domingo, 30 de agosto de 2015

Globo ataca Lula, criminaliza suas ações, vive na Guerra Fria e inferniza o Brasil

Pedalada no Senado prejudica Petrobrás

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acolheu pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA) e encerrou a comissão especial que teria 45 dias para debater o projeto de lei de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que derruba a exigência de a Petrobrás atuar como operadora única dos campos do pré-sal. Com isso, o texto segue para votação no plenário, como desejavam os parlamentares entreguistas, favoráveis ao fim da exigência de participação mínima de 30% da companhia nessas áreas.
Renan Calheiros, sono proposital

Os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, foram à Brasília participar da sessão, mas, pela terceira vez consecutiva, a reunião foi cancelada por falta de quorum. Com o fim da exigência de participação mínima da Petrobras nos campos do pré-sal, empresas privadas que atuam no setor poderiam também ser operadoras (líderes de consórcios).

O vice presidente da AEPET, Fernando Siqueira, alerta para o alto risco que a Petrobrás está correndo. “O PMDB já convidou o Serra para ser o candidato pelo partido em 2018. Portanto, apoia o projeto Serra. Já Renan, entregando o pré-sal e o País, fica bem com o cartel e com a mídia”, resume.

Fonte: Rogério Lessa/AEPET, 27/08/2015

sábado, 29 de agosto de 2015

Pixuleco e a humanização dos desalmados

Acordo com uma enorme vontade de fazer nada. abro a janela e o mar me convida. lá embaixo, estranhos pedestres.

O meu vizinho, grave e sisudo, destes que não dão bom dia, sempre com uma gravata a enforcá-lo, atravessa a rua com chinelos de dedo, bermudão e camiseta branca. 

Lépidamente.

Lelê Teles
Articulista
A filha pequena brinca com o cãozinho; a esposa, sempre elegante - chapéu enorme - carrega uma bolsa de palha de coco: imagino o que vai dentro: cangas, protetor, livro, baldinho e pá para coletar os excrementos do shitzu. 

Sorriem como gente humana. 

É sempre assim. nos finais de semana, aquelas máquinas burocráticas voltam a ser gente. 

Pisam na areia, gargalham, compram fuleiragens dos ambulantes para a filhinha e sorriem até para aqueles vendedores de queijo sapecado na brasa.

Olho pro meu pranchão, olho pra mesa do escritório, tem lá uma caneca de chá fumegando e pão integral. 

Decido ler e escrever. 

A praia que se dane, que se danem aqueles humanos de fim de semana.

Abro o note e vejo uma foto linda, mas muito linda mesmo da cartunista Laerte, sentada num sofazão, ao lado do neurocientista dread Carl Hart.

Sorrio.

Corro a minha timeline e, pelas barbas de Bin Laden, pululam imagens de Pixuleco. 

Há uma espetacular, o âncora da Globo fecha as persianas para que o Boneco Inflado não apareça, mas o sacana bota a cabecinha por trás do ombro do cabra.

Gargalho.

Fico sabendo, olhos ainda com remela, de que uma jovem estudante mitou ao desinflar aquele acinte. 

Um furico e Pixuleco desabou na frente dos retardados online.

Lembrei-me de Merval Pereira. 

Quando atacaram o Instituto Lula - reparem que a casa leva o nome do cabra - o imortal desumanizou o ato. disse que se tratava de um mero artefato inócuo que provocara apenas um furico numa parede externa do edifício.

Lembrei, na crônica que escrevi sobre o caso, que bastava um mero furico na testa de Merval e ele deixaria de ser imortal.

Antes de começar a escrever esta crônica, vejo esse print no site do Azenha. o print dizia exatamente o que eu pensava em escrever. 

Para a moçada do Globo, Pixuleco não era somente um bonecão abjeto que mostrava Lula como um prisioneiro; era o próprio Lula cativo, sob a guarda dos Retardados Online. 

Por isso as expressões superlativas: esfaqueou, armaram uma emboscada, polícia pericia...

Por incrível que pareça, os Revoltados, sempre altivos, estavam de cabeça baixa, tristes, olhando para o boneco murcho, como se chorassem a morte do único Lula que aprenderam a amar, um suposto Lula prisioneiro.

Essa era uma espécie de humanização daquela aberração. todo mundo precisa de um Lula para chamar de seu.

No entanto, o Lula de Manu era outro. carne e ossos. mas que também tinha suas representações simbólicas.

Manu era do tipo que sabia que abraçar o Instituto Lula era como dar um abraço no ex-presidente. e atacar o Instituto era atacar o seu homônimo.

Por isso, Manu desejou a morte simbólica daquela aberração. porque ela ia se impondo na mídia marrom, a substituir o Lula real. 

Ao "matar" Pixuleco, Manu desumanizou o godzila da direita. era como se dissesse: vejam, isso é apenas um boneco inflado, não é Lula, Lula é esse que aparece sorridente comigo aqui no meu Facebook.

Fiquei com uma vontade danada de abraçar Manu. 

Olho para o meu pranchão, estico as canelas, alongo a espinha. é, acho que vou à praia. lá, fagueiro, abraçarei meus vizinhos agora humanos. 

E direi entre prantos e sorrisos:

Mataram Lula, Lula está vivo.

Fonte: Brasil 247, 28/08/2015

O dia em que um senhor de 80 anos reacendeu uma chama na esquerda

José Mujica, ex-presidente do uruguai, falando na Concha Acústica da UERJ

As nuvens cinza que se aglomeravam no céu carioca previam a vinda de uma chuva das fortes, na tarde desta quinta (27). Apesar disso, desde as 14h, a Concha Acústica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), um local sem cobertura, começava a se encher de pessoas. Até o fim da tarde, o espaço, que comporta seis mil pessoas, já estava lotado.

Os desavisados poderiam apostar que todo aquele público estava ali para ver uma celebridade internacional da música ou do cinema, mas não imaginariam que o motivo era político: quem apareceria era o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

E o que nem mesmo as pessoas que estavam ali imaginavam era que, em pouco mais de uma hora, aquele senhor de 80 anos reacenderia uma chama na esquerda carioca.

Com jeito simples e olhar pacato, Mujica inflamava o público com suas falas, destoantes do clássico discurso político pré-moldado e decorado. Mujica falava de suas experiências de vida mais do que de práticas políticas. E falava de política, aplicada à vida.

O ex-guerrilheiro tupamaro aplicava em seu discurso a verdadeira práxis revolucionária teorizada por Marx. “Nunca vamos ter um mundo melhor se não lutarmos para mudar a nós mesmos”, “temos que viver como pensamos, porque, se não, acabamos pensando que vivemos” dizia Mujica.

O público, formado majoritariamente por militantes de movimentos de esquerda, ouvia atentamente cada fala, preenchendo suas pausas com aplausos ou palavras de ordem. Ouviu-se seis mil vozes gritarem “não à redução”, “não vai ter golpe” e “se cuida imperialista, a América Latina vai ter toda socialista”.

Assim, em uma única noite, o ex-presidente de um país centenas de vezes menor que o Brasil conseguiu unir diversos movimentos e mostrar a força da esquerda quando unida e ciente de suas pautas. Todos ali presentes gritavam por pautas específicas e convergentes. Todos gritavam contra a redução da maioridade penal, a favor da democracia, pelo fim da guerra às drogas e, acima de tudo, por uma sociedade mais humana e menos materialista, por uma alternativa à selvageria que o capitalismo impõe.

A água da chuva, por fim, não veio. O que surgiu ali foi fogo. Pepe Mujica se despediu com um pedido: “eu não quero aplausos. Quero apenas manter a chama da luta acesa em todos vocês. Lutem, porque a vida é luta”.

Abaixo, algumas das falas de Mujica:

"O alimento para o desejo permanente de transformação da alma vem de dentro da gente".

"Queridos, a nossa crise é de valores e se queremos mudança precisamos mudar a cultura. Não há mudança sem que mudemos a cultura da ética e da economia".

"Não vale a pena viver para pagar contas. Vivam para que possam beijar e caminhar com os seus filhos".

“Não há homem imprescindível, há causa imprescindível. Sem a força coletiva não somos nada”.

“Esta democracia não é perfeita, porque nós não somos perfeitos. Mas temos que defendê-la para melhorá-la, não para sepultá-la”.

“Meus queridos, ninguém é melhor do que ninguém. Tenho que agradecer a sua juventude pelas recordações de tantos e tantos estudantes que foram caindo pelos caminhos de nossa América Latina. Vocês têm que seguir levantando a bandeira. Na vida, temos que defender a liberdade. E ela não se vende, se conquista. Fazendo algo pelos outros. Isto se chama solidariedade. E sem solidariedade não há civilização.”

"Não devemos deixar de nos ver brasileiros, mas temos de nos entender como latino-americanos".

“Temos que pensar como espécie não só como país. Os pobres da África não são da África, são também nossos.”

“Não temos que imitar a Europa ou ao Japão. Não podemos querer o desenvolvimento com dor e angústia, desenvolvimento com felicidade para todos. A generosidade é o melhor negócio para a humanidade e o pior dos negócios são os bancos.”
“Essa etapa da sociedade capitalista tem que ter uma cultura que permita o seu desenvolvimento. Não podemos confundir o consumo com felicidade.”
“Eu creio que estão em crise os valores da nossa civilização. Essa etapa do capitalismo não gera puritanos, mas gera corrupção. Não estamos numa idade de aventura, mas uma idade de sepultura.”
“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Fonte: O Cafezinho, 28/08/2015

Política econômica do Levi só beneficia os bancos

Miguel do Rosário
Miguel do Rosário
Blogueiro
Se Dilma não mudar o espírito de seu governo, se não fizer uma grande mudança na comunicação de governo, se não mudar essa política econômica completamente esquizofrênica, baseada num ajuste fiscal que provoca, ao contrário do que ele busca, um déficit fiscal crescente, na qual apenas os grandes bancos, e só eles, aumentam seus lucros, ela não será derrubada por tucanos golpistas, e sim por seus próprios eleitores.

As grandes fortunas, a CPMF e a batalha da comunicação

Após uma década de avanços, a economia brasileira corre risco, segundo Marcelo Neri

Um dos maiores especialistas do país em distribuição de renda, o economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV-RJ, diz que o Brasil vive um "filme dramático" após uma década de avanços. "Nossa trajetória positiva dos últimos anos está em risco."

Ex-ministro e economista da
FGV, Marcelo Neri
Ex-presidente do Ipea e ex-ministro da SAE/PR, Neri diz que os mais pobres vinham "bombando" por conta do mercado de trabalho até o governo Dilma 2, que agora entra em uma espiral de rápido aumento do desemprego.

"Quando analisamos os motivos de a renda ter crescido e a desigualdade caído, não é tanto por causa do Bolsa Família ou do impacto do salário mínimo sobre a Previdência. O principal foi o peso da renda do trabalho, formal e informal", afirma.

O quadro nesta página mostra o peso da renda do trabalho e de outras fontes entre 2001 e 2013. A renda do trabalho foi preponderante entre os 40% mais pobres e na média da população.

"O pobre da última década não foi uma cigarra consumidora. Mas um trabalhador que teve grande evolução em sua renda por meio do seu esforço." Leia a entrevista:

Folha - Entre 2003 e 2013, o PIB per capita no Brasil cresceu 30% e a renda média, 58%. As chamadas classes A, B e C incorporaram cerca de 56 milhões de pessoas. Para este ano há uma projeção de queda de 2% do PIB e de 0,15% em 2016, com perspectiva de baixo crescimento no futuro. Qual o impacto disso sobre os avanços conquistados?

Marcelo Neri - Nesse período da última década houve uma combinação de elementos que a tornaram especial. Não foi tanto o crescimento do PIB, mas o fato de ele ter crescido de maneira relativamente contínua, o que não acontecia há muito tempo.

O segundo componente é que a renda das pessoas cresceu bem mais do que o PIB. O terceiro é que esse crescimento se deu mais forte na base da distribuição, com a redução da desigualdade.

A combinação dessas três coisas por um longo período gerou esse boom social. É o que a gente pode chamar de um "caminho do meio". Não foi só crescimento, mas houve redução da desigualdade e aumento do bem-estar.

Quando analisamos os motivos de a renda ter crescido e a desigualdade caído, não é por causa do Bolsa Família, que foi importante, mas significou menos de 20% de efeito sobre a desigualdade. Também não foi por causa do impacto do salário mínimo sobre a Previdência, que desempenhou algum papel. O principal foi a renda do trabalho, formal e informal.

O que é mais surpreendente é que desde 2011, quando o PIB parou de crescer, a renda média das pessoas continuou subindo acima do PIB, de maneira até mais forte.

O ano de 2012 foi o do Pibinho. Enquanto a renda per capita subiu 7,5%, o PIB per capita cresceu menos do que 1%. No biênio 2012 e 2013, a renda cresceu 5,5% per capita ao ano, já descontando a inflação, enquanto o PIB andou bastante de lado.

Estamos no final desse ciclo. Vamos voltar para trás agora? Certamente, mas não voltaremos para o começo nem para o meio do caminho, espero. Teríamos que passar por uma crise muito forte, com desajustes crescentes.

Entramos na crise com uma taxa de desemprego bem menor do que em outros momentos ruins, como em 2003 e 1999. Com mais empregos formais e mais gastos sociais. Isso impedirá que a desigualdade aumente drasticamente?

Exatamente. É verdade que a taxa de desemprego está subindo muito rapidamente. Voltamos cinco anos nesse item. Foi uma reversão muito rápida, que veio acompanhada de redução de salários, o que teve um impacto maior na queda da renda.

A fotografia de hoje é mais ou menos a de 2010, quando se cogitava se iríamos entrar ou não em uma situação de pleno emprego. E estamos indo para o outro lado, passando por uma reversão grande e rápida. Mas, levando em conta os níveis das séries, ainda não é muito ruim. O problema é se entrarmos em uma situação de crise crônica.

Estamos vivendo um filme dramático, com reversão de tendências muito rápidas.

Mas ainda temos uma fotografia razoável. É como se o sujeito achasse que tinha ganho na loteria e descobrisse que não, que os números sorteadores eram outros. Ele achou que tinha ido para o céu, mas continua na terra. Não é que ele tenha ido parar no inferno.

O problema é que renda e emprego são os fundamentos da segurança familiar. E estão caindo. Ir do céu à terra pode parecer, para alguns, como ir da terra para o inferno.

Muitos economistas afirmam que a geração da nova classe média foi baseada em mais renda e consumo. Mas que o aumento do crédito foi o grande combustível do processo, que se esgotou agora.

O crédito ajudou nesse ciclo de expansão, mas houve aumento na renda das pessoas. É aquela brincadeira: classe C de "crédito"? De "consumo"? É muito mais de "carteira de trabalho assinada", que foi o que segurou as pessoas. Esse processo continuou até 2014, com alguma flutuação. Vale lembrar que a renda em dezembro de 2014 ainda crescia 2,5% per capita reais (acima da inflação).

Além do aumento da renda entre os mais pobres e da sua melhor distribuição, o que mais houve de avanços nesses 13 anos?

Houve outras mudanças. Em 2000, 45% dos municípios brasileiros tinham um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) abaixo de 0,5. Em 2010, estavam perto de 0,6 (quanto mais próximo de 1, melhor). Houve, portanto, uma transformação profunda. E não é só renda.

Há mais expectativa de vida, mais crianças na escola, etc. Essas mudanças incluíram trabalho formal também. E essa é uma característica fundamental, além da redução da desigualdade com crescimento.

Mas em termos de produtividade o Brasil não fez seu dever de casa. Essa é uma agenda fundamental e é consenso entre os economistas que precisamos dar saltos de produtividade para crescer.

O Brasil também precisa de uma série de reformas, macro e microeconômicas. Outra agenda que encontra muita resistência é da poupança. No Brasil não se acredita muito nas virtudes da poupança. E perdemos uma grande oportunidade de que a crise fosse menos sentida pela população por conta disso. A poupança brasileira hoje equivale a um quarto da das famílias chinesas.

O sr. ainda estava no governo durante a campanha eleitoral de 2014. Ficou claro que houve uma fraude eleitoral, já que Dilma fez tudo ao contrário do que prometeu. Qual sua avaliação?

Não gostei da campanha e isso foi particularmente duro para quem estava lá dentro. Houve um erro na campanha. Até mesmo da própria ótica de quem quer se manter no governo. Não vejo sentido em anunciar que você vai ser expansionista e depois virar conservador de uma hora para outra. Você acaba não ganhando nada com isso. O resultado foi o pior dos mundos.

Entramos em uma grande armadilha. E o problema é que agora estamos em um momento diferente de um debate acalorado e violento de uma campanha eleitoral, que tem uma duração limitada. Ainda faltam três anos e meio até o final do mandato e isso me preocupa muito.

Vai depender das expectativas e da capacidade das pessoas de perceberam que, se não for achada uma solução conjunta, a gente pode acabar perdendo muito mais tempo do que deveria.

Hospital Regional do Tapajós está em construção graças a verba da Taxa Mineral

Hospital Regional do Tapajós, obra do Governo do Estado, na cidade de Itaituba

De acordo com pessoas que tratam do setor, o valor arrecadado pelo governo do estado no ano de 2014 com a cobrança da taxa mineral foi de R$ 361.180.000,00 (trezentos e sessenta e um milhões cento e oitenta mil reais).

A Taxa Mineral foi criada em 2011. Na época até os deputados de oposição elogiaram a iniciativa do governador Simão Jatene de buscar compensações pelo que a atividade mineral do estado deixa de recolher em impostos.

E como grande produtor mineral do estado, o município de Itaituba se beneficia da Taxa Mineral e o retorno desta taxa está vindo através da construção do Hospital Regional, portanto o problema no atraso da construção do HR do Tapajós não é por falta de recursos.

Fonte: Weliton Lima/Blog do Jota Parente, 28/08/2015

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Lula: enquanto eu tiver fôlego, tucanos não voltam

“Eles vão ter que aprender a voar primeiro para depois voltar à Presidência”, afirmou o Presidente em BH

Lula: tucanos vão ter que esperar 2018

Em Belo Horizonte para participar de evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o Presidente Lula discursou para movimentos sociais e criticou parte da oposição que, em sua opinião, não aceitou a derrota da eleição presidencial de 2014, que reelegeu Dilma Rousseff. Em sua fala, o petista ainda reafirmou que não deixará o PSDB voltar ao poder.

“Eu perdi três eleições e eu ia, como dizia o Brizola, lamber as feridas. Eu respeitava os resultados. É um direito de vocês não concordarem com o nosso Governo, vocês cobrarem e vocês protestarem. Mas têm que esperar 2018. Têm que aprender esperar e fazer as coisas certas. Eu jamais vou dizer que sou candidato, mas não digo que não sou. Eu só quero que saibam o seguinte: enquanto eu tiver fôlego para percorrer o país, os tucanos vão ter que aprender a voar primeiro para depois voltar à Presidência. Deixem a Dilma governar e trabalhar”, disse o Presidente nesta sexta-feira (28) no 12º Congresso Estadual da central sindical, que completa 32 anos.

No evento, Lula enalteceu os programas sociais que o partido criou e ironizou as manifestações contra o PT e a Presidenta Dilma Rousseff.

“ [Antes], nós protestávamos porque queríamos mais educação. Eles protestam hoje porque conseguimos fazer com que o filho de um pedreiro virasse engenheiro e a filha da empregada virasse médica. Nós protestávamos porque eles não sabiam governar. Só governavam para um terço desse país. E nós governamos para 100% da população. A única diferença entre nós e eles é que nós protestávamos para conquistar e eles protestam contra as conquistas”, reforçou Lula na capital mineira.

E continuou: “Eu fiz oposição por muito tempo e nunca tive coragem de falar um palavrão contra ninguém. Não é a escola que dá educação para as pessoas. Tem gente que estudou demais e fala palavrão para a Presidenta. São eles, filhinhos de papai, que não se conformam com a ascensão social que aconteceu neste país”, opinou.

Fonte: Conversa Afiada, 28/08/2015

Superado o golpe, começa a disputa pela Presidência da República

E que vença o melhor para o País!

Nesta sexta-feira, ocorreram dois movimentos importantes; de um lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, pela primeira vez, que será candidato em 2018, caso seja necessário. De outro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o PSDB trabalha com o calendário eleitoral de 2018 e que, portanto, não cogita mais a hipótese de eleições antecipadas.

Internamente, para se viabilizar, Aécio terá que conter as pretensões de Geraldo Alckmin e José Serra. Também na oposição, Marina Silva tem conseguido fazer avançar a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade.

Na base governista, Eduardo Paes pode vir a ser o nome do PMDB, caso os Jogos Olímpicos de 2016 sejam bem-sucedidos. Sem tapetão, começa a ser organizado o campeonato político de 2018. Como personagens excêntricos, poderão concorrer também Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa.

Fonte: Brasil 247, 28/08/2015

Dilma defende democracia e promete crescimento


"Meu governo pensa em duas coisas: em como aumentar o emprego, garantir que o país volte a crescer, e em reduzir a inflação, porque nós sabemos como a inflação corrói a renda do trabalho, a renda do empreendedor", discursou a presidente, ao entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida no Ceará.

Segundo dados de hoje do IBGE, o PIB recuou 1,9% no segundo trimestre, confirmando recessão da economia; Dilma destacou também que o Brasil tem "garra" para superar suas dificuldades e assegurou que não haverá retrocessos, seja em relação aos programas sociais ou à democracia.

"Todos nós sofremos as consequências de ter um país não democrático, que não respeitava as leis, não deixava as pessoas darem suas opiniões. Nós temos muito o que preservar, nós conquistamos muita coisa".

Rui Falcão: Há forte desejo de que Lula seja candidato


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta (28) que existe "um forte desejo" no partido pela candidatura de Lula a presidente em 2018. Ele também afirmou que há "um temor" na oposição de que isso aconteça. 

"Eu ouço no povo, na militância do PT, um desejo muito grande de que ele seja. Mas daí a ele ser ou não é uma decisão para 2018", ressaltou. Segundo Falcão, existe também uma campanha orquestrada para "derreter Lula" e, assim, aniquilar o PT.

Lula pede que CNMP puna procurador que abriu investigação contra ele


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu recorrer do arquivamento da representação aberta contra o procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. 
O corregedor nacional do MP, Cláudio Portela, arquivou pedido de abertura de procedimento administrativo contra o colega por entender que reportagem é suficiente para motivar a abertura, de ofício, de investigação criminal. 

No recurso, enviado ao Conselho Nacional do Ministério Público, Lula pede que o caso seja discutido pelo plenário do órgão e que sejam aplicadas as penas disciplinares previstas na Lei Orgânica do MPF.

Conta de luz vai ter redução de 18% no valor da tarifa bandeira vermelha

A mudança inicia em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira, 28/08, a redução de 18% no valor da tarifa da bandeira vermelha, o indicador que engloba os usuários que pagam o custo mais alto de energia. Com a decisão, o valor adicional para cada 100 kWh consumidos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redução de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro.

A decisão foi adotada em razão da redução no custo de produção de energia decorrente do desligamento de 21 termelétricas, com custo variável unitário maior que R$ 600 MWh, aprovada no início deste mês.

Apesar do pedido das distribuidoras para que o valor seja mantido, devido ao aumento dos custos de geração, a diretoria da Aneel entendeu que o uso das bandeiras deve refletir o cenário de disponibilidade da geração e não os problemas de caixa das distribuidoras.

"Não podemos confundir o conceito do fundamento das bandeiras com o alívio de caixa. O valor arrecadado com as bandeiras deve cobrir o valor da geração termelétrica. Para outras razões de [alta de] custo existem outros mecanismos de compensação", disse o diretor da Aneel Reive Barros dos Santos, relator do caso.

Para o diretor Tiago Correia, os consumidores responderam ao instrumento das bandeiras, reduzindo o consumo e fazendo investimentos, como a substituição de lâmpadas incandescentes pelas de led, o que justifica a redução do valor da bandeira.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, ressaltou que a redução não representa melhora no quadro de geração de energia do país. "O cenário não é favorável à mudança da bandeira. Não é um cenário provável. Não estamos dando nenhuma sinalização de que o consumidor possa relaxar na sua prátrica de uso da energia. A sinalização ainda é de cuidado com o consumo e de uma situação adversa", alertou Rufino.

O parque gerador de energia elétrica no Brasil é composto predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem da chuva e do nível de água nos reservatórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas precisam ser ligadas para não interromper o fornecimento de energia. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.

Fonte: Brasil 247, 28/08/2015

"Se quiserem governar, (primeiro) ganhem as eleições"



Ex-presidente Lula voltou a rechaçar a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff e disse: "nós sabemos o significado do golpe, se quiserem ocupar o lugar da presidenta, disputem as eleições e conquistem a maioria dos votos".

Em homenagem em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, ele afirmou ainda que governou para provar que "a ascensão do povo brasileiro precisava só de uma oportunidade para acontecer"; o ex-presidente lembrou que foi "massacrado por ter criado o bolsa-família, para dar um pouco de dinheiro para as pessoas terem dignidade".

Baiano indica que entregará a cúpula do PMDB


Aos integrantes do Ministério Público Federal, o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB na Lava Jato, mencionou Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e do senador petista Delcídio do Amaral (MS)

'Se MP não abrir inquérito contra Aécio será a desmoralização das instituições'


Para deputado do PT mineiro, Rogério Correia, existem provas de diversas ordens que embasam abertura de investigação contra senador tucano, e a PGR "só não abre processo se não quiser, ou tiver rabo preso": "Existe um laudo da Polícia Federal que eu e outros parlamentares entregamos pessoalmente nas mãos de Janot. Temos todas as provas também de um inquérito feito pelo próprio Ministério Público acerca de caixa dois e propinas em Furnas".

'Que se investigue as contas, não vai dar em nada'


Vice-presidente Michel Temer reafirmou que não há nada irregular na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, ao comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de reabrir ação para apurar as contas da chapa: “Que se investigue. Não vão achar nada”, disse.

MP negocia acordo com Alstom no cartel do Metrô


Investigada por formação de cartel em contratos do Metrô em governos tucanos, a francesa Alstom negocia ressarcir a estatal para não ser declarada inidônea; acerto não prevê confissão de culpa nem delação de outras envolvidas, segundo a colunista Mônica Bergamo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Petrobras e Vale disparam e levam Bolsa à maior alta em nove meses


Ações de grandes produtores de matérias-primas como Vale e Petrobras dispararam nesta quinta-feira (27) e impulsionaram o principal índice da Bolsa brasileira, que fechou no azul pelo terceiro dia, no maior nível em nove meses. 

O Ibovespa avançou 3,64%, a 47.715 pontos. Foi a maior valorização diária desde 21 de novembro de 2014, quando havia subido 5,02%. As ações preferenciais (sem direito a voto) de Petrobras e Vale avançaram 9,62% e 8,63%, respectivamente, para R$ 8,89 e R$ 13,72. Já os papéis ordinários dessas companhias, com direito a voto, ganharam 11,3% cada um. 

"Há um rumor de que o governo chinês está se desfazendo dos títulos do Tesouro americano para financiar os programas de intervenção na China e se capitalizar. É uma maneira de tentar estimular e injetar dinheiro na economia", disse Ana Júlia Dias, executiva da equipe de análises da UM Investimentos. 

Esta possibilidade motivou uma retomada nos preços das commodities, segundo Ana, o que beneficiou principalmente as ações de grandes produtoras globais de matérias-primas no dia. Assim, os principais mercados internacionais fecharam no azul: em Nova York, os índices acionários subiram mais de 2%, assim como na Europa. 

Também animou os investidores a revisão para cima da segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para um crescimento de 3,7% no segundo trimestre do ano, em vez dos 2,3% anteriormente previstos. 

"O primeiro trimestre havia registrado desempenho fraco em função do clima adverso nos EUA. A economia americana segue em um bom ritmo de crescimento, por isso o indicador foi bem-recebido, mas ainda é preciso cautela com alguns setores", afirmou Julio Hegedus, economista-chefe da Lopes Filho. 

Para o economista, o bom humor externo foi amenizado pela crise no cena política brasileira. As atenções se voltaram à possibilidade de o governo recriar a CPMF, o chamado "imposto do cheque". A medida foi incluída na proposta orçamentária, que aguarda aprovação da presidente Dilma Rousseff. 

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, disse à reportagem ser "absurdo" ressuscitar a taxa. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na véspera, em entrevista ao canal de TV "GloboNews", que o governo pode recorrer à elevação de impostos para conseguir fechar suas contas. 

Ainda no Brasil, o mercado digeriu com cautela a notícia de que o governo federal fechou o mês de julho com um deficit de R$ 7,2 bilhões em suas contas. 

MATÉRIAS-PRIMAS E BANCOS 

A siderúrgica Gerdau avançou 10,88%, para R$ 5,40. O ganho impulsionou os papéis de sua controladora, a Metalúrgica Gerdau, que subiu 17,67% -a maior alta do Ibovespa. A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a ação preferencial da Usiminas mostraram valorizações de 9,87% e 5,88%, nesta ordem. 

As ações de bancos continuaram nesta quinta-feira a refletir positivamente a aprovação pela comissão do Congresso, na última sessão, da alíquota menor de tributo que incide sobre o lucro das instituições financeiras. 

O Banco do Brasil subiu 3,55%, enquanto o Itaú registrou valorização de 3,54% e o papel preferencial do Bradesco mostrou alta de 2,45%. Já o Santander Brasil teve ganho um pouco mais modesto, de 2,36%. O setor bancário é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa. 

Das 66 ações que compõem o índice, apenas quatro fecharam o dia no vermelho: a Smiles perdeu 0,86%, seguida por Embraer (-0,43%), a varejista Hering (-0,29%) e pela produtora de celulose Suzano (-0,12%). 

DÓLAR EM QUEDA 

No mercado cambial, a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) possa demorar um pouco mais para começar a subir a taxa de juros americana trouxe alívio nesta quinta-feira e derrubou o dólar depois de a moeda ter ultrapassado os R$ 3,60 no início da semana. A cotação do dólar à vista, referência no mercado financeiro, ficou em R$ 3,545 na venda -uma queda de 2,60%. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, recuou 1,33%, também para R$ 3,552. 

Fonte: FOLHAPRESS, 27/08/2015

Sarkozy, ex-presidente da França, disse a Dilma e Temer: “não recuem nunca”


Durante encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, em São Paulo, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy citou exemplos que ele próprio passou durante seu governo e aconselhou a presidente Dilma Rousseff e o vice para que não recuem das medidas que pretendem tomar contra a crise no País.

"Ele contou experiências mais ou menos semelhantes que teve na França e tomou a liberdade de dizer: 'Não recuem nunca, vocês têm que ir a diante, enfrentar toda e qualquer crise porque crise é sempre passageira'", contou Temer após o encontro.

Legalidade e golpe separam Alckim de Aécio


"O PSDB vive em dois universos. No oficial, os líderes tucanos jamais discutem. No paralelo, eles quase nem se falam. Quando conversam, se desentendem falando o mesmo idioma", escreveu, nesta quinta-feira, o colunista Josias de Souza, ao comentar o crescente distanciamento entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador paulista Geraldo Alckmin.

O que os separa, na realidade, são os interesses pessoais. Enquanto Alckmin defende parcerias com o governo federal e dá apoio à presidente Dilma Rousseff, com quem esteve e a quem emprestou um guarda-chuva nesta semana, Aécio age, nos bastidores, pela interrupção precoce do mandato presidencial. A ruptura pelo TSE criaria espaço para eleições antecipadas, o que deixa os tucanos em pé de guerra.

Janot está livre para bater em Chico e em Francisco




Novo artigo do jornalista Hélio Doyle aponta que agora, após ser aprovado pelo Senado, o procurador-geral da República "mais do que antes, está livre para exercer plenamente suas funções e bater em Chico e em Francisco. Não depende mais dos políticos para se manter na Procuradoria e a autoridade de sua função lhe permite agir com isenção e imparcialidade nas investigações que conduz".

"Não que não pudesse fazer isso antes, mas sempre fica no ar a dúvida", comenta o colunista do 247. Durante a sabatina de Rodrigo Janot, senadores do PT cobraram do representante do Ministério Público que investigações, vazamentos e decisões batam em Chico, mas também em Francisco, em alusão a um favorecimento ao PSDB.