terça-feira, 4 de julho de 2017

Motivo da prisão de Geddel deixa Temer ainda mais complicado


A prisão de Geddel Vieira Lima, acusado de obstrução judicial, fortalece a segunda denúncia que será apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot contra Michel Temer – desta vez, também por obstrução judicial.

Na Operação Cui Bono, Geddel foi acusado de tentar impedir que Lúcio Funaro e Eduardo Cunha delatassem os esquemas do PMDB na Caixa Econômica Federal, o que reforça tudo que foi dito pelo empresário Joesley Batista.

O dono da JBS dizia estar comprando o silêncio da dupla e foi orientado por Michel Temer a lidar com Rodrigo Rocha Loures depois de se encontrar com Temer no Palácio do Jaburu.

Joesley dizia que que, após a demissão de Geddel, havia ficado sem interlocutor com o PMDB – e por isso recebeu a indicação para falar com o homem da mala.

Tiririca é acusado de assédio sexual e destruição de prova

O deputado federal Tiririca (PR-SP) é acusado de assédio sexual por uma ex-empregada doméstica.

A denúncia consta em um processo trabalhista e foi reafirmada por ela à Polícia Civil do DF depois que a esposa de Tiririca registrou uma ocorrência de extorsão contra a mulher.

Por se tratar de fato envolvendo parlamentar, com prerrogativa de foro, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Maria Lúcia Gonçalves Freitas de Lima, Tiririca — nome artístico de Francisco Everardo Oliveira Silva — teria praticado o assédio em pelo menos duas ocasiões, em São Paulo e em Fortaleza, no ano passado.

Planalto teme cerco a Padilha e Moreira Franco após prisão de Geddel


A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima —um dos aliados mais próximos de Michel Temer e seu amigo pessoal há mais de 30 anos, acendeu o sinal de alerta no Planalto— que agora se preocupa com com possíveis investidas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Os investigados na Operação Lava Jato, eles são os auxiliares mais próximos de Temer e fazem parte da "tropa de choque" que articula para manter o peemedebista no cargo; na avaliação do Planalto, a PGR pode tentar acelerar as investigações contra a dupla.

Logo depois de tomar conhecimento da prisão de Geddel, auxiliares de Temer não conseguiam disfarçar o desânimo com mais uma notícia negativa para o governo.

Por que o ministro Fachin revogou a prisão de Rocha Loures?

Há poucos dias, o ministro Fachin, revogou a prisão de Roca Loures, o homem da mala de Temer, como ficou conhecido. 

Todos que assistiram as matérias jornalísticas a respeito, salvo melhor juízo, entendem que Rocha Loures agiu ao arrepio da lei, o que é pior, a mando de Michel Temer. Portanto, ninguém esperava que Fachin, revogasse essa prisão, até porque o delinquente dava mostras de que estava pronto para delatar, o que facilitaria, sobremaneira o entendimento das noticias acerca da delação da JBS que mais do que nunca maculam a República. 

Outro dado importante é que  se imagina a sentença de um juiz pela análise de suas sentenças anteriores e Fachin não era do tipo que usava um critério para cada caso. Podia se caracterizar o ministro como garantista com veleidades sociais. Depois se tornou um vingador impiedoso.

Para compreender melhor veja as decisões do ministro Fachin nos casos a seguir:

No dia 26 de abril de 2017, investiu contra a libertação de presos da Lava Jato.

Mostrou-se indignado com a libertação de João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP, e com a pena alternativa de prisão domiciliar para José Carlos Bumlai, ambos condenados por Sérgio Moro. Os jornalistas perguntaram se as decisões facilitariam outras medidas semelhantes. E Fachin respondeu: “Saí daqui ontem com vontade de reler o Ibsen, ‘Um Inimigo do Povo’ e a história do doutor Stockmann".

No dia 2 de maio de 2017 foi derrotado na votação que decidiu pela libertação de José Dirceu. Sua justificativa: “Eventual excesso na duração de prisões cautelares não deve ser analisado diante de prazos estanques, não se trata de uma questão aritmética. É indispensável que tal circunstância seja aferida de modo particularizado, à luz das peculiaridades de cada caso (...) Estamos aqui nesse caso a tratar em acusação, digo e repito, a tratar da criminalidade do colarinho branco”. Anote suas palavras.

No dia 4 de maio negou habeas corpus para Antônio Pallocci. Fez mais: para impedir que a 2aturma revogasse sua decisão, decidiu levar a questão para plenário.

No dia 3 de junho de 2017, autorizou a prisão preventiva do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Considerou que Loures, em liberdade, representaria risco às investigações: “o teor dos indícios colhidos demonstra efetivas providências voltadas ao embaraço das investigações, de modo que não é difícil deduzir que a liberdade do representado põe em risco, igualmente, a apuração completa dos fatos”. “Não é difícil deduzir” significa que os fatos não deixam margem a dúvidas.

No dia 10 de junho de 2017, Fachin prosseguiu em sua sanha penalista, negando habeas corpus ao procurador da República Ângelo Goulart Vilella, acusado de levar propina da JBS, e preso há 45 dias sem sequer ter sido interrogado. “Tratando-se de decisão de natureza cautelar, eventual modificação do panorama fático-processual que autorize a sua revisão deve ser objeto de deliberação pela autoridade judiciária competente que, no caso em análise, não é mais o Supremo Tribunal Federal, mas o Tribunal Regional Federal da 3ª Região”.

Ai aparece uma pedra no caminho do nosso templário.

No dia 10 de junho de 2017 a revista Veja informou que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) teria sido acionada por Michel Temer para investigar a vida de Fachin.

Aí se entra o caso Loures.

O que é solicitado pela defesa?

Segundo consta da própria decisão de Fachin, os advogados de Loures solicitaram uma das três alternativas: prisão domiciliar, remoção para o 19º Batalhão Militar ou retorno ao presídio da Papuda.

Mas Fachin, o impiedoso, de uma hora para outra, torna-se muito generoso e ao invés de atender um dos três pedidos dos advogados de Loures, regova-lhe a prisão. Os advogados de Loures tinham requerido transferência para outros presídios ou prisão domiciliar. Fachin oferece mais do que isso, uma liberdade condicionada.

Creio que até os advogados de Rocha Loures, ficaram surpresos.

O caso Rocha Loures existem tem todos os elementos de convencimento de um ato de corrupção.

O fato é que Fachin voltou atrás radicalmente sem uma explicação plausível. Não havendo, há três hipóteses:

1. Cedeu às ameaças do grupo de Temer.

2. Foi seduzido por alguma conversa com o velho Rocha Loures, grande ex-presidente da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), conterrâneo de Fachin.

3. Produziu um documento fake pelo fato de Loures ter concordado com a delação.

A princípio não há hipótese benigna para o ato de Fachin.

Afinal, o que aconteceu para Fachin mudar de idéia?

Delator da Carne Fraca dirá que esquema beneficiou todos os deputados federais do PMDB-PR


A partir da esq., Osmar Serraglio, Sérgio Souza, Hermes Parcianello e João Arruda, que formam a bancada de deputados federais do PMDB do Paraná

Em busca de um acordo de delação premiada, o ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná Daniel Gonçalves Filho disse à PGR (Procuradoria-Geral da República) que o esquema de corrupção investigado pela Operação Carne Fracaabasteceu campanhas eleitorais dos deputados federais Osmar Serraglio, Hermes Parcianello, João Arruda e Sergio Souza, todos do PMDB. Eles negam ter cometido alguma irregularidade.

Entenda o caso

Os quatro assinam um documento, datado de abril de 2015, em que pedem à então ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), que nomeie Gonçalves Filho para a superintendência.

O pedido foi atendido, e o homem que é apontado pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, responsável pelos processos da Carne Fraca, como "líder e principal articulador do bando criminoso", voltou em junho daquele ano ao cargo que já ocupara entre 2007 e 2014.

Serraglio, Parcianello, Arruda e Souza compõem toda a bancada do PMDB paranaense na Câmara. Rodrigo da Rocha Loures, suplente de deputado que herdou um assento quando Serraglio foi ministro da Justiça e hoje cumpre restrições judiciais por conta da delação de executivos da JBS, não é citado na proposta de delação de Gonçalves Filho.

Desencadeada em março, a Operação Carne Fraca foi apresentada pela PF (Polícia Federal) como a maior investigação de sua história. Trata-se de uma investigação de corrupção de fiscais agropecuários que atuam em frigoríficos, atingindo inclusive empresas de grande porte como JBS e BRF. 

Na decisão judicial que autorizou a operação, o juiz Marcos Josegrei da Silva cita transcrição de conversa telefônica em que Osmar Serraglio, ex-ministro da Justiça de Temer, chama Gonçalves Filho de "grande chefe" . Para o magistrado --que, na decisão, registrou não haver à época indícios de crime pelo político--, o ex-superintendente, agora candidato a delator, é o "líder e principal articulador do bando criminoso" investigado pela Carne Fraca.

Daniel Gonçalves Filho negocia acordo de delação premiada com a PGR

Preso na carceragem da PF em Curitiba desde o início da Carne Fraca, em meados de março, Gonçalves Filho recebe visitas mensais de um procurador enviado de Brasília por Rodrigo Janot para tratar da proposta de colaboração com a Justiça. Isso ocorre porque há políticos com foro privilegiado entre os alvos da delação. 

O UOL apurou que Gonçalves Filho entregou à PGR documentos que embasam as acusações que faz contra os quatro deputados federais. Um ex-deputado, Moacir Micheletto (PMDB-PR), morto num acidente de carro em 2012, também é mencionado na colaboração --e pelo mesmo motivo. A proposta de delação de Gonçalves Filho está avançada. O acordo com a PGR deve ser assinado nos próximos dias. Em seguida, será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Lá, o relator da Carne Fraca na corte, o ministro Dias Toffoli, será o responsável por homologá-la. A defesa do ex-superintendente é comandada pelo advogado Adriano Bretas, que também é responsável pela delação do ex-ministro Antonio Palocci.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Santander ganha perdão de 338 milhões de reais e o Itaú, de 25 bilhões, junto a Receita

O que motivou o perdão dessas dívidas?

Por Esmael Morais - O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais deu ganho de causa para o Banco Santander, no último dia 20 de junho, no valor de R$ 338 milhões, acerca de cobranças de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

O Santander alegou que as broncas foram “herdadas” pela instituição financeira após a aquisição do ABN AMRO. Tratava-se da amortização de ágio.

Nunca é demais recordar que a mesma mãe, isto é, o Carf, somente numa canetada, livrou o Itaú de pagar R$ 25 bilhões. A dívida perdoada em abril deste ano também era a respeito de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na fusão com o Unibanco.

Num país sério, ‘no mínimo’, os conselheiros do Carf teriam sido sumariamente destituídos. Mas não vem ao caso em tempos de Michel Temer e de golpe de Estado.

Se por um lado o Carf comporta-se como uma mãe para os banqueiros, por outro, enjeita os trabalhadores retirando-lhes direitos e a dignidade por meio da reforma trabalhista.

Com informações do site Jota

Os golpistas decidiram derrubar a Dilma e depois procuraram um motivo

E deu nisso que todos sabem!

Declaração é do cientista político e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) Fabiano Santos, e comprova, segundo ele, que o impeachment que tirou Dilma Rousseff do poder "quebrou as regras do jogo".

O complicado no processo e que o caracteriza como ilegítimo foi o fato de o argumento de crime de responsabilidade da Dilma ter sido articulado depois da decisão de derrubá-la. 

A decisão de derrubar a Dilma Rousseff estava tomada, e foi-se atrás de um argumento qualquer para se buscar o crime de responsabilidade", disse, em entrevista ao 247.

Ele destacou também o enfraquecimento do centro político brasileiro e o que isso implica para as próximas eleições presidências.

‘É salve-se Temer e dane-se o povo?’, questiona senador


Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar defendeu o afastamento de Michel Temer da presidência da República, no que depende dos 513 deputados federais.

"O presidente acha que aprovando a reforma trabalhista ele se livra dos processos que está tendo com a Justiça. Não vai se livrar. Se houver uma análise, dentro da legislação, do que é crime cometido, ele vai ser afastado", disse Otto à rádio Metrópole nesta segunda-feira.

Para o o senador baiano, Temer perdeu a oportunidade de convocar eleições diretas "e sair pela porta da frente do Planalto".

Gafes infinitas: secretário de Temer diz que Shakespeare era alemão


O secretário da Juventude do governo de Michel Temer, Assis Filho, abriu um evento neste domingo 2 citando o "grande filósofo alemão Shakespeare"; na verdade, o dramaturgo era inglês.

Bresser Pereira: grupo que está no poder envergonha os brasileiros


"Se for para substituir Temer por alguém eleito indiretamente, o problema da falta de legitimidade do governo não se resolve. Ora, a direita liberal não quer saber de antecipação das eleições, porque teme a eleição de Lula. Ficamos, assim, condenados à vergonha e à falta de um governo digno desse nome", afirma o ex-ministro.