segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Quem aprova Bolsonaro? Os brancos e ricos!

Datafolha: mulheres, jovens e negros avaliam governo como ruim ou péssimo!

Conversa Afiada, 09/12/2019
Manifestantes pró-Bolsonaro em Brasília, 27/05/2019 (Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Datafolha divulgou neste domingo 8/XII sua pesquisa sobre a aprovação da população ao governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o levantamento, 30% acreditam que o governo Bolsonaro é ótimo ou bom. 32% consideram o governo regular, e 36% ruim ou péssimo.

Quando indagados qual nota de zero a dez dariam ao trabalho de Bolsonaro, a média concedida pelos entrevistados foi de 5,1 pontos.

À beira da reprovação, portanto.

Mas... Quem aprova Bolsonaro?

Quem acredita em suas promessas, seu programa de governo?

Segundo o Datafolha, a aprovação do presidente entre os mais pobres é apenas metade da observada entre os mais ricos: entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos por mês, 22% dizem que o governo Bolsonaro tem desempenho ótimo ou bom. Entretanto, entre os mais ricos - renda superior a cinco salários mínimos por mês - esse índice salta para 44%.

Já a desaprovação é de 43% entre os entrevistados de baixa renda e 28% entre aqueles que ganham acima de dez salários mínimos mensais.

Entre os que avaliam o governo de Jair Bolsonaro como ótimo ou bom estão 35% dos homens, 35% das pessoas com ensino superior, 37% dos brasileiros brancos, 39% dos evangélicos neopentecostais, 40% dos moradores do Sul e 58% dos que se declaram "empresários".

Bolsonaro, afinal, faz um governo para os ricos: perdoa as dívidas dos bilionários, fala fino com os bancos, diz que é difícil ser patrão no Brasil, promove uma política neoliberal que perpetua a desigualdade...

E os segmentos que avaliam o governo como ruim ou péssimo?

São 41% das mulheres, 41% dos brasileiros mais jovens (16 a 24 anos), 46% dos pretos e pardos, 48% dos desempregados, 50% dos indígenas, 50% dos moradores do Nordeste e 55% dos seguidores de religiões de matriz africana.


Reprodução: Folha de São Paulo

Em tempo: o Datafolha também questionou os entrevistados a respeito da confiança em Jair Bolsonaro. Apenas 19% dos brasileiros confiam no que o presidente diz. 37% confiam às vezes e 43% nunca confiam.

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Aprovação de Moro despenca em um ano!

Datafolha: avaliação positiva de ministro caiu 10% em oito meses

Conversa Afiada, 09/12/2019
(Créditos: Valter Campanato/Ag. Brasil.)

O Conversa Afiada mostrou neste domingo 8/12 que, segundo o Instituto Datafolha, 30% dos brasileiros aprovam e 36% desaprovam o governo Bolsonaro.

A nota média concedida ao governo do Jair Messias, de zero a dez, é de apenas 5,1 pontos - se fosse uma sala de aula, Bolsonaro estaria à beira da reprovação!

Bolsonaro governa para os brancos e para os bancos: segundo o Datafolha, a aprovação ao governo concentra-se entre os homens brancos, moradores do Sul, com renda superior a cinco salários mínimos.

O presidente virou um animador de sua própria plateia, como definiu Leonardo Sakamoto em seu blog.

O Datafolha também divulgou os índices de aprovação dos ministros do governo Bolsonaro.

O ministro da Justissa Sérgio Moro, o ex-Judge Murrow, por exemplo, foi avaliado como ótimo ou bom por 53% dos entrevistados. Outros 23% o consideram regular e 21% o avaliam como ruim ou péssimo.

Ele é mais popular que o próprio presidente Bolsonaro, portanto.

A avaliação positiva de Moro, entretanto, está em queda livre desde a primeira pesquisa do Datafolha sobre o tema, no início deste ano.

Em abril de 2019, o Datafolha revelou que 63% dos brasileiros avaliavam Sérgio Moro de forma positiva.

Em julho, o mesmo instituto revelou um total de 55% de ótimo ou bom - uma queda que pode ser explicada pelo início da divulgação das reportagens da Vaza Jato do Intercept Brasil, que escancararam os bastidores da Operação Lava Jato.

Em setembro, a aprovação de Moro teve nova queda e chegou a 54%.

A avaliação atual - 53% - corresponde, assim, a uma queda de 10% em oito meses!

Ou seja: não adiantou em nada espalhar aqueles outdoors pró-Moro pelo Brasil!

Os que aprovam o trabalho de Sérgio Moro são 88% dos que avaliam o governo Bolsonaro positivamente, 73% dos que têm renda familiar superior a dez salários mínimos, 64% dos moradores do Sul, 59% dos homens, 58% dos maiores de 60 anos e 61% dos brancos e brancas.

O Datafolha entrevistou 2.948 pessoas em 176 municípios de todo o país, entre os dias 5/XII e 6/12.

Em tempo: segundo o Datafolha, Moro possui a melhor avaliação entre os ministros de Bolsonaro. Em seguida, vem a ministra Damares (43%), Paulo Guedes (39%) e Abraham Weintraub (34%). Ricardo Salles, do Meio Ambiente, possui apenas 27%.

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Blindado pelo CNMP, Deltan processa Gilmar e quer receber R$ 59 mil por danos morais

O procurador Deltan Dellagnol, que não recebeu punições severas do Conselho Nacional do Ministério Público a despeito de todos os fatos revelados pela Vaza Jato, decidiu partir para a ofensiva; agora, ele abriu processo contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal por "danos morais

Brasil 247, 09/12/2019, 10:17 h

  Deltan Dallagnol e Gilmar Mendes (Foto: ABr | STF)

O procurador Deltan Dallagnol, que foi exposto em várias condutas atípicas pela Vaza Jato, decidiu partir para a ofensiva e abriu processo contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, por "danos morais", numa ação em que pede indenização de R$ 59 mil.

"Na ação movida na última semana, o procurador da República aponta entrevistas e manifestações de Gilmar Mendes em que ele teria o ofendido. Uma entrevista citada na ação foi concedida à Rádio Gaúcha em 7 de agosto de 2019 pelo ministro. Nela, ele afirmou que a força-tarefa coordenada por Deltan Dallagnol seria uma organização criminosa, formada por “gente muito baixa, muito desqualificada”, insinuando que os procuradores praticariam crimes", informa o blog do jornalista Fausto Macedo.

Gilmar chamou os integrantes da força-tarefa de “cretinos”, “gentalhada”, “desqualificada”, “despreparada”, “covardes”, “gângster”, “organização criminosa”, “voluptuosos”, “voluntaristas”, “espúrios”, “patifaria” e “vendilhões do templo”.

Lava Jato destruiu a imagem do Brasil e das empresas brasileiras, aponta Marcelo Odebrecht

"Do jeito que a Lava Jato foi divulgada, acabou parecendo que o Brasil é o país mais corrupto do mundo, e que as empresas brasileiras exportavam corrupção. Não é verdade —nem uma coisa nem outra. Mas nossos competidores no mundo souberam tirar vantagem disso", diz o empresário Marcelo Odebrecht, que ficou quatro anos preso

Brasil 247, 09/12/2019, 05:56 h Atualizado em 09/12/2019, 09:30

O empresário Marcelo Odebrecht concedeu sua primeira entrevista depois que passou quatro anos preso, à jornalista Bruna Narcizo, da Folha de S. Paulo, e apontou os danos causados pela Operação Lava Jato à imagem do Brasil e das empresas brasileiras. "Do jeito que a Lava Jato foi divulgada, acabou parecendo que o Brasil é o país mais corrupto do mundo, e que as empresas brasileiras exportavam corrupção. Não é verdade —nem uma coisa nem outra. Mas nossos competidores no mundo souberam tirar vantagem disso. Vários países culpam a Odebrecht. Essa é uma questão que vamos ter de superar", disse ele.

Marcelo Odebrecht também fez uma defesa enfática do BNDES, contra a acusação de que seria uma caixa-preta, e falou em detalhes do financiamento a Cuba, para a construção do porto de Mariel. "Até antes da Lava Jato, nenhum projeto nosso teve default [termo usado na economia como sinônimo descumprimento de acordo para pagamento]. Nenhum governo que a gente atuava entrou em default. Era uma coisa que a gente fazia questão de acompanhar, porque sabíamos que podia matar a galinha dos ovos de ouro. Por isso, a gente acompanhava de perto. Agora, depois da Lava Jato, com a destruição que foi feita da nossa imagem no exterior, ficou difícil de a gente ficar no pé dos governos para que os financiamentos fossem pagos", disse ele.

"Por exemplo, a questão do porto de Mariel, em Cuba. Estão dizendo que tem um default de Cuba com o Brasil. Mas veja bem, o que o Brasil tinha que pagar de Mais Médicos [pelo acordo, o governo brasileiro pagava apenas uma porcentagem aos profissionais, o restante ia para o governo cubano]. Era menos do que Cuba tinha que pagar para o Brasil. Agora, o Brasil vai e acaba com o Mais Médicos. Quer dizer: o Brasil acabou com a fonte de recurso que ajudava Cuba a pagar o financiamento. 

Se a gente fosse a Odebrecht de antes da Lava Jato, no momento em que a gente percebesse que o governo está ameaçando o Mais Médicos, nós teríamos usado de nossa influência para tentar manter o programa. Não em cima de nada ilícito, mas provando ao governo que o Mais Médicos é que iria pagar o financiamento que Cuba pegou do Brasil. Essa capacidade de negociar, de certo modo, a gente perdeu. A gente ajudava para que a geopolítica dos países fosse bastante fluída", afirmou.

domingo, 8 de dezembro de 2019

“O discurso de Bolsonaro é criminoso e de alta periculosidade”, afirma psicanalista Christian Dunker

Em entrevista à TV 247, em Lisboa, o professor e psicanalista Christian Dunker analisou o discurso fascista de Bolsonaro e falou das relações do neoliberalismo e do capital com o sofrimento. "O capitalismo descobriu o sofrimento como capital", disse. Assista

Brasil 247, 08/12/2019, 11:01 h
Christian Dunker e Jair Bolsonaro (Foto: 247 | PR)

Um dos intelectuais públicos brasileiros de grande relevância para além dos muros da universidade, o internacionalmente reconhecido professor da USP e psicanalista Christian Dunker, concedeu uma entrevista exclusiva para o programa Conexão Lisboa da TV 247.

Esteve na capital portuguesa para uma semana de aulas, conferências e palestras, contudo, encontrou um tempo para falar sobre a realidade brasileira e os avanços dos movimentos neofascistas no mundo. 

Na sua diversidade de análises, sinalizou para uma compreensão mais alargada do que é e o que representa o neoliberalismo. Nesse sentido, Dunker afirma que o “capitalismo descobriu o sofrimento como capital” e o neoliberalismo utiliza o sofrimento como elemento fundamental para reprodução da vida social. Ou seja, o neoliberalismo forja um novo tipo de moralidade, que não restringe apenas a um modo de produção, mas é uma componente crucial para compreendermos o ressurgimento do fascismo. 

Ao comentar o caso do massacre em Paraisópolis durante uma ação da Polícia Militar que matou nove jovens, o professor enfatiza que “o discurso de Bolsonaro é criminoso e de alta periculosidade.” 

Dunker faz mais reflexões da ordem da psicanálise em seu canal do Youtube, “Falando Nisso”.

Vigiai

Rio: milicianos instalam "gatos" de energia e faturam alto

Depois da pirataria de TV e do transporte ilegal em vans...

Conversa Afiada, 08/12/2019
(Reprodução/DCM)

Depois das taxas de segurança, sinais piratas de TV por assinatura, transporte ilegal em vans e monopólio no comércio de botijões de gás, as milícias do Rio de Janeiro partiram para uma nova modalidade de lucro: os "gatos" de energia elétrica.

Reportagem de Rafael Galdo no Globo deste domingo 8/XII mostra que, em Belford Roxo, a Light descobriu que paramilitares instalaram uma rede de energia em um condomínio construído irregularmente, cujos imóveis foram colocados à venda por R$ 120 mil.

Segundo o jornal, denúncias de empresas e moradores apontam que milicianos vêm praticando furtos de energia sobretudo na Baixada Fluminense e na Zona Oeste. A concessionária Light calcula que deixa de arrecadar R$ 800 milhões por ano em áreas nas quais a violência a impede de entrar.

"Com milicianos não se consegue acordo. Aquilo ali (os furtos de energia) é lucro certo para eles. Nessas áreas, só se vende uma marca de cerveja ou de gás. É tudo loteado, e o criminoso recebe uma mensalidade por isso. Em comunidades em que a energia não é o negócio dos milicianos, até conseguimos ir. Em outras, não. Em Curicica, por exemplo, nós não entramos ou, quando vamos, eles marcam (com pintura nos postes) onde não podemos mexer", disse ao Globo Dalmer de Souza, diretor comercial da Light.

A violência das milícias e do tráfico ainda afeta a área de concessão da Enel, distribuidora de 66 municípios no Rio. Segundo a empresa, há 270 áreas de risco, onde 63% da energia é furtada. São Gonçalo, Niterói, Magé, Itaboraí, Macaé e Angra dos Reis estão entre as cidades mais afetadas.

De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e de Inquéritos Policiais (Draco-IE) investiga, sob sigilo, a atuação das milícias.

Lula: “não é possível que no país com o maior rebanho do mundo, o povo pobre não possa comprar carne”

Em um vídeo postado em suas redes sociais, o ex-presidente Lula criticou a alta no preço da carne e afirmou considerar um absurdo que no Brasil“, que tem o maior rebanho de gado do mundo, o maior produtor de proteína animal do mundo, o povo pobre não possa comprar carne. Não é possível”, exclamou.

Brasil 247, 08/12/2019, 13:41 h Atualizado em 08/12/2019, 14:52
 (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Em vídeo, disparado em seu canal neste domingo (8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou vários assuntos, entre eles o preço da carne, as notícias tendenciosas da TV Globo e a, segundo ele, “vitória parcial” do campo progressista no Congresso a respeito do Pacote Anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Lula lembrou que, no momento em que foi acusado pelo processo conhecido como “quadrilhão do PT”, o Jornal Nacional deu 12 minutos e 30 segundos para o assunto. “Na hora em que o juiz recusa a aceitar a denúncia, a Rede Globo de Televisão deu apenas 52 segundos”, lembrou Lula.

Lula afirmou também considerar um absurdo que o Brasil, que é o país “que tem o maior rebanho de gado do mundo, o maior produtor de proteína animal do mundo, o povo pobre não possa comprar carne. Não é possível”, exclamou.

Leia a íntegra na Revista Fórum.

"A máscara está caindo", diz Randolfe sobre pesquisa que aponta que 80% dos brasileiros não confiam em Bolsonaro

"Eleito através de fake news o governo Bolsonaro, em quase um ano de “gestão”, não desperta a confiança do povo", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre a pesquisa Datafolha que aponta que 80% dos brasileiros não confiam nas declarações de Jair Bolsonaro. "A máscara está canido", completou

Brasil 247, 08/12/2019, 10:45 h

  Brasília - Senador Randolfe Rodrigues durante sessão do impeachment no Senado conduzida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski (Antonio Cruz/Agência Brasil) (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP) usou sua conta no Twitter para comentar a pesquisa do Datafolha que aponta que 80% da população brasileira desconfia das declarações feitas por Jair Bolsonaro. "A máscara está caindo...”, ´postou o parlamentar.

“Eleito através de fake news o governo Bolsonaro, em quase um ano de “gestão”, não desperta a confiança do povo. Esse é o resultado de contar uma mentira por dia, meter a mão em direitos e achar que o povo é bobo. A máscara está caindo...”, escreveu o parlamentar no Twitter. 

sábado, 7 de dezembro de 2019

Caminhoneiros se dizem traídos por Bolsonaro e marcam paralisação nacional

"Não aguentamos mais ser enganados pelo senhor Jair Messias Bolsonaro"

Conversa Afiada, 07/12/2019
Registro da paralisação de caminhoneiros em 2018 (Reprodução/Conhecimento Científico)

Líder dos caminhoneiros autônomos, Marconi França disse nesta sexta-feira 6/XII que, à meia noite da segunda-feira 16/XII, ao menos 70% dos cerca de 4,5 milhões de profissionais autônomos e celetistas vão parar em todo o Brasil. O motivo é a insatisfação com Jair Bolsonaro, que, de acordo com França, não cumpriu o que prometeu. As informações são do jornal Correio Braziliense.

“O governo não cumpriu nada do que prometeu. O preço do óleo diesel teve 11 altas consecutivas em 2019. Não aguentamos mais ser enganados pelo senhor Jair Messias Bolsonaro, que protege o agronegócio e diz que o caminhoneiro só sabe destruir rodovias“, reclamou França ao jornal.

Ele afirmou ainda que a duração do protesto não foi definida, ou seja, não se sabe se será prolongado por mais dias.

Na tarde de sexta, França foi à sede da Central Única dos Trabalhadores no Rio (CUT-RJ) para pedir apoio ao movimento. Ele explicou, também, a importância de receber o suporte de toda a população.

“De todos que usam gasolina, óleo diesel e também gás de cozinha. Jair Bolsonaro esquece que quem transporta os produtos das indústrias e do agronegócio somos nós”, reforçou.