segunda-feira, 30 de novembro de 2020

          José de Filippi Júnior (PT) foi eleito prefeito de Diadema/SP

O ex-prefeito de Diadema (SP) José de Filippi Júnior (PT) foi eleito neste domingo (29), ao atingir 51,32% dos votos válidos, na disputa contra Taka Yamauchi (PSD). Os votos brancos somam 3,34% (6.849 votos), e os nulos, 7,41% (15.214).

O petista já governou Diadema por três gestões, entre 1993 e 1996, e de 2001 a 2008. Formado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo, ele também ocupou a Secretaria de Obras da cidade por dois mandatos. Em 1998, foi eleito deputado estadual.

           Marcelo Oliveira (PT) foi eleito prefeito de Mauá/SP

O candidato Marcelo Oliveira (PT) foi eleito prefeito de Mauá, no ABCD Paulista, com 50,74% dos votos, contra 49,26% de Átila Jacomussi (PSB).

O Partido dos Trabalhadores governou a cidade por três vezes, entre 1997 a 2000, 2001 a 2004 e de 2009 a 2012.

A eleição no município teve 28,26% de abstenção, 5,04% votos brancos e 12,99% votos nulos.

O retorno do PT as duas cidades têm um significado simbólico para o petismo mais militante e de base popular. A região fez parte do chamado “cinturão vermelho” da base da partidária nos anos 2000.

Margarida Salomão (PT) é a nova prefeita de Juiz de Fora (MG)

          Margarida Salomão (PT) é eleita prefeita   Imagem: Reprodução/Facebook

Margarida Salomão (PT) confirmou o favoritismo e foi eleita prefeita de Juiz de Fora. No primeiro turno, Margarida obteve quase 40% dos votos válidos, contra cerca de 23% de seu adversário, o empresário Wilson Rezato (PSB).

Agora a petista recebeu 144.529 votos (54,98% dos votos válidos), contra 118.349 (45,02%) do pessebista.


"Florescemos e vencemos. Obrigada, Juiz de Fora! Obrigada pelo carinho, obrigada pela confiança, obrigada pelo encontro. Nosso compromisso é fazer a melhor gestão de toda a história de Juiz de Fora! Viva!", escreveu a prefeita eleita no Twitter.

Professora emérita da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a petista Margarida Salomão, 70, atua como deputada federal desde 2013.

Esta era sua quarta tentativa de assumir a Prefeitura de Juiz de Fora. No último pleito, em 2016, perdeu no segundo turno para Bruno Siqueira (MDB). Rezato, 59, que nunca ocupou cargo público, disputava a prefeitura pela segunda vez.

Margarida trabalhou na gestão da Prefeitura de Juiz de Fora entre 1983 e 1988 como secretária de Administração e de Governo. A petista assumiu a liderança na última pesquisa Ibope, divulgada antes do primeiro turno. O resultado do último dia 15 confirmou a sua ascensão, enquanto Rezato estava em viés de declínio e quase foi ultrapassado por Ione (Republicanos).

Ione somou 21,83% dos votos —menos de 3.000 votos atrás de Rezato em um universo de 410 mil eleitores— e foi o apoio mais visado da eleição. A candidata, entretanto, alegou discordância com os dois planos de governo e optou pela neutralidade. Delegada Sheila (PSL), que obteve 10,04% dos votos válidos, também se declarou neutra.

Marcos Ribeiro (Rede), Lorene Figueiredo (PSOL) e Fernando Elioterio (PCdoB) anunciaram oficialmente apoio à Margarida, criando uma frente de esquerda no município mineiro.

O vice de Margarida será Kennedy Ribeiro (PV), que esteve na última legislatura da Câmara Municipal. A chapa composta por PT e PV elegeu 4 dos 19 vereadores de Juiz de Fora, o que vai exigir negociação com outros partidos para conquistar a maioria da Câmara.
Planos para o pós-pandemia

Em debate realizado na TV Alterosa, um dos principais momentos foi a discussão sobre a retomada econômica no pós-pandemia. Enquanto Rezato defendeu uma parceria entre o setor de saúde e econômico, Margarida apostou em um programa de vacinação, com o estabelecimento de prioridades.

"Há pelo menos três vacinas em fase de testagem. Assumindo a prefeitura, devemos ter um programa de vacinação e estabelecer prioridades. Serão vacinados primeiro os mais vulneráveis e o pessoal das escolas", disse Margarida. De acordo com ela, é preciso pensar em "soluções setoriais, com protocolo para que as atividades possam ser praticadas com nível de segurança desejável".

Marília Campos, do PT, é eleita prefeita de Contagem

Com 100% das urnas apuradas, Marília Campos (PT) teve 51,35% dos votos válidos. Felipe Saliba teve 48,65% dos votos válidos.

Por G1 Minas — Belo Horizonte/29/11/2020 19h06 Atualizado há 7 horas
          Marília Campos, do PT, é eleita com 51,35% dos votos válidos em Contagem

Marília Campos (PT) foi eleita neste domingo (29) para governar Contagem nos próximos quatro anos. Com 100% das urnas apuradas, a candidata teve 51,35% dos votos válidos.

Felipe Saliba (PRTB) teve 48,65% dos votos.

A eleição em Contagem teve 22,94% de abstenção, 3,94% votos brancos e 8,73% votos nulos.
        Marília Campos (PT) foi acompanhada por apoiadores — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo

A apuração foi apertada. Os candidatos se revezaram na liderança mais de quatros vezes. Com as 97% das urnas apuradas, a diferença chegou a apenas quatro votos. Ao final da apuração, Marília teve 147.768 votos e Saliba teve 139.987 votos.

"É pensar pra frente agora, sabe. Acho que agora é descer do palanque e governar com todos para todos. Não existiu divisão, existiu posicionamento da cidade, agora é trabalhar pela unidade", disse a candidata após o resultado das eleições.

Marília Campos tem 59 anos, é casada, tem superior completo e declara ao TSE a ocupação de deputada. Ela já foi prefeita de Contagem por dois mandatos entre 2005 e 2012. Marília tem um patrimônio declarado de R$ 839.538,64.

Ela foi a primeira a votar neste domingo. Marília chegou às 9h30 na Escola Estadual Helena Guerra, no bairro Eldorado, acompanhada de apoiadores da campanha.

Contagem é a segunda maior cidade da Grande BH e possui quase 700 mil habitantes, distribuídos em 300 bairros (entre regulares e irregulares). As principais atividades econômicas do município são serviços, comércio e indústria.

Primeiro Turno

No primeiro turno, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marília teve 118.955 votos, 41,83% dos votos e Felipe Saliba teve 52.371 – o que representa 18,42% dos votos.

A eleição em Contagem teve 19,99% de abstenção, 6,43% votos brancos e 10,44% votos nulos.

Rússia inicia processo de vacinação com Sputnik V em Moscou

Residentes russos devem se registrar em uma plataforma do governo com antecedência. Não ter contraído a Covid-19 é um pré-requisito para receber a vacina

Brasil 247, 30/11/2020, 19:08 h Atualizado em 30/11/2020, 19:28
   Enfermeira prepara vacina russa "Sputnik-5" contra Covid-19 para aplicação em Moscou (Foto: REUTERS/Tatyana Makeyeva)

Por Allan Gavioli, do Infomoney

Nesta segunda-feira (30), o governo russo anunciou que iniciará a vacinação da sua população com a Sputnik V, vacina desenvolvida por um laboratório nacional e que ainda não teve seus testes clínicos concluídos.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, um lote da vacina Sputnik V foi entregue a ao hospital Domodedovo Central City Hospital em Moscou, capital do país. Ainda de acordo com a Reuters, algumas pessoas já receberam a dose ainda na última semana. Na última terça-feira (24), o governo russo anunciou que a Sputnik V teve 95% de eficácia após a segunda dose.

No site da instituição, constam informações sobre como será o processo de vacinação e de que forma os cidadãos podem demonstrar interesse na aplicação do imunizante.

Segundo essas informações, residentes russos interessados devem se registrar em uma plataforma do governo com antecedência. Outro pré-requisito é apresentar um teste de Covid-19 atestando que não houve contágio pelo novo coronavírus e documentos de identificação.

A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, ainda em agosto. O anúncio gerou preocupação entre a comunidade científica mundial, entre outros motivos, por causa do anúncio dos testes de fase 3 e da vacinação em massa de forma simultânea, mesmo sem ter publicado os resultados em periódicos científicos – parte importantíssima do estudo clínico para que os resultados acerca da vacina possam ser conferidos por agentes independentes.

Segundo números oficiais do governo russo, 26.338 novos casos foram registrados nesta segunda-feira, incluindo 6.511 na capital e 3.691 em São Petersburgo, segunda cidade mais importante da Rússia, além de 368 óbitos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país já soma 2.295.654 infectados e 39.895 vítimas fatais desde o início da pandemia.
Vacina russa chega ao Brasil?

Ainda que não haja nenhum contrato firmado entre o governo federal e o Instituto Gamaleya, responsável pela vacina russa Sputinik V, tratativas entre os russos e governos estaduais e companhias privadas brasileiras já estão acontecendo.

Os governos do Paraná e da Bahia já selaram acordos com a Rússia para futuros ensaios clínicos no país e para aquisição de doses. No mês passado, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro. Entretanto, até o momento, a Anvisa não recebeu um pedido formal do Instituto Gamaleya para teste ou registro da Sputnik V no Brasil.

No Brasil, a companhia privada que fechou acordo para receber a tecnologia e produzir o imunizante é a União Química, de São Paulo. Em entrevista ao canal CNN Brasil, um porta-voz da farmacêutica afirmou que já recebeu parte dos insumos para produção do imunizante.

De acordo com Rogério Rosso, diretor de negócios internacionais da União Química, o material faz parte de um lote piloto, que será usado para pesquisa e desenvolvimento. Em reportagem anterior, o InfoMoney detalhou quais vacinas devem chegar ao Brasil.

Desmatamento da Amazônia aumenta 9,5% em 1 ano e atinge a maior taxa desde 2008

A área devastada no período analisado equivale a mais de sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo

Brasil 247, 30/11/2020, 18:13 h Atualizado em 30/11/2020, 18:32
Caminhão transita em área desmatada da Amazônia, no Estado do Acre 24/08/2019 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)


Sputnik - O desmatamento da Amazônia apresentou uma alta de 9,5% no último ano e voltou a atingir a maior taxa desde 2008, escreve o Estado de São Paulo nesta segunda-feira (30).

Segundo estimativa divulgada pelo Prodes – que pertence ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) -, entre agosto do ano passado e julho deste ano, a devastação da floresta atingiu 11.088 km², ante 10.129 km² registrados nos 12 meses anteriores.

O número causou surpresa, pois havia uma estimativa de alta de mais de 30%, como foi indicado por outro sistema do INPE, o Deter. A elevação observada entre agosto de 2018 e julho de 2019, ante os 12 meses anteriores, já tinha sido de 34,4%.

O corte raso registrado na Amazônia Legal desde o início da gestão Bolsonaro interrompe uma sequência de dez anos em que o desmatamento ficou abaixo de 10 mil km². Com essa taxa, o Brasil deixou de cumprir a principal meta da Política Nacional de Mudanças Climáticas, de 2010, que estabelecia que o desmatamento neste ano seria de no máximo 3,9 mil km².

Até meados da década passada, parecia que a meta seria cumprida. Em 2012, o desmatamento da Amazônia chegou ao menor valor do registro histórico – de 4.571 km² –, após a implementação de uma política nacional de combate ao desmatamento que derrubou a taxa em 83% ao longo de oito anos.​

As altas seguidas também colocam em xeque outra meta do Brasil, assumida junto ao Acordo de Paris, de 2015, de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

O desmatamento observado ao longo de um ano teve a maior contribuição vinda do Pará. Apenas este estado respondeu por 46,8% de tudo o que foi devastado.

Ministério da Justiça confirma: acordo com procuradores dos EUA para condenar Lula foi ilegal

Anúncio é uma vitória para a defesa do ex-presidente, que já apontava ilegalidades no acordo de cooperação firmado entre a Lava Jato e autoridades dos EUA no caso do triplex do Guarujá, que resultou na prisão de Lula

Brasil 247, 30/11/2020, 18:26 h Atualizado em 30/11/2020, 18:32
   Lula, Kenneth Blanco e Deltan Dallagnol (Foto: Ricardo Stuckart | Reprodução | ABr)

O Ministério da Justiça confirmou à defesa do ex-presidente Lula que não há nenhum documento nas dependências da pasta que formalize a cooperação entre procuradores norte-americanos e brasileiros no processo do triplex do Guarujá, que levou o ex-presidente Lula a ser condenado e preso.

Em 2017, em um evento público (vídeo abaixo), o procurador americano Kenneth Blanco disse que procuradores americanos cooperaram com os brasileiros na acusação do tríplex contra Lula. Com a informação de que não houve formalização da parceria, fica comprovado que a cooperação foi feita fora dos parâmetros de acordo de investigação entre os dois países.

O acordo sobre cooperação entre Brasil e Estados Unidos foi assinado no governo Fernando Henrique Cardoso e exige que ela passe pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A confirmação do Ministério da Justiça é uma vitória da defesa de Lula, que já apontava ilegalidades nas relações da Lava Jato com os EUA.

Confira o vídeo com a fala do procurador Kenneth Blanco e, abaixo, reportagem do Conjur sobre o pedido da defesa de Lula para anular o processo do triplex com base na parceria ilegal entre o MPF e o FBI.

sábado, 28 de novembro de 2020

Santos Cruz chama de "deslumbramento infantil" reação do governo em nova crise com a China

Santos Cruz criticou a nova crise diplomática com a China depois que Eduardo Bolsonaro acusou o Partido Comunista Chinês de usar a empresa Huawei em um esquema de espionagem com a implantação da tecnologia 5G

Brasil 247, 28/11/2020, 15:27 h Atualizado em 28/11/2020, 15:27
      Santos Cruz e Bolsonaro (Foto: ABr)

Fórum - O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi exonerado do Ministério da Secretaria de Governo após atrito com Carlos Bolsonaro, foi às redes neste sábado (28) criticar a nova crise diplomática de Jair Bolsonaro com a China depois que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acusou o Partido Comunista Chinês de usar a empresa Huawei em um esquema de espionagem com a implantação da tecnologia 5G.

“5G – Despreparo, deslumbramento infantil, ignorância e extremismo colocam em risco os interesses do Brasil, a economia, a segurança e a estabilidade”, escreveu Santos Cruz. “Tem que ver o que é melhor tecnicamente para o Brasil e sua população e não entrar em disputas alheias”.

Leia a íntegra na Fórum.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

'Dá para confiar em quem muda de lado o tempo inteiro?', questiona Manuela sobre Melo

A campanha de Manuela d’Ávila (PCdoB) divulgou um vídeo mostrando as inconsistências nas afirmações de seu adversário no segundo turno das eleições municipais da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB)

Brasil 247, 27/11/2020, 19:08 h Atualizado em 27/11/2020, 19:45
   Sebastião Melo e Manuela D'Ávila (Foto: Reprodução)

A campanha da candidata a prefeita de Porto Alegre Manuela d’Ávila (PCdoB) divulgou um vídeo mostrando as inconsistências nas afirmações de seu adversário no segundo turno das eleições municipais da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB).

O vídeo mostra que Melo se contradiz em relação à política de passagens gratuitas para idosos e sobre a privatização do Carris. “Dá para confiar em quem muda de lado o tempo inteiro?”, questiona a candidata. Confira:

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Prefeitura de São Paulo reconhece distribuição de cestas básicas e Boulos diz que tomará 'medidas cabíveis' contra Covas

Prefeitura de São Paulo reconheceu que houve distribuição de cestas básicas na zona norte da cidade, mas negou relação com a campanha pela reeleição de Bruno Covas. Guilherme Boulos, do PSOL, disse que irá tomar as "medidas cabíveis"

Brasil 247, 27/11/2020, 12:04 h Atualizado em 27/11/2020, 14:45
    (Foto: Reprodução)

A Prefeitura de São Paulo (SP) reconheceu que houve distribuição de cestas básicas na Brasilândia, zona norte da cidade, na última quinta-feira (26).

Durante o dia, "viralizou" nas redes sociais um vídeo que registrou a atividade na Raulino Galdino da Silva: durante a entrega das cestas, houve panfletagem e um carro de som tocou o jingle de campanha do atual prefeito Bruno Covas (PSDB). Ao menos um dos veículos que aparece na imagem traz um adesivo com o número do candidato.

O adversário de Covas no 2º turno, Guilherme Boulos (PSOL), considerou a denúncia "gravíssima", a três dias da eleição, e disse que tomará "as medidas cabíveis." A Guarda Civil Metropolitana (GCM) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido, que repercutiu principalmente no Twitter e levou a expressão "crime eleitoral" à lista de palavras mais postadas na rede no início da noite. 




A atividade, segundo a prefeitura, faz parte do programa Cidade Solidária, instituído em abril por meio do Decreto 59.377, como resposta à "crise de emprego e renda" agravada pela pandemia de covid-19. 

"O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos territórios", diz a nota.

"Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada."

Em entrevista à revista Carta Capital, o diretor do PSDB na Brasilândia, Emilson Almeida da Silva, ressaltou que a atividade não tinha relação com a campanha tucana. "Um rapaz que veio aqui (...) parou com o carro aqui de campanha com o negócio [som] ligado. Aí nós mandamos desligar. Não tem nada a ver com campanha, a entidade existe há mais de 20 anos", disse.

O Brasil de Fato conversou com a assessora da campanha de Bruno Covas (PSDB), Manuela Sá, na tarde de quinta (26). Primeiro, ela afirmou desconhecer a atividade.

"Não dá para saber se o que tem dentro daquela caixa é cesta básica. Posso garantir que não é um ato oficial de campanha. É um vídeo, que está circulando, e ninguém sabe. Mas não tem a fala de ninguém dizendo que é um ato de campanha. Tem um jingle tocando, uma fila e aquelas caixas, mas não dá para saber", disse.

Em seguida, a campanha divulgou uma breve nota sobre o caso: "A campanha de Bruno Covas não distribui cestas básicas. É inadmissível que, há três dias das eleições, este tipo de conduta esteja sendo compartilhada. Apesar dos ataques e das fake news, vamos manter a nossa postura de mostrar aos eleitores o que fizemos nos últimos anos à frente da prefeitura da capital e o que vamos realizar nos próximos 4 anos."

Segundo levantamento do instituto XP/Ipespe, divulgado na última quinta (26), Covas tem 48% das intenções de votos contra 41% de Boulos, que teria subido nove pontos em relação à pesquisa anterior.

Mesmo com Boulos e Covas aceitando debate virtual, Globo mantém cancelamento

A TV Globo alegou que regras assinadas pelos candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB) previam que o evento só poderia ser realizado de forma presencial

Brasil 247, 27/11/2020, 20:27 h Atualizado em 27/11/2020, 21:22
Bruno Covas e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Facebook)

Apesar dos candidatos a prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), concordarem em realizar um debate virtual, após o candidato psolista testar positivo para a Covid-19, a Globo decidiu manter o cancelamento de debate.

A TV Globo destacou que as regras assinadas pelos candidatos previam que o evento só poderia ser realizado de forma presencial.

Segundo a emissora, "a alternativa de fazer um debate de forma remota não é possível". "Os candidatos precisam ser tratados de forma equânime e ter as mesmas condições, e o público precisa perceber isso", disse em comunicado ao UOL.


"Um candidato pode injustamente ser acusado de estar com ponto eletrônico, de estar recebendo ajuda de assessores, por exemplo". "A transmissão pode cair num momento importante do debate, e a Globo ser injustamente acusada de ser a culpada ou, da mesma forma, e também de forma injusta, o candidato ou sua campanha serem acusados de terem provocado a interrupção para fugir de um momento difícil", continuou a emissora em nota.

Em pronunciamento nesta sexta, Boulos disse: "Desde que recebi a triste notícia, fiquei aqui na minha casa, como vou ficar. Espero que os sintomas não venham".

Antes da definição da Globo, o candidato havia entrado em contato com a emissora, mas já acreditava ela não manteria o debate.

Boulos declarou que "as pesquisas têm mostrado a tendência do crescimento" de sua campanha. "É uma onda que temos vistos na virada, que me deixa muito confiante, muito animado, mesmo aqui, agora, da minha casa, onde vou ter que permanecer para não ser vetor de contágio do vírus", completou.

"O que está em jogo no próximo domingo não é apenas uma eleição e a escolha do novo prefeito, mas de qual cidade a gente quer", disse. "Os próximos dias não são só os dois dias mais importantes da minha vida, mas da nossa cidade, para quem acredita na mudança, para quem tem esperança", destacou.