terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Haddad: “Moro decidiu receber sua parte no golpe em dinheiro”

O ex-prefeito de São Paulo postou uma mensagem em seu Twitter na manhã desta terça-feira em referência ao fato de Sérgio Moro ter sido contratado pela Alvarez & Marsal, consultoria que administra os escombros da Odebrecht, dizimada a mando do ex-chefe da Lava-Jato

Brasil 247, 1/12/2020, 12:24 h Atualizado em 1/12/2020, 12:45
   Fernando Haddad e Sérgio Moro (Foto: Gustavo Bezerra | Senado)

A mudança de Sérgio Moro para Washington, capital dos EUA, e seu novo contrato milionário com a consultoria Alvarez & Marsal vêm gerando bastante discussão nas redes. O mais recente a se posicionar foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que vê o novo status de Moro como uma espécie de retribuição por seus esforços em promover não somente o golpe de estado que depôs Dilma Rousseff em 2016, mas também pela liquidação de empresas como a Odebrecht através da Operação Lava-Jato.

Em seu Twitter, Haddad postou a seguinte mensagem: 

Agora, na posição de diretor da Alvarez & Marsal, que lida com os escombros da construtora brasileira, Moro vê seus esforços sendo retribuídos generosamente.

Caos econômico: indústria enfrenta inflação e falta de matérias-primas

Fracasso da política econômica do ministro Paulo Guedes, associado com o avanço da pandemia, fez com que indústria enfrentasse escassez de matérias-primas em novembro, além de um aumento recorde na inflação de insumos

Brasil 247,1/11/2020, 12:53 h Atualizado em 1/12/2020, 13:46
    Paulo Guedes e fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado | REUTERS/Paulo Whitaker)

Camila Moreira, Reuters - A indústria brasileira enfrentou em novembro escassez de matéria-prima, o que, combinado com a depreciação do real, provocou aumento recorde na inflação de insumos, apontou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

A IHS Markit, que realiza a sondagem, informou que o aumento dos custos de insumos e preços cobrados em ritmo recorde na pesquisa se deveu a um mix de escassez de matérias-primas, em parte devido às restrições globais por causa da pandemia, depreciação do real e forte demanda por insumos.

Os produtores aumentaram sensivelmente a produção em resposta ao crescimento contínuo nas vendas, mas ainda assim o PMI do setor caiu a 64,0 em novembro, de 66,7 em outubro, menor patamar em quatro meses. Leitura acima de 50 indica expansão da atividade.




Entretanto, a IHS Markit ressalta que o índice “assinalou a mais acentuada melhora na saúde do setor, superior a todas as outras registradas antes do surto da doença do coronavírus de 2019 (Covid-19)”.

“O setor industrial brasileiro continuou se beneficiando de um crescimento robusto em novembro. As taxas de expansão mensais de novos pedidos, produção e compra de insumos se atenuaram, mas permaneceram mais sólidas do que o observado antes do surto de Covid-19”, explicou a diretora econômica da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

“Os comentários dos participantes da pesquisa sugerem que a desaceleração foi um reflexo principalmente da escassez de matérias-primas”, completou.

Houve expansão significativa no volume de novas encomendas, em meio a forte demanda, lançamentos, pedidos em larga escala e melhora de participação de mercado, segundo a IHS Markit.

As vendas totais foram impulsionadas por aumento recorde nos novos pedidos do exterior. Se por um lado a depreciação do real em relação ao dólar nos últimos meses pressionou a inflação de insumos, por outro melhorou a competitividade dos preços no mercado externo.

Os dados da pesquisa sugerem que o crescimento da produção foi parcialmente restringido pela falta de materiais disponíveis para a conclusão dos pedidos em atraso. Com isso, os negócios pendentes aumentaram no ritmo mais acentuado já registrado em quase 15 anos de pesquisa.

O emprego no setor industrial brasileiro cresceu pelo quinto mês seguido em novembro. Entre os 21% dos participantes que informaram crescimento, houve citações a esforços de reposição de funcionários dispensados por causa da Covid-19, ao otimismo em relação às perspectivas e à forte demanda.

A indústria prevê crescimento da produção no próximo ano, com mais publicidade, planos de expansão da capacidade, novos investimentos e previsões de aumento nas vendas, reforçando o otimismo.

Liana Cirne Lins: "se a justiça eleitoral não anular a eleição em Recife, ela pode fechar"

29 de novembro de 2020, 20:45

A vereadora eleita do Recife Liana Cirne Lins (PT) contestou o resultado da eleição de João Campos (PSB) na capital pernambucana neste domingo (29). 

Em participação na Superlive da TV 247 sobre os resultados do segundo turno pelo país, Liana, que foi a vereadora mais votada do PT no Recife, acusou o candidato do PSB de compra de votos e boca de urna generalizada. 

"Nós tivemos uma lavagem de compra de votos e de boca de urna que nós temos centenas de vídeos", afirmou. "Se a Justiça não anular a eleição de Recife, pode fechar a Justiça Eleitoral. Não tem serventia. Porque não existe um caso tão ululante de compra de votos como aconteceu em Recife", acrescentou Liana Cirne Lins.

"Nunca vi nada tão podre, tão sujo, tão rasteiro com foi a eleição de João Campos, este indigentes moral e político, hoje no Recife", disse também a vereadora eleita.

Empresa que contratou Moro receberá quase R$ 35 milhões da Odebrecht e da OAS

Empresa de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) receberá R$ 34,8 milhões pela administração da recuperação judicial das construtoras Odebrecht e OAS, que quebraram após a Lava Jato. Nesta semana, Sérgio Moro, ex-juiz da operação, tornou-se um dos sócios da A&M

Brasil 247, 1/12/2020, 11:48 h Atualizado em 1/12/2020, 12:41
   (Foto: Reuters | Reprodução)

A empresa de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) receberá R$ 34,8 milhões pela administração da recuperação judicial das construtoras Odebrecht e OAS, que quebraram após virarem alvos da Lava Jato. Nesta semana, a consultoria anunciou que o ex-juiz da operação Sérgio Moro será um dos sócios da A&M em São Paulo. 

Segundo reportagem do Blog do Vicente, no Correio Braziliense, a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo definiu que no caso da OAS a remuneração da A&M totalizará R$ 15 milhões. O valor será dividido em 30 parcelas mensais, sendo as 10 primeiras de R$ 400 mil e as 10 seguintes, de R$ 500 mil, e o restante das parcelas, R$ 600 mil, cada. No caso da Odebrecht, estão previstos de forma provisória pagamentos que somam R$ 19,8 milhões 

Ainda segundo a reportagem, um amigo de Moro teria dito que o ex-juiz fez “um negócio espetacular. Com o dinheiro que ganhará, deve abrir mão dos interesses políticos, por enquanto”.

Governo Bolsonaro tem relatórios sobre jornalistas como os feitos pela ditadura

Relatório do governo Bolsonaro classifica 81 jornalistas, intelectuais e influenciadores em “detratores”, “neutros” e “favoráveis” em linguagem similar aos relatórios dos órgãos de repressão da ditadura. Veja a lista. O relatório afirma sobre Xico Sá: “"Faz oposição contumaz ao governo, além de reverberar matérias de teor desfavorável à gestão Bolsonaro"

Brasil 247, 1/12/2020, 10:57 h Atualizado em 1/12/2020, 11:48
   Jair Bolsonaro e Xico Sá (Foto: REUTERS/Pilar Olivares | Brasil 247)

O governo Jair Bolsonaro tem produzido relatórios sobre jornalistas e "outros formadores de opinião" nos mesmos moldes dos realizados pelos órgãos de repressão durante a ditadura militar, especialmente os DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), espalhados por todas as unidades da Federação. Num desses relatórios, 81 jornalistas e influenciadores são separados entre “detratores”, “neutros” e “favoráveis”.

“O relatório revela e leva ao governo as impressões sobre esses profissionais”, escreve o jornalista Rubens Valente, do UOL, em reportagem sobre o assunto. O levantamento intitulado "Mapa de influenciadores", que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, foi produzido pela BR+ Comunicação. Ela tem um contrato com o MCTIC (Ciência e Tecnologia) que é aproveitado pelo ME por meio de um Termo de Execução Descentralizada de junho de 2020, no valor total de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação.

O grupo dos “detratores” é o mais numeroso, com 51 nomes. Os "favoráveis" da lista são 23. E os "neutros informativos", oito. 




Entre os supostos "detratores" estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Carol Pires, Claudio Dantas, Luis Nassif, Brunno Melo, Igor Natusch, George Marques, Palmério Dória, Flávio V. M. Costa, Márcia Denser, Rachel Sheherazade, além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Claudio Ferraz, Sabrina Fernandes, Marco Antonio Villa, Conrado Hubner, Rodrigo Zeidan, entre outros - o próprio Rubens Valente está na lista. Ainda no campo dos supostos "detratores" aparecem youtubers e influenciadores como Felipe Neto, Nathália Rodrigues e Jones Manoel. 

Os oito "neutros informativos" citados são Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Mônica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes.

No grupo dos "favoráveis" estão Roger Rocha Moreira, Milton Neves, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Winston Ling, Camila Abdo, Tomé Abduch, entre outros.

O relatório sobre Xico Sá, que tem 1,5 milhão de seguidores no Twitter, e é hoje protagonista do programa Papo de Segunda, no GNT, e colunista da edição brasileira do jornal El Pais, está redigido nos mesmos moldes dos antigos relatórios do DEOPS: "Faz oposição contumaz ao governo, além de reverberar matérias de teor desfavorável à gestão Bolsonaro". A recomendação sobre Xico é o "monitoramento preventivo das publicações do influenciador em conteúdos relativos ao Ministério da Economia".

Moro muda para Washington depois de destruir o país em aliança com FBI

Sergio Moro está de mudança para Washington. É o que está previsto no contrato milionário que fechou para ser diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, informa Lauro Jardim

Brasil 247, 1/12/2020, 08:30 h Atualizado em 1/12/2020, 08:30
Sergio Moro e fachada do FBI (Foto: Reuters)

Sergio Moro está de mudança para Washington. É o que está previsto no contrato milionário que fechou para ser diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, informa Lauro Jardim. Em Washington fica a sede do FBI, o Federal Bureau of Investigation, com quem a Operação Lava Jato firmou um acordo ilegal para investigações de caráter persecutório contra a esquerda e empresas brasileiras, em especial o ex-presidente Lula e a Odebrecht.

Depois de destruir a Odebrecht, que de líder da engenharia nacional com projeção global tornou-se uma empresa em recuperação judicial, Moro foi contratada pela Alvarez & Marsal, que está lidando com os escombros da empresa brasileira. 

Coincidentemente, em Washington está a sede do FBI, com quem a Lava Jato, liderada pelo ex-juiz em parceria com o procurador Deltan Dallagnol, firmou um acordo de cooperação ilegal, conforme reconhecido oficialmente pelo Ministério da Justiça aos advogados de Lula dias atrás. O Ministério da Justiça confirmou à defesa de Lula que não há nenhum documento nas dependências da pasta que formalize a cooperação entre procuradores norte-americanos e brasileiros no processo do triplex do Guarujá, que levou o ex-presidente Lula a ser condenado e preso.Em 18 de março de 2019, como ministro, Sergio Moro foi a Washington com Jair Bolsonaro e reuniu-se com o diretor do FBI, Christopher Wray, conforme informação oficial do governo Bolsonaro. Leia aqui. Na visita, Moro foi à CIA - esta visita não constou da agenda oficial

Perdido, Bolsonaro defende conta de luz mais cara e diz que é isso ou apagão

As declarações de Bolsonaro postadas em rede social nesta terça-feira (01) demonstram apoio à decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de revogar medidas que preveniam um aumento na conta de luz durante a pandemia da Covid-19

Brasil, 1/12/2020, 12:45 h Atualizado em 1/12/2020, 12:45
(Foto: Reprodução/Twitter | Isac Nóbrega/PR)

Reuters - O presidente Jair Bolsonaro disse em uma rede social nesta terça-feira, ao ser indagado por um internauta sobre o aumento na conta de luz, que se nada for feito pelo governo, o Brasil poderá enfrentar um apagão por causa da falta de chuvas.

“As represas estão em níveis baixíssimos. Se nada fizermos, poderemos ter apagões”, respondeu Bolsonaro no Facebook a um usuário que lhe agradeceu ironicamente pelo aumento na conta de luz em dezembro.

“O período de chuvas, que deveria começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também campanha contra o desperdício”, acrescentou o presidente.

Na segunda-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a reativação do sistema de bandeiras tarifárias nas contas de luz a partir de dezembro, estabelecendo para o mês que vem a bandeira vermelha patamar 2.

Em reunião extraordinária, a diretoria da reguladora optou, com unanimidade, por revogar despacho de maio que mantinha as contas em bandeira verde, sem custos adicionais para o consumidor, até o final de dezembro por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19.

A bandeira vermelha patamar 2, definida para dezembro, é a que prevê as condições mais custosas de geração de energia, com impacto nas contas de luz da população.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

FHC vê Boulos como 'liderança emergente' e o compara a Lula

UOL, em São Paulo 30/11/2020 11h33 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse hoje que vê Guilherme Boulos (PSOL), segundo colocado nas eleições municipais de São Paulo, como uma "liderança emergente". Para FHC, Boulos lembra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo de sua carreira política. 

"Tenho notado como ele costuma se desempenhar. Primeiro, mostrou uma coisa importante: dedicação às causas populares. Foi morar mais perto dos bairros populares e está muito ligado ao 'movimento sem teto'. Ele, quando fala, me dá impressão de imitar um pouco o Lula, é o jeitão dele, só que um pouco o Lula, é o jeitão dele, só que o Lula tinha o sindicalismo por trás dele, que é uma coisa mais ampla que ocupações. O Boulos simboliza a insatisfação de muita gente com a vida na cidade grande. Vai ser uma liderança para aparecer? É possível, provável", disse durante entrevista ao colunista do UOL Tales Faria.

Na opinião do ex-presidente, Boulos desperta uma sensação de esperança na população. "Tenho uma sensação de que é uma liderança que está em emergência e normal que haja lideranças desse tipo, que contraponham a tudo que está aí e dê uma visão de esperança e um futuro melhor para os que mais precisam", concluiu.

Boulos e Jilmar Tatto podem compor chapa ao governo de SP em 2022

DCM, 30 de novembro de 2020
Jilmar Tatto e Guilherme Boulos. Foto: Reprodução/Twitter

Um dia após obter 2.168.109 votos na capital, equivalente a 40,62%, Guilherme Boulos virou alvo de um projeto que tenta unir o campo progressista em São Paulo em 2022.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, diz que o assunto não foi tratado internamente, mas no PT existe a expectativa de compor um programa que envolva Boulos candidato ao governo do Estado, com um vice do partido, em troca de uma articulação com o PSOL em nível nacional.

Jilmar Tatto, que também concorreu à prefeitura, obtendo 8,65% dos votos no primeiro turno, é lembrado para a vaga de vice na chapa do psolista.

Jilmar é da zona Sul da cidade, local onde Boulos teve as suas melhores votações, nos distritos de Grajaú, Piraporinha e Valo Velho.

“As coisas no PSOL não se resolvem assim, um dia depois da eleição”, disse Juliano Medeiros. “O momento agora é para o Boulos descansar um pouco”.

O governo de SP ganha projeção em 2022 por dois motivos, especialmente: João Doria pode tentar a presidência, se licenciando do cargo, e mesmo que tente a reeleição tem talvez a maior rejeição na capital entre os principais candidatos ao cargo.

Edmilson (PSOL) derrota bolsonarista e é eleito em Belém: "Vitória contra o fascismo"

Candidato da PSOL superou Everaldo Eguchi (Patriota) por 26.628 votos e voltará à prefeitura de Belém após 16 anos

Brasil de Fato | Belém (PA) | 29 de Novembro de 2020 às 17:42
          Edmilson Rodrigues (PSOL) confirmou favoritismo e foi eleito prefeito de Belém - Edilson Moura

Edmilson Rodrigues (PSOL) foi eleito o novo prefeito de Belém, capital do Pará, superando o candidato do Patriota, delegado Everaldo Eguchi. O candidato da esquerda, que já foi prefeito entre 1997 e 2004, recebeu 390.723 (51,76%), enquanto Eguchi somou 364.095 votos (48,24%).

Foram computados 15.897 votos brancos e 29.295 nulos, somando 5,65%. No total, 209.721 de pessoas se abstiveram, o que representa 20,77% dos eleitores de Belém.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Edmilson comemorou uma vitória democrática contra o fascismo.

"Belém é uma capital da Amazônia, que está em foco diante do mundo pelas queimadas, o desmatamento, a grilagem, o genocídio contra indígenas, a violência contra os trabalhadores rurais sem-terra. Nós não enfrentamos um candidato liberal. Nós enfrentamos um candidato que representa o pensamento da extrema-direita. Então, foi uma vitória contra o fascismo e uma derrota para o presidente Bolsonaro que apoiou meu adversário."


O prefeito eleito também elogiou o trabalho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no combate às fake news no pleito em Belém. "Muitos que votaram no meu adversário, não votaram por ser fascistas nem autoritários. Eles usaram muita fake news, nós tivemos várias decisões favoráveis a nós no Tribunal Regional Eleitoral. Mas quando você retira de quem publicou, ela já se espalhou para milhares de pessoas."

O candidato da esquerda foi eleito pela coligação "Belém de Novas Ideias" composta pelo PSOL, PT, PDT, PCdoB, PCB, UP e Rede. No primeiro turno, Edmilson Rodrigues teve 34,22% dos votos válidos e o delegado Eguchi (Patriota) 23,06%. No segundo turno a diferença se ampliou ainda mais. 

Quem é Edmilson Rodrigues (Psol)?

Edmilson Rodrigues tem 63 anos e uma extensa carreira política. Em 2018, o prefeito eleito foi o deputado federal mais votado do estado do Pará com 184 mil votos. 

Professor, arquiteto, autor de livros e doutor em geografia humana pela Universidade de São Paulo (USP), Rodrigues começou a trajetória como professor da rede pública estadual. Atualmente, é professor efetivo do Estado e também da Universidade Federal da Amazônia (UFRA).

Em 1996 foi eleito prefeito de Belém (1997-2000) e o primeiro a ser reeleito (2001-2004). A gestão de Edmilson marcou a história de Belém com grandes projetos e ações na capital, que são lembrados até hoje, entre eles, a maior revitalização já registrada no Ver-o-Peso, a primeira fase da macrodrenagem do Tucunduba e a macrodrenagem da Bacia do Una.

Outros feitos são: o prolongamento da Avenida João Paulo II; o Pronto Socorro do Guamá, orlas de Icoaraci e Mosqueiro, Aldeia Cabana, Ver-o-Rio, atendimento médico em casa com o programa Família Saudável, drenagem e pavimentação da Avenida Pedro Miranda e centenas de vias, assim como a reforma das Avenidas Almirante Barroso e da Augusto Montenegro, ciclovias e ciclofaixas pela cidade e dezenas de ações na área de assistência e educação reconhecidas e premiadas, como a biorremediação do aterro do Aurá.

Em reconhecimento pela gestão de excelência, Belém foi consagrada ao receber mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, com destaque ao “Prefeito Criança”, recebido por três vezes.

Quem é Edilson Moura (vice-prefeito)?

Edilson Moura iniciou a atuação comunitária em plena ditadura militar, na década de 80. Após concluir as graduações em Educação Artística e Ciências Sociais, se engajou na defesa da educação de qualidade e de melhores condições salariais e de trabalho para os professores. 

De 2007 a 2010, foi Secretário de Cultura do governo do estado do Pará com a tarefa de fomentar e implementar a política cultural como um direito de todos. Foi deputado estadual (2011-2015) eleito em 2010 com mais de 32 mil votos. 

Em 2015 e 2016 desempenhou o cargo de delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) do Pará com o compromisso de promover a democratização do acesso à terra, a inclusão produtiva, a ampliação de renda da agricultura familiar e a paz no campo, fundamentais para se alcançar a soberania alimentar e o desenvolvimento econômico, social e ambiental do povo paraense e brasileiro.