sábado, 16 de janeiro de 2021

Além de oxigênio, Venezuela também envia médicos a Manaus

Segundo o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, 107 médicos brasileiros e venezuelanos, formados na Escola Latino-Americana de Medicina de Caracas, apareceram no consulado da Venezuela em Boa Vista para oferecerem seus serviços ao estado do Amazonas

Brasil 247, 16/01/2021, 15:20 h Atualizado em 16/01/2021, 16:14
   Oxigênio da Venezuela (Foto: Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas)

Neste sábado, 16, chegam os primeiros caminhões venezuelanos com cilindros com milhares de litros de oxigênio para Manaus (AM). Segundo o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, além do oxigênio, que falta no Amazonas, o país também enviará centenas de médicos para o Brasil.


Arreaza, nas redes sociais, neste sábado, afirmou que na sexta-feira, 15, 107 médicos brasileiros e venezuelanos, formados na Escola Latino-Americana de Medicina de Caracas, apareceram no consulado da Venezuela em Boa Vista (RR) para oferecerem seus serviços ao estado do Amazonas. “Eles foram agrupados na brigada Simón Bolívar”, afirma o chanceler.



Nassif: ou o Brasil derruba Bolsonaro ou sofrerá um golpe

Jornalista Luís Nassif alerta que Congresso e STF devem agir já para impedir Jair Bolsonaro. "A cada dia que passa, seu poder aumentará. Se não cortar a cabeça da cobra agora, não haverá condições mais adiante", afirma

Brasil 247, 16/01/2021, 17:16 h Atualizado em 16/01/2021, 17:45
   (Foto: 247 | Reuters)

O jornalista Luis Nassif alerta neste sábado (16) para os riscos ao que ainda resta da democracia brasileira, caso Jair Bolsonaro se mantenha no cargo. 

Em artigo no Jornal GGN, Nassif analisa que o agravamento do quadro econômico do País e a recrudescimento da pandemia do coronavírus, que levou a cidade de Manaus ao colapso na Saúde, com pacientes morrendo por falta de oxigênio, terão efeitos diretos sobre o governo Bolsonaro. 

"A única maneira de dar uma parada, de reorganizar as expectativas, será com um novo comando, especialmente se for fruto do grande pacto nacional", avalia. 




Segundo Nassif, assim que Bolsonaro se vir ameaçado, irá antecipar sua estratégia convocando suas milícias armadas e, provavelmente, lançará acenos às bases das polícias estaduais e das Forças Armadas.

"Daí a necessidade de duas iniciativas em paralelo. A primeira, a articulação do impeachment no Congresso. A segunda, as conversas entre os poderes, visando garantir o movimento contra as milícias de Bolsonaro", diz o jornalista. 

"Não adianta se esconder debaixo da cama com receio das milícias. A cada dia que passa, seu poder aumentará. Se não cortar a cabeça da cobra agora, não haverá condições mais adiante", acrescenta Nassif.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Maduro confirma decisão de enviar oxigênio a Manaus, mas Bolsonaro ainda não aceitou

País sul-americano, apesar das dificuldades impostas pelas sanções dos Estados Unidos, vai enviar oxigênio para salvar vidas brasileiras no estado do Amazonas. Mas o governo Bolsonaro, que considera a Venezuela um país inimigo, ainda não aceitou

Brasil 247, 15/01/2021, 05:15 h Atualizado em 15/01/2021, 09:09
Nicolás Maduro (Foto: Presidência da República da Venezuela)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que está decidido a ajudar o Brasil a superar o problema do colapso na saúde em Manaus, no Amazonas. Por meio do ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, o país ofereceu oxigênio necessário para minimizar a dificuldade dos hospitais.

Pela logística mais fácil, a Venezuela é o país com opção mais viável para enviar o oxigênio ao Brasil. 

As empresas que produzem os cilindros aumentaram a capacidade de fabricação ao limite, mas a demanda seria três vezes maior ao que Manaus conta atualmente. Uma das soluções seria apelar à fornecedora White Martins, que já tem parceria com o governo do Amazonas e está trabalhando em ritmo acelerado para atender à demanda. 

Mourão culpa "indisciplina" da população por aumento de casos de covid

Em nenhum momento o general citou Bolsonaro e o seu governo, que são os maiores críticos das medias de isolamento social

Brasil 247, 15/01/2021, 11:41 h Atualizado em 15/01/2021, 12:05
    (Foto: Romério Cunha/Flickr)

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) declarou nesta sexta-feira (15) que há uma dificuldade natural para impor medidas de restrição no Brasil por conta de uma "característica do povo".

Segundo ele, "o nosso povo não tem essa imposição de disciplina", algo que não ocorreria em vários outros países que estão, frente a uma segunda onda da pandemia da covid-19, reativando esquemas de quarentena e até mesmo lockdown (fechamento total de atividades não essenciais). A informação é do portal UOL. 

Em nenhum momento o general citou Bolsonaro, que é o maior crítico das medias de isolamento social. 



Na visão dele, o Brasil "não fechou nunca", de fato, em referência aos primeiros meses da pandemia no ano passado.

Procurador do Amazonas diz que governo Bolsonaro foi alertado quatro dias antes sobre falta de oxigênio

Igor da Silva Spindola, procurador da República do estado do Amazonas, afirmou nesta quinta-feira que o Ministério da Saúde foi alertado há pelo menos quatro dias de que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus

Brasil 247, 15/01/2021, 05:43 h Atualizado em 15/01/2021, 09:09
   Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

O procurador da República do Amazonas, Igor da Silva Spindola, disse nesta quinta-feira (14) que "a direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje (quinta-feira) para tratar disso após ser avisada há quatro dias", referindo-se à falta de oxigênio nos hospitais em Manaus. 

Spindola criticou o que avalia como "falta de coordenação" do governo federal e de militares no ministério, que desconhecem o funcionamento do SUS, informa a coluna do Guilherme Amado.


O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou, nesta quinta-feira (14), um decreto que proíbe a circulação de pessoas em Manaus, capital do estado, entre 19h e 6h. Devido à falta de oxigênio, o estado também entrou com uma ação na Justiça para que a empresa fornecedora garanta o abastecimento nas unidades de saúde.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Trump recua e pede que não haja violência durante posse de Biden

"Eu insisto que NÃO deve haver violência, violações da lei e vandalismo de qualquer tipo", declarou o atual presidente dos EUA em nota

Brasil 247, 13/01/2021, 16:22 h Atualizado em 13/01/2021, 16:32
   Trump, Capitólio invadido por seus apoiadores e Joe Biden (Foto: Reuters)

Donald Trump, que na semana passada instigou o caos social nos Estados Unidos ao incitar uma insurreição, passou a adotar um discurso contra a violência de seus apoiadores. 

Em nota, o atual presidente dos Estados Unidos disse: "À luz de revelações sobre novas demonstrações, eu insisto que NÃO deve haver violência, violações da lei e vandalismo de qualquer tipo. Isso não é o que eu apoio, e não é o que os Estados Unidos apoiam. Eu apelo a TODOS os americanos para ajudar a aliviar tensões e acalmar temperamentos", diz a nota emitida nesta quarta-feira (13).

Durante a sessão de votação do impeachment, o presidente americano Donald Trump acaba de soltar uma declaração pedindo para que "NÃO" haja violência, violação de leis e vandalismo.

"Isto não é o que apoiamos, isto não é o que os EUA apoiam", diz Trump.pic.twitter.com/goDIMgiqrC



Crítico de urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro seria beneficiado por fraude com cédulas de papel nas eleições de 1994

O episódio, noticiado pelo Jornal do Brasil em 17 de novembro de 1994, foi lembrado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG)

Brasil 247, 13/01/2021, 16:09 h Atualizado em 13/01/2021, 16:32
     (Foto: Reprodução)

Um dos maiores críticos das urnas eletrônicas e defensor da volta de cédulas de papel nas eleições, Jair Bolsonaro já figurou como beneficiário de fraude no uso cédulas de papel. 

O episódio ocorreu nas eleições gerais de 1994. Como mostra reportagem de 17 de novembro de 1994, do Jornal do Brasil, um dos principais periódicos brasileiros naquela época, a eleição do Rio, como em todo o país, usava cédulas de papel. Na 24ª Zona Eleitoral, o juiz Nélson Carvalhal identificou cédulas falsas. Elas beneficiavam um então candidato a deputado federal pelo PPR, Jair Bolsonaro.

O episódio foi lembrado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG). "Quase 27 anos depois, Bolsonaro não se cansa de pôr em cheque a lisura das urnas eletrônicas. Há 10 meses, afirmou ter provas de fraude no pleito de 2018 e que as apresentaria 'em breve'. Ficou na promessa, pois até agora, nada das tais 'provas'", disse Correia. 




A tática levada a cabo por Bolsonaro serve ao propósito de, em caso de derrota em 2022, ter uma saída que una seus apoiadores – e, quem sabe, tentar algo parecido com o que Donald Trump tentou nos Estados Unidos, felizmente sem sucesso até agora: melar o processo democrático do país", acrescentou Correia.

Leia na Página 5 da edição do Jornal do Brasil a notícia sobre Bolsonaro:

Com segurança reforçada, Câmara inicia análise de impeachment de Trump

Isolado politicamente e silenciado nas redes sociais, Donald Trump deve se tornar nesta quarta o 1º presidente americano a sofrer dois impeachments

Brasil 247, 13/01/2021, 14:37 h Atualizado em 13/01/2021, 14:37
   (Foto: Joshua Roberts/Reuters)

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira (13) a análise do segundo processo de impeachment do presidente Donald Trump. 

Os congressistas contam com segurança reforça por soldados da Guarda Nacional. Desta vez, Trump é acusado formalmente de incitar à violência que resultou na invasão do Capitólio, a sede do Congresso americano, no último dia 8.

No entanto, Trump deve continuar no cargo até a posse do presidente eleito Joe Biden, no dia 20. Isso porque, ao contrário do Brasil, o presidente dos EUA não é afastado quando o processo de impeachment é aprovado na Câmara. A remoção definitiva só ocorre caso o processo seja aprovado também pelo Senado.



Em conversa com jornalistas, Donald Trump afirmou que há "muita raiva" sobre o novo processo de impeachment e que se trata da "continuação da maior caça às bruxas da história da política".

Antes do início do processo de impeachment, o vice-presidente Mike Pence se recusou a invocar a 25ª Emenda, que permite destituir o presidenten dos Estados Unidos por incapacidade.

A paixão da ignorância: uma psicanálise da educação para a escuta

Leia a “Introdução” do autor do livro recém-lançado, primeiro volume da Coleção “Psicanálise e Educação”

Brasil 247, 12/01/2021, 21:42 h Atualizado em 12/01/2021, 21:42
   Senado aprova PECdo Fundeb (Foto: Milton Michida/A2)

Por Christian Dunker 

(Publicado no site A Terra é Redonda)

Introdução

A escuta talvez esteja no ponto de passagem e de articulação entre duas superfícies: educação formal e educação informal; educar e cuidar, aprender e ensinar. Este ponto de divisão subjetiva do educador é também seu ponto de desamparo e de vazio. Por isso penso que a escuta – que não é prerrogativa ou exclusividade do psicanalista, do psicoterapeuta ou do especialista em saúde mental – tornou-se peça fundamental para o educador.




Depois de gerações formadas para disputar a fala, depois de anos avaliando a participação de alunos pela sua disposição a falar, estamos nos dando conta de que a faculdade de escutar também devia fazer parte de nossos currículos, objetivos e habilidades. Um dos equívocos dessa falicização da fala é pensar que o protagonista é quem fala e o subordinado quem escuta. Penso que o protagonista é aquele que, como diz o termo em grego, carrega em si (proto) o conflito (agon).

Assim como a paixão da fala parece acompanhar os que querem saber, a paixão da escuta tem a ver com a experiência da ignorância. Não se trata aqui da ignorância como mera falta de instrução ou civilidade, mas da ignorância como ponto de partida para a aventura da escuta e da abertura para o outro. Chamemos isso de escuta lúdica ou escuta empática, escuta ativa ou não violenta.


Christian Dunker, Professor titular do Instituto de Psicologia da USP. Autor, entre outros livros, de Litorais do patológico (Nversos). A paixão da ignorância: uma psicanálise da educação para a escuta

Secretários estaduais de Saúde consideram "perversidade" e "loucura" pressão de Pazuello por cloroquina

Secretários estaduais de Saúde trataram como uma "perversidade" e uma "loucura" a pressão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para que autoridades prescrevam a cloroquina contra o coronavírus

Brasil 247, 13/01/2021, 08:32 h Atualizado em 13/01/2021, 08:51
General Eduardo Pazuello, ministro da Saúde (Foto: Erasmo Salomão/MS)

Secretários estaduais de Saúde repudiaram a pressão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para que autoridades prescrevam a cloroquina contra o coronavírus. Dirigentes trataram o documento da pasta como "esdrúxulo", "loucura" e "perversidade". A informação foi publicada pela coluna Painel, da Folha

O ofício do ministério, assinado por Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, afirmou que não utilizar estes medicamentos é "inadmissível". O documento foi enviado para a secretaria municipal de Saúde de Manaus.

Após tentativa de golpe nos EUA, internautas relembram que Aécio fez o mesmo no Brasil

Os deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciaram ações no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público Federal contra o ministério.