quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Bolsonaro fulmina plano de Guedes para o Renda Brasil e diz que proposta não será enviada ao Congresso

Jair Bolsonaro criticou duramente o plano elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para viabilizar o programa Renda Brasil e afirmou que a proposta atual "não será enviada ao Parlamento"

Brasil 247, 26/08/2020, 12:49 h Atualizado em 26/08/2020, 13:35
   Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Carolina Antunes/PR)

Lisandra Paraguassu, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que rejeitou a proposta apresentada pelo Ministério da Economia para criação do programa Renda Brasil porque ficou insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o novo projeto, e disse que o texto não será enviado ao Congresso.

“Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não posso tirar o abono salarial de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família ou Renda Brasil ou seja lá que for”, disse o presidente durante discurso em evento em Ipatinga (MG) para marcar a religação do Alto Forno 1 da Usiminas.

A proposta de criação do Renda Brasil, que estava no pacote de medidas de aceleração da economia apresentadas ao presidente pelo ministro Paulo Guedes, previa um benefício maior que o valor atual do Bolsa Família, mas, para financiá-lo, a equipe econômica propôs o corte de outros programas sociais, como o abono salarial, o seguro-defeso e o Farmácia Popular.

Bruna Surfistinha reage a ataques de bolsonaristas: "me chame de puta, mas não me chame de minion"

A empresária, DJ e escritora Raquel Pacheco, conhecida pelo pseudônimo Bruna Surfistinha, sofreu vários ataques de bolsonaristas nas redes sociais após fazer a pergunta que viralizou: "Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?"

Brasil 247, 26/08/2020, 09:13 h Atualizado em 26/08/2020, 09:54
   Bruna Surfistinha e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Marcos Corrêa/PR)

A empresária, DJ e escritora Raquel Pacheco, conhecida pelo pseudônimo Bruna Surfistinha, sofreu vários ataques de bolsonaristas nas redes sociais após fazer a pergunta que viralizou: "Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?" 

“Me chame de puta, mas não me chame de minion”, disse Raquel ao jornal Extra nesta quarta-feira (25) e acrescentou: “Os eleitores dele são muito radicais e demonstram ter ódio por quem é anti-Bolsonaro. Eles não têm argumentos, não sabem discutir com educação, sempre é na base de palavras de ódio e xingamentos. Defendem todas as merdas que o Bolsonaro comete, acham tudo lindo, não reconhecem os erros, como se estivesse tudo certo”.

Kennedy: Moro e Dallagnol corromperam o sistema judicial e lançaram o Brasil no abismo

"Em 2020, o Brasil descobre q Bolsonaro é autoritário e corrupto. Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto", postou o jornalista Kennedy Alencar

Brasil 247, 26/08/2020, 05:56 h Atualizado em 26/08/2020, 07:29

O jornalista Kennedy Alencar, correspondente da CBN nos Estados Unidos, se manifestou sobre a blindagem ao procurador Deltan Dallagnol e a derrota de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal. "Em 2020, o Brasil descobre q Bolsonaro é autoritário e corrupto. Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto. Bolsonaro se beneficiou das rachadinhas. Por isso, não responde pela grana do laranja Queiroz. Moro e Dallagnol corromperam sistema judicial. País no abismo", disse ele. Saiba mais sobre a derrota de Moro:

Sputnik – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) anular uma sentença proferida pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no caso Banestado, esquema de corrupção ocorrido na década de 1990.

A decisão ocorreu porque o colegiado entendeu que houve quebra de imparcialidade de Moro ao julgar um recurso do doleiro Paulo Roberto Krug.

Segundo os ministros, o ex-juiz agiu de forma irregular ao colher depoimentos durante a verificação da delação premiada de Alberto Youssef, e ao juntar documentos aos autos depois das alegações finais da defesa. As informações foram publicadas pelo portal G1.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela anulação da condenação. Edson Fachin e Cármen Lúcia manifestaram-se pela manutenção da sentença e pelo reconhecimento da regularidade da conduta de Moro.

No entanto, diante da ausência de Celso de Mello, em licença médica, prevaleceu o resultado mais favorável ao doleiro Paulo Roberto Krug, conforme determina o regimento do STF.

Em nota, Sergio Moro disse que a regularidade de sua atuação foi confirmada por outros tribunais superiores.

"Em toda minha trajetória como Juiz Federal, sempre agi com imparcialidade, equilíbrio, discrição e ética, como pressupõe a atuação de qualquer magistrado. No caso específico, apenas utilizei o poder de instrução probatória complementar previsto nos artigos 156, II, e 404 do Código de Processo Penal, mandando juntar aos autos documentos necessários ao julgamento da causa", escreveu Moro.

Lewandowski: negar ao réu o direito a um juiz imparcial é mais grave do que a corrupção

Em voto histórico, que selou a suspeição de Sérgio Moro num processo relativo ao Banestado, o ministro do STF disse que uma justiça parcial abre as portas para o autoritarismo. Ele disse: “negar ao réu o direito a um juiz imparcial é mais grave do que a corrupção”

Brasil 247, 25/08/2020, 20:45 h Atualizado em 25/08/2020, 23:48
           O ministro Ricardo Lewandowski (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou, em voto que encaminhou a suspeição do ex-ministro Sergio Moro, que a falta de imparcialidade de um juiz configura crime mais grave que o de corrupção. 

A sentença anulada nesta terça-feira (25) é a condenação do doleiro Paulo Roberto Krug por suposto esquema de fraude no antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado), atendendo a um pedido da defesa do doleiro. “Negar ao réu o direito a um juiz imparcial é mais grave do que a corrupção”, afirmou o magistrado.

Moro foi considerado parcial por ter agido de forma irregular ao colher depoimentos durante a verificação da delação premiada de Alberto Youssef, e ao juntar documentos aos autos depois das alegações finais da defesa – a última etapa de manifestação das partes no processo antes da sentença.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela anulação da sentença, enquanto os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra. O placar terminou em empate com a licença médica de Celso de Mello. Com isso, os ministros aplicaram o entendimento no direito penal de que o empate favorece o réu.

Confira a matéria na íntegra, acessando: Negar ao réu o direito a um juiz imparcial é mais grave do que a corrupção


terça-feira, 25 de agosto de 2020

TCU exige explicação para mais de 806 mil anúncios dos bancos públicos em canais bolsonaristas processados no STF

TCU quer explicação em 5 dias do governo Bolsonaro para o fato de bancos públicos terem pago mais de 800 mil anúncios em sites bolsonaristas que, segundo a Justiça, veiculam "conteúdo inadequado" e estão sendo processados no Supremo Tribunal Federal

25 de agosto de 2020, 04:30 h Atualizado em 25 de agosto de 2020, 10:36
  TCU, Carla Zambelli, Sara Winter, Bia Kicis e Allan dos Santos (Foto: Agência Senado | Câmara dos Deputados | Reprodução)

O ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), deu prazo de cinco dias para que o BNDES e o BNB (Banco do Nordeste) expliquem a veiculação de mais de 806 mil anúncios em dez canais do YouTube acusados de veicular “conteúdos inadequados”. Alguns deles são investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por fake news, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo. 

Sites bolsonaristas como os perfis da extremista de extrema direita Sara Giromini e os canais das deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, do PSL, foram beneficiados com veiculação de anúncios de bancos como o BNDES e o BNB.

Dantas determinou que os bancos informem a quantidade de anúncios e valores pagos aos canais Vlog do Lisboa, O Giro de Notícias, Folha Política, Foco do Brasil, Alberto Silva, Avos Brasil, Bernardo Pires Kuster, Terça Livre, Sara Giromini e nos canais das deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, do PSL.

Major Olímpio a Bolsonaro: 'coisa de bundão é não explicar por que o Queiroz põe dinheiro na conta da sua mulher'

"É um desrespeito a todos aqueles que se foram, às famílias, desrespeito aqueles que ainda serão contagiados e que morrerão, por irresponsabilidade, por negacionismo do presidente da república", disse o senador sobre ataque de Bolsonaro a jornalistas

Brasil 247, 25/08/2020, 17:40 h Atualizado em 25/08/2020, 18:37

O senador e antigo integrante da base bolsonarista Major Olímpio (PSL-SP) rebateu Jair Bolsonaro, que chamou os jornalistas de “bundões” durante evento no Palácio do Planalto, na segunda-feira, 24. 

Ele divulgou um vídeo nesta terça-feira, 25, afirmando que "coisa de bundão" é não explicar por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil para a primeira dama, Michelle Bolsonaro.

"Coisa de bundão, Jair Bolsonaro, é não explicar por que o Queiroz põe dinheiro na conta da sua mulher. Isso é coisa de bundão. Conta por que é", declarou o parlamentar.

"É um desrespeito a todos aqueles que se foram, às famílias, desrespeito aqueles que ainda serão contagiados e que morrerão, por irresponsabilidade, por negacionismo do presidente da república", reforçou.

Com o Brasil registrando mais de 114 mil mortes em função da pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro participou de um evento, intitulado "Vencendo a Covid-19". Durante sua participação, Bolsonaro não fez qualquer menção às vítimas da Covid-19 e voltou a atacar os jornalistas. “Quando pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor", disse. 

No domingo, 23, ele disse ter vontade de “encher de porrada” a boca de um jornalista, após ser questionado sobre envolvimento de Michelle Bolsonaro com o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, em esquema de lavagem de dinheiro nas rachadinhas da Alerj.

Sheherazade faz autocrítica e agora diz: Lava Jato perseguiu Lula para tirá-lo das eleições

“O Ministério Público e a Justiça usaram do seu poder persecutório para tirar o candidato que, segundo as pesquisas, ganharia a eleição”, declarou a jornalista Rachel Sheherazade

Brasil 247, 25/08/2020, 08:42 h Atualizado em 25/08/2020, 10:36
Rachel Sheherazade e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

A jornalista Rachel Sheherazade, apresentadora do SBT, que anteriormente foi umas das principais vozes da direita brasileira, declarou em uma live nesta segunda-feira (24) que “o Ministério Público e a Justiça usaram do seu poder persecutório para tirar o candidato que, segundo as pesquisas, ganharia a eleição”, referindo-se à sentença que condenou o ex-presidente Lula, no âmbito da operação Lava Jato, que impediu sua participação no pleito eleitoral de 2018. 

Ela ainda afirma que não “está julgando se Lula cometeu ou não crimes, pois não conhece o processo”.

Gleisi fala em 'dia de vergonha para o MP': salvou Deltan 'no tapetão da prescrição'

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos [por Dallagnol] na coletiva do powerpoint"

 Brasil 247, 25/08/2020, 18:23 h Atualizado em 25/08/2020, 18:23
Gleisi Hoffmann / Deltan Dallagnol (Foto: EBC Agencia Brasil)

Após novo arquivamento do julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos na coletiva do powerpoint”, em seu perfil no Twitter.

“Nenhum conselheiro ousou defender Dallagnol, mas os 4 anos e 42 adiamentos o salvaram no tapetão da prescrição”, destacou. Ela ainda disse que a ação marca o “dia de vergonha para o MP”. Confira.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu arquivar nesta terça-feira (25) o processo que tramitava no órgão a pedido da defesa do ex-presidente Lula e que pedia punição administrativa a três procuradores da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, pela apresentação do PowerPoint feita em 2016 para explicar a denúncia apresentada pelo Ministério Público sobre o triplex do Guarujá.

A apresentação apontava Lula como grande comandante de uma suposta organização criminosa ligada à Petrobrás, tese que não tinha qualquer relação com o triplex, objeto da denúncia do MP, além de apresentar uma conclusão do caso antes da investigação sobre o ex-presidente. Além de Dallagnol, a ação mirava os procuradores Roberto Pozzobon e Júlio Noronha, também da força-tarefa da Lava Jato.

Mesmo com um placar do plenário favorável à abertura de um processo administrativo disciplinar contra os procuradores, os conselheiros entenderam (oito dos 11 integrantes do órgão votaram desta forma), a maioria entendeu, após uma discussão, que por conta do tempo as punições não poderiam mais ser aplicadas porque prescreveram.

O debate sobre a prescrição aconteceu após a conselheira Sandra Krieger levantar uma questão de ordem pedindo a suspensão do julgamento para debater a prescrição da punição. O CNMP decidiu então suspender momentaneamente a proclamação do resultado da análise para depois do debate anunciar que as punições estavam prescritas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Guedes prometeu pacotaço econômico, mas não combinou com Bolsonaro, que cancelou o anúncio

 Em uma reunião na tarde desta segunda-feira, 24, Jair Bolsonaro teve acesso ao pacotaço econômico de Paulo Guedes que seria anunciado nesta terça, 25, e decidiu cancelar o evento


Brasil 247, 24/08/2020, 20:23 h Atualizado em 24/08/2020, 20:34
     Modelo para previdência do Bolsonaro e Guedes assalta o trabalhador e rouba o Estado — E o ladrão é o Lula (Foto: Sérgio Moraes - Reuters)

Bolsonaro cancelou o anúncio do pacotaço econômico de Paulo Guedes, que seria apresentado nesta terça feira, 25. Segundo reportagem de Carla Araújo, do UOL, um auxiliar do governo disse que Guedes prometeu um grande anúncio, mas "faltou combinar com o chefe", Jair Bolsonaro.

Na reunião em que Paulo Guedes apresentou os detalhes da medidas, estavam presentes os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além de técnicos e secretários da economia.

A matéria destaca que “no encontro, além de tratar dos programas Renda Brasil, o Bolsa Família ampliado, e Pró-Brasil, o presidente pediu atenção total para o auxílio emergencial”.

O portal ainda informa que “já é consenso que o benefício será estendido, pelo menos, até dezembro, e o debate principal é em torno do valor. Segundo um ministro, a possibilidade maior hoje é pagar a metade dos R$ 600, ou seja, as próximas parcelas seriam de R$ 300.”

Bolsonaro reproduz vídeo com versão falsa contra repórter que ele agrediu

 Jair Bolsonaro divulgou em seu canal no You Tube vídeo usado por simpatizantes para dizer falsamente que um jornalista do Globo teria feito referência à filha do presidente, antes de Bolsonaro ameaçar "encher de porrada" a boca do jornalista


Brasil 247, 24/08/2020, 20:01 h Atualizado em 24/08/2020, 20:13
  Jair Bolsonaro, durante o encontro “Brasil Vencendo a COVID-19” (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Jair Bolsonaro publicou nesta segunda-feira, 24, em seu canal no Youtube, um vídeo que reproduz uma versão falsa de que Bolsonaro teria reagido a uma provocação do jornalista Daniel Gullino, repórter do jornal O Globo, antes de dizer que a 'vontade que tenho é encher sua boca de porrada'. 

No vídeo, o profissional de imprensa teria dito que “vamos visitar sua filha na cadeia”. Os apoiadores de Bolsonaro que divulgaram o vídeo dizem que isso teria motivado a resposta do presidente, sugerindo a agressão física contra o profissional. 

A peça de fake news, que também foi publicada nas redes sociais do vereador Carlos Bolsonaro, não traz legendas e é intitulado "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!".

A agressão de Bolsonaro ao jornalista do Globo ocorreu nesse domingo, 23, em Brasília. Durante visita de Bolsonaro à Catedral de Brasília, o presidente foi questionado pelo repórter sobre os depósitos de R$ 89 mil que o ex-assessor Fabrício Queiroz e sua mulher fizeram na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O pesquisador da área de mídias sociais Fábio Malini fez nesta segunda-feira (24) uma série de postagens no Twitter apontando que Bolsonaro já recebeu 1.035.521 de mensagens nas redes sociais com internautas questionando: "Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil do Queiroz?".