticados por donos e executivos de empreiteiras. Tampouco a economia pode ser tragada pela sanha punitiva dos que não se importam que o país vá à bancarrota em nome de seus interesses políticos.

Estado de Direito ou Estado da Direita?  É curiosa a situação que vive hoje o Brasil. Estamos em plena vigência de um Estado de Direito? Ou de um “estado” de direita, que está nos levando, na prática, a um estado de exceção?

O sonho virou delírio O sonho presidencial de Alckmin perdeu força em 2015 Lu Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin, PSDB/SP, usou aeronaves e jatos em 132 deslocamentos desde 2011. Todos os outros secretários juntos apenas em 76 vezes. 

Esperança O que o movimento democrático espera da nova orientação econômica do país são medidas claras que desafoguem a vida do povo e promovam uma reversão das expectativas, apontando a retomada do desenvolvimento e a queda de desemprego

Devagar com o andor, que o santo é de barro O mais emergencial agora, além de abortar as investidas golpistas, é concretizar uma agenda de consenso para interromper a queda da atividade econômica e recuperar o seu crescimento

Revelação Marina agrega outro adjetivo à sua história política: golpista. Ela não tem cara de golpe paraguaio, que é parlamentar. É sujo e violento, mas tem o verniz, ao menos, de uma participação popular, via seus representantes no congresso. Marina tem cara de golpe hondurenho, que é ainda mais ardiloso e mais antidemocrático: o golpe judicial.

Dilma x PT Concordo com Alex Solnik em parte. De fato, não é função dos partidos "impor" aos seus filiados que ocupem a chefia do executivo suas diretrizes. Mas não é papel de nenhum chefe do executivo “mandar no partido” ao qual esteja filiado.

Melhorou, mas ainda é desigual Embora os Estados do Nordeste alardeiem tantos avanços, do ponto de vista de números reais da economia brasileira, mesmo com tantos investimentos nos diversos Estado, os indicadores mostram que o patamar de participação nordestina no PIB ainda é abaixo dos 14%.

Corretíssimo Terceirizar não é vale tudo. A liberação da prática da terceirização para qualquer atividade da empresa poderá trazer uma série de consequências negativas. O principal perigo que o trabalhador irá enfrentar é a fragilização da relação de emprego

Bipolar FHC carrega um general golpista dentro dele. "Tudo indica que é um general integrante da UDN, que andava incubado e agora aflorou", afirma o colunista do 247 Laurez Cerqueira; segundo ele, em matéria de "falta de constrangimento público, de aridez interna, Fernando Henrique e Eduardo Cunha se parecem"; "Não sentem vergonha do que estão tramando. Aliás, estão juntos na empreitada do "golpe paraguaio" no Brasil. Os dois, além de Michel Temer, entrarão para a história pela porta dos fundos e farão parte da ala dos golpistas", afirma.

Jaques Wagner? Se Jaques Wagner será um quadro para a disputa à presidência é adivinhação. Lula nunca saiu do páreo, mas Wagner pode surpreender se compuser alianças pacificadoras e ‘conseguir’ um 2016 melhor.


Reforma da previdência? A Seguridade não é desse ou daquele governo, ela é dos trabalhadores, dos brasileiros. Diante de tudo isto, acredito em um caminho: a mobilização das ruas

O Futuro da Bolsa Esse capitalismo nanico pregado, aperfeiçoado e tenebrosamente difundido ao longo dos últimos anos sucateou as empresas brasileiras e as colocou em liquidação perante o capital estrangeiro. O tempo de recuperação será longo.

A Globo deveria trocar seu Plim-plim por vibrante dobre de finados...A programação capricha em evidenciar o baixo astral em cada notícia, em cada chamada de telejornal, como se temas felizes, pessoas alegres, mensagens com 0,01% de esperança no futuro e pautas inclusivas e não-partidarizadas estivessem para sempre banidos da emissora do Jardim Botânico carioca

Mitômano, o que é isso? Faz ou não faz todo sentido presidente da ANJ ser um mitômano? Ah, a Associação Nacional de Jornais… Poderia haver órgão mais representativo do coronelismo jornalístico brasileiro do que esse? 

Sartori: cadê o projeto do mínimo regional? O governador sequer recebeu em audiência as centrais para discutir a reivindicação. Ele passou o ano espalhando o caos na sociedade, atacando os servidores públicos, aumentando o ICMS, precarizando os serviços públicos e ignorando as demandas da população

Médicos precisam repensar seus valores, antes que seja tarde Os esquemas de corrupção em procedimentos, compras de medicamentos e em bular horários de trabalho, incluindo casos de manufaturas de dedos de silicone para bater o ponto são recorrentes; entidades médicas sabem que isso é comum, mas não tratam do tema.

Eduardo Cunha caminha para a forca? Ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF, concederá um prazo de 10 dias para que Eduardo Cunha apresente a sua defesa; caso ele, conhecido por sua agressividade e cinismo, não apronte mais alguma tramóia - sempre com o apoio dos "deputados éticos" do PSDB, DEM, PPS e SD -, poderá estar rumando para o cadafalso já no final de fevereiro.

Rapidinhas

Por que o TCU é contra? Ministros do TCU afirmam que, se o governo não devolver à corte o direito de apitar nos acordos de leniência com as empreiteiras do petrolão, não só irão se negar a aprovar os acertos como abrirão processos independentes para apurar as irregularidades, o que atrasará muito o processo. Ameaçam ainda punir servidores da CGU e da AGU, responsáveis pela costura dos acordos, caso entendam que a multa às empresas envolvidas está abaixo do calculado pelo tribunal.

Baú da felicidade O celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, segue fonte profícua de indícios da relação entre o então empreiteiro e Brahma, como o ex-presidente Lula era por ele chamado, segundo análise da PF.

Não se reprima Em 2014, Pinheiro escreve: “Ele vai estar num encontro político com o Brahma. Tem de aproveitar para pedir: solução para Porto Vida, solução para Porto Maravilha; BNDES; rolagem da dívida. É a hora de pedir. A oportunidade é única”.

Leozinho é pop Ainda em 2014, Pinheiro recebe uma mensagem de Carlos Borges, diretor da Funcef [fundo de pensão da Caixa]: “Não esqueça de me reservar uma vaga de office boy nesse arranjo político. Afinal, com sua influência junto ao Galego e a Lula, você é O CARA”.

Meu outro eu Em tempo: “Galego” é Jaques Wagner, hoje braço direito de Dilma.

Brahma pra toda obra Em setembro de 2012, Cesar Uzêda, então diretor da OAS, comenta com Pinheiro que um interlocutor em comum “esteve com o Brahma sobre Inambari”, hidrelétrica tocada pela empreiteira no Peru.

Sem provas  É lula pra cá, é Lula pra lá, mas cadê as provas?

Pirou Em 2013, quando o PT discutia o fim do financiamento privado, Pinheiro reclamava: “Ele disse que tem que acabar com isso [doações privadas], pois as empresas acabam mandando no Legislativo e no Executivo. Ficou Louco. Isso é hora de demonizar empresários?”

Outro lado O Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que não comenta “vazamentos ilegais, seletivos, parciais, com mensagens de terceiros fora de contexto”.

Peixe fora d’água O PSB nutre pouca esperança de que Romário (RJ) permaneça na sigla. O clima, que já não era bom, azedou de vez após ele ser sacado da presidência da legenda no Rio.

Meus direitos Eduardo Cunha vai processar a Receita Federal alegando vazamento de dados sigilosos. Ele acusa o governo de usar um órgão de Estado para perseguir adversários. “Venezuela é aqui”, dispara.

Também quero Cunha ficou indócil ao saber que o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) abriu investigação para apurar o vazamento de mensagens contra o colega Jaques Wagner (Casa Civil). “Ele não abriu inquérito para apurar o meu caso. Cardozo está prevaricando”, diz o presidente da Câmara.

‌Lorde dos Pesadelos De um ministro de Dilma: “Quando achamos que Cunha está finalmente morto, ele ressurge urrando e nos dá outro susto. Parece um filme B de terror. É o Freddy Krueger da crise”.

Sem tostão Com a torneira do financiamento privado mais seca do que o sistema Cantareira, o PT avalia que terá de “reaprender a fazer campanha eleitoral”. O tempo da militância paga ficará para trás.

Quebra essa? “Será uma campanha menos na base do dinheiro e mais na troca de favores, de compromissos”, resume um petista graúdo. A promessa de cargos e de facilidades dará a tônica da relação com os apoiadores.

Bom motivo Por que Andrea Matarazzo é contra a eleição de subprefeito? Tendo sido o pior subprefeito da Sé, jamais voltaria ao cargo pelo voto. Chico Macena (PT), secretário de Governo da cidade de SP, em resposta ao pré-candidato tucano à Prefeitura de SP, que criticou o projeto de Haddad.

Supremo autoriza devassa fiscal na família Cunha


Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, e de pelo menos três empresas ligadas à família; período de análise será de 2005 a 2014.

Eles são investigados por manter contas secretas no exterior que teriam sido abastecidas com propina de negócios da Petrobras na África; a Receita Federal identificou um patrimônio injustificado de Cunha de R$1,8 milhão.

Constatação

Saber votar é o desafio da democracia!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pinguço não tem jeito mesmo!

"Marina Silva, da Rede, tem apetite incontrolável de poder"

Engana-se quem pensa o contrário

Por Fernando Brito, do Tijolaço

Magrinha daquele jeito, Marina Silva é dona de um apetite incontrolável, daqueles que se manifestam fora de hora.

Parecia – só parecia – que Marina tinha adotado uma posição discreta, opondo-se ao golpe do impeachment – mesmo com a ressalva de que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição.

Que impeachment por crime de responsabilidade não é golpe até as pedras sabem, o que é golpe é inventar crime de responsabilidade para fazer o impeachment. É contra este abuso que se está lutando e, até agora, é assim que os deputados de sua Rede têm agido.

Hoje, porém, descobre-se que não é assim a posição de Marina.

Ela quer a deposição de Dilma por outro tipo de golpe, capitaneado não por Eduardo Cunha, mas por Gilmar Mendes.

“O melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque no TSE você teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi utilizado para a campanha do vice-presidente e da presidente da República”, disse hoje Marina ao G1.

Marina bem deve confiar na Justiça Eleitoral, pois até agora nada se apurou sobre o misterioso jato sem dono que matou Eduardo Campos e que a ela servia também porque, como diz ela própria dos outros, candidato a presidente e o vice "são faces da mesma moeda".

Está claro que o que a faz considerar o TSE “melhor” que o impeachment é o mesmo que faz Aécio preferi-lo também: sentir que o impeachment naufragou politicamente e que a “esperança” de eleições antecipadas estão no Tribunal.

Virou siamesa de Aécio: só pensam em “assaltar a geladeira” durante a noite.

Infelizmente Marina decaiu a um nível que só as pessoas dadas a delírios – ou oportunistas que se penduram em certa imagem “limpinha e cheirosa” que a mídia ainda dela projeta – a leva sério.

Ela só sobrevive porque uma parte do PT tem certo banzo do udenismo e porque a direita, sempre esperta, sabe que ela, já há duas eleições, presta-se com prazer ao papel de “bucha” para tirar votos do campo popular.

Fonte: Brasil 247, 07/01/2016

Ministro da Justiça manda investigar vazamentos de Leo Pinheiro


Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou no início da noite desta quinta-feira, 7, a abertura imediata de inquérito pela Polícia Federal, para investigar o vazamento à imprensa de mensagens do empresário Leo Pinheiro, da construtora OAS, que estão protegidas por sigilo legal.

Nas mensagens interceptadas por investigadores da operação Lava Jato, Pinheiro aparece em conversas com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

Em outro diálogo, Leo Pinheiro revela pressão de Eduardo Cunha (PMDB) por doações eleitorais: "Estou sendo cobrado com insistência. Liga para o EC (Eduardo Cunha). Fugir é o pior", diz o executivo a outro dirigente da construtora.

A oposicao, por meio do PPS, ja usa os vazamentos para pedir ao STF investigação contra Jaques Wagner.

A lógica pela qual a imprensa não cobre o caso Lu Alckmin


A bordo, como de costume: Lu Alckmin

Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.

Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.

Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.

Nada.

Escolhi Noblat porque, para mim, ela é a essência do jornalista que temos nas grandes empresas. O JP, o Jornalista Patronal, aquele que se empenha loucamente em produzir e reproduzir conteúdos que agradem os patrões.

O caso aéreo de Lu é exemplar para entender a alma abjeta da imprensa.

Se fosse a mulher de Lula, jornais e revistas se atirariam, em matilha, às denúncias. Manchetes, primeiras páginas, capas, demorados minutos no Jornal Nacional. O público, ou vítima, seria bombardeado.

Mas não é Dona Mariza.

Sendo a mulher de Alckmin, ninguém repercute a história ou, muito menos, a aprofunda. A própria Folha, que deu, logo esquece, ao contrário do que faria se fosse Dona Mariza, ainda que o furo fosse da concorrência.

A mídia já não faz questão sequer de manter as aparências. É preciso ser definitivamente um analfabeto político para levá-la a sério.

Machado de Assis escreveu que o pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Jornais e revistas usam essa lógica machadiana para encobrir os pecados dos amigos: não os publicam.

O problema é que, na Era Digital, a informação se espalha velozmente pelos sites progressistas e pelas redes sociais.

Quem perde é a sociedade com o comportamento delinquente da mídia.

Discussões importantes são perdidas. Por exemplo: faz sentido um Estado, mesmo sendo São Paulo, ter aviões e helicópteros para o transporte do governador?

Um governo que não pode pagar decentemente professores pode se dar a tal luxo?

Recentemente, o governo britânico conseguiu enfim aprovar a aquisição de um jato para uso do premiê e dos ministro. Uso a serviço, naturalmente, não aquilo que Lu Alckmin e Aécio fizeram com aviões mantidos por recursos públicos.

A argumentação contrária era que um avião para o governo seria um gesto ruim em tempos de austeridade e uma afronta à cultivada frugalidade britânica.

O governo teve que fazer contas para mostrar que economizaria dinheiro com um avião particular.

Foi uma batalha.

Enquanto isso, você fica sabendo, por vias tortas como a compulsão aérea da primeira dama de São Paulo, que o governo paulista tem uma frota aérea.

O Brasil necessita de um choque urgente de simplicidade e frugalidade para que excessos dessa natureza, e de muitas outras, sejam evitados.

A mídia poderia ajudar se fizesse um trabalho decente.

Mas o que ela faz é indecente.

Vice-Presidente admite que não haverá impeachment de Dilma

Numa velocidade relativamente estonteante para um homem de seu quilate, Michel Temer passou de autor de cartas constrangedoras a golpista fracassado.

Um deputado do PMDB, Osmar Terra, contou ao Estadão que ele, Temer, “trabalha com a ideia de que não vai ter impeachment. Pelo menos este ano ele acha que não vai”. Terra ainda falou que Temer “quer todo o PMDB unido para a eleição de 2018”.

O afastamento de Dilma teria “perdido relevância” depois da decisão do STF. Lúcio Vieira Lima, também da facção peemedebista pró golpe, fez uma conta: “Com esses embargos, a votação na Câmara deve ficar lá para maio ou junho deste ano. No segundo semestre, tem eleições municipais e depois, acabou o ano”.

Se alguém ainda achava que Temer era um grande articulador — e não faltaram colunistas descrevendo-o desta maneira — , é melhor repensar.

MT passou 2015 tentando se vender como alternativa diante de uma queda de Dilma. Conspirou à luz do dia, chegou a ser cortejado por parlamentares (Serra tentou emplacar um ministério), palestrou para empresários, recebeu cupinchas no Palácio do Jaburu, tentou cavar uma vaga como alguém capaz de “unir o Brasil”.

Seu suposto rompimento com o Planalto naquele mimimi antológico que ele mesmo vazou para um jornalista amigo dividiu o partido. Suas próprias pedaladas foram lembradas. Consolidou-se como comparsa de Eduardo Cunha. Comprou briga com Renan Calheiros. E ainda tem sobre a cabeça a Lava Jato.

Terminou dezembro bambeando e começa janeiro tentando juntar os cacos de seu papel de vice decorativo, lutando apenas para não perder o comando da legenda.

Em algum lugar do passado recente, Temer acreditou que poderia ser mais do que isso. A realidade acabou por demonstrar que, como dizia o pessoal de Tropa de Elite, nunca será.

Fonte DCM, 06/01/2016

Movimentos sociais reagem contra a reforma na previdência


O anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 7, de que o Brasil terá que encarar uma reforma da Previdência recebeu reação imediata dos movimentos populares; líder do MST, João Pedro Stedile disse que "haverá mobilização contra o governo" se a reforma proposta pelo governo retirar benefícios dos trabalhadores do campo.

"Se o governo tentar mudar a idade mínima no campo, certamente haverá mobilizações em todo o país contra o governo", disse Stedile: "O governo não é dono, nem responsável pela previdência dos trabalhadores", afirmou.

Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os movimentos irão para "o enfrentamento" contra a medida, que classificou como "desastrosa" e "covarde". A decisão da presidente pode resultar em perda de apoio dos que foram às ruas defender seu mandato.