sexta-feira, 14 de maio de 2021

CPI já tem provas de crime sanitário cometido por Bolsonaro e vai propor seu indiciamento

"Vemos que o crime contra a saúde pública já está caracterizado”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE). De acordo com o parlamentar e outros membros da CPI, já existem informações suficientes que apontaram para a tentativa de Jair Bolsonaro em boicotar a aquisição de vacinas

Brasil 247, 14/05/2021, 15:00 h Atualizado em 14/05/2021, 15:00
Senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Senado | ABr)

O grupo majoritário da CPI da Covid, formado por senadores oposicionistas e independentes, acreditam haver elementos suficientes que levam à incriminação Jair Bolsonaro por crime sanitário, ou seja, contra a saúde pública. No relatório final, a Comissão Parlamenta de Inquérito pode pedir ao Ministério Público Federal (MPF) o indiciamento dele.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, membros da CPI avaliaram que já conseguiram informações suficientes para entender a tentativa de Bolsonaro de boicotar a aquisição de vacinas, pois acreditava na imunização natural, ou imunidade de rebanho. Senadores disseram que os depoimentos prestados até o momento na CPI confirmaram que Bolsonaro e seus comandados sabiam do impacto da pandemia sobre a população e deveriam ter agido para minimizar seus efeitos.

"Vemos que o crime contra a saúde pública já está caracterizado”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE), membro suplente da CPI. "Quando você deixa de adotar medidas, você está de forma culposa cometendo crime contra a saúde pública. Mas, quando você tem os meios e não age, então existe dolo", acrescentou.

Em depoimento nessa quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse que a empresa fez ao menos quatro ofertas de doses de vacinas contra a Covid-19 em 2020, mas o governo não deu resposta à farmacêutica e, por consequência, deixou 70 milhões de doses travadas.

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta apresentou na comissão uma carta que teria entregue a Bolsonaro, em março do ano passado, mostrando estimativas de que o Brasil poderia chegar a 180 mil mortes pela Covid-19 até o fim de 2020, se medidas não fossem adotadas principalmente políticas de isolamento social.

Parlamentares também citaram a pressão dentro do governo para o uso de cloroquina, medicamento sem comprovação científica para o tratamento contra a Covid-19. Mandetta confirmou que a presidência elaborou um decreto que mudava a bula do remédio.

Crimes

Trabalha-se com duas hipóteses sobre os crimes cometidos por Bolsonaro. No âmbito administrativo, ele pode ser acusado de crime de responsabilidade por atuar contra o direito à saúde. Em outra esfera, os parlamentares próximos ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), citaram o crime de epidemia, previsto no Código Penal e que seria praticado pela ação de promover a transmissão da doença.

De acordo com o senador Rogério Carvalho, a próxima etapa seria provar o crime contra a vida. Na prática, seria demonstrar que o crime contra a saúde pública resultou nas mortes de pessoas.

"Em relação ao crime contra a vida, precisa ser provado quantas mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem sido tomadas as medidas adequadas. Sabemos que o vírus é matemático, tem alta capacidade de propagação. Mas, para provar que houve o crime contra a vida, agora precisamos trazer para a comissão especialistas, investigar estudos epidemiológicos, que possam sustentar essa tese", afirmou.

Além do representante da Pfzier e de Mandetta, a CPI ouviu o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.
Dados

Na plataforma Worldometers, que disponibiliza números globais sobre a pandemia, o País tem 15,4 milhões de casos, atrás de Índia (24,3 milhões) e Estados Unidos (33,6 milhões).

O Brasil registrou até o momento 430 mil mortes, número que só é inferior ao dos EUA (598 mil).

Esse vídeo é revelador. Acesse e assista:

Em queda livre, Bolsonaro volta a atacar Lula: "filho do capeta"

"E a turma ainda quer votar nesse filho do capeta aí", disse o presidente a apoiadores. Na sequência, ele alertou: "Ó, se esse cara voltar, nunca mais vai sair. Escreve aí, tá?"

Brasil 247, 14/05/2021, 13:17 h Atualizado em 14/05/2021, 15:03
(Foto: Reprodução)

Temendo a ascensão do ex-presidente Lula nas pesquisas eleitorais e em queda livre nos índices de aprovação, Jair Bolsonaro redobrou seus ataques contra o petista em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (14).

"E a turma ainda quer votar nesse filho do capeta aí", disse o presidente.

Na sequência, Bolsonaro alertou: "Ó, se esse cara voltar, nunca mais vai sair. Escreve aí, tá?".

Antes dessa fala, uma apoiadora fez uma criança falar para Bolsonaro: "prende o Lula, por favor". Ele reagiu rindo, mas não comentou.

Lula: "estou pronto para ser candidato"

"Não fui candidato em 2018 porque criaram uma farsa judicial", afirmou o ex-presidente Lula. "Estou pronto para ser candidato no próximo ano", disse Lula à emissora pública estadunidense PBS

Brasil 247, 14/05/2021, 12:20 h Atualizado em 14/05/2021, 12:45
Ex-presidente Lula (Foto: Stuckert)

Líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que está pronto para disputar novamente o Palácio do Planalto. "Não fui candidato em 2018 porque criaram uma farsa judicial. Não há nenhum processo judicial contra mim agora. E agora posso me candidatar à presidência", disse o petista em entrevista para a PBS, televisão de caráter público e educativo dos EUA. "Estou pronto para ser candidato no próximo ano", acrescentou.

"Não posso me preocupar com essas pesquisas agora porque, no momento, a pandemia ainda é uma questão de segurança no Brasil. E agora estamos chegando no inverno e talvez chegue uma nova onda", afirmou.

O ex-presidente também disse que o chefe da Casa Branca, Joe Biden, está fazendo um bom trabalho, mas precisa olhar mais para a América Latina. "O Biden está fazendo um bom trabalho para os EUA. Acredito que ele tem que se abrir um pouco mais, porém, para a América Latina e América do Sul, porque os presidentes dos EUA, eles se esquecem da América Latina".

De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira (12), Lula venceria Bolsonaro por 41% a 23% no primeiro turno e por 55% a 32% no segundo.

Na terça, a pesquisa XP/Ipespe mostrou Lula e Bolsonaro com 29% das intenções de voto no primeiro turno, seguidos por Ciro Gomes, do PDT (9%). Depois apareceram Sérgio Moro (8%), Luciano Huck (5%) e outros.

Globo censura o nome de Lula ao noticiar Datafolha no Jornal Nacional e em toda a programação

Principal telejornal da emissora mostrou apenas a avaliação de Jair Bolsonaro, ignorando o cenário para 2022, em que o ex-presidente Lula aparece como líder disparado e com possível vitória no primeiro turno. Na Globonews, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg seguiu a mesma linha

Brasil 247, 13/05/2021, 22:53 h Atualizado em 13/05/2021, 22:55
  Lula, William Bonner e Renata Vasconcellos (Foto: Brasil247 | Reprodução)

A TV Globo tem ignorado o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao noticiar a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, que mostra o petista liderando disparado e com possibilidade de vitória já no primeiro turno.

No primeiro turno, a pesquisa mostra Lula com 41% dos votos totais, contra 23% de Jair Bolsonaro - 18 pontos de diferença. No segundo turno, Lula aparece com 55% e Bolsonaro, 32%. Outros candidatos, como Sergio Moro, Ciro Gomes, Luciano Huck e João Doria aparecem com percentuais de 7% para baixo.

O Jornal Nacional desta quinta mostrou apenas o recorte da pesquisa sobre a avaliação de governo de Bolsonaro, ignorando todos os cenários da disputa presidencial de 2022.Na Globonews, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg seguiu a mesma linha (assista aqui).

quinta-feira, 13 de maio de 2021

CPI: gerente-geral da Pfizer confirma que empresa ofereceu 70 milhões de doses de vacina, rejeitadas por Bolsonaro

Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina, concedeu depoimento à CPI e confirmou que o governo de Jair Bolsonaro rejeitou 70 milhões de doses da vacina. País hoje encontra-se à beira de um apagão de vacinas, com poucos insumos e imunizantes

Brasil 247, 13/05/2021, 12:03 h Atualizado em 13/05/2021, 13:10
Gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, ao lado 
do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) 
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou em depoimento à CPI da Covid-19 nesta quinta-feira (13) que a empresa fez ao menos quatro ofertas de doses de vacinas contra a Covid-19 em 2020 que não foram fechadas. Segundo o representante da Pfizer, as negociações começaram em maio e em agosto foi feita a primeira oferta ao Brasil, com dois quantitativos disponíveis: 30 milhões e 70 milhões de doses. A primeira leva de imunizantes chegaria no final de abril.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), questionou o representante sobre a oferta de vacinas: "A oferta feita pelo governo em 2020 foi de 6 milhões de doses, como disse o ministro Pazuello, ou de 70 milhões?". "Foram 70 milhões de doses", respondeu Murillo.

O dirigente afirmou que o laboratório fez mais duas ofertas, em 18 de agosto e 26 de agosto. Nesta última também foram ofertas 30 e 70 milhões de doses, mas o governo brasileiro ignorou a proposta.

"A proposta de 26 de agosto tinha validade de 15 dias. Passados 15 dias, o governo não rejeitou e nem aceitou a oferta", explicou o técnico da Pfizer. Calheiros também perguntou sobre as cláusulas do contrato que o governo classificou como “leoninas” e Murillo respondeu que “não concordamos com esse posicionamento”.

"Começamos as reuniões em maio e junho. Foram reuniões iniciais e exploratórias. Como resultados, no mês de julho, fornecemos uma expressão de interessa, em que resumimos as condições do processo que a Pfizer estava realizando em todos os países no mundo", acrescentou.

"Tivemos outras reuniões no mês de agosto. Em 6 de agosto, o ministério manifestou interesse. Em 14 de agosto, oferecemos nossa primeira oferta - de 30 milhões de doses e de 70 milhões de doses. O cronograma de entrega era o final de 2020 e inicio de 2021. Em 26 de agosto, fizemos uma terceira oferta (por 30 e 70 milhões de doses), mas tínhamos conseguido mais doses para o final de 2020", continuou.

Doses negadas, apagão de vacinas

Em depoimento na CPI, nessa quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten afirmou que, em setembro de 2020, a Pfizer encaminhou ao governo Jair Bolsonaro a Pfizer encaminhou ao governo brasileiro, em setembro de 2020, uma carta dizendo estar disposta a colaborar com a oferta de vacina ao Brasil.

O ex-chefe da Secom disse que soube da carta somente no dia 9 de novembro e que, até então, o Executivo federal não tinha tomado providência alguma. Wajngarten afirmou que, nesse dia, procurou Bolsonaro para avisá-lo da correspondência. Wajngarten também disse que iniciou tratativas com Murillo, à época representante da Pfizer no Brasil, com quem teve uma reunião. O governo alegou entraves burocráticos e necessidade de mudança na legislação brasileira para atender cláusulas do contrato oferecido pela farmacêutica norte-americana.

O depoimento de Fábio Wajngarten à CPI da Covid indicando que Bolsonaro negligenciou o país ao rejeitar a oferta da Pfizer por vacinas, aliado a falas xenofóbicas do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a China que arranharam ainda mais a relação já desgastada com o país, o Brasil deu mais um passo para o que os gestores de saúde estão temendo que é o “apagão das vacinas” provocado pela escassez de insumos.

Essa escassez de insumos vem da gestão do general Eduardo Pazuello, segundo coluna do jornal O Estado de S. Paulo , que ordenou que estados e municípios não guardassem a segunda dose da vacina distribuída em março, quando a orientação inicial era guardar metade para a segunda dose.

Atlas: com Boulos ou Haddad, candidatura única da esquerda lideraria disputa por governo de São Paulo

Sem Fernando Haddad na disputa pelo governo paulista, Guilherme Boulos alcançou 26,3% das intenções de voto num eventual primeiro turno, contra 17,9% de Paulo Skaf (MDB), segundo colocado. Sem o pessolista, o ex-prefeito da capital alcançou 25,3%, a frente dos 13,5% do emedebista

Brasil 247, 13/05/2021, 10:29 h Atualizado em 13/05//2021, 11:02
Ex-prefeito de SP Fernando Haddad e o líder do MTST, Guilherme Boulos 
(Foto: Stuckert)

Pesquisa Atlas divulgada nessa quarta-feira (12) apontou que uma candidatura única de esquerda ao governo de São Paulo, seja com o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ou com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), largaria na liderança das intenções de votos.

Sem o petista, Boulos alcançou 26,3% das intenções de voto num eventual primeiro turno, contra 17,9% de Paulo Skaf (MDB) e 13,3% do governador João Doria (PSDB).

Haddad, sem enfrentar o pessolista na mesma disputa, teria 25,3%, a frente dos 13,5% de Skaf e 12,2% de Doria.

Quando os dois nomes entraram na disputa, o levantamento mostrou um empate técnico entre quatro candidatos - a margem de erro de três pontos para mais ou para menos: Boulos (17%), Skaf (16,4%), Haddad (14,6%) e Marcio França (12,5%), do PSB.

"Chama a atenção a fortaleza de Guilherme Boulos, inclusive em cenário em que aparece junto com o Fernando Haddad”, afirmou Andrei Roman, CEO do Atlas, de acordo com relato publicado pelo jornal El País.

"A sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2020 cristalizou uma base forte e, caso a esquerda não se una, corre o risco de ficar fora do segundo turno", acrescentou.

Executivo da Pfizer diz que Guedes e Wajngarten participaram das negociações da vacina

Em depoimento na CPI da Covid no Senado, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que as negociações foram feitas com o Ministério da Saúde e que houve contatos com Paulo Guedes, Fabio Wajngarten, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira

Brasil 13 de maio de 2021, 11:45 h Atualizado em 13 de maio de 2021, 13:10
Carlos Murillo em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13) 
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 Em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que as negociações pela compra do imunizante foram feitas com o Ministério da Saúde, em especial com o ex-secretário-executivo Élcio Franco. Ele disse ainda que houve contatos com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Sobre a conversa com Wajngarten, Murillo disse: "Nossa negociação foi com o Ministério da Saúde. As conversações com o senhor Fábio Wajngarten, em nosso entendimento, foram de possível coordenação dele, mas eu não conheço o funcionamento dos órgãos governamentais e não posso exatamente indicar a função das diferentes pessoas do governo. Mas quero enfatizar que nossa negociação foi feita com o Ministério da Saúde".

Em depoimento na CPI ontem (11), Wajngarten afirmou que iniciou sua participação nas negociações após uma carta da farmacêutica destinada a, entre outros, Jair Bolsonaro, ficar dois meses sem resposta.

Segundo os relatos do ex-chefe da Secom, a cronologia da carta enviada pela Pfizer se deu da seguinte forma:

1. Governo recebe carta da Pfizer em 12 de setembro;

2. Em 9 de novembro, Wajngarten recebe ligação do presidente da Pfizer e imediatamente informa Bolsonaro. Paulo Guedes estava junto e falou "vacina é o caminho";

3. Somente em 22 de fevereiro o governo edita MP tratando da compra de vacinas.

Questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), Murillo disse que a Pfizer jamais priorizou um país sobre o outro. Ele disse que os preços variam de acordo com a renda do país e que as negociações com o Brasil começaram em maio de 2020.

Lira direcionou R$ 114 milhões do Orçamento secreto, o Bolsolão

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), direcionou a verba conforme seus próprios interesses no âmbito do bolsolão. Parlamentar argumentou que o dinheiro foi restrito às emendas individuais impositivas. A verba, no entanto, Era do Ministério do Desenvolvimento Regional e deveria ser direcionado de acordo com os critérios técnicos da pasta

Brasil 247, 13/05/2021, 10:47 h Atualizado em 13//05/2021, 11:02
 Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) (Foto: Pedro França)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), direcionou R$ 114,6 milhões do bolsolão para obras e compras de máquinas pesadas. O esquema do governo Jair Bolsonaro consistiu na criação de um orçamento secreto, paralelo, de R$ 3 bilhões, com o objetivo de beneficiar aliados na Casa e parte dos recursos seria destinado à aquisição de tratores e equipamentos agrícolas por preços ate 259% maiores que os valores de referência.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a quantia que o parlamentar manejou representou a soma dos valores de emendas individuais de 14 parlamentares.

Sobre o esquema como um todo, o deputado argumentou que o dinheiro foi restrito às emendas individuais impositivas, àquelas que todos os parlamentares têm o direito de direcionar livremente, no valor de R$ 8 milhões, por ano.

A verba, no entanto, não era reservada a emendas impositivas de parlamentares. Era do Ministério do Desenvolvimento Regional e deveria ser direcionado de acordo com os critérios técnicos da pasta.

Kassab diz que, ao preferir Lula, eleitor quer corrigir voto que deu em 2018

Segundo o presidente do PSD, Gilberto Kassab, eleitor vê Lula como vítima e quer consertar voto que deu em 2018

Brasil 247, 13/05/2021, 04:20 h Atualizado em 13 de maio de 2021, 04:48
Gilberto Kassab (Foto: Cesar Itiberê/PR)

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, admite que os nomes do chamado centro que aparecem até agora não pegaram. É a opinião que tem sobre os dados da Pesquisa Datafolha sobre as eleições presidenciais de 2022.

De acordo com Kassab, o Datafolha mostra que o eleitor vê Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vítima e parece tentar reparar o voto que deu em 2018, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Lula atualmente lidera a corrida eleitoral de 2022, com 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Num eventual segundo turno contra Bolsonaro, o ex-presidente levaria ampla vantagem, com uma diferença de 55% a 32%.

Kassab diz que a pesquisa indica que os nomes do chamado centro que aparecem até agora não pegaram e que é preciso encontrar nova opção para esse campo político. Kassab até agora mantém o discurso de que seu partido tentará buscar a 3ª via.

Acossado pela CPI, clã Bolsonaro parte para guerra total contra Renan Calheiros

Agressão de Flávio Bolsonaro foi jogo combinado com o pai, que também atacou o senador nas redes sociais e vai a Alagoas "inaugurar" obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma

Brasil 247, 13/05/2021, 08:09 h Atualizado em 13/05/2021, 08:37
Bolsonaro e Renan Calheiros (Foto: reprodução) 

A agressão do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a Renan Calheiros (MDB-AL) na CPI da Covid na tarde desta quarta-feira (12) foi uma jogada combinada com seu pai, Jair, que poucas horas depois postou um tuite reforçando a agressão (veja abaixo). O ataque do clã a Renan prossegue nesta quinta, com uma visita de Jair Bolsonaro a Alagoas, que tem aspecto de ocupação do Estado.

Na viagem a Alagoas, Bolsonaro irá "inaugurar" obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma Rousseff.

Veja o tuíte de Bolsonaro:

Renan chegou a pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, que mentiu várias vezes em seu depoimento, prestado nessa quarta-feira (12). "Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros", afirmou Flávio, que já foi denunciado pelo Ministério Público (MP-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre as mentiras ditas pelo ex-chefe da Secom foi a de que a campanha do jornalista Otávio Mesquista era favorável ao isolamento social. A peça não recomendou o isolamento social e deu o seguinte conselho: "Não precisa sair correndo para o hospital por causa de um simples resfriado." E também diz que "é preciso ter calma".

O ex-secretário também afirmou não ter conhecimento sobre a campanha "O Brasil não pode parar", lançada em março de 2020, porque estava afastado com Covid-19, mas, em live com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na época da campanha citada, Wajngarten disse que, mesmo com a doença, estava trabalhando normalmente, inclusive aprovando campanhas.

O relator Renan Calheiros também ficou revoltado com o ex-secretário, que não quis responder sobre o impacto do negacionismo de Bolsonaro sobre a população. "O senhor junta alhos com bugalhos e a gente que pegar a linha lógica e não consegue", disse Calheiros.




Obras

Nesta quinta, Bolsonaro vai ao estado governado pelo filho de Renan Calheiros "inaugurar" 500 unidades habitacionais do Residencial Oiticica I, no Benedito Bentes.

Também haverá uma solenidade para o Viaduto da Polícia Rodoviária Federal em Maceió. Bolsonaro inaugura o Trecho IV do Canal do Sertão Alagoano.