domingo, 14 de fevereiro de 2021

Matheus Nachtergaele critica governo Bolsonaro: 'não queremos essa ignorância terraplanista'

Segundo o ator, o bolsonarismo se apoia na exaustão, “numa certa violência interior”. “Ele é também o último estertor do capitalismo, uma tentativa desesperada de as coisas não mudarem”

Brasil 247, 14/02/2021, 14:49 h Atualizado em 14/02/2021, 15:04
   Matheus Nachtergaele (Foto: Reprodução)

O ator Matheus Nachtergaele, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, fez duras críticas ao bolsonarismo, ao governo federal e comentou a atual situação política no País.

“Nós fracassamos, mas momentaneamente. Ficamos exaustos de nós mesmos e das condições em que a política brasileira é feita e acabamos, como povo, perdendo um pouco a clareza do que é mais importante para nós. Acho que o bolsonarismo é resultante dessa confusão. E não é incompreensível que ele exista, mas espero que estejamos passando por ele para recordarmos do que queremos ser.”

“O bolsonarismo se apoia nessa exaustão, numa certa violência interior. Ele é também o último estertor do capitalismo, uma tentativa desesperada de as coisas não mudarem, sendo que nós somos o país que pode inventar o novo para o mundo inteiro.”

“Não queremos ser um país violento, fascista, branco, machista, misógino, preconceituoso, racista, homofóbico, bélico. Não queremos essa ignorância terraplanista. Gente é pra brilhar, como dizia o poeta, e o Brasil pode isso ainda.”

“Fomos treinados para odiar um fantasma comunista que nunca existiu. Nada foi mais conivente com o estado das coisas que o PT, embora tenha conseguido avanços bonitos. Houve uma ameaça de corrupção e, em nome dela, nós fizemos a pior escolha. Digo ‘nós’ porque não quero me separar dos meus irmãos por divergências políticas. Vai ser preciso amar muito o Brasil para poder amá-lo daqui pra frente. Não deixa de ser bonito o desafio que se coloca.”

Drauzio Varella: vacinação contra Covid é uma bagunça e Ministério da Saúde está nas mãos de amadores

De acordo com o médico Drauzio Varella, "quando o Brasil mais precisava de técnicos treinados para executar a difícil tarefa de vacinar seus habitantes, única forma de reduzir a mortalidade e dar alento à economia, caímos nas mãos de um Ministério da Saúde fragilizado, dirigido por amadores"

Brasil 247,14/02/2021, 05:58 h Atualizado em 14/02/2021, 09:02
    Dráuzio Varella e Vacinação (Foto: Reprodução)

Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o médico Drauzio Varella afirma que a vacinação contra o coronavírus no Brasil virou uma "bagunça". De acordo com o médico, "sem autonomia para coordenar a estratégia de vacinação", o Programa Nacional Imunizações (PNI) "houve por bem pulverizar pelo país as poucas vacinas existentes, como se a epidemia ameaçasse todos os municípios com igual virulência".

"Ao lado desse equívoco, facultou a estados e municípios a adoção dos critérios para estabelecer prioridades, de acordo com as realidades locais", continua Varella.

Segundo o médico, "a falta de uma coordenação centralizada com regras válidas para o país inteiro gerou essa confusão de grupos e de pessoas que subvertem a ordem prioritária e confundem a população, incapaz de entender porque em cada cidade a vacinação chega para uns e não para outros".

Varella constata amargamente: "Profissionais formados em psicologia, biologia, veterinária, educação física, além de trabalhadores da área da saúde que nem sequer chegam perto dos doentes com Covid, são vacinados antes das mulheres e homens com mais de 80 anos. Enquanto nos entretemos com as imagens dos telejornais que mostram senhoras e senhores de 90 anos, infantilizados pelo repórter que lhes pergunta se estão felizes com a vacina, passa a boiada dos mais jovens que furam a fila.

Tem cabimento vacinar veterinários, terapeutas, personal trainers, escriturários de hospitais, antes dos mais velhos, que representam mais de 70% dos mortos? É justo proteger essa gente antes dos professores, dos policiais e de outras categorias mais expostas ao vírus?"

Ele conclui com uma crítica direta ao governo Bolsonaro: "Que azar. Quando o Brasil mais precisava de técnicos treinados para executar a difícil tarefa de vacinar seus habitantes, única forma de reduzir a mortalidade e dar alento à economia, caímos nas mãos de um Ministério da Saúde fragilizado, dirigido por amadores".

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Gilmar Mendes diz que Moro e procuradores da Lava Jato criaram um "esquadrão da morte" em Curitiba

Ministro Gilmar Mendes, do STF, voltou a condenar as ilegalidades praticadas por Sérgio Moro e pelos procuradores liderados por Deltan Dallagnol. "O que se instalou em Curitiba era um grupo de esquadrão da morte, totalmente fora dos parâmetros legais", disse ele ao mencionar a atuação conjunta de Moro e do MPF para condenar Lula

Brasil 247, 12/02/2021, 15:10 h Atualizado em 12/02/2021, 16:02
   (Foto: Reprodução)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou nesta sexta-feira (12) a fazer críticas às ilegalidades praticadas por procuradores e pelo ex-juiz Sérgio Moro na operação Lava Jato.

Em entrevista ao jornalista Tales Faria, do UOL, o ministro STF demonstrou que não há dúvidas de que Sergio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol atuaram em conjunto para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Temos que fazer consertos, reparos, para que isso não mais se repita, não se monte mais esse tipo de esquadrão da morte. Porque o que se instalou em Curitiba era um grupo de esquadrão da morte, totalmente fora dos parâmetros legais", afirmou Gilmar Mendes.

"Acho tudo isso lamentável, todos nós de alguma forma sofremos uma manipulação disso que operava em Curitiba. Acho que temos que fazer as correções devidas, tenho dito e enfatizado que Lula é digno de um julgamento justo", completou o magistrado.
'Lavajatismo é pai do bolsonarismo'

Na entrevista ao UOL, o ministro Gilmar Mendes afirmou que as ações da Lava Jato contribuíram para o surgimento do movimento de extrema-direita no Brasil, liderado por Jair Bolsonaro.

"Acho que a gente até pode dizer que Deus realmente seja brasileiro e esteja nos dando uma chance de fazer uma revisão, mas, eu já disse, o lavajatismo de alguma forma é pai e mãe do bolsonarismo", afirmou o ministro do Supremo.

O ministro falou sobre como o ex-juiz Moro interferia no trabalho do Ministério Público, direcionando as ações dos procuradores.
Durante seu voto no julgamento da 2ª turma do STF que deu acesso à defesa de Lula às mensagens apreendidas na operação Spoofing, nessa terça-feira (9), Gilmar Mendes leu diversos trechos das mensagens trocadas entre Dallagnol e Moro, que mostram que o ex-juiz e o procurador se ajudavam. "Isto tem a ver com o processo penal? Ou esses fatos não existiram ou, se existiram, eles são de uma gravidade que comprometem a existência da Procuradoria Geral da República", afirmou. "Se alguém acha que esse tipo de conduta encontra respaldo em qualquer código de processo penal da América Latina, por favor, peça um aparte", completou o ministro.

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Lava Jato sem limites: 'Precisamos atingir Lula na cabeça', escreveu procuradora em mensagem que está com STF

Uma mensagem estarrecedora da procuradora Carolina Rezende nas trocas de mensagens da Lava Jato: "Precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1)"

Brasil 247, 12/02/2021, 10:46 h Atualizado em 12/02/2021, 15:10
      Procuradora Carolina Rezende e o ex-presidente Lula 
        (Foto: Wilson Dias/ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Novos diálogos obtidos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Spoofing apontaram que a procuradora Carolina Rezende citou o petista como o principal alvo da Operação Lava Jato. Ela integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2016. A troca de mensagens ocorreu no dia 5 de março daquele ano, um dia após Lula ser conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal. A defesa dele protocolou nesta sexta-feira (12) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo pacote de mensagens.

"Pessoal, fiquei pensando que precisamos definir melhor o escopo pra nós dos acordos que estão em negociação. Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1), pra nós da PGR, acho q o segundo alvo mais relevante seria Renan", disse a procuradora, de acordo com informações publicadas pela coluna de Mônica Bergamo.

"Sei que vcs pediram a ODE [empreiteira Odebrecht] que o primeiro anexo fosse sobre embaraço das investigações. Achei excelente a ideia mas agora tenho minhas dúvidas se o tema é prioritário e se é oportuno nesse momento. Não temos como brigar com todos ao mesmo tempo. Se tentarmos atingir ministros do STF, por exemplo, eles se juntarao contra a LJ, não tenho dúvidas. Tá de bom tamanho, na minha visão, atingirmos nesse momento o min mais novo do STJ. acho que abrirmos mais uma frente contra o Judiciário pode ser over. Por outro lado, aqueles outros (lula e Renan) temas pra nós hj são essenciais p vencermos as batalhas já abertas", acrescentou.

Procuradores da força-tarefa também combinaram a divulgação de uma nota a favor de Sérgio Moro, questionado por determinar a condução coercitiva de Lula. Segundo um dos procuradores, a nota era necessária para "não deixarmos um amigo apanhar sozinho".

A procuradora Carol acrescentou: "Coitado de Moro.. Não ta sendo fácil. Vamos torcer pra esta semana as coisas se acalmarem e conseguirmos mais elementos contra o infeliz do Lula".

A defesa do ex-presidente afirma ainda, baseada nos diálogos, que a Lava Jato "atuava não apenas com o objetivo de devassar e produzir qualquer coisa"contra Lula, como ainda escondia "provas de sua inocência".

Em uma das mensagens, procuradores da Lava Jato revelam que Paulo Dalmazzo, ex-diretor da Andrade Gutierrez, afirmara que Lula tinha feito uma palestra para a empresa e que saiu dela "ovacionado".

"Não botei o termo", diz um dos procuradores que investigava palestras dada a empresas pelo ex-presidente.

Leia a íntegra da petição da defesa de Lula:




Em nova petição sobre a Lava Jato, defesa de Lula aponta ocultação de provas e parceria entre MP e Gabriela Hardt

Advogados revelam fatos novos e gravíssimos com base em conversas obtidas pela Operação Spoofing, entre eles a ocultação de provas da inocência do ex-presidente, inclusive com adulteração de termo de depoimento, escolha de alvos nas instâncias superiores, combinação entre MP e juíza e também para entregar provas e obter recursos

Brasil 247, 12/02/2021, 11:50 h Atualizado em 12/02/2021, 12:00
    Advogado Cristiano Zanin Martins, ex-presidente Lula, juíza Gabriela Hardt e o procurador 
Deltan Dallagnol (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução | ABr)

Em petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para a necessidade de diligências do Judiciário contra as condutas ilegais da Operação Lava Jato, após um novo pacote de mensagens apontar que a procuradora Carolina Rezende citou o petista como o principal alvo da Operação Lava Jato ao escrever "precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1)". Ela integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2016, quando ocorreu a troca de mensagens.

A defesa também citou uma parceria entre a juíza Gabriela Hardt e o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), uma postura da magistrada e de procuradores que fere a equidistância entre quem julga e quem acusa.

"De fato, em 19.12.2018 o procurador da República DELTAN DALLAGNOL informou aos demais procuradores da 'Lava Jato' que havia combinado com 'Gabriela' a criação de uma 'planilha google' na qual seriam colocadas as prioridades do órgão acusador – com a classificação de prioridade 1, 2 ou 3, dentre outras coisas", destacou a petição.

Em 19 de dezembro de 2018, após Sérgio Moro aceitar o cargo de ministro da Justiça, o procurador Deltan Dallagnol disse em um chat para os colegas de MPF: "Gente, importante: 1) Gabriela não sabe o que é prioridade. Há 500 processos com despacho pendentes e não sabe o que olhar. Combinei de criarmos uma planilha google e colocarmos o que é prioridade pra gente".

Na petição, a defesa de Lula afirmou que o novo pacote de mensagens reforçou "o contexto de caçada judicial" contra o petista "com o aval da Procuradoria-Geral da República em sua antiga gestão".

O documento destacou, como fatos graves, a "ocultação de provas de inocência em favor do Reclamante" e a "prática de diversos atos combinados para criar um ambiente artificial de culpabilidade" contra o ex-presidente. "Na primeira instância, os procuradores da 'Lava Jato' tramavam acordos de delação a toque de caixa com o objetivo de impor condenações injustas ao Reclamante".

Ameaçado por Bolsonaro, Flávio Dino responde: "não tenho medo de polícia nem de milícia"

O governador Flávio Dino ainda afirmou que “Jair Bolsonaro inventou uma conta sobre dinheiro destinado ao governo do Maranhão. Mistura estado, municípios e auxílio emergencial para criar factoide”

Brasil 247, 11/02/2021, 23:04 h Atualizado em 11/02/2021, 23:04
  Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: GOVMA | Marcos Corrêa/PR)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), respondeu Jair Bolsonaro, que o atacou em live nesta quinta-feira, 11, e disse que ia enviar a Polícia Federal (PF) ao seu estado para investigar o que aconteceu com o dinheiro destinado para leitos de UTIs.
Nas redes sociais, Dino afirmou que “Bolsonaro inventou uma conta sobre dinheiro destinado ao governo do Maranhão. Mistura estado, municípios e auxílio emergencial para criar factoide”.

O governador ainda ressaltou que ele “confunde a Polícia Federal com uma milícia e milicianos”. E ressaltou: “não tenho medo nem de polícia nem de milícia”.
Mais cedo, Bolsonaro atacou Dino e seu partido ao afirmar que “o Maranhão é o estado com menor renda per capita do Brasil. Não é à toa que é governado pelo Partido Comunista do Brasil. Onde o comunismo cresce é exatamente em cima da miséria.Nos estados de renda maior, quase não tem deputado desse partido”.

E respondeu o secretário de Saúde do Estado do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Eduardo Lula:

“Nós fizemos… Foi quase R$ 1 bilhão… Ou melhor R$ 300 milhões, especificamente, para leitos de UTI no estado do Maranhão. Cadê os leitos de UTI? Sumiu tudo? O secretário disse que não estamos ajudando. Pra onde foi essa grana? Acho que vou perguntar para a Polícia Federal”.

Para jornalistas os governos petistas foram os que mais investiram nas Forças Armadas, mas o general Villas-Boas, foi decisivo no golpe a democracia

Lula foi quem mais investiu nas Forças Armadas, mas general ajudou no golpe


O jornalista Reinaldo Azevedo criticou, em artigo publicado nesta sexta-feira, o golpismo das Forças Armadas, depois da confissão feita pelo general Villas-Boas, e disse que o ex-presidente Lula foi quem mais investiu no setor militar. "Pouco me importam os fantasmas que povoam a imaginação criativa do golpismo. Fato: Lula foi o presidente que mais investiu no reaparelhamento das Forças Armadas desde a redemocratização. E desafio que se evidencie o contrário. A ideia de que se forjou um espírito antipetista num ambiente de penúria e de política entreguista (ao onguismo internacional) vale uma dose do vermífugo do astronauta", escreveu.

"Não tenho apreço por quem me ameaça. Os tuítes de Villas Bôas marcaram o engajamento explícito das Forças Armadas na candidatura de Bolsonaro. Um dos generais do poder organizou uma lista de compra de votos para eleger o presidente da Câmara. Outro, da ativa, poderá, no fim de fevereiro, discursar sobre 250 mil cadáveres. Seriam esses os 'anseios dos cidadãos de bem?' O depoimento de Villas Bôas tem óbvio interesse histórico. Merece um lugar na prateleira do lixo golpista", escreveu ainda o colunista.

General usou a farda para impulsionar candidatura Bolsonaro

Jornalista Bernardo Mello Franco e o general Eduardo Villas Bôas (Foto: Reprodução | ABr)

Em sua coluna publicada no jornal O Globo, Bernardo Mello Franco afirma que o agora ex-comandante do Exército Eduardo Villas BôasVillas Bôas "usou a farda para impulsionar o candidato dos quartéis". "Às vésperas da eleição de 2018, ele pressionou o Supremo a negar um habeas corpus a Lula. O ex-presidente foi preso, e Bolsonaro passou a liderar a corrida ao Planalto", escreveu o jornalista.

De acordo com o general, "a defesa da ditadura está na origem do ressentimento do general com o PT". "Ele reconhece que Lula reaparelhou as Forças Armadas, mas afirma que os militares se sentiram traídos pela instalação da Comissão Nacional da Verdade", diz Mello Franco.

"Em entrevista ao professor Celso Castro, o general se negou a revelar o teor do diálogo com o capitão (Jair Bolsonaro). Apesar da recusa, seu depoimento ajuda a entender a gratidão presidencial", continua.

De acordo com Mello Franco, "Villas Bôas revela que jantou com Michel Temer quando o então vice articulava o impeachment da então presidente". "Depois do repasto, ele indicou um amigo de infância, o general Sérgio Etchegoyen, para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional".

Senador diz a Pazuello que ele e Bolsonaro serão processados por genocídio

Durante a sessão no Senado convocada para o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prestar esclarecimentos a respeito do caos estabelecido pelo governo no combate à pandemia, o senador Fabiano Contarato fez um desabafo e disse que tanto o titular da pasta quanto o Jair Bolsonaro serão processados por genocídio

Brasil 247, 12/02/2021, 08:44 h Atualizado em 12/02/2021, 09:03
   (Foto: Agência Senado)

Durante a sessão no Senado convocada nesta quinta-feira (11) para o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prestar esclarecimentos a respeito do caos estabelecido pelo governo federa no combate à pandemia, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) fez um desabafo e disse que tanto o titular da pasta quanto o Jair Bolsonaro serão processados por genocídio contra a população brasileira.

“A digital de vocês dois estão nessas mortes. E eu tenho fé em Deus que tanto você, quanto o presidente da República, irão responder por genocídio. Seja aqui no Brasil, seja no Tribunal Penal Internacional”, disse Contarato.

Com tom muitas vezes agressivo, Pazuello negou diversas vezes, durante a sessão no Senado, que sabia da crise da falta de acesso à oxigênio estabelecida em Manaus no início de janeiro.


No entanto, na semana anterior ao colapso do sistema de Saúde na capital, no dia 10 de janeiro, Pazuello visitou Manaus e orientou a todos os profissionais de saúde e a prefeitura aplicarem o "Kit Covid" que contém cloroquina, nos pacientes.

"Nós temos verificado que a maioria dos estados, a grande maioria, está [em situação] estabilizada ou descendente, e nós estamos muito focados nos estados em que a curva está em elevação e apoiando em tudo o que for necessário”, disse ele durante a visita, omitindo qualquer questão envolvendo o colapso que se avizinhava.

Com a falta de cilindros de oxigênio, o caos se estabeleceu na cidade na segunda quinzena de janeiro e diversos moradores fizeram filas para terem acesso ao valioso item. As cenas de desespero viralizaram pelo mundo e artistas como Whindersson Nunes, Tatá Werneck e Gustavo Lima, entre outros, entraram em ação para ajudar o estado, negligenciado pelo governo.

Além dos artistas, o governo de Nicolàs Maduro, tratado como inimigo número um por Bolsonaro, também entrou em cena e enviou ao Brasil caminhões com cilindros de oxigênio.

Além da convocação no Senado, Pazuello também é alvo de inquérito no STF que investiga se houve omissão do ministro em relação à crise sanitária no Amazonas. Na semana passada, ele prestou depoimento à Polícia Federal.

Lira promete volta das coligações e flexibilização da cláusula de barreira

O presidente da Câmara dos Deputados prometeu reintroduzir medidas que devem garantir que o órgão permaneça 'travado' pelo alto número de partidos

Brasil 247, 11/02/2021, 17:07 h Atualizado em 12/02/2021, 08:01
  Arthur Lira (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), prometeu novas medidas que devem piorar a situação na Câmara dos Deputados no que diz respeito ao alto número de partidos que nela estão representados.

As coligações partidárias, que Lira pretende reintroduzir, levam à representação maior de partidos menores, e a cláusula de barreira gradativamente impõe obstáculos gradativamente a partidos de menor expressão. As medidas visam 'destravar' a Câmara.

As informações foram reportadas no Antagonista.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Lula anuncia que irá às ruas logo depois de tomar vacina

Ex-presidente Lula anunciou, aos 75 anos, que segue disposto a percorrer o Brasil, quando tomar a vacina contra a Covid-19. Retomada do papel do Estado no crescimento, bem como a volta de direitos sociais e investimentos serão algumas das principais bandeiras defendidas por ele nas ruas

Brasil 247, 11/02/2021, 10:58 h Atualizado em 11/02/2021, 11:00
   Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no Twitter que vai percorrer o País depois de tomar a vacina contra a Covid-19.

"Quando eu tomar a vacina, vocês podem ter certeza que vamos nos reencontrar por esse país!", escreveu o ex-presidente nesta quinta-feira (11) em sua conta no Twitter.

Quando eu tomar a vacina, vocês podem ter certeza que vamos nos reencontrar por esse país! #PT41Anos

Foto: Ricardo Stuckert pic.twitter.com/dmwbWAerRi
— Lula (@LulaOficial) February 11, 2021

A postagem do ex-presidente vem num contexto em que o governo Jair Bolsonaro ainda encontra dificuldades para coordenar as medidas de prevenção à Covid-19.

De acordo com o Imperial College de Londres, a transmissão do coronavírus no Brasil continua sem controle.

Ao lembrar os 41 anos do PT, o ex-presidente disse, nessa quarta-feira (10), que é necessário "despertar o povo desta anestesia coletiva que a sociedade foi tomada, manipulada pelos meios de comunicação".

O petista está com a sua narrativa cada vez mais comprovada de que foi alvo de um julgamento parcial na Lava Jato. Após várias reportagens do Intercept, desde junho de 2019, continuarem demonstrando as condutas ilegais da operação, o Supremo Tribunal Federal liberou, neste ano de 2021, o acesso a mensagens de Sérgio Moro pela defesa do ex-presidente. Um das mensagens, Moro deixou clara a sua parcialidade ao perguntar se os procuradores não teriam uma "denúncia sólida o suficiente".