domingo, 13 de março de 2016

Foi garantido o direito de manifestação dos contrários a continuidade do governo Dilma

Embora eles queiram trocar a presidente por pessoas citadas em processos de corrupção

Manifestações contra o governo na Avenida Paulista, dentro das expectativas

Em Porto Alegre a manifestação foi a favor da Continuidade da Inclusão Social

Foi um Coxinhaço

Constatação

Aécio Neves e GeraldoAlckmin são vaiados na Paulista e chamados de corruptos


Dois presidenciáveis tucanos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin, que esperavam ser aclamados pela população neste domingo, foram surpreendidos com a reação hostil dos manifestantes.

Ambos foram recebidos com vaias, sendo chamados de corruptos e ladrões de merenda escolar.

Aécio já foi citado em cinco delações da Lava Jato como responsável de um esquema de propinas em Furnas.

Alckmin viu o primeiro escalão de seu governo ser atingido pelo escândalo do roubo da merenda escolar.

"É para esses políticos da oposição verem que tipo de manifestação apoiam e financiam. A criminalização da política atinge todos. Assim é que surgem os apolíticos e viram heróis", diz a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Veja o vídeo acessando: Manifestantes hostilizam Aécio e Alckmin, que ficam só meia hora na Paulista


Sérgio Moro pede que seja ouvida a voz das ruas

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Num email enviado à jornalista Cristiana Lobo, da Globonews, o juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, pediu que as forças políticas "ouçam a voz das ruas" e sejam capazes de cortar na própria carne.

Ele disse ainda que não haverá futuro no Brasil com o que chamou de "corrupção sistêmica".

Homenageado nos protestos, ele atribuiu isso "à generosidade do povo brasileiro".

Moro disse ainda, que, até agora o combate à corrupção tem sido conduzido quase que de forma exclusiva pelo Poder Judiciário.

Não ficou claro, no entanto, se o "ouvir a voz das ruas" dizia respeito ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Aécio: 'Menções a meu nome são falsas e desmoronam'


Recebido aos gritos de 'corruptos' nas manifestações na Avenida Paulista, em companhia do governador Geraldo Alckmin, o senador mineiro Aécio Neves, tentou minimizar as citações a seu nome por cinco delatores da Operação Lava Jato, que lhes atribuem benefício em propina no esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras.

"Acho que todas as citações têm que ser investigadas e elas estão se desmontando porque são falsas", disse o tucano.

Lula cai nos braços do povo em São Bernardo do Campo


O ex-presidente Lula recebeu manifestações de apoio neste domingo em frente ao condomínio onde mora, na Avenida Prestes Maia, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Os apoiadores, entre eles membros do PT; da CUT e da União Jovem Socialista (UJS), começaram a se concentrar no local por volta das 9h30.

A organização estima que cerca de 500 pessoas tenham participado do ato.

Moro se deslumbrou, diz Dallari sobre email do juiz

"O juiz Sérgio Moro perdeu de vista os limites e responsabilidade da magistratura e se deixou influir pela publicidade"

"O juiz Sérgio Moro perdeu de vista os limites e responsabilidade da magistratura e se deixou influir pela publicidade", avalia o professor emérito da USP e jurista Dalmo Dallari ao comentar o email enviado por Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, à jornalista Cristiana Lobo, da Globonews, para pedir que as forças políticas "ouçam a voz das ruas".

O dia seguinte


"Como irá terminar a crise política? Essa é a pergunta que todos se fazem neste momento e para a qual ninguém tem a resposta. 

No entanto, a questão mais importante é outra: qual será o modelo de governabilidade no Brasil a partir de agora?", questiona Leonardo Attuch, editor do 247.

"Disso derivam outras indagações. Como serão construídas as relações entre Executivo e Legislativo? Como serão formadas maiorias parlamentares? Como serão aprovadas reformas estruturais ou simples medidas de gestão, hoje tão importantes para destravar a economia?".

A ilusão, diz ele, é acreditar que será possível retomar práticas do passado com novos atores.

Citado em várias delações, Aécio Neves deveria está respondendo por possíveis crimes

E não dividindo o País, estimulando o ódio e alimentando a crise política que agrava a econômica e nos retira o emprego, o bem estar e a unidade nacional 

Um dos nomes mais citados nas delações premiadas, ora como chefe de um esquema em Furnas, ora como "o mais chato" cobrador da propina da UTC, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou dos protestos em Belo Horizonte e voltou a defender um golpe contra a democracia.

"Os caminhos são três colocados à nossa frente: o impeachment da presidente da República, a cassação da chapa pelo TSE ou a renúncia da presidente da República. Uma dessas três saídas permitirá ao Brasil voltar a sonhar com um futuro melhor", disse ele.

O impeachment da presidente da República está descartado porque não existe prova de crime contra o seu mandato.

A cassação da chapa pelo TSE também está descartada porque os mesmos motivos para a cassação estão presentes nas outras chapas que disputaram a eleição, ou seja, todas elas, receberam dinheiro da mesma fonte e da mesma forma, como doação eleitoral.

A renúncia da presidente da República está fora de cogitação. Ela resistiu a Ditadura Militar e resistirá também a esta tentativa de golpe.

O mesmo grupo que o Aécio integra, ao longo de 500 anos governou este País e nunca se preocupou com o interesses dos excluídos. Será que eles vou fazer diferente recebendo o governo de volta? Não sejamos ingênuos.

O problema deles é que sabem que não têm nenhuma liderança política, nenhum nome capaz de ganhar uma eleição direta e agora querem o governo de volta de qualquer jeito.

"Os caminhos são três colocados à nossa frente: o impeachment da presidente da República, a cassação da chapa pelo TSE ou a renúncia da presidente da República. Uma dessas três saídas permitirá ao Brasil voltar a sonhar com um futuro melhor", disse ele.

Aécio, que já foi citado por nomes como o doleiro Alberto Youssef, seu entregador de malas "Ceará", o lobista Fernando Moura e o senador Delcídio Amaral, vem arrastando o Brasil para o confronto desde a derrota nas eleições presidenciais.

Governador da Paraíba diz que a história é implacável com quem golpeia a democracia


Em entrevista exclusiva ao 247, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB, faz um alerta: “a democracia brasileira está sob forte ameaça”.

Ele diz ainda que a seletividade do Judiciário e a ação política de alguns meios de comunicação criaram o ambiente de intolerância no País.

“Se o golpe for contido, será uma grande derrota dessa mídia, que apostou todas as fichas na derrubada da presidente Dilma”.

Coutinho também condena as “saídas" para a crise política que têm sido propostas pela oposição.

“Ela não tem que renunciar coisa nenhuma, tem é que governar, ajustando a política econômica”.

Sobre o recuo de setores da oposição após o pedido de prisão do ex-presidente Lula, ele disse que isso reflete medo da reação popular e também da História.

“Ela é cruel com quem agride a democracia”.

Dilma condena ataque à UNE e ação da PM-SP contra sindicato em Diadema


"Lutamos por muitos anos para o restabelecimento da ordem democrática, para o funcionamento adequado das instituições e para o pleno exercício do direito à expressão e a manifestação política. O que se viu na sede da UNE, no entanto, foi um gesto de intimidação gratuita e uma afronta à democracia, e deve ser repudiado por todos aqueles que acreditam numa nação livre e democrática", disse a presidente Dilma Rousseff, no Facebook; ela também cobrou do governo paulista a investigação sobre a invasão de uma plenária sindical pela PM.

Manifestantes fazem saudação nazista em ato contra Dilma


"No palanque os dirigentes fazem movimento similar a saudação nazista. Saudação nazista e fantasiados de camiseta da CBF que é corrupta até a medula. Foi assim que o nazismo e o fascismo começaram: corruptos fazendo discurso moralista contra a corrupção", informa o blog de Luiz Müller.

Flávio Dino aponta a irracionalidade do golpe


"Seria um caso único no presidencialismo no Planeta: um Chefe do Poder Executivo ser afastado sem ter pessoalmente cometido qualquer crime no curso do mandato. E afastado sob a liderança de políticos que, eles sim, respondem a processos criminais", diz o governador do Maranhão.

Ele lembra ainda que um golpe não seria um passeio no parque, como imaginava a direita. "Não vale a pena destruir a democracia por interesses momentâneos. Sempre se deve lembrar que o princípio da ação e reação atua também na história", aponta.

Nassif defende Lula na linha de frente do governo


"Neste domingo, joga-se o último lance da guerra do impeachment. Se o governo resistir por mais algum tempo e Lula entrar na linha de frente, é possível alguma esperança de normalização democrática", diz o jornalista Luis Nassif.

"O país será envolvido em uma guerra fratricida, com um novo governo previamente enfraquecido pela falta de consenso e exposto a ataques ao butim de todos os 'vencedores', de grupos jornalísticos a líderes empresariais e a impolutos de ordem geral que ajudaram a consumar o golpe".

Globo tenta provar que é isenta no caso Lula

Então, o diabo foi expulso do céu injustamente

Num estranho editorial lido neste sábado por Alexandre Garcia, no Jornal Nacional, a Globo se disse surpreendida por um pedido de direito de resposta apresentado pela defesa do ex-presidente Lula sobre reportagens veiculadas pela emissora nos últimos dias.

A Globo disse não ser parte das investigações contra Lula, como se não estivesse a incitar o ambiente de ódio no País, e que exercerá seu direito de informar sem nada a temer.

Já o advogado Cristiano Zanin Martins afirma que o pedido de direito de resposta está muito bem fundamentado e que pedir um direito de resposta é exercer um legítimo direito legal.

A Globo parece temer repetir, com Lula, o que já aconteceu com Leonel Brizola, quando Cid Moreira leu um histórico direito de resposta.

Em nota, Delcídio diz que é falsa delação contra Dilma


"O conteúdo da matéria não é verdadeiro e os documentos que a ilustram não são autênticos, pois não tem conexão com depoimentos ou manifestações do Senador Delcidio", diz nota assinada pelo advogado Antônio Figueiredo Basto.

"Repudiamos a espetacularização criminosa e indecente da investigação federal, em matéria que mescla mentiras e maledicências, com a finalidade deliberada de envenenar consciências e estimular na sociedade um ambiente de apreensão".

Reportagem sobre propinas em Belo Monte para a campanha da presidente Dilma Rousseff estampou, neste sábado, véspera dos protestos de 13 de março.

sábado, 12 de março de 2016

Dilma, muda para não cair!

Demonstrar à sociedade, ao Congresso e ao STF que pode governar até 2018!
Antes que um aventureiro se apossasse da coroa, Pedro I assumiu

O ansioso blogueiro recebeu telefonema providencial do Oráculo de Delfos, que andava sumido lá pela Chapada do Araripe.

- Oráculo, meu caro, a Dilma vai cair ?

- Se mudar não cai.

- Mudar, como ?

- Mudar o ministério. Para conseguir segurar a relação de forcas a favor dela, que ainda existe no Congresso. E, hoje, ela está escorregando para o isolamento. A rigor, a rigor, ela hoje só pode contar com o PT e o PCdoB.

- Então, cai !

- Não. É preciso que ela tenha a convicção profunda – e ela tem forças pessoais para isso – de que pode tomar atitudes radicais. Para preservar o Governo e a Democracia.

- Por exemplo…

- Como em 1961, quando o Brizola deu posse ao Jango. Ou em 1822 …

- Na Independência ?

- Exatamente. Quando D Joao VI verificou que havia o risco de perder a coroa, pôs a coroa na cabeça do filho, Pedro I.

- O senhor quer dizer que ela precisa chamar o Lula, seu Pedro I.

- É uma hipótese bastante interessante. Um parlamentarismo sem parlamentarismo, em que o Lula seja, de fato, o Primeiro -Ministro.

- Mas, para mudar o Governo. Ela vai deixar ?

- Sim, por que não ? É para mudar o Governo. Com Lula ou sem Lula, mas com o apoio do Lula !

- Como ?

- O Ministerio da Fazenda, por exemplo.

- Mas, o Nelson Barbosa é competente …

- Mas, competência não basta ! Ele é um técnico muito bom, mas o mundo empresarial sabe que, em dois dias, o que ele disser hoje pode ser desmentido. Tinha que ser um Ministro da Fazenda do mundo empresarial, da índústria pesada, da siderurgia – esse pessoal que construiu o Brasil, aqueles Ermirios de Moraes de antigamente, e que a Lava Jato quer destruir, através do desmonte da Petrobras.

- Salvar a indústria que depende da Lava Jato.

- Salvar a Economia, com a autoridade de um empresário, de um nome que os empresários respeitem e digam: agora com esse a coisa vai ! Se a Economia estivesse bombando, podia botar lá um calouro da Unicamp que não tinha a menor importância … Mas, nesse turbilhão ...

- E o Ministério da Justiça ?

- Eu ia falar disso. O que aconteceu foi escândaloso ! O Governo sitiado pelas forças da treva de uma Justica de fancaria, uma Justiça de partido, de facção, e o Ministro da Justiça é um Procurador bonzinho, que pode ser até um Ruy Barbosa em potencial, mas, pelo amor de Deus, ele não é ainda um Ruy Barbosa ! Ela precisa de um Armando Falcão !

- Um Armando Falcão, aquele do Geisel, do “nada a declarar”?

- Não ! O Armando Falcão, Ministro da Justica do Juscelino. Que atravessou a rua e tirou do ar o sinal da televisao do Chateaubriand que estava com o Carlos Lacerda ao vivo. Desligou os transmissores, o Lacerda se estrebuchou de ódio, mas o sinal saiu do ar !

- E a Policia Federal ?

- Onde já se viu um Governo que não governa a Policia ! A Policia Federal da Dilma virou aquela Policia Federal da Republica Velha, que era fatiada pelos coronéis. Um deboche !

- Ela não tem escolhido bem …

- Quando caiu o irmão do Ciro, naquela briga com o Eduardo Cunha… O que ela fez ? Botou no lugar um amigo do Aloysio (Mercadante), um filosofo notável (Renato Janine), mas um ministro que não durou quatro meses ! Tinha que botar lá um Anysio Teixeira ! Um Paulo Freire ! Ou um Capanema ! Um político !

- Muito bem, digamos que ela faça como D João VI … põe a coroa sobre a tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela – e ai, Grande Oráculo, ela fica ?

- Fica ! Porque ela vai dar à sociedade, ao Congresso e ao Supremo demonstração de que ela tem condições de governar até 2018. E a alternativa, você sabe qual …

- A alternativa … qual ?

- A alternativa pode ser o caos. Essa não é uma batalha politica … que se resolve com uma trapaça parlamentar. Como diz você mesmo, ansioso blogueiro, o Renan Calheiros não é o Auro de Moura Andrade. Nem o Brasil de 2016 é o de 1964. Nem o Jango tinha legitimidade da Dilma. E muito menos a do Lula ! Essa é uma batalha social. O Brasil está dividido entre os que tem muito e não querem perder nada e os que tem muito pouco e querem um pouco mais. E os que querem um pouco mais sabem muito bem quem está ao lado deles...

- Quer dizer que as ruas podem ajudar.

- Ou você acha que a turma pró-impeachment vai sozinha para a porta do Senado. E a turma do “nao vai ter Golpe” ? Vai ficar em casa assistindo à GloboNews ?

- É …

- Quem tem mais tradiçao, traquejo e tecnologia para ir às ruas: os coxinhas ou o PT ? 

Pano rapido.

PHA, com a inestimável colaboração do Oráculo de Delfos, que voltou a se recolher às profundezas de Pernambuco.

O jornalista disse o que já sabíamos

Analistas alemães vêem espetacularização e exageros na Lava Jato

Policiais armados no Instituto Lula

O modo como vêm sendo conduzidas as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente a condução coercitiva da semana passada, é alvo de questionamento por parte de observadores alemães no Brasil.

Apesar de reconhecerem a importância da Operação Lava Jato no combate à corrupção, também no caso de pessoas influentes, os analistas consultados pela DW Brasil disseram ver o modus operandi dos investigadores como preocupante.

O fato de Lula ter sido levado pela Polícia Federal numa ação com grande aparato policial e presença midiática é visto por Dawid Bartelt, diretor da Fundação Heinrich Böll no Brasil, como uma “espetacularização” da Justiça.

“É muito positivo o fato de estar sendo posto em prática o princípio de que todos são iguais perante a lei, mas a ação contra Lula fortalece a suspeita de que a Justiça Federal está envolvida em campanha política”, afirma.

A Justiça precisa tomar cuidado para não se tornar parte de uma disputa política num momento em que os ânimos da sociedade estão exaltados, com uma polarização entre apoiadores e críticos do PT, considera Bartelt.

Fonte: DCM, 12/03/2016