sábado, 19 de outubro de 2019

Shell é acionada na Justiça sobre desastre ambiental no litoral do Nordeste

ONG ambiental Redemar, da Bahia, e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia ajuizaram, nesta sexta-feira (18), ação na Justiça Federal requerendo à Shell que forneça informações relacionados aos barris de lubrificantes da empresa, que foram encontrados na Praia do Formosa, em Sergipe, e em outros estados

Brasil247, 18/10/2019, 21:51 h Atualizado em 18/10/2019, 21:59
    (Foto: Adriano Machado)

Revista Fórum - A ONG ambiental Redemar, da Bahia, e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia ajuizaram, nesta sexta-feira (18), ação na Justiça Federal requerendo à Shell que forneça documentos e informações relacionados aos barris de lubrificantes de propriedade da empresa, que foram encontrados na Praia do Formosa, em Sergipe, e em outros estados.

A ação também inclui pedido para que o Ibama forneça documentos e estudos que possam estar relacionados aos fatos. Análises realizadas pela Universidade Federal do Sergipe constataram que esses barris com a logomarca da Shell conteriam o mesmo petróleo cru, que vem poluindo o litoral nordestino desde o final de agosto.

Segundo o advogado Maximiliano Garcez, da Advocacia Garcez, “caso a ação seja julgada procedente, a Shell, maior empresa petroleira privada do mundo, será obrigada a fornecer os documentos requeridos, e estes podem ser subsídios importantes para o ajuizamento de ações que responsabilizem os culpados pelos enormes danos ambientais, sociais e econômicos decorrentes do derramamento de petróleo, cuja causa ainda é desconhecida, e que tem impactado diversos pontos do litoral do Nordeste”, revela.

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Financial Times diz que Brasil pode 'entrar em colapso'

Uma das principais vozes do "mercado internacional", o jornal britânico Financial Times se mostrou preocupado nesta sexta-feira (18) com as confusões recentes do governo Bolsonaro e diz que o Brasil pode "entrar em colapso"

18 de outubro de 2019, 18:48 h
   Jair Bolsonaro e matéria do Financial Times (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - Reportagem publicada nesta sexta-feira (18) pelo jornal britânico de economia Financial Times mostra que o chamado "mercado" está preocupado com os rumos do governo Bolsonaro, informa o Uol.

"No espaço de dois dias desta semana, o líder brasileiro rompeu os laços com dois legisladores do Partido Social Liberal, potencialmente enfraquecendo sua capacidade de aprovar legislação por meio de um Congresso já fraturado e problemático", diz o texto.

Segundo o FT, a Câmara e o Senado consideram o governo confuso e inseguro, e políticos de oposição não levam o presidente a sério, o que pode levar o Brasil a "entrar em colapso".

A disputa política, segundo o Financial Times, é especialmente problemática por conta da proximidade da votação da Reforma da Previdência, que é defendida pelo mercado internacional.

Bolsonaro extinguiu comitês sobre acidentes com petróleo



A extinção dos conselhos pode ser parte da explicação para a demora e a desorganização do governo no combate às manchas de óleo.

PSL deve destituir Eduardo Bolsonaro da Comissão de Relações Exteriores



O filho 03 já perdeu a vaga na embaixada dos Estados Unidos e pode ficar sem a vaga numa das comissões mais importantes da Câmara

#Bolsolão indica risco de impeachment de Bolsonaro

A hashtag #Bolsolão está “implodindo” Jair Bolsonaro no Twitter e nas demais redes sociais, indicando que há risco concreto de impeachment no horizonte, escreve o jornalista Esmael Morais

Brasil247, 19 de outubro de 2019, 05:09 h
  Presidente Bolsonaro (Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

Por Esmael Moraes, em seu blog – O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), denunciou nesta sexta-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou comprar deputados para removê-lo da liderança e substituí-lo por seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cuja operação final deu errado.

Waldir minimizou a ameaça de implodir o presidente da República, em entrevista a jornalistas, após a convenção do PSL em Brasília, afirmando que ele se referia ao áudio do próprio Bolsonaro vazado ontem (17). Segundo o parlamentar, era uma clara tentativa de o presidente comprar deputados com cargos e controle partidário para quem votasse para seu filho na liderança.

A hashtag #Bolsolão está “implodindo” Jair Bolsonaro no Twitter e nas demais redes sociais, indicando que há risco concreto de impeachment no horizonte.

O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), por exemplo, disse que irá protocolar um pedido de afastamento do presidente da República nos próximos dias. De acordo com o parlamentar que se elegeu no PSL, há elementos de sobra para o impendimento.

Na segunda-feira (21), todos os olhos se fixarão na entrevista da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), no Roda Viva. Ela foi defenestrada ontem da liderança do governo no Congresso Nacional. A ex-líder se queixa que foi avisada da “demissão” pela imprensa e, também, pode revelar ao vivo coisas da campanha de 2018 que deixariam até o “Véio da Havan” de cabelo em pé.

Portanto, #Bolsolão é primo-irmão do mensalão e sinônimo de impeachment.

Ou seja, o k-suco ainda vai ferver muito mais em Brasília.

PSDB chama Joice ao Roda Viva para implodir Bolsonaro

“Aos que pediram: Roda Viva’ de segunda (21) trará entrevista com a deputada Joice Hasselmann, um dos pivôs da crise dessa semana no PSL. Quem fez campanha para que o assunto fosse abordado no programa agora precisa ajudar a divulgar!”, publicou a jornalista Daniela Lima, âncora da atração

Brasil247,19 de outubro de 2019, 05:12 h
      Dep. Joice Hasselmann (PSL/SP) (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Da revista Fórum – A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) é a próxima convidada do programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (21). Joice foi destituída do posto de líder do governo no Congresso após apoiar a continuidade do Delegado Waldir (PSL-GO) na liderança da bancada do PSL contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 03 do presidente Jair Bolsonaro.

“Aos que pediram: Roda Viva’ de segunda (21) trará entrevista com a deputada Joice Hasselmann, um dos pivôs da crise dessa semana no PSL. Quem fez campanha para que o assunto fosse abordado no programa agora precisa ajudar a divulgar!”, publicou a jornalista Daniela Lima, âncora da atração.

A parlamentar se colocou ao lado da ala bivarista do PSL, contra os desmandos do presidente Jair Bolsonaro, e foi punida com a destituição da liderança. Em resposta, ela "agradeceu". “Estava cansada de fazer discursos para consertar as trapalhadas desse governo”, disse.

Moro determinava buscas sem pedido do MP e a PF ajeitava, revela Vaza Jato

“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, escreveu Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato. “Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. O delegado Flores, em resposta, avisou ao grupo: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”

Brasil247, 19 de outubro de 2019, 05:05 h
  Sérgio Moro, durante coletiva de imprensa (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência)

Por Glenn Greenwald e João Felipe Linhares, no Intercept – O ex-juiz Sergio Moro não somente conspirou com os procuradores e comandou a força-tarefa da Lava Jato, conforme revelado pelo Intercept, mas também, desde o começo da operação, capitaneou operações da Polícia Federal. Chats de grupos da Lava Jato no Telegram indicam que o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro inclusive ordenou busca e apreensão na casa de suspeitos sem provocação do Ministério Público (o que é irregular).

“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, escreveu Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato, em fevereiro de 2016, no grupo Amigo Secreto — se referindo a Moro pelo apelido usado pelos procuradores e delegados. “Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. O delegado Flores, em resposta, avisou ao grupo: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”.

Desde o início da Vaza Jato, foram documentados inúmeros casos do então juiz conspirando em segredo e de forma ilegal com os procuradores na construção dos casos que ele depois dizia julgar de maneira imparcial. Durante os anos em que Moro esteve à frente da Lava Jato, ele chegou inclusive a influir na agenda de operações, conforme mostram as reportagens do Intercept e seus parceiros, realizadas a partir das mensagens secretas trocadas por meio do aplicativo Telegram e entregues ao Intercept por uma fonte anônima. Os diálogos a seguir, que ocorreram dias antes da Condução Coercitiva para depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva e da tentativa fracassada da ex-presidente Dilma Rousseff de transformá-lo em ministro-chefe da Casa Civil, demonstram que Moro não conspirou somente com os procuradores, mas também com a Polícia Federal.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Justiça decreta sigilo no processo que envolve caixa 2 na campanha de Bolsonaro

A Justiça decretou sigilo no processo que investiga a prática de caixa 2 na camanha de Jair Bolsonaro, o que pode recrudescer a crise política que já se alastra em Brasília. Pivô do caso, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), é suspeito de três crimes envolvendo candidaturas -laranja do partido em 2018

Brasil247, 07/10/19, 23:23 h
         Marcelo Álvaro Antônio e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR)

A Justiça decretou sigilo no processo que investiga a prática de caixa 2 na campanha de Jair Bolsonaro, o que pode recrudescer a crise política que já se alastra em Brasília. Pivô do caso, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), é suspeito de três crimes envolvendo candidaturas -laranja do partido em 2018. 

A reportagem do portal G1 destaca que o ministro do turismo "foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral na última sexta-feira (4) por falsidade ideológica, apropriação indébita eleitoral, que é quando o candidato se apropria com os recursos destinados ao financiamento eleitoral para proveito próprio, e associação criminosa. Outras dez pessoas também foram denunciadas."

A matéria ainda acrescenta que "a decisão de tramitar o caso em segredo de justiça é do juiz responsável pelo caso, Flávio Catapani, titular da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, que informou que nenhum desdobramento da denúncia será divulgado. O indiciamento do ministro pela Polícia Federal foi na quinta-feira (3), pelo crime eleitoral de omissão na prestação de contas e também pelo crime de associação criminosa. As investigações foram feitas de forma conjunta entre PF e Ministério Público."

Reforma administrativa de Bolsonaro deve retirar benefícios de servidores

A proposta que será apresentada após a Previdência mexe em licenças e gratificações e também abre espaço para equiparar salários aos da iniciativa privada, que são menores. Além disso, futuros servidores devem perder o direito à estabilidade. Ontem, Jair Bolsanaro classificou como "patifaria" a notícia de que mexeria na estabilidade

Brasil247, 08/10/19, 05:37 h

"Com a reforma da Previdência em fase final de votação no Senado, o governo se prepara para o 'day after” e está dando os últimos retoques na reforma administrativa, que deverá reestruturar as carreiras do funcionalismo federal e estabelecer novas regras para a contratação, a promoção e o desligamento de servidores", informa o jornalista José Fucs, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo.

"Além das medidas já divulgadas em 'doses homeopáticas' nas últimas semanas, como a extinção da estabilidade dos novos funcionários em certas carreiras e cargos, o fim da progressão automática por tempo de serviço, a redução do número de carreiras e o alinhamento dos salários do setor público aos da iniciativa privada, o governo poderá propor a regulamentação da lei de greve para o funcionalismo, prevista na Constituição, mas não efetivada até hoje", aponta o jornalista. 

Quais medidas devem ser incluídas na reforma administrativa a ser proposta pelo governo

Medidas divulgadas agora:
  • Revisão de privilégios, como licenças e gratificações
  • Regulamentação da lei de greve no setor público, prevista na Constituição
  • Criação de novo Código de Conduta para o funcionalismo
  • Regulamentação da avaliação de desempenho, também prevista na Constituição
  • Implantação de sistema adicional de avaliação, além do concurso, para certas carreiras
  • Adoção de novo sistema de avaliação e seleção de altos executivos para o setor público
  • Alinhamento de carreiras para permitir maior mobilidade dos servidores
  • Redesenho do arranjo institucional, incluindo autarquias, empresas públicas, empresas de economia mista e fundações
Medidas divulgadas antes:
  • Fim da estabilidade para novos servidores, exceto em certos casos, como auditores e diplomatas, e definição de “regras de transição” para atuais funcionários
  • Redução significativa do número de carreiras, que chegam a 117
  • Fim da progressão automática por tempo de serviço
  • Criação de contrato de trabalho temporário e estímulo à contratação pela CLT por concurso
  • Aproximação entre os salários do funcionalismo e do setor privado
  • Redução dos salários de entrada a ampliação do prazo para chegar ao topo da carreira

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Fala de Janot incitou ataque de procurador a juíza, diz Alexandre de Moraes

"Apesar de ser tresloucada, a pessoa (procurador da Fazenda Nacional) se referiu a outro gesto tresloucado de outra pessoa (Rodrigo Janot) que tivemos semana passada", afirmou o ministro Alexandre de Moraes, do STF

Brasil247, 04 de outubro de 2019, 21:12 h

       Alexandre de Moraes autorizou ação da PF na casa de Rodrigo Janot (Foto: STF / Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou nesta sexta-feira (4) que o procurador da Fazenda Nacional do Tribunal Regional Federal (TRF-3) que tentou matar uma juíza federal em São Paulo na quinta-feira com uma facada se inspirou na declação do ex-procurador gerala da República Rodrigo Janot. 

"Apesar de ser tresloucada, a pessoa (procurador da Fazenda Nacional) se referiu a outro gesto tresloucado de outra pessoa (Rodrigo Janot) que tivemos semana passada. As pessoas que não pensam como a gente pensa não são nossas inimigas. Elas nos ensinam e nos ensinamos a elas. Precisamos voltar ao bom senso", disse Moraes, durante palestra no evento Novas Fronteiras para Políticas de Integridade e Políticas Públicas no Brasil: Desafios e Oportunidades, que ocorre na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. 

O ministro defendeu que as pessoas voltem a dialogar e parem de insuflar contra pessoas que têm posições contrárias.