quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

'Carnaval de protestos' reúne sambódromo e blocos contra políticos

Temer, Crivella e Cabral foram alvo dos foliões; em SP, tom engajado foi mais tímido

Folha,14.fev.2018 às 2h00

Michel Temer, Marcelo Crivella, Sérgio Cabral, corrupção, patos da Fiesp.

O “Carnaval do protesto” uniu sambódromo e folia de rua pelo país, com críticas contra políticos, Judiciário e políticas públicas em escolas de samba do Rio e blocos de Salvador, Recife e Belo Horizonte. Já em São Paulo as críticas foram mais tímidas, mas também existiram.

No Rio, a escola Beija-Flor traçou paralelo entre “Frankenstein”, de Mary Shelley, com o momento do Brasil.

Ratos representaram políticos e sobraram críticas à criminalidade, ao sucateamento das redes de saúde e educação e à corrupção.

Um dos carros encenou a violência cotidiana do Rio. Em uma encenação, alunos foram baleados; em outras apareciam crianças em caixões e policiais mortos.

Houve alusão à “farra dos guardanapos”, jantar de luxo em Paris que reuniu o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), outros políticos e empresários —nove foram presos e outros são investigados.

“A gente tem que mudar isso. Vamos reagir, Brasil”, disse a funkeira Jojo Todynho após o desfile da agremiação, na madrugada de terça (13).


Paraíso de Tuiuti criticou a reforma da Previdência AFP

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), foi alvo do desfile da Mangueira no dia anterior. Ele cortou verbas das escolas de samba e de festas de rua na cidade. 

Um dos carros da escola trouxe a frase “Prefeito, pecado é não brincar o Carnaval”. Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal.

Houve também um boneco com a imagem do político, com corda no pescoço. 

Em nota, a gestão municipal chamou o protesto de “intolerância religiosa”. Afirmou ainda que conseguiu dar apoio ao Carnaval, mesmo em condições de “crise excessiva e retração econômica”.

A Paraíso do Tuiuti apresentou o presidente Michel Temer como vampiro no último carro alegórico —e temas como racismo, escravidão e leis trabalhistas foram contemplados no enredo. 

Uma das alas teve patos amarelos como parte das alegorias —semelhantes ao que ficava em frente à Fiesp nos protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) na avenida Paulista. Foliões desfilaram como fantoches.

Com baixa popularidade, o prefeito Crivella e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), não compareceram ao sambódromo.

Assim como na Marquês de Sapucaí, Temer e Crivella foram alvos de protestos em blocos no Rio. No centenário Cordão da Bola Preta, funcionários da UFF (Universidade Federal Fluminense) carregavam balões com a expressão “Fora Temer”, enquanto médicos levantavam cartazes com a inscrição “Saúde em pânico com Crivella”, sobre salários atrasados de médicos e enfermeiros nas clínicas da família da cidade.
MALA

Temer foi alvo ainda de protestos de foliões na passagem do bloco Mudança do Garcia, em Salvador. Os participantes trouxeram cartazes contra a reforma da Previdência e a classe política.

No Recife, blocos contaram com foliões fantasiados com a inscrição “Fora Temer” no corpo. “Todo dia é dia de protesto”, disse a foliona Sheyla Santos, que fez o protesto com a filha, Yolanda, nas ruas da capital pernambucana.

Com o cartaz “Alô, alô, Gilmar, eu tô em cana, vem me soltar”, o folião Roberto Ferreira, 40, fantasiado de presidiário, criticou o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nas ruas de Belo Horizonte.
PANELAS

No desfile em São Paulo, a Império de Casa Verde trouxe o enredo “O Povo: A Nobreza Real”, sugerindo revolução social que livraria o povo de dominação. Integrantes da escola da zona norte bateram panelas, o que pode ser visto como referência aos protestos que culminaram com o impeachment de Dilma. 

“Na alma da gente/ a esperança continua/ vem pra rua”, dizia também o samba. “Vem pra rua” é expressão que se popularizou em protestos nos últimos anos no Brasil.

“Demos a mensagem”, afirmou o carnavalesco da Império, Jorge Freitas. “Queríamos falar sobre como poucos têm muito e muitos têm pouco, algo que a humanidade não conseguiu resolver.”

Nos megablocos da 23 de Maio, principal novidade do Carnaval paulistano, protestos políticos não foram marcantes. Em outros locais da capital paulista, como em Pinheiros (zona oeste), houve algumas manifestações.

Colaboraram: Marcelo Toledo, Luiza Franco, Kelly Lima, Isabella Menon, João Pedro Pitombo, Carolina Linhares, Luiza Franco, Paula Passos, Lucas Vettorazzo e Luis Costa.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

"Doutor" e "Excelência" não serão obrigatórios! Oohh, que legaaal!!... Mas eram?

Comentários ao PLS 332/2017

Publicado por João Ralph Castaldi, em Jusbrasil, 12/02/18

Não precisaremos mais chamar os arrogantes servidores públicos de "Doutor" ou "Excelência", poderemos acabar com o ego deles chamando-os apenas de "você" ou "tu"! "Senhor" apenas se eu respeitar a idade dos anciãos! Chega de pisotearem meu ego! E ái do servidor que me fizer qualquer exigência ou que eu sinta qualquer desrespeito vindo dele, ainda que ele não demonstre isso!! E tudo isso ~graças~ ao PLS 332/2017! Viva!

E vamos esperar que em breve seja estendido aos advogados e médicos! Chega desses "doutores" sem doutorado! Chega de termos que nos rebaixar a chamar esse ~povinho~ por títulos que não detém!! Pronome de tratamento nunca mais!! Hip hip, urra!

Desconsiderando a horrenda redação do Projeto de Lei 332/2017... ohhh, que legaaaal!!! Não precisaremos mais nos rebaixar com pronomes de tratamento xiqs, maravilha certo? Mas, desde quando temos a obrigação de chamar alguém por "excelência" ou por seu título acadêmico? Existe alguma legislação nesse sentido? Se eu não chamar de "excelência" um funcionário público, ou por "doutor" alguém que recebeu seu título de "doutorado", estarei incorrendo em alguma conduta civilmente ilícita? Ou mesmo criminalmente tipificada?

Não! Ninguém é obrigado à chamar ninguém de excelência, doutor, senhor, mestre, milorde, sanctus dominus, amo, alteza, majestade, eminência, magnificência, vossa onipotência (essa eu particularmente nem conhecia) etc.

Não existe legislação que obrigue a utilização de pronome de tratamento, LOGO, não há ilícito civil ou infração penal em deixar de chamar alguém por pronome de tratamento ou título acadêmico. Simples assim. Sério.
...

MAS POR QUE HÁ QUEM EXIJA SER CHAMADO POR PRONOMES OU SEUS TÍTULOS ACADÊMICOS!?

Particularmente penso que apenas profissionais da área da psique teriam propriedade para explicar tal comportamento. Poderiam ser disfunções cognitivas ou desvios comportamentais associados à autoestima, mas não possuo licença para diagnosticar.

MAS JÁ VI JUIZ PROCESSANDO POR ISSO!!

Qualquer um pode ajuizar uma ação contra qualquer um por, qualquer razão, porém, os efeitos de tal conduta são variados, a depender do teor da exordial, poderá o autor ser responsabilizado civil e criminalmente.

Porém, como todos sabem, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada senão em virtude de lei (art. , II, CF/88), assim sendo, repita-se, não há ilícito civil ou infração penal em deixar de chamar alguém por pronome de tratamento,

Seria verdadeira afronta aos objetivos, fundamentos e princípios da república, bem como ofensa à dignidade da justiça obrigar alguém a fazer alguma coisa pelo torpe motivo de satisfazer o próprio ego.

Aliás, a depender da forma como se dera a exigência, pode configurar crime de extorsão, concomitantemente das penalidades administrativas e civis (ex.: "me chame deste pronome de tratamento ou irás preso por desacato").

Pode parecer chocante, mas, qualquer um pode ser criminoso, independente de possuir cargo público ou privado, sendo a hierarquia irrelevante (para o cometimento, não para eventuais sanções).

Ué... quer dizer que o projeto, além de malfeito, é completamente inútil?

Pelo contrário. O projeto nos mostra, entre outras coisas, ao menos i) o assunto de preocupação de nossos ~representantes~ legislativos; ii) a (falta de) atenção aos detalhes na criação de novas legislações; iii) como o dinheiro da arrecadação de nossos impostos estão sendo (mal) investidos; e iv) como o orgulho pode ser prejudicial para a sociedade civilizada.

Sobre o polêmico título concedido aos bacharéis de medicina e direito, fica para outro artigo.

Revolução brasileira: por Lula, o morro vai descer


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Carnaval do Fora Temer bomba no mundo inteiro


Enredo da Paraíso do Tuiuti, que protestou contra o golpe no Brasil em plena Globo, sócia do atentado à democracia, virou o segundo assunto mais comentado no mundo no Twitter.

Além disso, com 80% dos votos em enquete do Uol, a Tuiuti é apontada como a melhor escola de 2018.

No Rio, multidão invadiu o aeroporto Santos Dumont para pedir a saída de Temer, rejeitado por mais de 90% dos brasileiros.

O carnaval mais politizado da história pode criar condições para a queda do vampirão, que corre o risco de ser denunciado pela terceira vez.

Prisão de Lula vira chibata quente nas mãos do STF


"Até hoje ninguém conseguiu acusar Lula de ter roubado sequer dez centavos dos cofres públicos. Nem Moro ou o TRF-4", diz o colunista Ribamar Fonseca.

"Parte dos ministros do STF quer mesmo que Lula seja preso, embora consciente da farsa da sua condenação, da inconstitucionalidade da prisão em segunda instância e das suas consequências. É fundamental, porém, que haja uma posição formal do Supremo, pois foi ele que violou a Constituição ao aprovar a prisão em segunda instância com o voto de minerva da sua presidenta", defende o jornalista.

Preso preventivamente desde 2015, Vaccari recorre ao Supremo


A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido habeas corpus para que sua prisão preventiva, que já dura dois anos e 10 meses, seja revogada.

"Primeiro, essa prisão é injusta, por conta da desnecessidade da prisão preventiva, e também a ausência do trânsito em julgado, cuja execução provisória é inconstitucional. A defesa do Sr Vaccari continua a lutar contra essa grande injustiça que ele ainda suporta", ressalta o advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Você sabia que...?

Você sabia que no governo Temer aconteceu a primeira terceirização irrestrita nos trabalhadores assalariados? Que a gasolina aumentou 30%, o gás de cozinha 70%, a energia elétrica 100%, as taxas e serviços bancários 400% e o salário mínimo 1,81% ? Que deputados federais, senadores e juízes recebem somente de Auxílio-Moradia R$ 4.700,00 ?

PS: Caso você discorde dos percentuais acima e tenha dados confiáveis, apresente-os aqui na forma de comentários

Martinho: essa bagunça que é a nossa Justiça!

Aos 80 anos, genial compositor fala de ser negro hoje

Conversa Afiada, 12/02/2018


Martinho desfilou na Unidos do Peruche, em São Paulo (Reprodução: Rede Globo)
Conversa Afiada reproduz trechos da entrevista de Martinho da Vila à Fel-lha:
(...) Aproveitando sua menção à Lava Jato, que tem achado da operação?
Esse é assunto que estou evitando. Tirei férias da política, não vejo noticiário.

O sr. ainda é filiado ao PCdoB?
Sou, mas não sou ativo. É que nem católico não praticante, que não vai à igreja.

O sr. dará palestra na Faculdade de Direito da UFF. Qual o tema?
Acho que vou falar o que o povo está pensando. Por exemplo, o Supremo Tribunal Federal, eles [ministros] se digladiam muito. Estão parecendo é artista [risos]. A ministra que é presidente do Supremo [Carmen Lúcia], foi eleita, foi logo no programa do Bial ["Conversa com Bial", na Globo]. Falam de assuntos que ainda vão decidir nos autos, já dão opinião. Só rindo mesmo, porque a coisa é tão triste que não tem jeito.

Antes da condenação do ex-presidente Lula, o sr. afirmou que ele não deveria se candidatar na eleição deste ano. Ainda pensa assim?
Continuo achando que o Lula cumpriu um papel importante como presidente, um momento histórico, e que ele deveria andar pelo mundo, estudar, dar palestras e esquecer esse negócio de política.

Mas ele insistiu nessa coisa, foi envolvido e tal. É tudo em função da candidatura, para tirá-lo da eleição.

Ele daria um bom enredo de escola de samba?
Com certeza. Agora ninguém botaria, mas, no futuro ainda vai ser enredo. Ele é um cara do Nordeste, que estudou pouco, tem uma inteligência fora de série. Aí vai para São Paulo, vira líder sindical, é preso pela ditadura, resolve ser presidente do Brasil, perde três vezes, depois ganha.

Com o Lula presidente, qualquer família pobre com filho pode falar "esse cara ainda pode ser presidente". Tudo isso dá um enredo fantástico. Essa fase atual eu não sei como colocaria. O enredo tem que contar a história inteira, então é melhor não fazer agora.

O documentário dedicado ao sr. ["O Samba", 2014] traz um depoimento de Aécio Neves. Como o conheceu?
Ele é muito amigo, conheci quando ainda não tinha ocupado nenhum cargo político. O Sérgio Cabral também, já conhecia desde pequeno, por causa da família. A gente foi para a Rússia, para um festival da juventude socialista [12º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, em 1984]. E a gente fez amizade. Eles se tornaram políticos logo depois e eram dois jovens de quem os cariocas gostavam muito.

Sonhava-se com um dos dois na Presidência. O Aécio chegou a concorrer, mas depois... Deu no que deu. O Cabral também deu no que deu. Eu só fico triste, mas fui bastante amigo deles e tenho uma certa consideração por eles.

O sr. se decepcionou com eles?
É uma decepção total, né? É como um fã meu que não pensa que eu vou cometer um ato baixo, entendeu? Se acontecesse isso, que Deus me livre, o cara ficaria triste, não conseguiria festejar a minha derrota. Eu também não consigo festejar a prisão do Cabral. Quando ele foi preso com os pés algemados, aquilo me causou um mal-estar tão grande. Ele merece estar preso, tenho certeza. Mas aquilo é um absurdo. É essa bagunça que está a nossa Justiça.

O sr. é um ícone e difusor da cultura negra. Como é ser negro no Brasil hoje?
Muito melhor do que quando eu era criança e adolescente. Os negros eram perseguidos de tudo quanto é jeito. Se eu andasse com esse cabelo assim que eu tô, a polícia me parava. Tinha de andar de cabelo comportadinho. De barba, nem pensar [risos]. A polícia ia em cima e, se eu não tivesse emprego, era preso por vadiagem. Era uma coisa terrível. Os militantes do movimento negro conseguiram reverter bastante esse quadro, embora ele ainda não esteja no ponto ideal.

Agora, nosso problema é trabalho. Até hoje temos empresas no Brasil que nem empregam negros. Você vê o retrato do governo do Brasil, de qualquer Estado ou prefeitura, não tem negros.

A patifaria público-privada

Barrocal expõe as vísceras da roubalheira na Eletrobras e nos Correios

Conversa Afiada, 12/02/2018
Lemann, Loures da mala e Yunes, o mula: receptadores dolosos

O repórter André Barrocal, na edição de sexta-feira 9/II da revista Carta Capital, trata da "patifaria público-privada": a farra do governo do MT nas negociatas da privatifaria da Eletrobras e dos Correios.
Segundo Barrocal:
- O governo Temer é um "balcãozinho de negócios": bancos, instituições financeiras e milionários em geral fazem pressão por MPs que os favoreçam.
- Dito isso, a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) parecem não se importar com os escândalos da privatifariada Eletrobras.
- Afinal, no meio do rolo está Jorge Paulo Lemann, dono de 100 bilhões de reais, um dos cinco homens mais ricos do Brasil, amigo de tucanos e sócio da filha do Careca em uma sorveteria.
- Dois assessores próximos ao MT, - José Yunes, o mula e Rodrigo Rocha Loures, o da mala -, segundo a Operação Patmos da Polícia Federal, estão ligados "de forma estranha" ao processo de venda de distribuidoras da Eletrobras.
- Yunes se reuniu com o diretor de uma empresa portuária para, segundo indícios, discutir a MP 735, que abriu caminho à privatifaria da Eletrobras e de suas distribuidoras.
- Graças a essa MP, o governo quer vender seis distribuidoras estaduais a preço de Vale do Rio Doce: 50 mil reais cada uma! A desculpa é o alto endividamento...
- Já Loures era o membro do Conselho de Administração de uma empresa do setor elétrico, a Neoenergia - sociedade entre o Banco do Brasil, o fundo de pensão Previ e a espanhola Iberdrola - que é candidata a adquirir alguma fatia da Eletrobras.
(Gregório Marín Preciado, primo do Careca José Serra, o maior dos ladrões, é - ou foi - representante da Iberdrola. Saiba mais aqui e aqui.)
- Yunes também recebeu um convite para um encontro com Lemann - outro grande interessado na privatização da Eletrobras.
- Os dois repassavam informações estratégicas?
- Os Correios também são vítimas das patranhas do governo MT. Barrocal denuncia uma consultoria para um projeto de "reestruturação" da estatal que custou 35 milhões de reais. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), foi uma ação de "baixa efetividade".
- Servidores que criticaram o projeto foram afastados.
- O Postalis, fundo de pensão dos Correios, está sob intervenção desde outubro.
Em tempo: segundo o professor Gilberto Bercovici, quem comprar na privatifaria dos Golpistas comete crime de receptação.

Tijolaço aponta falha ética de Huck na compra de jato com grana do BNDES


Apresentador usou dinheiro subsidiado para adquirir um bem de uso pessoal – e não voltado à atividade produtiva, aponta Fernando Brito, editor do Tijolaço.

"Não se acusa o apresentador de qualquer ilegalidade, mas pela imoralidade de ter usado uma linha de fomento a atividade empresarial para financiar um veículo particular", diz ele.