terça-feira, 3 de outubro de 2017

Procurador de Sta. Catarina interpela a Delegada!

"Responsabilidades civis, criminais e administrativas"​

Conversa Afiada, 03/10/2017

O Conversa Afiada reproduz nota de João dos Passos Martins Neto, Procurador-Geral do Estado de Santa Catarina:

Lula: Quero dizer a eles que não tenho a pretensão de me matar. á provei mina inocência


Em discurso durante ato em defesa da soberania nacional no Rio de Janeiro nesta tarde, o ex-presidente fez uma referência indireta à tragédia com o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, que se suicidou nesta segunda-feira 2.

"Quero dizer pra eles: eu não tenho pretensão de me matar. Eu já provei a minha inocência. Quero que eles provem uma culpa minha", disse.

Lula voltou a falar da pesquisa Datafolha e a denunciar uma perseguição para que ele não seja candidato em 2018.

O ex-presidente fez ataques ao governo Temer sobre a questão da soberania e assegurou que vai "voltar para recuperar a auto-estima desse país".

"Defender soberania é defender dignidade e honra de uma nação", disse; para Lula, "essa gente está vendendo tudo porque eles não tem competência".

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

“Minha morte foi decretada no dia de minha prisão”, disse reitor em bilhete


Reitor afastado da UFSC e que foi encontrado morto nesta manhã em um shopping de Florianópolis, Luiz Carlos Cancellier de Olivo deixou o seguinte bilhete, segundo o jornal Diário Catarinense: "Minha morte foi decretada no dia de minha prisão".

Cancellier era alvo de investigação da PF, chegou a ser preso e solto no dia seguinte; em um artigo publicado há quatro dias, ele negou com veemência as acusações e denunciou a "humilhação" a que foi submetido.

Raquel Dodge pede para Temer ser ouvido no inquérito dos portos


Michel Temer, que se dizia perseguido por Rodrigo Janot, agora terá de prestar depoimento sobre propina no Porto de Santos a pedido da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

O inquérito investiga suspeita de corrupção envolvendo favorecimento à empresa Rodrimar.

A manifestação foi enviada por Raquel Dodge ao ministro do STF Luís Roberto Barroso na última quinta-feira 28; no total, ele pede a realização de sete conjuntos de diligências no inquérito, que serão tocadas pela Polícia Federal.

Com o pedido a substituta de Janot afasta as suspeitas de que ela pudesse favorecer Temer, por quem foi nomeada.

"Folha" estimula ustiça da barbárie contra Lula


"É intolerável, no presente estágio da civilização, a 'Folha' perguntar numa pesquisa de opinião pública se o entrevistado quer que Lula seja preso". 

"Trata-se de perigosa incitação a fazer justiça com as próprias mãos que um meio de comunicação responsável jamais deveria fazer, especialmente nesse momento conturbado, a não ser que sua linha editorial defenda a volta à barbárie", diz o colunista do 247 Alex Solnik sobre a pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal de Otávio Frias Filho nesta segunda-feira, 2.

"Em meio a tanto ódio, o jornal atuou para acirrá-lo ainda mais", diz Solnik.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Pesquisa confirma Lula em primeiro e Doria em queda


A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou o crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a vitória dele em todos os cenários, também traz um efeito colateral: ela praticamente mata a candidatura de João Doria Júnior, o prefeito de São Paulo que praticamente abandonou o cargo para fazer campanha presidencial.

Doria vinha usando o argumento de que era mais competitivo do que seu padrinho Geraldo Alckmin para tentar tomar seu lugar.

No entanto, os dois tiveram percentuais praticamente idênticos: Alckmin, com 8,7%, e Doria, com 9,4%, ou seja, ambos estão empatados, na margem de erro, o que significa que Alckmin, com a máquina tucana nas mãos, será o candidato – Doria, agora, terá que governar São Paulo, onde o lixo se acumula nas ruas.

Confira abaixo os cenários de primeiro e segundo turnos:

Com Alckmin: Lula 32,0%, Jair Bolsonaro 19,4%, Marina Silva 11,4%, Geraldo Alckmin 8,7%, Ciro Gomes 4,6%, Branco/Nulo 19,0%, Indecisos 4,9%.

Com Doria: Lula 32,7%, Jair Bolsonaro 18,4%, Marina Silva 12,0%, João Doria 9,4%, Ciro Gomes 5,2%, Branco/Nulo 17,6%, Indecisos 4,7%.

Lula versus Alckmin: Lula 40,6%, Geraldo Alckmin 23,2%, Branco/Nulo: 31,9%, Indecisos: 4,3%.

Lula versus Doria: Lula 41,6%, João Doria 25,2%, Branco/Nulo: 28,8%, 
Indecisos: 4,4%.

Bolsonaro versus Alckmin: Jair Bolsonaro 28,0%, Geraldo Alckmin 23,8%, Branco/Nulo: 40,6%, Indecisos: 7,6%.

Bolsonaro versus Doria: Jair Bolsonaro 28,5%, João Doria 23,9%, Branco/Nulo: 39,2%, Indecisos: 8,4%.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Até os franceses já sabem: Temer é da quadrilha

Jornais conservadores são mais realistas que o PIG brasileiro

Conversa Afiada, 18/09/2017
Créditos: RFI

Da RFI - Radio France Internationale:

Dois grandes jornais franceses – Le Figaro e o diário econômico Les Echos – abordam em suas edições desta segunda-feira (18) as novas denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente brasileiro. Com chamada de capa, Le Figaro informa que Michel Temer foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de liderar uma organização criminosa e por obstrução da justiça.

Le Figaro informa que o mandato do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot terminou neste domingo (17) mas, antes de partir, ele ainda "disparou uma última salva" contra a popularidade de Temer.

Les Echos detalha que Temer é acusado de ser o líder de uma organização criminosa que teria desviado € 150 milhões em propinas obtidas na assinatura de contratos de várias estatais. Informa ainda que auxiliares muito próximos do presidente, como Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco também são atingidos pelas denúncias. O correspondente do Les Echos em São Paulo lembra que Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, ocupa um cargo que corresponde ao de primeiro-ministro na França, e que Franco é o atual secretário-geral da presidência. (...)

domingo, 17 de setembro de 2017

Constatação

Contra Temer há provas e contra Lula, somente convicções. Mas, pelo andar da carruagem, a convicção é maior e mais forte do que as provas.

Tribunal de Contas do Paraná pune funcionário que denunciou corrupção de Richa. Pode?

Creio, que já estou vendo boi voar

"A cada dia mais arbitrariedades da nossa Justiça! No Paraná, o Tribunal de Contas condenou um funcionário do governo do Estado a devolver aos cofres públicos o dinheiro que ele tomou a iniciativa de denunciar que estava sendo roubado". 

"Jaime Sunié Neto, respeitado jogador de xadrez na juventude, funcionário público íntegro, detectou fraude em recursos da Fundepar (Fundação de Desenvolvimento Educacional do Paraná) que deveriam ser destinados a reformas e construção de escolas, e foi afastado do cargo", denuncia a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR.)

Contradições entre Palocci, Marcelo e Emílio Odebrecht


Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

O dramalhão do tal “pacto de sangue” entre Lula e Emílio Odebrecht, descrito no estilo “novela mexicana” por Antonio Palocci teve hoje na Folha o melhor e mais isento tratamento que se pode dar às versões apresentadas pelo ex-ministro da Fazenda, pelo velho empreiteiro e por seu filho Marcelo, que assumiu o comando do império em 2010.

Simplesmente, comparar o que cada um diz.

Emíli0, o primeiro a falar – em junho, para tentar liberar o filho da cadeia onde estava havia então dois anos – disse que o encontro com Lula (e só com Lula) foi durante a campanha de 2010 e que teria prometido ajuda, sem tocar em valores.

Em setembro, Marcelo fala que “a única pessoa que pode dizer que Lula sabia ou deixava de saber (do oferecimento de valores) é meu pai” e que o encontro entre os dois ocorrera no início da campanha de 2010. E ainda que a “ajuda” prometida ao PT seria de R$ 200 milhões.

Já Palocci falou duas vezes.

Na primeira, em abril, começava a negociar sua delação e disse ter ouvido de Lula que a Odebrecht destinaria R$ 200 milhões como contribuição ao PT, sem que ele estivesse presente em reunião alguma. Tudo teria ocorrido “antes da eleição de 2010”

Na segunda, no início do mês, apresentou uma história de que teria sido no finalzinho de 2010, já agora num encontro entre Lula, Dilma e Emílio, e o valor muda para R$ 300 milhões.

As versões, você vê, não coincidem em datas, números e personagens.

Passarão a coincidir, porque um ou dois depoimentos serão “emendados”, na base do “eu não me recordava direito”, agora que todos sabem o que os outros falaram.

A diferença de valores vai virar “um engano do papai” e a de datas será resolvida com “foram várias reuniões”.

Basta um telefonema entre os advogados, todos muito interessados na leniência judicial para seus clientes, que lhes pagam bom dinheiro para isso. Até porque são bancas que entraram no caso exatamente para isso: negociar bem as reduções de penas e multas, no valor de bilhões de reais. Quem conhece o mundo da advocacia sabe o que é “taxa de êxito”.

É evidente que valerá a versão mais comprometedora para Lula.

É evidente que o financiamento privado das campanhas políticas ocorreu (e ocorre) com o PT e com todos os partidos. Mas a tentativa de incriminação pessoal de Lula é também evidentemente frágil.

Palocci – e todos o sabem ao menos desde o caso Francenildo – não é homem de grandes pudores, ainda menos com dinheiro e com a verdade.

Faz negócios e este, ao que parece, será o mais lucrativo de sua vida.