domingo, 26 de novembro de 2017

Igreja vai distribuir santinho de deputado que votar a Previdência!

D. Reginaldo, de Jales: “Levante-se diante de uma pessoa de cabelos brancos e honre o ancião!”

Conversa Afiada, 26/11/2017
Davi vence Golias, de Caravaggio
​O Conversa Afiada reproduz artigo de ​Dom Reginaldo Andrietta, bispo de Jales, SP, sobre a "reforma" da Previdência, para destinar dinheiro aos bancos e aos rentistas - como lembrou o Ministro Carlos Gabas - e entregar os brasileiros à previdência privada (dos bancos).

(O artigo será publicado nos sites da CNBB Nacional e Sul1).


Proteção social sem lógica mercantil  
             Dom Reginaldo Andrietta, Bispo Diocesano de Jales

O projeto de Reforma da Previdência Social será votado na Câmara dos Deputados tão logo se concluam as negociações do executivo com o legislativo, na forma de “compra de votos” por meio de cargos e emendas parlamentares. Este projeto reduz direitos constitucionais e ameaça a vida de milhões de brasileiros, de modo especial os socialmente vulneráveis.

A Constituição de 1988, ainda em vigor, assegurou um sistema avançado de proteção social, conquistado a duras penas pela classe trabalhadora no bojo das lutas pela redemocratização do Brasil. A classe dominante jamais aceitou esse e outros avanços que, em última instância, apenas asseguram as bases para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e justa.

O congelamento por 20 anos dos gastos com programas sociais e a recente reforma trabalhista ferem gravemente nossa “Constituição Cidadã”. Agora, a Proposta de Emenda Constitucional 287, que reforma a Previdência Social, se for aprovada, dificultará o acesso à aposentadoria de milhões de trabalhadores, especialmente rurais, reduzirá drasticamente o acesso ao Benefício de Prestação Continuada, que é o benefício assistencial ao idoso e à pessoa com deficiência, e cortará pela metade as pensões de viúvas e viúvos.

Os argumentos utilizados para essa reforma previdenciária são enganadores. O déficit alegado é falso. Essa constatação foi feita pela própria Comissão Parlamentar de Inquérito, constatando que a Previdência Social é, na realidade superavitária. Causa espanto um dos argumentos utilizados pelo Presidente da República para essa reforma, que o brasileiro daqui a pouco viverá 140 anos.

Nossa Lei Magna está sendo, assim, mutilada. Em consequência, os pobres, já crucificados, estão sendo ainda mais sacrificados com o desmonte descarado do sistema de proteção social. Instaura-se a barbárie. Perde-se a civilidade. O governo de plantão quer que o Estado adote a política de Pilatos. Este “lavou as mãos” na condenação de Jesus. Trata-se da política do “Estado Mínimo” que se exime de sua responsabilidade de proteger sobretudo os mais desvalidos.

O grau de respeito à dignidade humana de uma nação deve ser também medido por seu sistema de proteção social. A Doutrina Social da Igreja é clara na definição do papel do Estado de salvaguardar os direitos sobretudo dos mais pobres, garantindo, por exemplo, acesso a um sistema de proteção social que não esteja submetido à lógica mercantil. Afinal, proteção social deve ser comprada?

Um sinal muito particular de respeito humano é a proteção às pessoas idosas, a ser garantida, especialmente, por uma aposentadoria justa. Clamam aos céus o desprezo sofrido por elas. O Salmo 79,1 traduz, sabiamente, o clamor do idoso: “Não me rejeites na minha velhice; não me desampares quando forem acabando as minhas forças”. O livro de Levítico 19,32 exorta: “Levante-se diante de uma pessoa de cabelos brancos e honre o ancião...!”

Que tal, então, levantarmo-nos em respeito às pessoas idosas de hoje e de amanhã? Que seja um “levante popular”, evidentemente pacífico. Que tal, por exemplo, distribuirmos ostensivamente, “santinhos” com nomes, fotos e partidos políticos dos legisladores que votarem a favor dessa reforma da previdência, denunciando-os em seus “currais eleitorais”? David venceu Golias com uma simples funda. A força dos fracos está nas ações simples e contundentes.

Jales, 23 de novembro de 2017.

Cármen Lúcia: revisar o foro agilizará a Lava Jato

Ao acreditar que o ministro Dias Toffoli será célere em seu pedido de vista a presidente do Supremo parece desconhecer a realidade em que vivemos

Presidente do Supremo Tribunal Federal defende agilidade de julgamento dos processos da Lava Jato e diz que a revisão do foro privilegiado irá contribuir para isso.

A ministra, porém, alertou contra excessos na operação: "a corrupção precisa ser combatida, e a lei, cumprida. Em nome do combate à corrupção não se pode atropelar a Constituição nem a lei".

Sobre o pedido de vista do ministro Dias Toffoli na semana passada, depois que a Corte já havia decidido sobre o assunto por 7 a 1, recebeu uma alfinetada da ministra.

"É importante concluir [o julgamento]. O ministro Dias Toffoli tem direito à vista, mas tenho certeza de que vai dar a celeridade necessária para que isso volte imediatamente".

Com fim de contribuição, sindicatos demitem e cortam custos

Com o fim da contribuição, as entidades representativas terão dificuldades e as que existiam somente em função da contribuição tendem a sumir do mapa, deixando o patrimônio para os "seus donos"

Embora tenha prometido o oposto aos sindicalistas, o governo Temer extinguiu a contribuição sindical com a reforma trabalhista, e com isso, cerca de um terço dos recursos dessas entidades.

Com verba escassa, eles têm demitido e vendido ativos.

Até 2018, 100 mil trabalhadores diretos e indiretos devem ser afetados, estima o Dieese.

Gaspari cobra investigação sobre suicídio de reitor


A uma semana de se completar dois meses do suicídio do reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier, "não se conhecem os resultados das investigações que permitiriam 'maior aprofundamento na análise' das denúncias que levaram a Polícia Federal a pedir e a conseguir que a Justiça mandasse prendê-lo", afirma o jornalista Elio Gaspari.

"Não se trata apenas de saber o que o reitor fez de errado. Trata-se de saber em que resultou a investigação da 'Ouvidos Moucos'. Até agora, nada", diz ele.

Gil: o racismo, antes velado, agora é revelado


"A internet é um desses catalisadores, que fez com que se precipitassem muitas coisas que estavam escondidas no campo das individualidades remotas, envergonhadas, e que agora vêm pra frente. É quântico", afirma o compositor.

Em entrevista ao Globo, ele diz também que "a eleição de alguém como Bolsonaro ou qualquer outro que venha a representar ameaça às conquistas libertárias".

Mello Franco: mercado volta a fazer terrorismo contra Lula


Colunista comenta previsão da corretora XP, que disse que "uma vitória de Lula pode derrubar a Bolsa e levar o dólar a R$ 4".

"É a volta do terrorismo de mercado, que sempre tenta ditar o resultado das eleições", diz ele.

"No terrorismo de mercado, o truque é substituir a opinião de milhões de eleitores pelo desejo de um punhado de financistas", comenta.

Tom Cavalcante diz ter levado facada nas costas de Aécio


Ator e humorista, que gravou um vídeo em apoio ao então candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) em 2014, diz hoje estar arrependido.

"Foi uma facada pelas costas de 52 milhões de brasileiros", comentou, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo.

O tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, da JBS, e ainda mencionando a hipótese de matar quem recebesse o dinheiro antes que essa pessoa firmasse um acordo de delação premiada.

O intermediário do dinheiro era seu primo, Frederico Pacheco, que foi preso.

Tom classifica a deposição de Dilma Rousseff como "um golpe entre eles [políticos]".

Merval destaca propinas da Odebrecht a Alckmin


"Agora que se concretizou o pedido de abertura de inquérito ao STJ, Alckmin terá que correr contra o tempo para que a decisão não interfira na disposição de disputar a presidência. O governador de São Paulo, embora tenha um cacife eleitoral respeitável, passará a ser mais um envolvido em denúncias", afirma o colunista do Globo.

Dilma diz que Bolsonaro é produto da intolerância, do racismo, da misoginia

Ela tem toda razão!

Em entrevista exclusiva aos jornalistas Fernando Brito e Beth Costa, do Tijolaço, a presidente deposta pelo golpe Dilma Rousseff diz não acreditar que Jair Bolsonaro seja uma "ficção", nem um produto militar.

"As Forças Armadas não têm nada a ver com o Bolsonaro", diz.

"Ele faz parte desse processo golpista que desencadeia um processo de intolerância, racismo, misoginia e que cria um antagonismo dentro do país porque trata todas as questões sociais como sendo produto de uma mente que quer se aproveitar do pobre", afirma.

"Nós temos uma experiência de candidatos feitos pela mídia. Mas um outsider hoje está se mostrando cada vez mais difícil de decolar", acredita.

Lava ato tenta obrigar Andrade Gutierrez a delatar filho de Lula

Dá nojo perceber quais são os reais objetivos da Operação Lava Jato. Prenderam e sentenciaram um ou outro fora do PT, mas o objetivo é acabar com o PT, com as políticas de inclusão social, com a previdência social, com os direitos trabalhistas e alguns avanços da democracia

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato mandaram o seguinte recado a negociadores da Andrade Gutierrez: se Fábio Luiz Lula da Silva, o filho do ex-presidente, e sua empresa Gamecorp não entrarem na delação premiada do grupo, não há acordo que concede benefícios à empresa.

Os investigadores querem saber por que a Oi, controlada pela Andrade, entre outras empresas, investiu na empresa do filho mais velho de Lula.

A Andrade Gutierrez é a empreiteira mais próxima a Aécio Neves e se tornou sócia da Cemig na gestão do mineiro.

Sérgio Andrade, que preside o conselho do grupo, é citado como negociador de acertos em obras do setor elétrico e suposto pagador de propina ao tucano.

Caso que a Lava Jato quer envolver o filho de Lula sequer tem relação com a Petrobras.