terça-feira, 27 de abril de 2021

General Ramos diz ter tomado vacina "escondido" para "não criar caso": "quero viver"

Declaração do ministro da Casa Civil foi feita na mesma reunião em que Guedes disse que a China "inventou o vírus". Ramos afirmou ainda não ter "vergonha" de ter sido imunizado, como se tivesse feito algo de errado

Brasil 247, 27/04/2021, 18:13 h Atualizado em 27/04/2021, 19:41
   Luiz Eduardo Ramos (Foto: Anderson Riedel/PR)

O ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, disse já ter sido vacinado contra a Covid-19, mas o fez "escondido" porque o Palácio do Planalto e Jair Bolsonaro não queriam "alarde", segundo a CBN.

Declaração foi dada durante a reunião do Conselho de Saúde Suplementar nesta terça-feira (27), mesma ocasião em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a China "inventou o vírus".

Como se tivesse feito algo de errado, Ramos argumentou ter tomado a vacina porque quer "viver" e o imunizante é o que a ciência recomenda como melhor proteção contra o coronavírus. "Tomei escondido, né, porque a orientação era para não criar caso, mas vazou. Eu não tenho vergonha, não. Tomei e vou ser sincero. Como qualquer ser humano, eu quero viver, pô. E se a ciência está dizendo que é a vacina, como eu posso me contrapor?".

O ministro ainda disse estar tentando convencer Bolsonaro a se vacinar, afirmando que a vida do ocupante do Planalto corre perigo. "Eu estou envolvido pessoalmente tentando convencer o nosso presidente [a tomar a vacina], independente de todos os posicionamentos. Nós não podemos perder o presidente por um vírus desse. A vida dele, no momento, corre risco – ele tem 65 anos".

Sputnik desafia Anvisa a realizar debate público sobre eficácia da vacina russa

“Para salvar vidas no Brasil e seguindo as afirmações incorretas e enganosas da Anvisa, estamos convidando a Anvisa para um debate público perante a comissão competente do Congresso do Brasil”, publicou o perfil oficial da vacina Sputnik V, da Rússia

Brasil, 27/04/2021, 18:14 h Atualizado em 27/04/2021, 18:53
   (Foto: ABr)

O perfil oficial da vacina Sputnik V, da Rússia, no Twitter, desafiou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar debate público sobre a eficácia do imunizante.

“Para salvar vidas no Brasil e seguindo as afirmações incorretas e enganosas da Anvisa, estamos convidando a Anvisa para um debate público perante a comissão competente do Congresso do Brasil”, publicou o perfil da vacina.

Em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa, realizada na noite de segunda-feira, 26, a agência negou a importação, em caráter excepcional e temporário, da vacina russa Sputnik V.

A autorização excepcional e temporária para importação foi pedida pelos estados da Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia. Esta liberação permite que os imunizantes sejam comprados, distribuídos e aplicados na população.

A decisão da Anvisa de não recomendar a importação da vacina russa Sputnik V pode colocar Antonio Barra Torres, presidente do órgão, na mira da CPI da Covid-19.
EUA pressionaram Brasil a não comprar a vacina russa

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês) confirmou que o governo do ex-presidente Donald Trump pressionou o Brasil contra a aquisição da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, e o Panamá contra o uso de médicos cubanos.

Segundo os EUA, as medidas foram tomadas contra o “aumento da influência” da Rússia em países latino-americanos e caribenhos.

O HHS publicou recentemente seu Relatório Anual para 2020. Escondido na página 48, o relatório revela de forma chocante como os EUA pressionaram o Brasil a rejeitar a vacina russa Sputnik V.

Sob o subtítulo “Combatendo influências malignas nas Américas”, o relatório anunciou:

“O Departamento usou as relações diplomáticas na região das Américas para mitigar os esforços dos Estados, incluindo Cuba, Venezuela e Rússia, que estão trabalhando para aumentar sua influência na região em detrimento da segurança dos Estados Unidos. O Departamento coordenou com outras agências governamentais dos EUA para fortalecer os laços diplomáticos e oferecer assistência técnica e humanitária para dissuadir os países da região de aceitar ajuda desses estados mal intencionados. Os exemplos incluem o uso do escritório do Adido de Saúde da Departamento para persuadir o Brasil a rejeitar a vacina russa COVID-19 e a oferta de assistência técnica do CDC no lugar do Panamá aceitar uma oferta de médicos cubanos”.

Os Estados Unidos também despacharam Adidos de Saúde para a China, Índia, México e África do Sul, provavelmente encarregados de realizar atividades semelhantes.
Vacina russa, eficácia de 97,6%

Estudo realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, fundo soberano da Rússia) apontam que a vacina Sputnik V demonstrou eficácia de 97,6% com base na análise de dados sobre a taxa de infecção de coronavírus.

Segundo a página da vacina Sputnik, de acordo com os dados de 3,8 milhões de russos vacinados com ambos os componentes do Sputnik V de 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021, como parte do programa de vacinação civil em massa, a taxa de infecção a partir do 35º dia a partir da data do primeiro a injeção foi de apenas 0,027%.

"Os dados e cálculos da eficácia da vacina serão publicados em uma revista médica revisada por pares em maio", diz o fabricante do imunizante russo.

A vacina Sputnik V foi aprovada para uso em 60 países, com uma população total de 3 bilhões de pessoas. É o segundo lugar entre as vacinas contra o coronavírus em todo o mundo em termos de número de aprovações emitidas por reguladores governamentais.

Para Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, os dados confirmam a eficácia da Sputnik V.

"Dados publicados pelo principal jornal médico The Lancet demonstraram a eficácia do Sputnik V em 91,6%. A análise dos dados da taxa de infecção de quase 4 milhões de vacinados na Rússia mostra que a eficácia da vacina é ainda maior, chegando a 97,6%. Esses dados confirmam que o Sputnik V apresenta uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas", afirmou.

Renan assume, diz que CPI será contra o culto à morte e à mentira e que "culpados serão responsabilizados"

Senador Renan Calheiros usou o seu discurso de posse como relator da CPI da Pandemia para afirmar que o colegiado irá atuar “contra a agenda da morte e da mentira”. Disse ainda que "nossa cruzada será contra a agenda da morte e o negacionismo" e que "os inimigos dessa relatoria são a pandemia e os que se aliaram ao vírus e colaboraram com este morticínio" e que estes serão "responsabilizados"

Brasil 247, 27/04/2021, 14:03 h Atualizado em 27/04/2021, 14:50
    (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou o seu discurso de posse como relator da CPI da Pandemia para afirmar que “vivemos o momento mais trágico da nação brasileira" e que o colegiado irá atuar “contra a agenda da morte e da mentira”. Disse ainda que "nossa cruzada será contra a agenda da morte e o negacionismo" e que "os inimigos dessa relatoria são a pandemia e os que se aliaram ao vírus e colaboraram com este morticínio".

O relator da CPI anunciou que os culpados serão responsabilizados: "Há responsáveis, há culpados, por ação, omissão, desídia ou incompetência e eles serão responsabilizados. Essa será a resposta para nos reconectarmos com o planeta. Os crimes contra humanidade não prescrevem jamais e são transnacionais".

O senador defendeu a democracia e enviou um recado às Forças Armadas: “militares nos quartéis, médicos na saúde”. O emedebista também fez um contraponto às declarações de Jair Bolsonaro de que pretende indicar alguém “terrivelmente evangélico” para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, ao afirmar que o Brasil possui uma "Constituição terrivelmente democrática”.

Renan afirmou que crimes contra a humanidade não prescrevem e relembrou os casos dos ditadores Slobodan Milosevic e Augusto Pinochet: "Não foi o acaso ou flagelo divino que nos trouxe a este quadro. Há responsáveis, há culpados, por ação, omissão, desídia ou incompetência e eles serão responsabilizados. Essa será a resposta para nos reconectarmos com o planeta. Os crimes contra humanidade não prescrevem jamais e são transnacionais. Slobodan Milosevic e Augusto Pinochet são exemplos históricos. Façamos nossa parte".

Ele disse também que a comissão será "um santuário da ciência, do conhecimento e uma antítese diária e estridente ao obscurantismo negacionista e sepulcral, responsável por uma desoladora necrópole".

Antes, em seu primeiro discurso como relator, Renan criticou o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, mas sem citá-lo diretamente. Ele comparou a nomeação de Pazuello e a militarização do Ministério da Saúde durante a pandemia ao envio de um infectologista para comandar as tropas em uma guerra.

Renan também afirmou que, ao contrário do que aconteceu na Lava Jato, a CPI não fará uso de nenhum “expediente tenebroso” durante as investigações. “Não seremos Dallagnol nem Sérgio Moro aqui", assegurou, acrescentando que "Não faremos power point". “Daremos um basta à mentira que sufocou a sociedade brasileira nos últimos tempos", disse mais à frente.

"O que estamos discutindo aqui é o direito à vida, e não quem é de esquerda ou de direita", ressaltou.

Foi um discurso que praticamente sepultou o governo Bolsonaro e deu razão ao medo do Planalto por sua posse na relatoria.

Presidente da Anvisa pode ser ouvido pela CPI da Covid por negativa à vacina Sputnik V

Grupo de parlamentares independentes e de oposição da CPI quer que Antonio Barra Torres e as divergências entre a Anvisa, Sputnik V e governadores sejam levadas com "urgência" ao colegiado

Brasil 247, 27/04/2021, 11:41 h Atualizado em 27/04/2021, 17:52
  Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa 
(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Sputnik Brasil - A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V nesta segunda-feira (26) pode colocar Antonio Barra Torres, presidente do órgão, na mira da CPI da Covid-19.

Segundo publicação do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, poucas horas depois da decisão da Anvisa, um grupo de parlamentares independentes e de oposição da CPI pediu que as divergências entre a Anvisa, Sputnik V e governadores sejam levadas com "urgência" ao colegiado.

"Assim, o grupo decidiu que a convocação de Barra Torres deve ir para o início da fila de autoridades a serem ouvidas", escreveu o colunista.

A convocação de Antonio Barra Torres tem como objetivo entender quais as dificuldades de aprovação do pedido. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falha em fabricação.

A vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 foi o primeiro imunizante contra o novo coronavírus a ser registrado, ainda em agosto de 2020. De acordo com resultados de estudos clínicos publicados em fevereiro na revista médica The Lancet, a Sputnik V tem eficácia de 91,6%.

Até agora o imunizante já foi aprovado em 60 países, sendo a segunda vacina mais aprovada por órgãos sanitários no mundo. Diversos países sul-americanos já aprovaram o imunizante, incluindo México, Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai.

O vice-diretor de pesquisa científica do Centro Gamaleya, Denis Logunov, disse nesta terça-feira (27) que a declaração da Anvisa não corresponde à realidade. Segundo o vice-diretor, nenhum órgão de controle tem informação de que a vacina possui adenovírus replicante, e a Anvisa não solicitou protocolos de controle de qualidade consolidados.

"Ou seja, não houve nenhuma discussão sobre [...] conteúdo específico de partículas replicantes no medicamento. É importante dar atenção e dizer que a declaração que pelo menos eu vi na imprensa, com certeza, não tem nada a ver com a realidade", afirmou Logunov.

CPI da Covid começa em temperatura mais alta do que aquela que derrubou Collor

É só o começo do jogo: Bolsonaro cairá quando estiver na boca do povão (e estará) o conceito de que ele despreza a vida dos brasileiros, escreve Joaquim de Carvalho

Brasil 247, 27/04/2021, 17:42 h Atualizado em 27/04/2021, 18:30
   Bolsonaro e Renan Calheiros (Foto: reprodução) 
Por Joaquim de Carvalho

A decisão do Tribunal Regional Federal da 1a. Região que cassou a liminar que impedia o senador Renan Calheiros de assumir a relatoria da CPI da Covid tem como fundamento a necessidade de preservação da harmonia entre os poderes.

"Em juízo de cognição sumária, inerente ao atual momento processual, verifica-se, concessa venia, a existência de risco de grave lesão à ordem pública, na perspectiva da ordem constitucional, administrativa e na perspectiva da manutenção da independência e da harmonia entre os Poderes da República", escreveu o desembargador Francisco de Assis Betti, vice-presidente do tribunal, que atualmente responde pela presidência em razão de licença do titular.

O desembargador lembrou que a nomeação do relator é prerrogativa do presidente da comissão, que ainda nem estava eleito quando o juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, concedeu a liminar a pedido da deputada bolsonarista Carla Zambelli.

Leia a íntegra da decisão abaixo.

Retomada a normalidade institucional, a CPI avançou nos seus trabalhos, e foi transmitida ao vivo por diversos veículos de comunicação, entre eles a TV 247.

Lembrou os melhores momentos do Parlamento, como a CPI do PC Farias, instalada em 1992, depois que Pedro Collor deu entrevista à revista Veja para denunciar corrupção grossa no governo do irmão.

Mas não do seu início, quando muitos não acreditavam que a comissão resultasse em algo efetivo, como a responsabilização do então presidente, Fernando Collor.

Um senador de destaque na época, Pedro Simon, tinha recusado a relatoria da comissão justamente por entender que terminaria em pizza.

Marco Aurélio manda PGR analisar cheques de Queiroz para Michelle Bolsonaro

Marco Aurélio Mello, do STF, quer que a PGR investigue os R$ 89 mil depositados por Fabrício Queiroz e por sua mulher, Márcia Aguiar na conta de Michelle Bolsonaro. Ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018

Brasil 247, 27/04/2021, 10:48 h Atualizado em 27/04/2021, 14:50
   Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Fabrício Queiroz 
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil | Reprodução)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello enviou na última sexta-feira (23) para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) os R$ 89 mil depositados pelo policial militar Fabrício Queiroz e por sua mulher, Márcia Aguiar na conta de Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2016. A informação é da jornalista Juliana Dal Piva, no portal UOL.

Nos dados financeiros da quebra de sigilo bancário e fiscal de Queiroz, foi descoberto que ele depositou um total de R$ 72 mil em 21 cheques. Já Márcia Aguiar repassou R$ 17 mil para Michelle Bolsonaro de janeiro a junho de 2011.

Um conjunto menor de cheques para a primeira-dama, no total de R$ 24 mil, já tinha sido identificado em 2018 no relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Bolsonaro, à época, se defendeu e admitiu que fez um empréstimo para Queiroz.

Relembre o caso

Após a quebra de sigilo de Queiroz autorizada pela Justiça, autoridades verificaram que o ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de rachadinha. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem identificação do depositante.

Após serem presos em junho de 2020, Queiroz e sua mulher conseguiram no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o fim da prisão domiciliar no dia 16 de março.

Barrada pela Anvisa, Sputnik tem eficácia de 97,6%, aponta estudo com 3,8 milhões de vacinados

"Esses dados confirmam que o Sputnik V apresenta uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas", disse Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto sobre o imunizante

Brasil 247, 27/04/2021, 15:13 h Atualizado em 27/04/2021, 15:42
   (Foto: Sputnik News)

Estudo realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, fundo soberano da Rússia) apontam que a vacina Sputnik V demonstrou eficácia de 97,6% com base na análise de dados sobre a taxa de infecção de coronavírus.

Segundo a página da vacina Sputnik, de acordo com os dados de 3,8 milhões de russos vacinados com ambos os componentes do Sputnik V de 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021, como parte do programa de vacinação civil em massa, a taxa de infecção a partir do 35º dia a partir da data do primeiro a injeção foi de apenas 0,027%.

"Os dados e cálculos da eficácia da vacina serão publicados em uma revista médica revisada por pares em maio", diz o fabricante do imunizante russo.

A vacina Sputnik V foi aprovada para uso em 60 países, com uma população total de 3 bilhões de pessoas. É o segundo lugar entre as vacinas contra o coronavírus em todo o mundo em termos de número de aprovações emitidas por reguladores governamentais.

Para Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, os dados confirmam a eficácia da Sputnik V. "Dados publicados pelo principal jornal médico The Lancet demonstraram a eficácia do Sputnik V em 91,6%. A análise dos dados da taxa de infecção de quase 4 milhões de vacinados na Rússia mostra que a eficácia da vacina é ainda maior, chegando a 97,6%. Esses dados confirmam que o Sputnik V apresenta uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas", afirmou.

Em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizada na noite desta segunda (26), a agência negou a importação, em caráter excepcional e temporário, da vacina russa Sputnik V.

A autorização excepcional e temporária para importação foi pedida pelos estados da Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia. Esta liberação permite que os imunizantes sejam comprados, distribuídos e aplicados na população.

Bolsonaro ofende jornalista, ataca STF e ameaça governadores com Exército

Em viagem à Bahia nesta segunda, Jair Bolsonaro chamou um jornalista de “idiota”, fez ataques ao STF e ameaçou usar as Forças Armadas contra governadores que insistam na adoção de medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. "Não estiquem a corda mais do que está esticada”, disse

Brasil 247, 26/04/2021, 14:03 h Atualizado em 26/04/2021, 16:46
   (Foto: Alan Santos/PR | ABr)

Na véspera da instalação da CPI do Genocídio, que vai apurar a condução do governo federal no enfrentamento á Covid-19, Jair Bolsonaro chamou um jornalista de “idiota”, fez ataques ao Supremo Tribunal Federal e ameaçou usar as Forças Armadas contra governadores que insistam na adoção de medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. “Não estiquem a corda mais do que está esticada”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira (26), durante viagem à Bahia.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro disse, ainda, que o papel das Forças Armadas é garantir o cumprimento da Constituição. “[Os governadores] estão seguindo o artigo quinto da Constituição? Está sendo respeitado o direito de ir e vir, o direito de a pessoa ter um emprego, ocupar o tempo para exercitar a sua fé? É só ver se isso está sendo respeitado ou não”, disparou.

O ex-capitão também criticou o STF por ter autorizado que estados e municípios adotassem medidas restritivas próprias sem precisar do aval do governo federal. “É inconcebível os direitos que alguns prefeitos e govenadores tiveram por parte do STF É inconcebível. Nem estado de sítio tem isso”, disse.

Felipe Neto pede união em torno de Lula contra o “Satanás” Bolsonaro

Felipe Neto destacou mais uma vez que a polarização política no Brasil não cessará até 2022 e disparou: "bater no Lula agora é suicídio"

Brasil 247, 26//04/2021, 17:16 h Atualizado em 26/04/2021, 22:10

O youtuber Felipe Neto comentou pelo Twitter nesta segunda-feira (26) a informação dada pela jornalista da CNN Brasil Daniela Lima sobre pesquisas realizadas por partidos de centro que mostram: eleitorado brasileiro "não quer, não conta e não pede por terceira via" em 2022.

Ao que tudo indica, a próxima eleição presidencial se dará principalmente entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro. Portanto, para Felipe Neto, não é estrategicamente adequado neste momento agir para desgastar o petista, visto que ele é o único nome capaz de vencer o atual ocupante do Palácio do Planalto. "O resultado de pesquisas realizadas por partidos de centro mostra exatamente o que falamos. Não há espaço para terceira via no Brasil até 2022. Isso é lidar com a realidade, sair dessa idiotice de ficar desgastando Lula achando que é possível. Temos que derrubar Bolsonaro! Unam-se!".

Felipe Neto destacou mais uma vez que a polarização política no Brasil não cessará até 2022 e disparou: "bater no Lula agora é suicídio".

"Eu não sou lulista. Eu não sou petista. Eu sou realista. Ou a gente vence o Satanás, ou o Brasil vai virar o inferno de vez. Nada foi mais importante na história recente desse país do que isso", completou.

'Eleitor não quer, não conta e não pede por terceira via em 2022', concluem institutos de pesquisa

De acordo com apuração da jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, partidos de centro colocaram institutos de pesquisa nas ruas para entender a cabeça do eleitor e o "resultado assustou": "polarização Lula x Bolsonaro está cristalizada"

Brasil 247, 26//04/2021, 16:44 h Atualizado em 26/04/2021, 16:46
   (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

Após a volta definitiva do ex-presidente Lula ao jogo político-eleitoral, decorrente da confirmação da suspeição do ex-juiz Sergio Moro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e da consequente anulação dos processos do petista na Lava Jato, partidos de centro já manifestam preocupação em relação às eleições presidenciais de 2022.

Uma "terceira via" para o pleito capaz de disputar de igual para igual com Lula e Jair Bolsonaro parace não ser possível por enquanto. Pesquisa do Instituto Ideia encomendada pela revista Exame na sexta-feira (23) já mostrava que Lula é único nome que venceria o atual ocupante do Planalto em segundo turno.

Segundo relata a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, nesta segunda-feira (26), siglas de centro enviaram institutos de pesquisa às ruas para entender o que se passa na cabeça do eleitor um ano antes do pleito e após o retorno de Lula. "Resultado assutou", diz a jornalista pelo Twitter. "Polarização Lula x Bolsonaro está cristalizada na cabeça do eleitor, que não quer, não conta e não pede por terceira via".

O ex-presidente, de acordo com apuração da jornalista, "retomou muita força na região Nordeste e está conseguindo reabilitar imagem no Sudeste". Os eleitores simpáticos a Lula veem nele uma figura "menos inconstante" que Bolsonaro.

Por falar em Bolsonaro, os levantamentos mostram que ele "pode fazer o que for que não baixa de 25% das intenções de voto", informa Daniela.