terça-feira, 11 de novembro de 2025

PL Antifacção: após críticas, Derrite altera trecho que retirava poderes da PF, mas "texto continua ruim", diz governo Lula

SEIS POR MEIA DÚZIA

Hugo Motta intermediou reunião entre o secretário licenciado de Segurança Pública de SP e o diretor da PF para debater alterações no relatório; atuação da PF segue limitada

O deputado e secretário licenciado de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite
Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por Ivan Longo Revista Fórum, 11/11/2025 · 05:20 hs

O bolsonarista Guilherme Derrite (PP-SP), deputado federal e secretário licenciado de Segurança Pública do governo de São Paulo, após a forte repercussão negativa, apresentou na noite desta segunda-feira (10) uma nova versão de seu relatório para Projeto de Lei 5.582/2025, o chamado de PL Antifacção, proposta do governo Lula enviada ao Congresso Nacional para fortalecer o combate ao crime organizado.

Derrite alterou o trecho em que retirava poderes da Polícia Federal (PF) para investigar organizações criminosas, mas a nova versão segue limitando a atuação da instituição, o que tem gerado críticas de membros do governo Lula e parlamentares.

A própria escolha de Derrite, por parte do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para relatar o projeto já vinha sendo alvo de críticas do governo Lula e de sua base na Câmara. As críticas se multiplicaram após Derrite apresentar a primeira versão de seu relatório, que, na prática, sabotaria o combate coordenado às organizações criminosas no Brasil. O bolsonarista havia alterado o texto original enviado por Lula, retirando poderes da Polícia Federal (PF) nas investigações sobre facções.

Segundo o relatório de Derrite, a PF só poderia se envolver em investigações de organizações criminosas quando as apurações tivessem alcance nacional, e ainda assim mediante autorização dos governos estaduais.

O trecho provocou forte reação do governo Lula e da própria PF. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a retirada das atribuições da PF no relatório de Derrite representa "um presente para as facções que atuam em todo o país".

"As mudanças do relator Guilherme Derrite no Projeto de Lei Antifacção tiram a Polícia Federal do combate ao crime organizado. Isso é um presente para as facções que atuam em todo o país, inclusive no mercado financeiro, e que estão sendo enfrentadas com inteligência. As mudanças inviabilizam ações coordenadas contra a estrutura financeira das facções, como a Operação Carbono Oculto, e podem tumultuar os inquéritos e ações judiciais em andamento, porque alteram as competências da União e dos Estados, de forma inconstitucional. Na prática, as mudanças que o Secretário de Tarcísio de Freitas propõe, vão proteger a bandidagem e as facções, subvertendo totalmente o projeto enviado pelo governo do presidente Lula", disse a ministra em nota.

"E para piorar, ele mantém com outro nome a ideia de classificar facções como terroristas, que não resolve nada, mas é uma grave ameaça à soberania do país e nossas empresas. Crime organizado se combate com ações conjuntas e coordenadas, com planejamento e inteligência, como propõe a PEC da Segurança Pública que o governo enviou em abril à Câmara dos Deputados e esse projeto de Lei Antifacção", prosseguiu Gleisi.

A PF, por sua vez, se manifestou através de nota oficial expressando preocupação em relação às mudanças feitas por Derrite.

"A Polícia Federal acompanha com preocupação as alterações produzidas pelo relatório sobre o Projeto de Lei Antifacção, atualmente em debate no Congresso Nacional. A proposta original, encaminhada pelo Governo do Brasil, tem como objetivo endurecer o combate ao crime e fortalecer as instituições responsáveis pelo enfrentamento às organizações criminosas. Entretanto, o texto em discussão no Parlamento ameaça esse propósito ao introduzir modificações estruturais que comprometem o interesse público", aponta o texto da PF.

"A execução de operações pela Polícia Federal dependeria de solicitação do governo estadual da região investigada, o que constitui um risco real de enfraquecimento no combate ao crime organizado. Essa alteração, somada à supressão de competências da Polícia Federal, compromete o alcance e os resultados das investigações, representando um verdadeiro retrocesso no enfrentamento aos crimes praticados por organizações criminosas, como corrupção, tráfico de drogas, desvios de recursos públicos, tráfico de pessoas, entre outros", prossegue o comunicado.
Seis por meia dúzia

Diante da forte repercussão negativa, o presidente da Câmara, Hugo Motta, intermediou uma reunião, na noite desta segunda-feira (10), entre Derrite e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pouco depois o secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo apresentou a nova versão de seu texto com alterações.

Nesta nova versão, Derrite exclui o trecho que havia causado críticas e, no lugar, propõe "garantir que a Polícia Federal participe das investigações de organizações criminosas, paramilitares ou milícias civis". Segundo o bolsonarista, a PF atuará "em caráter cooperativo com a polícia estadual respectiva, sempre que os fatos investigados envolverem matérias de sua competência constitucional ou legal".

A alteração, entretanto, não representa uma mudança significativa. Isso porque a participação da PF nas investigações, segundo a nova versão do relatório, seguiria se dando de maneira "cooperativa" com as polícias estaduais, e só poderia atuar nesses casos mediante solicitação do delegado de polícia estadual ou do Ministério Público estadual ou por iniciativa própria, desde que comunique previamente a investigação aos governos estaduais. Ou seja, a autonomia da PF para investigar o crime organizado seguiria limitada.

A nova versão não agradou o governo Lula e sua base no Congresso Nacional, que consideram a mudança como trocar "seis por meia dúzia". Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, disse que o texto "continua muito ruim".

"O texto continua muito ruim. Ele retirou a exigência de provocação ao governador, mas mantém a lógica de transferir toda a competência às polícias civis ou de submetê-la à autorização do estado", afirmou.

Glesi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, também se manifestou de forma contrária à nova alteração feita por Derrite no PL Antifacção.

"Não há e não haverá acordo que suprima as competências, atribuições e autonomia da Policia Federal. Encaramos com preocupação qualquer manobra pra modificar o papel da PF no combate ao crime organizado", escreveu Gleisi em suas redes sociais.

Já o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirma que Derrite fez um texto "para domesticar a PF e isso é inegociável".

"Acaba de sair o novo parecer do relator Derrite sobre o PL Antifacção. As alterações não mudam coisa alguma: ele continua atacando a Polícia Federal, tentando transformar um instrumento de Estado em refém de interesses políticos. É um texto feito para domesticar a PF e isso é inegociável! 'Algo deve mudar para que tudo continue como está.' A frase de Lampedusa descreve o truque: a PF só pode agir se houver solicitação estadual, ou — pasmem — se 'agir por iniciativa própria', precisa avisar antes, como se pedisse autorização. Estão com medo de uma operação surpresa?", escreveu o petista.

"O parecer ainda inclui todas as organizações criminosas, como facções, milícias, tráfico e grupos paramilitares, na condição de equiparáveis ao terrorismo, com o objetivo de blindar o crime organizado. Por trás disso está o braço político do crime, interessado em proteger agentes, contratos e emendas que a Operação Carbono Oculto começou a revelar. A matança de anônimos virou cortina de fumaça para esconder a aliança entre o poder e o crime. O Brasil não vai aceitar esse golpe de impunidade!", emendou Lindbergh.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

‘Guerra da Papuda’ expõe disputa entre Moraes, Ibaneis e Damares sobre destino de Bolsonaro

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda

Brasil 247, 10 de novembro de 2025, 06:12 hAtualizado em 10 de novembro de 2025, 06:16 h

Jair Bolsonaro, escurecido na foto - 30/07/2021 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Conteúdo postado por Laís Gouveia

A possibilidade de Jair Bolsonaro iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses no Complexo Penitenciário da Papuda desencadeou uma série de embates institucionais e políticos no Distrito Federal. A movimentação envolve o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o governo de Ibaneis Rocha (MDB), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o deputado distrital Fábio Felix (PSOL). As informações foram publicadas originalmente por O Globo, que detalhou a escalada de tensões nas últimas semanas.

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda, no mês passado, revelada pelo portal Metrópoles. A inspeção alimentou especulações de que o ministro estaria preparando o envio de Bolsonaro ao presídio antes de autorizar eventual pedido de prisão domiciliar por questões de saúde. Aliados do ex-presidente interpretaram o cenário como um gesto de “humilhação pública” e começaram a atuar em diversas frentes para tentar evitar a transferência.

Do lado do governo do Distrito Federal, o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, enviou um ofício ao gabinete de Moraes solicitando que Bolsonaro fosse submetido a avaliação médica especializada. O objetivo seria verificar se o “quadro clínico complexo” do ex-presidente seria compatível com a assistência disponível no sistema prisional do DF. Segundo interlocutores do bolsonarismo, um eventual agravamento de saúde dentro da Papuda poderia gerar forte desgaste político para Ibaneis Rocha, que pretende disputar o Senado com apoio da direita.

A resposta de Moraes veio de forma breve e direta: o ministro negou o pedido, classificando-o como “inoportuno”.

Após a negativa, a senadora Damares Alves intensificou sua ação política. Ela enviou à Secretaria de Administração Penitenciária um pedido para visitar as instalações da Papuda — sem o objetivo de encontrar réus do 8 de Janeiro, o que afastaria a necessidade de aval de Moraes. No documento, ressaltou que Bolsonaro “apresenta quadro clínico complexo, decorrente das sequelas do atentado sofrido em 2018”, e citou múltiplas cirurgias, episódios de obstrução intestinal e crises recorrentes de refluxo, gastrite e vômitos.

Damares também mencionou relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que apontou superlotação superior a 230%, perda acentuada de peso entre internos e falhas estruturais no atendimento de saúde e jurídico na Papuda.

A disputa ganhou novos contornos quando o deputado distrital Fábio Felix, uma das principais vozes da esquerda no DF, decidiu reagir ao que classificou como tratamento privilegiado ao ex-presidente. Ele enviou ofício ao governo Ibaneis solicitando que todos os 27 mil presos do sistema penitenciário da capital passem por avaliação médica semelhante à defendida para Bolsonaro. “Essa seletividade do governador entra em choque com princípios que regem o Estado democrático de direito, como o da impessoalidade e o tratamento isonômico”, afirmou Felix ao blog. “O próprio governo Ibaneis tenta beneficiar Bolsonaro para que ele não seja transferido para a Papuda.”

Enquanto isso, aliados do ex-presidente reforçam o argumento de que sua presença na Papuda poderia desencadear instabilidade no presídio. Segundo um interlocutor, “Ele também gera enorme instabilidade no sistema prisional. Toda a segurança deve ser reforçada para evitar rebelião, que seria provável”.

O governo do DF informou que está “adotando as tratativas necessárias” para viabilizar a visita solicitada por Damares. Sobre o pedido de Felix, a secretaria afirmou que ainda analisa a viabilidade das medidas.

A disputa ocorre em meio ao julgamento virtual dos embargos de declaração apresentados pela defesa de Bolsonaro contra a condenação por tentativa de golpe de Estado, imposta pela Primeira Turma do STF. A decisão sobre onde o ex-presidente cumprirá o início da pena — e por quanto tempo — tornou-se um novo campo de batalha entre seus aliados, adversários e autoridades responsáveis pela execução penal.

domingo, 9 de novembro de 2025

Os benefícios do chá da folha de manga rosa

O chá é mas é usado para o controle da pressão arterial e do estresse, além de ter potencial para ajudar em inflamações, gripes, diarreias e problemas respiratórios.

09/11/2025

O chá da flor de manga rosa (ou simplesmente flor da manga) não é o mais estudado, mas é tradicionalmente usado para ajudar no controle da pressão arterial e do estresse, além de ter potencial para ajudar em inflamações, gripes, diarreias e problemas respiratórios.

Os benefícios são geralmente atribuídos aos compostos encontrados na planta, mas é importante salientar que o chá da folha de mangueira é que tem mais estudos científicos associados a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Usos tradicionais e potenciais benefícios

Saúde cardiovascular: Pode ajudar a relaxar os vasos sanguíneos e regular a pressão arterial.

Relaxamento e estresse: As propriedades calmantes podem ser benéficas para combater o estresse e a ansiedade.

Ação anti-inflamatória: Contém compostos que podem ajudar a reduzir inflamações.

Problemas respiratórios e gripes: É frequentemente utilizado para aliviar sintomas de gripes e o catarro.

Saúde digestiva: Tradicionalmente usado para ajudar em casos de diarreia e disenteria.

Antioxidante: A planta é rica em antioxidantes, como vitamina A, que combatem os radicais livres e ajudam a proteger a pele e a saúde dos olhos.

Observações importantes

Falta de estudos específicos: A maior parte da pesquisa científica se concentra nas folhas, e não nas flores, de manga.

Consulte um profissional: É fundamental procurar orientação médica ou de um fitoterapeuta antes de usar o chá, especialmente se você tiver alguma condição de saúde, estiver grávida ou amamentando.

Não é substituto de tratamento médico: O chá deve ser visto como um complemento, e não como um substituto para tratamentos médicos convencionais.
























































Gleisi: "governo Lula está do lado do povo paranaense"

Tragédia no Sul

Ministra detalha ações do governo federal em socorro à população de Rio Bonito do Iguaçu, atingida por tornado

Brasil 247, 08 de novembro de 2025, 19:28 h

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução/SRI)

Conteúdo postado por Guilherme Levorato

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou neste sábado (8) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está totalmente mobilizado para apoiar as famílias atingidas pelo tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná. Em visita à cidade, Gleisi destacou que a prioridade do governo federal é garantir socorro imediato e iniciar a reconstrução das áreas destruídas.

A ministra esteve acompanhada do ministro interino da Saúde, Adriano Massuda; do diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun; do diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Carlos Carboni; e de equipes da Defesa Civil que atuam na linha de frente do resgate.

Governo Lula envia apoio emergencial

Gleisi relatou que se reuniu com o prefeito Sezar Bovino e outras autoridades locais para definir as medidas prioritárias. “Estive hoje em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, levando nosso apoio e a solidariedade do presidente Lula às famílias atingidas pelo tornado”, escreveu. Segundo ela, o governo federal já formalizou o reconhecimento da situação de calamidade pública, o que permite o envio rápido de recursos e a ampliação da assistência humanitária.

A ministra destacou ainda que a ação do governo inclui desde o envio de alimentos e itens de higiene até o planejamento para reconstruir as áreas devastadas. “O governo do presidente Lula está mobilizado e atuando em cooperação com o estado e os municípios para garantir assistência às famílias paranaenses afetadas pelas tempestades. Já encaminhamos o reconhecimento imediato da situação de calamidade pública e vamos unir esforços para ajudar o Paraná”, afirmou.

Tragédia sem precedentes no centro-sul do Paraná

O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu na sexta-feira (8) foi classificado como de categoria EF3, com ventos de até 250 km/h, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O fenômeno deixou seis mortos, mais de 750 feridos e destruiu 90% da cidade, uma das mais afetadas por eventos climáticos extremos na história recente do estado.

Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) seguem atuando na busca por desaparecidos e no atendimento às famílias que perderam tudo. O governo do estado e o governo federal trabalham em conjunto para garantir abrigos, assistência médica e apoio psicológico às vítimas.
União de esforços pelo Paraná

Gleisi reforçou que a reconstrução das áreas afetadas será uma prioridade do governo Lula. “Desde o socorro emergencial, com alimentação e itens de higiene, até o planejamento para a reconstrução das áreas atingidas. É o Governo do Brasil, do lado do povo paranaense!”, declarou.
Economia

Saldo positivo dos investimentos indicam economia bombando acima da média global, apesar do alarmismo fiscal da Faria Lima; IDE chega a US$ 37 bilhões

Brasil 247, 09 de novembro de 2025, 08:43 h

Brasília (DF) - 12/02/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Conteúdo postado por Leonardo Sobreira

O interesse de investidores estrangeiros no Brasil cresceu mais que a média global nos últimos anos. Ao todo, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em novos projetos produtivos no País aumentou 67% de 2022 a maio de 2025 na comparação com o período de 2015 a 2019, enquanto, globalmente, o número foi de 24%, informou o site InfoMoney no sábado (8).

Esse nível de crescimento ocorre mesmo em meio à fragmentação política e ao aumento de barreiras tarifárias, analisa a reportagem do jornalista Iuri Santos.

“Observa-se uma mudança relevante na geografia de investimentos: eles estão sendo direcionados a distâncias geográficas maiores, mas a distâncias geopolíticas menores”, avalia o economista Nelson Ferreira, sócio-sênior da consultoria multinacional McKinsey.

O caminho adotado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do cenário de guerra comercial global, priorizando a abertura de novos mercados e negociações diretas com o governo dos EUA, que aplicou um tarifaço global em abril, também são fatores determinantes para o crescimento da economia brasileira e a percepção positiva da imagem do país a investidores estrangeiros.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Trump muda de Bolsonaro para Lula por vê-lo como “vitorioso”

Presidente dos EUA realinha discurso e aproxima-se de Lula após considerar Bolsonaro um “perdedor” na disputa política brasileira

Brasil247, 27 de outubro de 2025, 20:18 h Atualizado em 27 de outubro de 2025, 22:20 h

Lula e Trump (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu romper a aliança simbólica que mantinha com Jair Bolsonaro e aproximar-se de Luiz Inácio Lula da Silva, a quem agora descreve como um líder “vitorioso”. A mudança de postura reflete o incômodo do republicano em ser associado a figuras derrotadas, segundo fontes ouvidas pela CNN Brasil.

Trump concluiu que Bolsonaro perdeu sua batalha pela anistia, enquanto Lula aparece fortalecido e com boas perspectivas de reeleição. Para o mandatário americano, associar-se ao atual presidente brasileiro reforça sua imagem de sucesso e superação — elementos que ele considera essenciais em política, segundo fontes.

Reviravolta estratégica

A aproximação com Lula foi influenciada também por uma leitura pragmática da conjuntura internacional. Embora fatores econômicos, como os altos preços da carne e do café exportados pelo Brasil, tenham pesado na decisão, não foram determinantes. O ponto central, segundo fontes, é que Trump valoriza estar ao lado de quem representa vitória.

O presidente americano teria reorganizado sua narrativa política para se identificar com Lula, a quem passou a ver como vítima de perseguição judicial — um reflexo de como ele próprio se enxerga diante dos processos que enfrenta nos Estados Unidos.

O encontro em Kuala Lumpur

Durante o encontro entre os dois líderes, realizado neste domingo (26) em Kuala Lumpur, Trump perguntou a Lula sobre o período em que esteve preso. Ouviu com atenção o relato do brasileiro e respondeu dizendo que ambos “deram a volta por cima e se saíram vitoriosos”, segundo fontes próximas à reunião.

Na coletiva que antecedeu a conversa, Trump foi questionado sobre Jair Bolsonaro. Lula reagiu com gestos de desaprovação, enquanto o presidente americano limitou-se a comentários breves, evitando se aprofundar. Durante a reunião, Lula explicou que o ex-presidente e os réus da trama golpista tiveram amplo direito de defesa. Trump ouviu em silêncio, sem contestar, segundo fontes.

O republicano também teria demonstrado surpresa ao saber que a filha do ministro Alexandre Padilha foi incluída nas sanções impostas pelos EUA.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Saiba tudo sobre IPVA

Afinal, quanto tempo posso andar com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) vencido? Entender isso é importante para evitar multas e problemas legais relacionados ao atraso no pagamento do tributo e regularização do veículo.

Quer saber mais sobre o assunto? Fique com a gente e confira a seguir!

Fonte: Zuldigital

Posso rodar com o IPVA atrasado?

Sim, é permitido dirigir o veículo mesmo com o IPVA atrasado. Boa parte dos estados, no entanto, não permite que o licenciamento seja feito com o IPVA em aberto. Com o licenciamento atrasado, aí sim, o motorista poderá sofrer penalidades.

Em resumo: é possível rodar com o IPVA atrasado, sim, mas somente até o vencimento do licenciamento.

Para saber exatamente o prazo do licenciamento anual, os proprietários de veículos devem consultar a data de vencimento da placa de seus veículos de acordo com cada estado do país. Em São Paulo, o calendário de licenciamento em 2024 vai de julho a dezembro, por exemplo.


O que acontece se eu for pego na blitz com o IPVA atrasado?

Rodar com o IPVA vencido não é uma infração de trânsito. Se o licenciamento anual do veículo estiver um único dia atrasado, a história é outra. As autoridades de trânsito podem, nestas situações, aplicar multa por infração gravíssima, que rende cobrança de R$ 293,47 mais 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O carro também fica sujeito à apreensão e remoção para o pátio, situação que ainda mais taxas serão cobradas para liberação.

Aliás, é importante ressaltar que em boa parte dos estados, com destaque a São Paulo e Paraná, a realização do licenciamento só é concretizada quando o IPVA e possíveis multas estiverem em dia. Em outras palavras, a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), chamado de “documento do carro”, só pode quando não constarem débitos relacionados ao carro.

Portanto, se o seu IPVA está atrasado, tente pagá-lo o quanto antes e evite complicações com as autoridades.

É possível parcelar o IPVA atrasado?

Sim, mas cada região define as regras para que o imposto atrasado seja parcelado. Com o app Zul+, motoristas da Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo estão aptos a parcelar o IPVA em até 12 parcelas.

Abaixo, o passo a passo de como parcelar o IPVA atrasado:Baixe o app gratuitamente (clique aqui);

Entre no app e selecione o menu “IPVA, Multas e Licenciamento”;
Selecione a opção “IPVA 2024”;
Informe os dados requeridos;
Opte pela melhor condição de pagamento, do Pix até 12 parcelas;
Confirme o pagamento,
Pronto, você está em dia com a legislação de trânsito!

Qual a diferença entre IPVA e licenciamento?

O IPVA é um imposto cobrado anualmente de todos os proprietários de veículos como carros, motos, caminhões, ônibus e até aeronaves. A cobrança e valores arrecadados ficam sob responsabilidade dos governos estaduais. Sua finalidade é financiar investimentos em áreas como segurança, educação e saúde pública.

O valor do IPVA é calculado com base no valor venal do veículo, ou seja, o seu valor de mercado. A taxa varia, ainda, conforme o estado no qual o veículo está registrado. Em resumo, o cálculo é feito da seguinte forma:
Valor do IPVA = valor venal do veículo x alíquota estadual

Se a alíquota do IPVA for 4% (caso dos veículos de passeio em São Paulo) e o valor venal do veículo R$ 30.000, o valor do IPVA será R$ 1.200.

O licenciamento, por outro lado, costuma ter um valor único para automóveis. O montante é anunciado pelos governos estaduais e deve ser quitado rigorosamente seguindo o calendário divulgado. Em caso de atraso, o motorista pode ser multado e o veículo apreendido e guinchado.

Para onde vai o dinheiro do IPVA?

O IPVA foi criado em 1985 para viabilizar a construção e manutenção de estradas e rodovias no Brasil. Seu pagamento é condição obrigatória para o licenciamento anual de carros, motos, caminhões e ônibus. Criado para financiar estradas e rodovias do país, hoje em dia o tributo tem um papel muito mais flexível no orçamento público brasileiro.
IPVA financia a educação no Brasil

Do total arrecadado pelo imposto, 20% é destinado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Do restante, 50% é destinado para o governo do Estado e outros 50% é destinado para os municípios onde os veículos foram registrados. Depois disso, o governo estadual e as prefeituras podem utilizar a verba do IPVA como quiserem, assim também como o dinheiro de multas e do licenciamento.

O app número 1 para quem dirige

Baixe o Zul+, o app número 1 para quem dirige. Com a plataforma digital da Estapar você pode configurar o alerta de rodízio, tem acesso garantido ao conteúdo da revista Quatro Rodas, tag de pedágio sem mensalidade e pagamento do estacionamento rotativo em diferentes cidades do país, com destaque a São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Santo André (SP), Curitiba (PR). Belo Horizonte (PR) e Salvador (BA).

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Lula celebra crescimento de 1,4% do PIB no 2º trimestre do ano

"Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras", manifestou o presidente

Brasil 247, 03 de setembro de 2024, 10:48 h

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista a correspondentes internacionais, no Palácio da Alvorada, Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) comemorou em postagem no BlueSky, nesta terça-feira (3), o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024. O PIB brasileiro cresceu 1,4% ante o trimestre anterior, mostrando aceleração ante o 1% de crescimento observado no primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%.

"Mais uma notícia boa para a economia. O PIB cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, uma alta de 3,3% em relação ao ano passado. Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras. É isso que importa", escreveu o presidente.

Mais uma notícia boa para a economia. O PIB cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, uma alta de 3,3% em relação ao ano passado. Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras. É isso que importa.

Marçal perderia tanto para Boulos quanto para Nunes no 2º turno em São Paulo, indica pesquisa

Em um cenário entre Nunes e Boulos, o atual prefeito venceria com 45% dos votos

Brasil 247, 03 de setembro de 2024, 11:43 h
Pablo Marçal em entrevista à CNN Brasil exibe medalha que recebeu de Jair Bolsonaro, 26 de agosto de 2024 (Foto: Reprodução/YT)
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A pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada pelo R7 nesta terça-feira (3) mostra que o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, perderia nos cenários de segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB). O levantamento ouviu 1.500 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro.

Em um segundo turno entre Marçal e Boulos, o candidato do Psol teria 40% dos votos, contra 37% do ex-coach. 11% dos entrevistados responderam que votariam branco ou nulo e 12% não sabem ou não responderam. Já no cenário entre Nunes e Marçal, 39% disseram que votariam no atual prefeito, e 33% no candidato do PRTB. 14% votariam branco ou nulo e 14% não sabem ou não responderam.

O levantamento também perguntou aos paulistanos em quem eles votariam em um segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. O resultado mostrou que 45% escolheriam o atual prefeito, enquanto 35% votariam no deputado federal pelo Psol. 10% votariam branco ou nulo e 10% não sabem ou não responderam.

A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-07377/2024.

"Elon Musk é um míssil geopolítico desgovernado", diz o Financial Times

"O confronto entre o Brasil e o X é sinal de que a era da impunidade das redes sociais está chegando ao fim no mundo democrático", afirma o jornal.

Brasil 247, 03 de setembro de 2024, 10:50 h
Elon Musk (Foto: REUTERS/Tingshu Wang/Arquivo)

Em um artigo publicado nesta segunda-feira (2), o editor de Assuntos Internacionais do Financial Times, Gideon Rachman, descreveu o bilionário Elon Musk como um "míssil geopolítico desgovernado", cujas intervenções imprevisíveis e imensas capacidades tecnológicas e financeiras podem alterar os rumos dos assuntos mundiais.

Recentemente, Musk se envolveu em uma disputa pública com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que suspendeu as operações da X no país. Segundo o Financial Times, esta medida marca um ponto de virada importante, indicando que "o tempo de impunidade das redes sociais no mundo democrático está chegando ao fim".

O editor do jornal britânico observa que a suspensão da X no Brasil e outras ações recentes mostram que as redes sociais "poderão ser reguladas de maneira mais rigorosa, semelhante aos meios de comunicação tradicionais".

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de suspender as operações da X no Brasil, representa uma declaração de que a soberania e a justiça do Brasil não podem ser facilmente subjugadas por interesses estrangeiros ou pela riqueza.