Atualizado: 26/2/2012 3:06
No leilão político da pré-campanha pela Prefeitura de São Paulo, as peças mais valiosas em negociação são as nove inserções diárias de propaganda eleitoral na TV que ainda não têm 'dono'.
Estão em jogo 270 segundos - em cada emissora - das cotas de dez partidos que ainda oscilam entre as coligações do PSDB, do PT ou do PMDB, ou que acenam com possíveis candidaturas próprias, mesmo sem força política na cidade.
As inserções - peças publicitárias de 30 segundos exibidas ao longo dos intervalos comerciais das emissoras de rádio e televisão - são o instrumento mais importante do marketing político, pois atingem também a população que 'foge' do horário eleitoral fixo ao desligar a televisão ou mudando para os canais pagos.
Nas eleições para prefeito, as inserções ganham importância ainda maior, porque os candidatos têm mais tempo à disposição nessa modalidade que no horário político tradicional. São 30 minutos de inserções, todos os dias, contra apenas dois blocos de 30 minutos no programa eleitoral, três vezes por semana. No final das contas, a cada semana os candidatos a prefeito aparecem em 210 minutos de inserções e 180 minutos de programas eleitorais.
Em uma eleição presidencial, os candidatos têm menos inserções, porque é preciso dividir os 30 minutos diários com os concorrentes a governador, senador e deputado.
Empate técnico. Até o momento, as coligações encabeçadas pelo PSDB e pelo PT garantiram número similar de inserções diárias - 12,5 e 12, respectivamente. Esse cálculo leva em conta a adesão do DEM e do PP à candidatura tucana e pressupõe uma aliança do PR com os petistas.
No bloco dos indefinidos, o partido com maior cacife é o PSB, cobiçado abertamente pelo PSDB e pelo PT. Ele pode acrescentar 2,5 inserções diárias ao arsenal do candidato com quem se coligar. Parece pouco, mas não é: trata-se de um minuto e 15 segundos diários de propaganda em cada uma das emissoras de TV aberta da cidade, durante 45 dias.
A seguir aparecem PDT e PTB, com 2 e 1,5 inserções por dia. Líderes dos dois partidos falam em concorrer com candidatos próprios, mas o peso da caneta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode pesar na definição - as legendas têm cargos na administração estadual e fazem parte da base de apoio ao governo na Assembleia.
O PMDB do deputado Gabriel Chalita abocanhou o 'nanico' com maior poder de fogo em termos de propaganda: o PSC. O peemedebista já tem garantidas 9 inserções por dia - uma delas decorrente da aliança com o PSC.
O PSD não tem tempo de TV para negociar. Mas o prefeito Gilberto Kassab - que quase selou uma aliança com o PT e voltou para o ninho do PSDB quando Serra deu sinais de que sairia candidato - pode levar o PV para a coligação tucana. Os verdes de São Paulo, muito ligados ao prefeito, têm direito a uma inserção de propaganda por dia. / D.B., F.G. e B.B.
Estão em jogo 270 segundos - em cada emissora - das cotas de dez partidos que ainda oscilam entre as coligações do PSDB, do PT ou do PMDB, ou que acenam com possíveis candidaturas próprias, mesmo sem força política na cidade.
As inserções - peças publicitárias de 30 segundos exibidas ao longo dos intervalos comerciais das emissoras de rádio e televisão - são o instrumento mais importante do marketing político, pois atingem também a população que 'foge' do horário eleitoral fixo ao desligar a televisão ou mudando para os canais pagos.
Nas eleições para prefeito, as inserções ganham importância ainda maior, porque os candidatos têm mais tempo à disposição nessa modalidade que no horário político tradicional. São 30 minutos de inserções, todos os dias, contra apenas dois blocos de 30 minutos no programa eleitoral, três vezes por semana. No final das contas, a cada semana os candidatos a prefeito aparecem em 210 minutos de inserções e 180 minutos de programas eleitorais.
Em uma eleição presidencial, os candidatos têm menos inserções, porque é preciso dividir os 30 minutos diários com os concorrentes a governador, senador e deputado.
Empate técnico. Até o momento, as coligações encabeçadas pelo PSDB e pelo PT garantiram número similar de inserções diárias - 12,5 e 12, respectivamente. Esse cálculo leva em conta a adesão do DEM e do PP à candidatura tucana e pressupõe uma aliança do PR com os petistas.
No bloco dos indefinidos, o partido com maior cacife é o PSB, cobiçado abertamente pelo PSDB e pelo PT. Ele pode acrescentar 2,5 inserções diárias ao arsenal do candidato com quem se coligar. Parece pouco, mas não é: trata-se de um minuto e 15 segundos diários de propaganda em cada uma das emissoras de TV aberta da cidade, durante 45 dias.
A seguir aparecem PDT e PTB, com 2 e 1,5 inserções por dia. Líderes dos dois partidos falam em concorrer com candidatos próprios, mas o peso da caneta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode pesar na definição - as legendas têm cargos na administração estadual e fazem parte da base de apoio ao governo na Assembleia.
O PMDB do deputado Gabriel Chalita abocanhou o 'nanico' com maior poder de fogo em termos de propaganda: o PSC. O peemedebista já tem garantidas 9 inserções por dia - uma delas decorrente da aliança com o PSC.
O PSD não tem tempo de TV para negociar. Mas o prefeito Gilberto Kassab - que quase selou uma aliança com o PT e voltou para o ninho do PSDB quando Serra deu sinais de que sairia candidato - pode levar o PV para a coligação tucana. Os verdes de São Paulo, muito ligados ao prefeito, têm direito a uma inserção de propaganda por dia. / D.B., F.G. e B.B.