quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ex-governadora Ana Júlia Carepa sai do PT e vai para o PCdoB

DOL, 10/10/2017
Fontes próximas de Ana Júlia asseguram que ela alega estar sem espaço no Partido dos Trabalhadores (Foto: Reprodução/Facebook)

A ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, vai sair do Partido dos Trabalhadores (PT) e irá se filiar nos próximos dias ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A mudança de legenda será confirmada até o final desta semana.

O presidente estadual do PCdoB, Jorge Panzera, diz que sigla e a ex-governadora estão em conversa há algum tempo.

"Ela é uma liderança política muito respeitada pelo PCdoB e sabemos que ela pode contribuir muito para o estado do Pará. A chegada de Ana Júlia nos interessa", disse Panzera.

Fontes próximas da ex-goveradora, asseguram que o principal motivo para a troca de partido é a falta de espaço de Ana Júlia no PT. Nas eleições de 2014 ela concorreu ao cargo de deputada federal, mas não foi eleita.

Mesmo que ocorra a transferência de partido, Jorge Panzera adianta que nada vai mudar a relação entre PT e PCdoB.

"A relação de aliança entre PT e PC do B prossegue. Sempre formos parceiros", informou.

Uma recepção com a presença do governador Flávio Dino, do PCdoB do Maranhão, para assinar a filiação de Ana Júlia deve ocorrer no próximos dias.

O DOL tenta contato com a ex-governadora, mas ainda não obteve resposta. Neste momento, Ana Júlia se encontra com o deputado estadual Carlos Bordalo, líder do Partido dos Trabalhadores na Asembleia Legislativa

CANDIDATURA 2018

Mesmo que a troca de legenda seja confirmada, o cargo que Ana Júlia Carepa deve disputar na eleição do ano que vem não está definido. Para Panzera, a carreira política de Carepa será considerada.

"A Ana Júlia foi deputada federal, senadora e governadora. Ela tem tamanho, tem liderança e possibilidade para disputar qualquer um desses três cargos", finalizou.

CARREIRA POLÍTICA

Ana Júlia Carepa é funcionária pública concursada do Banco do Brasil e já exerceu os cargos políticos de vereadora e vice-prefeita de Belém. deputada federal, senadora e governadora do Pará, sendo este seu último cargo eletivo.

Passaralho na Globo faz mais de 20 vítimas

A Globo está à venda!

Conversa Afiada, 18/10/2017


Mais de 20 profissionais foram dispensados de três veículos de comunicação mantidos pelo Grupo Globo. Conforme apurado pela reportagem do Portal Comunique-se, as demissões atingem as redações da TV Globo, do SporTV e do site GloboEsporte.com. Na lista, constam nomes de repórteres, apresentadores, produtores e colaboradores de outros departamentos.

Em quantidade, o SporTV é a marca mais afetada. Ao menos 15 funcionários deixam de atuar no “canal campeão”. Funcionária que está na emissora esportiva desde 2004, a apresentadora Vanessa Riche é uma das baixas. Comentarista reconhecido por ser um pesquisador do “futebol caipira”, Luiz Ademar é outro jornalista de saída da emissora, assim como a ex-nadadora Mariana Brochado.

As demissões relacionadas à cobertura esportiva não ficam apenas na emissora especializada. Ex-apresentadora do ‘Esporte Espetacular’ e atual repórter do segmento no Rio de Janeiro, Luciana Ávila encerra o período profissional de 19 anos com o Grupo Globo. Natural de Viçosa (AL), ela passou pela equipe da GloboNews (1998) antes de ser direcionada para o canal da televisão aberta.

Os cortes também atingem um jornalista-executivo que, em duas passagens, soma relação de 30 anos com o Grupo Globo. César Seabra começou na companhia como freelancer do jornal carioca O Globo em 1985 – e permaneceu por lá até 1997, assumindo cargos de repórter, colunista e editor-adjunto. Integrante da turma que lançou o diário esportivo Lance, chegou à TV Globo em 1999 para dirigir a editoria ‘Rio’.

Em 2004, César Seabra assumiu responsabilidade internacional: ser chefe do escritório da GloboNews em Nova York. Deixou os Estados Unidos e a atividade de chefia na GloboNews para voltar ao Brasil – e à editoria de esportes – em 2011. Baseado na TV Globo, assumiu a diretoria de esportes da emissora e, em 2016, passou a assinar como diretor regional de esportes em São Paulo, com a missão de liderar “o projeto piloto de integração entre Globo, Sportv e GE.COM”, destaca o site Memória Globo.

Detalhe é que a integração das áreas de esportes de TV Globo, SporTV e GloboEsporte.Com está diretamente relacionada com as demissões e, consequentemente, o enxugamento do quadro de jornalistas dentro do Grupo Globo. Em nota enviada ao Portal Comunique-se – e a outros veículos -, a equipe de comunicação da empresa afirma que “desde outubro de 2016, quando a área de esportes passou a atuar em um novo modelo organizacional, trabalhamos intensamente para implementar uma estrutura funcional ainda mais dinâmica”.

Questionado sobre a demissão de mais de 20 pessoas, o Grupo Globo fala, por meio de sua assessoria de imprensa, em “ajustes” para criar uma “visão sinérgica”. “O projeto como um todo não nasceu com o objetivo de cortar pessoas e sim de rever a forma de atuação das diferentes áreas que atendem ao Esporte, criando uma visão sinérgica. Os ajustes foram feitos em função de um desenho integrado ideal”, garante a empresa.

(...)

Aécio se diz vítima de "armação"

Já ligou para o Flexa?

Conversa Afiada, 19/10/2017


Do G1:

No primeiro dia após retomar o mandato parlamentar, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira (18) em plenário que é vítima de uma "ardilosa armação", acrescentando que provará a inocência dele. 

(...) "Fui alvo dos mais vis ataques nos últimos dias, mas não retorno a esta Casa com rancor e com ódio. Vim acompanhado da serenidade dos homens de bem e daqueles que conhecem a sua própria história. E a minha história é digna", declarou. (...)

Em tempo: no dia 26 de setembro, Aécio foi afastado do mandato no Senado e proibido de sair de casa à noite, por determinação do Supremo Tribunal Federal. A ordem teve como base o inquérito da Procuradoria Geral da República em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, a partir das delações premiadas da empresa J&F.

Na terça-feira, 17/X, o plenário do Senado derrubou o afastamento, por 44 votos a 26.

Em tempo2: será que o Mineirinho já ligou para agradecer ao senador Flexa Ribeiro o voto favorável?

Bernardo Mello Franco: é um teatro!

Parlamentares já se cansaram de encenar sempre a mesma peça

Conversa Afiada, 19/10/2017

Sobre a votação na CCJ que, por 39 a 26, propõs a rejeição da denúncia contra Michel Temer, o Conversa Afiada reproduz trechos do artigo de Bernardo Mello Franco, na Fel-lha de hoje, 19/X (que Bernardo não se perca com a vizinhança...):

(...) Ao subir ao palco, os deputados já sabiam que as cortinas se fechariam com a vitória do Planalto. Mesmo assim, a peça se arrastou por quase nove horas. Ninguém queria perder a chance de brilhar ao vivo na TV. (...)

Os deputados que votariam pela rejeição da denúncia tentavam escapar do papel de vilão. Até Bonifácio de Andrada, autor do parecer a favor do presidente, buscou encenar alguma independência. "Eu sou relator. Não sou líder do governo, não", disse.

Com dez mandatos nas costas, o tucano nunca cairia na própria conversa. Ele foi escolhido para selar uma troca. Temer ajudava Aécio, que ajudava Temer... qualquer semelhança com o poema "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade, não haveria de ser coincidência.

"É uma permuta", resumiu o petista Paulo Teixeira. Ele ironizou a defesa do governo contra a acusação de obstrução de Justiça. Segundo o Planalto, Temer só queria que Joesley Batista continuasse "de bem" com o presidiário Eduardo Cunha.

"Haveria uma amizade com prestações mensais?", debochou Teixeira. Na famosa gravação do Jaburu, o presidente diz a frase "tem que manter isso" e o dono da JBS responde com a expressão "todo mês".

Apesar dos excessos no microfone, os deputados pouparam o público das costumeiras cenas de empurra-empurra. Eles também parecem cansados de encenar sempre a mesma peça. O teatro ruim deve terminar na próxima quarta, com o sepultamento da denúncia no plenário.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FHC, que apoiou o golpe, diz ser inaceitável volta da escravidão na era Temer


"Considero um retrocesso inaceitável a portaria do Ministério do Trabalho que limita a caracterização do trabalho escravo à existência de cárcere privado". 

"Com isso, se desfiguram os avanços democráticos que haviam sido conseguidos desde 1995, quando uma comissão do próprio Ministério, ouvindo as vozes e ações da sociedade, se pôs a fiscalizar ativamente as situações de superexploração da força de trabalho equivalentes à escravidão", afirmou o ex-presidente em sua página no Facebook.

"Espero que o Presidente da República reveja esta decisão desastrada", completou.

Em um gesto de fisiologismo que ultrapassa os limites dos direitos humanos, Temer decidiu liberar o trabalho escravo nas fazendas para comprar votos da bancada ruralista e se salvar das acusações da PGR na Câmara.

Josias diz que Aécio se tornou gambá fedorento para o PSDB


"O PSDB adota uma postura contraditória: diz lutar por um partido limpo, mas defende um companheiro enlameado", diz o colunista Josias de Souza.

Segundo ele, o senador Tasso Jereissati "luta por um partido limpinho ao mesmo tempo que tenta zelar pelo conforto do companheiro enlameado".

"Ainda não se deu conta. Mas faz o papel do sujeito que tenta fugir do mau cheiro abraçado a um gambá", diz o colunista.

Temer é monstro que traz grilhões de volta ao Brasil, diz chefe do Ministério Público do Trabalho


O procurador-geral em exercício do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luiz Eduardo Bojart classificou como "monstruosidade" a portaria do governo de Michel Temer que na prática permite a volta do trabalho escravo no Brasil.

"Voltamos à situação de dois séculos atrás, quando o trabalho escravo exigia restrição à liberdade de locomoção, ou seja, tem que ter senzala, tronco, grilhões, chicote. O conceito moderno inclui condições análogas à escravidão, condições de trabalho degradantes. Então esse é um absurdo jurídico, uma monstruosidade", disse.

Para Borjat, Temer revoga, em troca de votos para se salvar na Câmara, uma política bem-sucedida, que ajudou a construir uma imagem internacional de referência no combate ao trabalho escravo.

"O Brasil foi de um modelo no resto do mundo para um pária. Nós sabemos que o mercado internacional é muito fechado para países escravagistas, e essa repercussão está por vir".

Golpe avança com a rejeição da denúncia contra Temer pela CCJ


Por 39 votos favoráveis 26 contrários, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB) que recomenda a rejeição da denúncia de organização criminosa e obstrução de Justiça contra Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Mesmo com a decisão da CCJ, a palavra final sobre o prosseguimento ou não do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF) cabe ao plenário da Câmara.

A votação ainda não tem data definida.

Esta foi a semana da impunidade


"O 'Projeto Jucá', o grande acordo, 'com Supremo e tudo', está consolidado. A sangria foi estancada, no que diz respeito aos que participaram do golpe de 2016, que foi o primeiro passo para conter a marcha da Lava Jato contra os políticos", avalia a colunista do 247 Tereza Cruvinel sobre os mais recentes retrocessos protagonizados no Brasil.

"O Senado derrubou medidas punitivas contra Aécio, com aval do STF, e agora livrará a cara de qualquer outro senador alcançado por medidas cautelares. E para demonstrar que o acordão vingou, não se passaram 48 horas para que a CCJ da Câmara rejeitasse a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha", diz Tereza.

"A Lava Jato agora será uma operação destinada a punir apenas ilícitos cometidos por quem não tem foro privilegiado".

Maduro venceu em 18 dos 23 estados!

Oposição vai respeitar o voto popular? Ou Aécio vai recorrer a Gilmar?

Conversa Afiada, 18/10/2017
(Crédito: Opera Mundi)


O resultado das últimas eleições regionais na Venezuela já mostrava ampla vantagem do PSUV, que ganhou em 17 Estados, contra cinco da oposição. Restava ainda o resultado do Estado de Bolívar, que saiu nesta quarta-feira (18/10), mostrando uma vitória apertada do partido chavista, que venceu com 49% dos votos. Com isso, o PSUV conquistou, ao todo, 18 dos 23 Estados.

Com uma votação acirrada, Justo Nogueira Pietri venceu Andres Velasquez, candidato do MUD, com uma diferença de 1.500 votos. Ao todo, houve a participação de 61% do eleitorado nas ultimas eleições da Venezuela, onde o voto é facultativo.

“A participação é a maior dos últimos anos, é histórica, muito superior a que ocorreu em dezembro de 2012, quando escolhemos os governadores e governadoras”, disse o chefe do Comando de Campanha Zamora 200, Jorge Rodrígues.

Nestas eleições, 18.099.391 venezuelanos estavam habilitados para votar, nos 13.559 centros de votação instalados por todo o país. As urnas abriram às 6:00 da manhã, com a ativação de 99% dos centros de votação.

O resultado das eleições foi validado por observadores internacionais, que consideraram que o pleito “ocorreu de maneira bem-sucedida e que a vontade dos cidadãos expressada pacificamente nas urnas foi respeitada”, conforme afirmou o presidente do Conselho de Especialistas eleitorais da América Latina, Nicanor Moscoso, nesta segunda (16/10).

"Mensagem brutal aos EUA"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (17/10) que os resultados das eleições são uma "mensagem brutal" para o mandatário norte-americano, Donald Trump.

"O nosso povo deu uma mensagem brutal ao governo imperialista de Donald Trump, aos seus aliados regionais e à direita local", disse Maduro durante um encontro com a imprensa internacional no palácio presidencial de Miraflores.

Para Maduro, o resultado é "produto da consciência que tem o povo da Venezuela" e assegurou que, apesar da profunda crise econômica que o país atravessa há três anos, hoje "há novos valores" sob o comando da chamada revolução bolivariana.

"Não será uma guerra econômica nem uma inflação induzida que fará com que este país se renda", disse.

O líder chavista disse que a MUD "se lançou à violência" neste ano ao convocar protestos entre abril e julho que terminaram com mais de 120 mortos porque os "extremistas de direita voltaram ao poder em Washington", em alusão ao governo republicano de Trump.