quarta-feira, 9 de março de 2016

Relator pede cassação de Delcídio no Conselho de Ética


Senador Telmário Mota (PDT-RR) apresentou seu relatório na sessão desta quarta-feira 9 e recomendou que o processo de perda de mandato contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) seja admitido pelo Conselho de Ética do Senado.

O presidente do Conselho, João Alberto (PMDB-MA), marcou a votação do relatório para a próxima quarta-feira 16; Delcídio é acusado de quebra de decoro e abuso das prerrogativas parlamentares.

Renan Calheiros dá Constituição de presente ao ex-presidente Lula

Como quem diz apresente este exemplar a quem queira infringir a lei, se necessário ao Moro!

Aécio citado na delação de Delcídio e os cidadãos feitos de bobos

Ou criaram a figura do larápio inimputável?

Uol/Mário Magalhães, 09/03/2016
Senador Aécio Neves, candidato derrotado a presidente em 2014 – Foto Kleyton Amorim/UOL

Os jornais, ao menos a “Folha'' e “O Globo'', informam hoje que o senador Aécio Neves (PSDB) foi citado no esboço da dita delação premiada do senador Delcídio do Amaral (“suspenso'' do PT).

Ignora-se em que termos Delcídio se pronunciou sobre Aécio. O contexto são as investigações da Operação Lava Jato sobre roubalheira e outros crimes.

A versão do senador que planejava a fuga do bandido Nestor Cerveró vazou semana passada nos trechos relativos a alegadas falcatruas da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula (PT). Mas não sobre ações de Aécio.

Quando é para informar aos brasileiros o que Delcídio falou a respeito de Aécio Neves, o silêncio, ou quase, impera. Menos em relação à pregação do tucano por moralidade e contra a bandalheira.

Na quinta-feira, o vazamento da minuta da delação de Delcídio que fere os petistas fez enorme estardalhaço.

Muito justo, pois as acusações são graves. O problema foi encarar a versão do senador encrencado como revelação da verdade suprema ou desqualificá-la liminarmente por sair da boca de quem saiu. É preciso apurar se o que Delcídio diz tem lastro nos fatos.

A bomba que foi o noticiário sobre o relato de Delcídio esquentou os ânimos para o clímax da “condução coercitiva'' de Lula no dia seguinte, por agentes da Polícia Federal. Coincidência?

Do ponto de vista cidadão e jornalístico, a pergunta elementar é: por que não vazou também o que Delcídio falou sobre Aécio, Renan Calheiros (PMDB) e outros políticos menos influentes?

Porque quem vazou queria atingir um só alvo, ou alvos do mesmo time, é evidente.

E se a “citação'' não tiver nada de mais?

Ué, quando fulano “cita'' beltrano, e esse beltrano é o vilão da hora, a citação, ainda que não esclarecida, é alardeada em brados retumbantes.

Basta apurar e, se for o caso, informar que alguém foi mencionado, mas não implicado em gatunagem.

As informações que chegam aos brasileiros são filtradas, de acordo com os propósitos de quem as vaza.

Na Lava Jato, os testemunhos sobre Aécio Neves não vazam ou demoram meses para alguém descobri-los nos autos do processo, como na suposta entrega de dinheiro para ele por uma turma da pesada.

Delcídio é mais um que cita Aécio na Lava Jato. Quando aparece o nome do candidato derrotado à Presidência, leva tempo para se saber, e quase sempre dá em nada na Justiça. Isso é com a Justiça, que sabe, ou deve saber, o que faz.

Mas conhecer o conjunto das informações, e não apenas o que é conveniente para quem as vaza e divulga, é direito dos cidadãos.

Quando isso não ocorre, os cidadãos são feitos de bobos.

Se Lula e Dilma têm culpa no cartório, que paguem como qualquer pessoa.

A lei deve se impor a todos, inclusive os protegidos pelos vazadores seletivos de informações.

Não custa enfatizar, só se pode condenar com provas, o que também vale para Aécio, Lula e Dilma. Ao menos na democracia.

Na democracia, não existe ladrão bom e mau. Quem é ladrão tem de ser punido. Ou criaram a figura do larápio inimputável?

Sindicato dos Advogados de SP acusa Moro no Conselho Nacional de Justiça

Motivo:  tentar intimidar defensores de Lula

O Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo vai denunciar o juiz Sergio Moro ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a pedido de Roberto Teixeira, um dos advogados do ex-presidente Lula.
O juiz federal Sérgio Moro durante
evento em São Paulo
A entidade encaminha ao CNJ nesta quarta (9) um pedido de apuração da conduta do juiz da Operação Lava Jato.

Teixeira, que é associado do sindicato, procurou a direção com o argumento de que está tendo suas prerrogativas profissionais violadas. Para o advogado, o juiz tenta envolver suas "atuação profissional" nos fatos investigados pela operação.

No comunicado de condução coercitiva do ex-presidente Lula, Moro se referiu a Teixeira como "pessoa notoriamente" próxima ao petista e afirmou que ele intermediou a coleta de assinaturas para a compra do sítio em Atibaia (SP). O defensor diz que os "fatos demonstram apenas o exercício da advocacia".

"Ele [Teixeira], de certa maneira, está sendo intimidado e nos pediu para tomar providências", diz o presidente do sindicato, Aldimar Assis.

Na representação ao CNJ, a entidade pede que seja apurada a conduta de Moro, "para ver se ele está infringindo a lei da magistratura", segundo Assis. "Agora vai ser apurado. E o juiz que esclareça o que ele está fazendo."

A punição para o magistrado, caso o conselho concorde com as acusações da denúncia do sindicato, pode ir desde advertência e censura até aposentadoria compulsória e demissão.

Procurada, a assessoria de imprensa do juiz afirmou que "dr. Sergio não irá comentar o tema".

Fonte: Folha, 09/03/2016

Instituto Lula diz que PF ‘sequestrou ilegalmente’ comunicação da entidade

Sem ter a autonomia desejada a Polícia Federal "deita e rola" e depois o que não fará. Por falar nisso, nos outros países, a Polícia Federal deles faz o quer?

Alvo de mandado de busca e apreensão na 24ª fase da Lava Jato, o Instituto Lula denuncia, em nota, que "a Polícia Federal exigiu, sob voz de prisão do técnico de informática, a senha do administrador das contas de e-mail @institutolula.org, o que não constava no mandado da justiça, que fazia referência apenas poucas contas de e-mail específicas", tendo assim acesso a todos os emails da instituição e indo "muito além do mandado original".

"Mais do que isso. Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco contas de e-mail, todas sem o respaldo legal de um mandato judicial", diz o texto, acrescentando que os advogados entraram com uma petição junto ao juiz Sérgio Moro para "a devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de poder contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira".

Para Aécio Neves, a "delação" de Delcídio, que antes valia muito, agora não vale mais

Ele mudou rapidamente de ideia. Será que é porque ele é citado também?

Sua bomba atômica contra a presidente Dilma Rousseff, a suposta delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), agora se transforma em "mais uma tentativa de vincular a oposição à Lava Jato".

"Outras tentativas [de vincular meu nome à Lava Jato] já ocorreram e foram arquivadas, porque foram desmascaradas, porque eram falsas", diz o senador tucano em vídeo.

Aécio Neves disse ainda que nada o intimida, mas seu tiro de canhão explodiu no seu colo, uma vez que a suposta delação de Delcídio não pode ser verdadeira contra Dilma e falsa contra ele.

Os parlamentares do PT suspeitam que Aécio vazou parcialmente o documento atribuído a Delcídio e estudam pedir sua cassação.

A senadores, Lula se diz perseguido pela Lava Jato


Durante reunião com senadores da base do governo nesta quarta-feira, 9, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou que está sendo vítima de "perseguição" na operação Lava Jato.

"Ele disse que é perseguição aquela condução coercitiva ilegal, aquilo foi uma prisão ilegal", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que participou do encontro, que ocorreu na residência oficial do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Segundo o senador Hélio José (PMB-DF), no encontro, Lula teria rejeitado a ideia de assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.

Instituto Lula diz que PF alterou senha de e-mails da entidade em buscas

09/03/2016

Diego Padgurschi/Folhapress
Diretor do Instituto Lula mostra sala arrombada durante operação da Lava Jato

Em petição encaminhada nesta terça-feira (8) ao juiz Sérgio Moro, a defesa do Instituto Lula alega que a Polícia Federal alterou a senha do administrador de e-mails da entidade nas buscas realizadas na última sexta-feira (4). Diante disso, a entidade pede que a PF forneça a nova senha do correio eletrônico do instituto.

"Funcionários do Instituto Luiz Inácio Lula da Silva não mais conseguem acesso aos seus e-mails, o que vem inviabilizando as atividades corriqueiras do requerente", alega a defesa no documento encaminhado à Justiça Federal no Paraná.

Segundo a defesa, a senha para acesso aos e-mails foi fornecida aos agentes da PF no dia da operação, que tinha entre as ordens judiciais a quebra de sigilo das mensagens eletrônicas de funcionários da entidade.

Chamada de Aletheia em referência à expressão grega "busca da verdade", a 24ª fase da Lava Jato envolveu cerca de 200 policiais que cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor pela Polícia Federal -, incluindo o ex-presidente Lula, alvo principal da ação. As ordens foram cumpridas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro eBahia.

Nesta etapa da operação, os investigadores da Lava Jato apuram as suspeitas de que o ex-presidente teria recebido propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras por meio de pagamentos ao Instituto e à empresa de palestra de Lula, LILS, e também por meio de obras feitas por empreiteiras investigadas em um tríplex no Guarujá (SP) e em um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo petista.

Procurada pela reportagem na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Federal no Paraná informou que ainda não foi notificada do pedido da defesa do instituto e que ainda não irá se manifestar sobre o episódio.

Produção industrial cresce em 8 de 14 locais em janeiro, aponta IBGE

09/03/2016

Fernando Donasci/UOL

A produção industrial subiu em 8 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em janeiro de 2016, em relação ao último mês de 2015.

Na série com ajustes sazonais, o Estado de Santa Catarina teve o melhor desempenho entre as regiões, com alta de 3,7% em janeiro, seguido por Pará, com avanço de 3,3%; e Bahia, com expansão de 2,6%.

De acordo com a pesquisa, a produção industrial de São Paulo subiu 1,1% no começo deste ano, na comparação com dezembro de 2015.

Resultados negativos

Por outro lado, Pernambuco, Amazonas e Espírito Santo, todos com recuo de 2,1%, mostraram as reduções mais intensas em janeiro.

Aliás, a indústria pernambucana teve o segundo resultado negativo consecutivo e acumulou decréscimo de 17,4%; a produção do Amazonas completou o oitavo mês seguido de queda, com recuo de 23,1% nesse intervalo; e a indústria capixaba registrou 20,1% de perda desde outubro de 2015.

Entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a indústria nacional cresceu 0,4%, na série que desconta os efeitos sazonais.

A peneira do Moro

Até agora ninguém sabe explicar o que aconteceu, de fato, no aeroporto de Congonhas, na sexta-feira da vergonha, dia 4 de março.

Mas o vídeo que coloco ao final do post dá sinais do que se planejava e para quem iam os “vazamentos” da turma da “República de Sérgio Moro”.

Bolsonaro e sua turma, na manhã de sexta-feira, convocando para um “foguetaço” na Polícia Federal de Curitiba para saudar a chegada de Lula, preso.

Bem sintonizado com as intenções de propaganda e desmoralização.

Quem leu as “considerações sobre a Mani Pulite” de Moro e acompanha a trajetória desta cruzada, não há mais dúvidas sobre os reais objetivos.

“(…) uma das mais impressionantes cruzadas judiciárias contra a corrupção política e administrativa.” (Moro, 2004)

Tal devaneio se vê ao vivo e em cores, numa operação dissimulada e sem qualquer indício de escrúpulos, para eliminar todo e qualquer obstáculo que atrapalhe a mafiosa turma de voltar ao poder.

Moro apresenta uma visão fantasiosa do que seria o combate à corrupção no Brasil, com base, na operação Mãos Limpas italiana.

Na verdade, seria quase perfeita se fosse aplicada aos políticos envolvidos no roubo de merenda escolar, superfaturamento de trens, entrega do patrimônio público, aos donos de contas no exterior e às remessas ilegais para amantes. Seria bem aplicada também, aos políticos que mantém íntimas relações com o tráfico aéreo de drogas.

Moro avalia como viável um tipo de operação no Brasil, como a que combateu a máfia italiana e suas relações com o meio político, a partir da instituição da delação premiada, e, também, dos vazamentos.

Extasiado, ele menciona o sucesso desses vazamentos meticulosos à imprensa italiana. “A Mani Pulite vazava como uma peneira”.
Talvez o conceito de peneira aqui seja outro. Afinal, só determinadas informações vazam, as outras ainda devem ficar retidas, decerto, na peneira.
O processo de vazamento seletivo, como vemos (e como não vemos) foi eficientemente aplicado.

No entanto, é curioso o conceito de ‘opinião pública esclarecida’, que, para ele, é vital para o sucesso de uma operação.

É curioso imaginar alguém esclarecido desconsiderando que parte de uma nota do Instituto Lula fora suprimida. Ou ainda, que uma mansão premiada e abandonada numa praia paradisíaca não tenha dono.

Essa opinião pública esclarecida ia acabar ficando horrorizada com tanta pasta base de cocaína num só helicóptero, caso isso fosse mostrado aos quatro cantos como os pedalinhos do mais famoso sítio da imprensa brasileira.

Talvez aí possa existir uma chave que ajude a desvendar os mistérios da sexta-feira da vergonha: A ideia não seria observar a reação da opinião pública não-esclarecida?
Era um teste?

Uma bravata?

Uma tentativa de enfiar Lula num jatinho e levar para Curitiba só com apoio dos esclarecidos?

A operação foi abortada?

O que deu errado?

O que frustrou a “festinha” convocada pela turma do Bolsonaro no vídeo abaixo?

Se foi um teste para avaliar a opinião pública não-esclarecida (a de quem não se convence com a inexistência de manchetes de corrupção da turma da Avenue Foch e, ao mesmo tempo, com a fixação a cada passo dado por Lula e pelos membros do PT nos últimos 36 anos) então, o tiro saiu pela culatra.

Ou a reação popular deixou dúvidas?

No “Minha Luta” de Moro há um objetivo bem claro: deslegitimar políticos e partidos ( adivinhe quais) para que sejam levados ao mais completo ostracismo.

Interessante que ele releva que o vazio, deixado na política, abriu espaço para que “Silvio Berlusconi, magnata da mídia e um dos investigados, hoje (em 2004) ocupa o cargo de primeiro-ministro da Itália.”

Para que a “cruzada” funcione, no entanto:

“Talvez a lição mais importante de todo o episódio seja a de que a ação judicial contra a corrupção só se mostra eficaz com o apoio da democracia. É esta quem define os limites e as possibilidades da ação judicial. Enquanto ela contar com o apoio da opinião pública, tem condições de avançar e apresentar bons resultados. Se isso não ocorrer, dificilmente encontrará êxito. Por certo, a opinião pública favorável também demanda que a ação judicial alcance bons resultados.” (Moro, 2004)

Opinião pública esclarecida?

O que falta a essa opinião pública esclarecida cheirosa, parece ser justamente esclarecimentos.

Eis o verdadeiro campo de combate: comunicação com a sociedade.

O plano de prender Lula poderia ter acabado em tragédia

Cem soldados da Polícia da Aeronáutica cercaram o jatinho que levaria Lula a Curitiba. A equipe da lava-jato desiste do plano A.

Jari Mauricio da Rocha

O que teria, de fato, atrapalhado os planos de levarem o ex-presidente Lula para Curitiba é umas das questões mais levantadas após a última tentativa da equipe de Moro.

Aeroporto de Congonhas, sexta-feira, 04 de março, cedo da manhã.

Soldados da polícia da aeronáutica estranham a movimentação de outros policiais armados.

Bloqueiam a entrada e não deixam eles entrarem no aeroporto. Não teriam reconhecido a farda que foi usada pela Polícia Federal, que estava fortemente armada.

Um dos soldados avisa ao coronel o que está ocorrendo.

O coronel fica furioso.

O reforço é chamado. Em poucos minutos a polícia da aeronáutica está preparada com centenas de homens para, se preciso for, confrontar os policias da PF.

A confusão é enorme, então descobre-se que o ex-presidente estava sendo conduzido. Neste momento, o coronel assume o comando do aeroporto e dá ordens para que cem homens da Polícia da Aeronáutica cerquem o jatinho que, segundo lhe informaram, levaria o ex-presidente Lula para Curitiba.

Mais tensão.

Sabe-se então que Lula está na sala da PF para interrogatório. Neste instante é aventada a decisão de invadir a sala para resgatar o ex-presidente. Há uma negociação, mas o coronel, que segundo consta é legalista, teria perguntado: “O que vocês pensam que estão fazendo com um ex-presidente?”.

Em meio a isso, o ex-deputado, professor Luisinho já estaria protestando contra a detenção de Lula e há uma baderna enorme defronte a sala da PF. Manifestantes contra Lula entram em êxtase.

Desmentidos surgem, mas o coronel do aeroporto não dá sinais de recuar. A PA permanece a postos, pronta para qualquer tentativa de condução de Lula.

A equipe da lava-jato desiste do plano A, que seria levar Lula à Curitiba – onde deputados de oposição já estariam comemorando.

Além disso, decidem reduzir o tempo do interrogatório, que era pra ser bem mais longo e, consequentemente, mais cansativo ao ex-presidente.

A Polícia da Aeronáutica, sob o comando do coronel, não arreda pé.

Diante do impasse, o juiz Sergio Moro teria dado ordens para abortar a operação.

O ex-presidente Lula é libertado.

A operação fracassou.

Quem forneceu essas informações, relatou tudo isso, exatamente desta forma.

Provavelmente quem esteve no local, naquela fatídica manhã de sexta-feira, possa ter visto parte desse impasse.

Sobre a veracidade desta versão, cabem duas questões:

De fato aconteceu desta maneira, a partir da ótica do narrador.

Ou, como disse a personagem do filme “Cortina de Fumaça”, Paul Benjamin, interpretado por William Hurt, após ouvir a história de natal de Auggie Wren (Harvey Keitel):

“Para se contar uma boa história tem-se que saber apertar as teclas certas. E nisso, você é mestre”.

Quando o narrador dessa história terminou de contar, me disse: “Podia ter acontecido uma tragédia. Foi muito tenso”.

A mim coube apenas a fidelidade do relato sem o uso de qualquer recurso literário.

Fonte:Carta Maior, 08/03/2016

O que teme o PMDB? A Lava Jato!

Dilma terá força política para não deixar o Renan ir em cana?​


O Senado segura o impítim? O problema do Renan é a Lava Jato. O problema do PMDB é a Lava Jato.

O raciocínio por trás do Renan e do PMDB, especialmente o PMDB do Senado, que recebeu do Supremo o papel de árbitro do impítim, é serem todos tragados pela Lava Jato. E a Dilma não ter força política para impedir que o PMDB seja arrastado para o buraco.

E só por isso o PMDB ainda não largou a Dilma. Porque não sabe o roteiro. Não tem certeza sobre o que acontecerá depois de largar a Dilma. 

Impítim, como, quando? Com o Cunha? Nova eleição? Com a Bláblárina? Com o Lula?

Mas, se o Moro realizar o que pretende, desde o início, que é prender o Lula?

Encontrar um regime semi-parlamentarista, como desejam os tucanos e o Ataulpho Merval, já que os tucanos adoram governar sem voto?

Mas, quando?  E até lá, se perguntam os peemedebistas?  Até lá estarão todos mortos!

O PMDB voltou à situação que se instalou no partido no ano passado, quando o Temer, abertamente, conspirou contra Dilma.

Porque o PMDB está apavorado!

Apavorou-se com a intensidade que a crise política adquiriu, depois do sequestro do Lula. O PMDB não sabe para onde ir. E, se continuar no lugar, o Moro come ele.

Tão simples quanto isso!  Ficar com a Dilma?  Mas, e se a Dilma não tiver força política para livrá-los da cadeia?

Quem mandou o Cardozo, o nefasto, deixar o Moro correr solto?  Por cinco anos e dois meses!

Agora está aí, esse juizeco de província a governar o Brasil – a acender o fósforo, como disse o MinoProvocar a explosão que resultará, pela ordem, na destruição da Petrobras, da Economia, na prisão do Lula e na derrubada da Dilma. 

Chamberlain não teria feito melhor.  Até o Koba, o Stalin subir no Reichstag e ocupar Berlim!

Em tempo: se a Globo, o Ataulpho Merval, o Gilberto Freire com “i” se safam nessa, com a queda da Dilma, estão enganados. Pergunta ao Câmara, aquele Globo de Goiânia?

Paulo Henrique Amorim, em Conversa Afiada, 09/03/2016

MST invade a Globo

O povo não é bobo

Do Jornal Opção, 08/03/2016


Manifestantes ligados ao Movimento Sem-Terra (MST) e a outras entidades sindicais invadiram a sede do Grupo Jaime Câmara, onde fica a filial da TV Globo no Estado, no Setor Serrinha, em Goiânia, no início da noite desta terça-feira, 8 de março.

Entoando gritos de guerra contra a emissora, o grupo entrou até o saguão da empresa, pichou paredes e ameaçou funcionários que deixavam o local.

Os manifestantes chegaram à sede do Grupo Jaime Câmara em ao menos dois ônibus. Os ânimos foram acalmados apenas com a chegada da polícia, por volta das 19h30.
Manifestantes invadem
E deixam recado

Dilma oferece ministério a Lula, que resiste em aceitar

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Em reunião ocorrida ontem, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff teria oferecido um Ministério ao ex-presidente Lula, que, por sua vez, estaria resistindo a aceitar.

Caso isso ocorra, Lula teria foro privilegiado e não poderia mais ser alcançado pelas investigações do juiz Sergio Moro, passando a ser investigado apenas no Supremo Tribunal Federal.

O PT teme que Lula, seu potencial candidato em 2018, seja impedido de disputar as eleições em razão de uma eventual condenação em processo aberto por Moro. Por outro lado, Lula passaria a ter espaços e mais visibilidade política.

De acordo com Renato Rovai, Lula também tratou do assunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o José Sarney, ambos do PMDB, e surgiu a hipótese de que lhe seja oferecido o ministério das Relações Exteriores.

Lula se reuniu com sanadores da base aliada


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta manhã, de um cafe da manhã na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença de senadores de vários partidos da base aliada ao governo.

No encontro, Lula deve pediu o apoio dos parlamentares para que o Congresso não fique paralisado e que medidas importantes, como as do ajuste fiscal, sejam votadas o mais rápido possível.

O café da manhã ocorre às vésperas da Convenção Nacional do PMDB, marcada para o próximo sábado (12) em Brasília.

Ontem (8) à noite, Lula reuniu-se com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

O gênio do fascismo saiu da garrafa


Em entrevista exclusiva ao 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que é um dos quadros políticos mais lúcidos do País, faz ponderações que merecem a reflexão urgente da classe política e de toda a sociedade: 

(1) "um impeachment sem base jurídica não seria um ponto final, mas o início de um longo ciclo de vinganças, retaliações e violência";

(2) “o Brasil tem hoje uma classe dominante, representada pelo capital financeiro e pelos meios de comunicação, subversiva e que decidiu atear fogo às próprias vestes”; 

(3) “a tarefa urgente até o dia 13 é evitar violência. Depois disso, Dilma terá que chamar todas as forças políticas ao diálogo e a oposição terá que reconhecer que o calendário eleitoral é 2018”.

Dino, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz federal prestado por Sergio Moro, afirma ainda que o ambiente de ódio fez com que o gênio do fascismo saísse da garrafa – “e agora não conseguem colocá-lo de volta”.

Aécio Neves é citado em mais uma delação premiada. Vai acontecer alguma coisa com ele?


Ele será conduzido coercitivamente?:


Já citado por vários delatores da Lava Jato como responsável por um esquema de propinas em Furnas e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, o líder da oposição golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), está em mais uma suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Na semana passada, quando trechos atribuídos à hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe.

Agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de impeachment se vier a ser homologada.

Dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra Aécio sem ouvir a principal testemunha.

Advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto, diz que estão sendo divulgados documentos falsos.

Mais uma prova de como a Globo continua manipulando a sociedade


Na sexta-feira passada, quando a suposta delação do senador Delcídio Amaral voltava-se contra a presidente Dilma Rousseff.

O jornal O Globo, da família Marinho, manchetava que "Delação de Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato", dando corda ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua insana cruzada antidemocrática.

Menos de uma semana depois, quando se descobre que o senador Aécio também está na mesma suposta delação, o Globo esconde a notícia num pé de página, onde Aécio não aparece nem no título e mais: o mesmo jornal que antes questionava a negativa de Delcídio em relação à hipotética delação hoje publica declarações de seu advogado, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que estão sendo publicados documentos falsos. 

É preciso desenhar?

Rapidinhas

Falta coragem pra isso Duvido que a denúncias contra os Marinho e a Globo venham prosperar.

Leitura errada A presidente Dilma Rousseff ofereceu um ministério a Lula. O objetivo é fazer com ele tenha mais visibilidade política. Equivocados, os adversários dizem que a oferta é para evitar que Lula possa ser preso na Lava Jato, por uma decisão de Sergio Moro. Até o início da noite de ontem, o grande líder resistia à ideia.

Boa ideia O desespero com os desdobramentos da Lava Jato e com a falta de perspectiva na economia é tão grande que surge no Congresso pressão para que Dilma convoque um conselho com representantes dos três Poderes, nos moldes do “Conselho da República”.

Falta a toga Previsto na Constituição, o colegiado incluiria Executivo, Legislativo e sociedade civil, mas não o Judiciário, o que, aos olhos do Congresso, é crucial para impor limites à Lava Jato.

Ninguém dorme Congressistas afirmam que a condução coercitiva de Lula mostrou que todos estão vulneráveis. A avaliação é que a “República está dormindo de sapatos” e que Dilma foi engolida pela Lava Jato. “Será melhor trocá-la”, defende um político.

Operação Caça Lula Muitos não sabem ou fingem não saber que o objetivo principal da Operação Lava Jato não é atacar a corrupção, mas tirar Lula da disputa eleitoral de 2018. Se quisessem mesmo combater a corrupção Outros delatados já estariam em situação muito difícil e não batendo palmas diante das ações.

Trocando a casa pelo motel Do deputado Weverton Rocha (PDT-MA), em reunião no Planalto, sobre os rumores de nova fase da operação da Lava Jato: “No Maranhão, teve prefeito que saiu de casa para ir dormir em motel!”.

Tensão Adir Assad, que surgiu na delação de Delcídio do Amaral (PT-MS) como responsável por uma das “maiores operações de caixa dois da campanha de Dilma”, irá depor na CPI dos Fundos de Pensão nesta quarta (9).

Será? Mirian Dutra, ex-amante de FHC, deve ser chamada a depor em breve. Ela afirmou à Folha que parte de suas despesas no exterior foi bancada no exterior pela Brasif, a pedido do ex-presidente.

Aposta errada A Lava Jato dobrou a aposta na delação de Marcelo Odebrecht. Agora que foi condenado a 19 anos por Sergio Moro, “ele vai para o sistema” caso não se torne colaborador, diz um investigador.  Nabor Bulhões, advogado do condenado, disse que o processo está eivado de irregularidades, o que na sua avaliação facilita a defesa do seu cliente na instância superior da Justiça.

Sem rumo É assim que estão todos aqueles que esperavam a prisão e o fim político de Lula na sexta-feira passada.Como Lula saiu fortalecido, eles agora procuram, desesperadamente, outros meios para atingi-lo!

Fiquem ligados Na reunião de coordenação política, Dilma demonstrou, ela mesma, preocupação com a possibilidade de desembarque do PMDB. Com o receio do distanciamento, ministros foram orientados a dar atenção especial à sigla.

Convite sem resposta Das 3,9 milhões de pessoas convidadas para a manifestação do dia 13 de março criado pelo Vem Pra Rua, contra Dilma, no Facebook, até agora  somente 232 confirmaram presença.

Presente de grego A PF cogitou retirar Lula de helicóptero do aeroporto de Congonhas, onde o ex-presidente depôs na sexta (4). Desistiu por um motivo: a aeronave que o governo Alckmin ofereceu tinha um brasão da PM.

Devia ter dito O deputado Ricardo Tripoli disse a amigos que reclamou com Geraldo Alckmin de não ter sido avisado por ele que João Doria era seu candidato quando foi pedir as bênçãos para lançar sua pré-candidatura.

Dilma vai à Nova York A presidente visitará os Estados Unidos de 19 a 22 de abril.

Delcídio cita Renan Calheiros e Aécio Neves em delação premiada

Mas contra Aécio Neves não tem problema, não vem ao caso, não é ele que nós queremos.A Operação é Caça Lula!

Evaristo Sá/AFP 
O senador Delcídio do Amaral deixa batalhão em Brasília

A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), além de agravar a crise política e reacender na oposição a pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, traz citações a vários políticos, incluindo colegas do Senado.

A Folha apurou com pessoas próximas à investigação que Delcídio fez referências a integrantes das cúpulas de PMDB, PSDB e PT. A reportagem não teve acesso ao contexto do suposto envolvimento desses políticos.

Entre os nomes citados pelo senador estão parlamentares que já são investigados em inquéritos da Lava Jato no STF (Supremo tribunal Federal), como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Delcídio também fez referências ao senador Aécio Neves (MG). O presidente do PSDB já foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff e pelo transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará, mas ambos os procedimentos com menções ao tucano foram arquivados.

A simples menção feita pelo senador petista não indica que os citados cometeram crimes ou que serão investigados.

Agora, os investigadores da Lava Jato vão analisar se os fatos atribuídos aos senadores têm indícios mínimos para justificar o pedido de abertura de inquérito.

Segundo a Folha apurou, a citação a Renan, por exemplo, teria sido lateral. O presidente do Senado é alvo de seis inquéritos que apuram sua suposta ligação com os desvios da Petrobras.

A delação de Delcídio ainda está na Procuradoria-Geral da República aguardando um ajuste solicitado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato.

Na semana passada, a revista "IstoÉ" revelou trechos da colaboração do petista nos quais ele implica Dilma e o ex-presidente Lula, que negam ilegalidades.

OUTROS LADOS

A assessoria de Aécio Neves afirmou que não iria comentar a citação pela falta de "informação concreta" sobre o envolvimento do senador com Delcídio.

Valdir Raupp afirmou à Folha que recebe com "estranheza" a informação de que teria sido citado. "Eu nunca tive uma relação mais próxima com Delcídio. Minha relação com ele sempre foi muito republicana", disse.

A reportagem não conseguiu localizar na noite de terça (8) os demais senadores citados por Delcídio. Procurada, a defesa do petista disse desconhecer a delação.

Delcídio implica Lula e Dilma em delação, diz revista

Reprodução/Revista "Istoé"

Fonte: Folha, 09/03/2016