"As estatísticas comprovam que o sucesso do governo de Michel Temer tornou-se uma inviabilidade matemática", diz o jornalista; "Noves fora o fato de que o próprio presidente foi denunciado por corrupção, seu staff político é 100% feito de encrencados - 50% dos operadores de Temer estão presos. Os outros 50%, protegidos pelo escudo do foro privilegiado, aguardam na fila", afirma.
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segunda-feira, 3 de julho de 2017
Golpe de Temer desaba e termina na cadeia
Como previu a presidente legítima Dilma Rousseff, ao ser deposta na "assembleia de bandidos presidida por um bandido", não iria sobrar "pedra sobre pedra".
Um ano depois do golpe, alguns de seus principais protagonistas, terminaram na cadeia. Eduardo Cunha, que acolheu o impeachment sem crime de responsabilidade, está condenado a mais de 15 anos de prisão.
Henrique Eduardo Alves veio em seguida. Geddel Vieira Lima, que articulou votos na conspiração de Michel Temer, foi preso nesta segunda. E Rodrigo Rocha Loures, que substituiu Geddel como operador de Temer, só saiu da prisão porque o ministro Edson Fachin reviu sua posição.
As pegadas americanas no Golpe
A embaixadora Ayalde e o agente da Chevron
Conversa Afiada, 03/07/2017

O Conversa Afiada reproduz artigo de Tereza Cruvinel:
"Anatomia do golpe: as pegadas americanas
O golpe em curso no Brasil é sofisticada operação político-financeira-jurídico-midiática , tipo guerra híbrida. E será muito difícil deslindá-la", diz o jornalista Pepe Escobar. E mais difícil fica na medida em que surgem contradições entre seus próprios artífices. A enxurrada de conversas que Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e um dos operadores do Petrolão, teve e gravou com cardeais do PMDB, induz à ilusória percepção de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi apenas um golpe tupuniquim, armado pela elite política carcomida para deter a Lava Jato e lograr a impunidade. O procedimento “legal” que garantiu a troca de Dilma por Temer, para que ela faça o que está fazendo, foi peça de operação maior e mais poderosa desencadeada ainda em 2013 para atender a interesses internos e internacionais. E nela ficaram pegadas da ação norte-americana.
Interesses internos: remover Dilma, criminalizar o PT, inviabilizar Lula como candidato a 2018 e implantar uma política econômica ultra-liberal, encerrando o ciclo inclusivo e distributivista. Interesses externos: alterar a regra do pré-sal e inverter a política externa multilateralista que resultou nos BRICS, na integração sul-americana e em outros alinhamentos Sul-Sul.
As gravações de Machado desmoralizam o processo e seus agentes e complicam a evolução do governo Temer mas nem por isso o inteiro teor da trama pode ser reduzido à confissão de Romero Jucá, de que uma reunião de caciques do PMDB, PSDB, DEM e partidos conservadores menores, em reuniões noturnas, decidiram que era hora de afastar Dilma para se salvarem. E daí vieram a votação de 17 de abril na Câmara, a farsa da comissão especial e a votação do dia 11 de maio no Senado.
Um longo caminho, entretanto, foi percorrido até que estes atos “legais” fossem consumados. Para ele contribuíram a Lava Jato e suas estrelas, a Fiesp com seu suporte a grupos pró-impeachment e o aliciamento de deputados, o mercado com seus jogos especulativos na bolsa e no câmbio para acirrar a crise, Eduardo Cunha e seus asseclas com as pautas bombas na Câmara. E também as obscuras mas perceptíveis ações da NSA, Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, e da CIA, na pavimentação do caminho e na fermentação do clima propício ao desfecho. Os grampos contra Dilma, autoridades do governo e da Petrobrás, os protestos contra o governo, o desmanche econômico e a dissolução da base parlamentar, tudo se entrecruzou entre 2013 e 2016.
Se os que aparecem agora nas conversas gravadas buscaram poder, impunidade e retrocesso ao país de poucos e para poucos, os agentes externos miraram o projeto de soberania nacional e o controle de recursos estratégicos, em particular o petróleo do Pré-Sal. Não por acaso, a aprovação do projeto Serra, que suprime a participação mínima obrigatória da Petrobrás, em 30%, na exploração de todos os campos licitados, entrou na agenda de prioridades legislativas do novo governo.
Muito já se falou da coincidente chegada ao Brasil, em agosto de 2013, de Liliana Ayalde como embaixadora dos Estados Unidos, depois de ter servido no Paraguai entre 2008 e 2011, saindo pouco antes do golpe parlamentar contra o ex-presidente Fernando Lugo. Num telegrama ao Departamento de Estado, em 2009, vazado por Wikileaks, ela disse:. “Temos sido cuidadosos em expressar nosso apoio público às instituições democráticas do Paraguai – não a Lugo pessoalmente”. E num outro, mais tarde : “nossa influência aqui é muito maior que as nossas pegadas”.
O que nunca se falou foi que a própria presidente Dilma, tomando conhecimento dos encontros que Ayalde vinha tendo com expoentes da oposição no Congresso, mandou um emissário avisá-la de que via com preocupação tais movimentos. Eles cessaram, pelo menos ostensivamente. Ayalde havia chegado pouco antes da Lava Jato esquentar e no curso da crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, detonada pela denúncia do Wikleaks de que a NSA havia grampeado Dilma, Petrobrás e outros tantos. Segundo Edward , o ex-agente da NSA que denunciou a bibilhotagem, “em 2013 o Brasil foi o país mais espionado do mundo”. Em Brasília funcionou uma das 16 bases americanas de coleta de informações, uma das maiores.
A regra de exploração do pré-sal e a participação do Brasil nos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, India. Chia e Africa do Sul), especialmente depois da criação, pelo bloco, de um banco de desenvolvimento com capital inicial de US 100 bilhões, encabeçaram as contrariedades americanas com o governo Dilma.
Recuemos um pouco. Em dezembro de 2012, as jornalistas Cátia Seabra e Juliana Rocha publicaram na Folha de São Paulo telegrama diplomático vazado por Wikileaks, relatando a promessa do candidato José Serra a uma executiva da Chevron, de que uma vez eleito mudaria o modelo de partilha da exploração do pré-sal fixado pelo governo Lula: a Petrobrás como exploradora única, a participação obrigatória de 30% em cada campo de extração e o conteúdo nacional dos equipamentos. Estas regras, as petroleiras americanas nunca aceitaram. Elas querem um campo livre como o Iraque pós-Saddam. A Folha teve acesso a seis telegramas relatando o inconformismo delas com o modelo e até reclamando da “falta de senso de urgência do PSDB”. Serra perdeu para Dilma em 2010 mas como senador eleito em 2014, apresentou o projeto agora encampado pelo governo Temer.
No primeiro mandato, Dilma surfava em altos índices de popularidade até que, de repente, a pretexto de um aumento de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus de São Paulo, estouraram as manifestações de junho de 2013. Iniciadas por um grupo com atuação legítima, o Movimento Passe Livre, elas ganham adesão espontânea da classe média (que o governo não compreendeu bem como anseio de participação) e passam a ser dominadas por grupos de direita que, pela primeira vez, davam as caras nas ruas. Alguns, usando máscaras. Outros, praticando o vandalismo. Muitos inocentes úteis entraram no jogo. Mais tarde é que se soube que pelo menos um dos grupos, o MBL, era financiado por uma organização de direita norte-americana da família Koch. E só recentemente um áudio revelou que o grupo (e certamente outros) receberam recursos também do PMDB, PSDB, DEM e SD.
Aparentemente a ferida em Dilma foi pequena. Mas o pequeno filete de sangue atiçou os tubarões. Começava a corrida para devorá-la. A popularidade despencou, a situação econômica desandou, veio a campanha de 2014 e tudo o que se seguiu.
Mas nesta altura, a espionagem da NSA já havia acontecido, tendo talvez como motivação inicial a guerra do pré-sal. Escutando e gravando, encontraram outra coisa, o esquema de corrupção. E aqui entram os sinais de que as informações recolhidas foram decisivas para a decolagem da Lava Jato. Foi logo depois do Junho de 2013 que as investigações avançaram. A partir da prisão do doleiro Alberto Yousseff, numa operação que não tinha conexão com a Petrobrás, o juiz federal Sergio Moro consegue levar para sua alçada em Curitiba as investigações sobre corrupção na empresa que tem sede no Rio, devendo ter ali o juiz natural do caso. Moro havia participado, em 2009, segundo informe diplomático também vazado por Wikileaks, de seminário de cooperação promovido pelo Departamento de Estado, o Projeto Pontes, destinado a treinar juízes, procuradores e policiais federais no combate à lavagem de dinheiro e contraterrorismo. Participaram também agentes do México, Costa Rica, Panamá, Argentina, Uruguai e Paraguai. Teria também muitas conexões com procuradores norte-americanos.
Com a prisão de Yousseff, a Lava Jato deslancha como um foguete. Os primeiros presos já se defrontam com uma força tarefa que detinha um mundo de informações sobre o esquema na Petrobrás. Executivos e sócios de empreiteiras rendiam-se às ofertas de delação premiada diante da evidência de que negar era inútil, só agravaria suas penas. O estilo espetaculoso das operações e uma bem sucedida tática de comunicação dos procuradores e delegados federais semeou a indignação popular. Vazamentos seletivos adubaram o ódio ao PT como “cérebro” do esquema.
As coisas foram caminhando juntas, na Lava Jato, na economia e na política. A partir do início do segundo mandato de Dilma, ganharam sincronia fina. Na Câmara, Eduardo Cunha massacrava o governo e a cada derrota o mercado reagia negativamente. A Lava Jato, com a ajuda da mídia, envenenava corações e mentes contra o governo. Os movimentos de direita e pró-impeachment ganharam recursos e músculos para organizar as manifestações que culminaram na de 15 de março. A Fiesp entrou de cabeça na conspiração e a Lava Jato perdeu todo o pudor em exibir sua face política com a perseguição a Lula, a coerção para depor no aeroporto de Congonhas e finalmente, quando ele vira ministro, a detonação da última chance que Dilma teria de rearticular a coalizão, com o vazamento da conversa entre os dois.
No percurso, Dilma e o PT cometeram muitos erros. Erros que não teriam sido fatais para outro governo, não para um que já estava jurado de morte. Mas este não é o assunto agora, nesta revisitação em busca da anatomia do golpe.
Em março, a ajuda externa já fizera sua parte mas as pegadas ficaram pelo caminho. O governo já não conseguia respirar. Mas, pela lei das contradições, a Lava Jato continuou assustando a classe política, sabedora de que poderia “não sobrar ninguém”. É quando os caciques se reúnem, como contou Jucá, e decidiram que era hora de tirar Dilma “para estancar a sangria”.
Desvendar a engrenagem que joga com o destino do Brasil desde 2013 é uma tentação frustrante. Faltam sempre algumas peças no xadrez. Mas é certo que, ainda que incompleta, a narrativa do golpe não é produto de mentes paranoicas. No futuro, os historiadores vão contar a história inteira de 2016, assim como já contaram tudo ou quase tudo sobre 1964."
Em tempo: pequeno acréscimo a esse notável texto da notável Cruvinel: o ladrão presidente, quando era um parlamentar do baixo-clero, passou informações sigilosas ao cônsul americano em São Paulo, como demonstrou também o WikiLeaks que flagrou o traidor do Serra. O Temer era tão inexpressivo que a CIA mandava o Consul e não o Embaixador recolher o que ele expelia. - PHA
Geddel foi em cana!
Abre a boca, jacaré! Delata o chefe da quadrilha!
Conversa Afiada, 03/07/2017

Você é o próximo! (Crédito: Lula Marques)
O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso na tarde desta segunda-feira pela Polícia Federal dentro da Operação Cui Bono. A decisão partiu do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. O mandado é de prisão preventiva.
A operação investiga a existência de práticas criminosas na liberação de créditos e investimentos por parte de duas vice-presidências da Caixa Econômica Federal: a de Gestão de Ativos de Terceiros (Viter) e a de Pessoa Jurídica. Uma das vice-presidências era ocupada por Geddel.
Moro se trancou numa encruzilhada
Paulo Henrique fala da dificil situação de Moro para sentenciar Lula. Ouça o que diz o jornalista acessando o link A situação de Moro está dificil
Rapidinha I
O Brasil não merece o Supremo que tem Edson Fachin por vezes concede alento de esperança no sentimento em que a Nação tenta se agarrar desesperadamente: de que o Supremo Tribunal Federal julga com imparcialidade, não escolhe pena de acordo com a cor partidária do réu, tem atuação serena, equilibrada e... justa. Mas não é isso o que temos visto.
Temer desmonta política externa e põe Brasil na periferia do mundo "Temer tem atuado na contramão das tendências geopolíticas mundiais. Focou todos seus esforços numa política omissa e submissa destinada a atender interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. E uma das consequências foi a queda no fluxo do comércio mundial (exportações somadas às importações), atingindo em cheio nossa fragilizada economia", escreve o deputado federal Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara.
A desigualdade processual – o Judiciário na berlinda Infelizmente, o que ocorre no Brasil é o sistema de justiça funcionar bem para a defesa de direitos de alguns e perseguir implacavelmente outros. E para os que o sistema deixa de funcionar corretamente, surgem decisões e argumentos esdrúxulos e abusivos, que jamais poderiam ser usados em uma democracia.
O caos, as causas e o caminho Como enfrentar e superar o caos institucional e na economia? Não há saída válida fora da Política. Não há saída válida sem a participação popular.
Durma-se nesse país! O STF tem umas coisas 'esquisitas': Lula não pôde ser ministro, mas Moreira Franco com o bisaco cheio de propinas da JBS é ministro de muito prestígio. Jucá envolveu o próprio Supremo no golpe, "já falei com alguns ministros" pra estancar a sangria, tá soltíssimo e atuante, enquanto o petista Delcídio foi preso em pleno Senado, autorizado pelo mesmíssimo Supremo, que livrou a cara de Aécio.
Loures, Aécio, Lava Jato e os bobões ou mal intencionados mesmo Não há arrogância intelectual que permita fazer de conta que não foi golpe. E que não continua sendo. Quem ainda faz pose pra dizer o contrário, já atravessou a linha da seriedade faz tempo. Ou é apenas um bobão marcando posição ou é mal intencionado mesmo.
Quem me libertará? A verdade ou o Supremo Tribunal Federal? Nunca, em meus 50 anos de bacharel em direito, vi tão partidária e traidora corte jurídica no Brasil. É o adeus ao judiciário; que já se desnudava ao fazer de um julgamento um espetáculo e ao condenar "pela literatura" na ausência de provas nos processos.
Fantasma do TRF4 assombra a Lava Jato A sentença do TRF4 anulando a condenação do juiz de 1ª instância Sergio Moro e absolvendo Vaccari impôs à República de Curitiba sua maior derrota e mostra que algo de importante se move em relação ao conceito que o Judiciário e a sociedade fazem da Operação Lava Jato
Dois pesos e duas medidas A JBS delatou Aécio de ter recebido R$ 2 milhões, com provas de áudio da conversa e imagens das malas de dinheiro entregues ao seu primo. Pra comparar: por muito menos, um áudio onde destilava bravatas, Delcidio do Amaral foi preso e afastado do Senado pelo mesmo STF. Dois pesos e duas medidas.
Conforme Marco Aurélio, do STF: o impeachment será anulado Quando julgarem o mandado de segurança que pede a anulação do impeachment de Dilma Rousseff já saberemos que a defesa da presidenta tem um voto a favor, a do ministro Marco Aurélio, certo? Questão de coerência. Porque as loas e argumentos que usou para devolver o mandato ao Aécio servem para reconduzir Dilma ao poder, também.
Solucionado o “bug" no establishment Se você, assim como eu, ainda botava fé na tal Justiça, nas instituições e nos Poderes da república, qual nada! Tudo não passou de um mero soluço da velha "Matrix" ou um bug no software do establishment. O que vale, no final das contas, e no frigir dos ovos, é o estabelecido. Vale manter os privilégios (de alguns poucos), para que se mantenham incólumes os privilegiados.
Esquerdistas, petistas e lulistas – algumas diferenças Qualquer um pode se irritar com o que quiser. Lula só não pode esquecer que o conceito de 'esquerda', mesmo a brasileira, não lhe pertence. Como também o conceito de 'petismo', a rigor, não é seu 'domínio' a ponto de querer que o partido não pensasse, só a sua opinião fosse correta.
O Supremo provou nesses últimos dias que cadeia é para petista, preto, pobre e puta O que se pede é apenas uma coisa: ISONOMIA. Aliás, foi em homenagem à isonomia [da decisão que pôs os parentes de Aécio em prisão domiciliar] que o ministro Fachin também colocou Rocha Loures em prisão domiciliar.
Carmen Lucia veste fantasia de batman e se autoproclama justiceira do Brasil Depois de ter se acumpliciado ao que há de mais podre, reacionário e corrupto no Brasil, depois de ter se corrompido de todas as maneiras pelos apupos da elite, dias depois da roleta do STF entregar todos os processos envolvendo tucanos em mãos dos dois únicos ministros tucanos puro-sangue, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e, por fim, no mesmo dia em que o STF autoriza a volta de Aécio ao Senado, Carmen Lúcia aparece com essa história furada de que a instituição ouvirá o “clamor de justiça”.
A Santíssima Trindade: Aécio Neves da Cunha, Eduardo Cunha e FHC Também nunca acreditei em anjos e arcanjos, e agora eu vejo batalhões de anjos e arcanjos que ajudaram Deus a botar o ilegítimo Michel Temer onde ele ainda está. Estou me referindo aos arcanjos da grande mídia brasileira, do grande capital brasileiro, do empresariado brasileiro e dos poltrões da Corte Suprema do meu país.
Denunciado, Temer vira motivo para rebaixamento do Risco-Brasil
A situação esdrúxula do Brasil, que passou a ter pela primeira vez em sua história um ocupante da presidência denunciado por corrupção passiva, se tornou um peso para a economia.
Segundo a agência de risco Moody's, Michel Temer perdeu a capacidade de aprovar as reformas que prometia, o que deve levar ao rebaixamento da nota do País, ou seja, o golpe, além de desmoralizar o Brasil aos olhos do mundo, também se tornou um contrassenso econômico, não apenas para os empresários nacionais, que já vinham afundando, como também para o capital financeiro.
A prisão de Geddel, pela PF e suas consequências
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, ex-braço direito de Michel Temer, foi preso nesta segunda-feira 3 pela Polícia Federal, na Bahia. A decisão é do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara Federal de Brasília.
Geddel é acusado de atrapalhar investigações no âmbito da Operação Cui Bono, deflagrada em janeiro deste ano, e que investiga fraudes em créditos da Caixa Econômica Federal.
Ele teria atuado para que o operador Lucio Funaro e o ex-deputado Eduardo Cunha não firmassem acordo de delação premiada. O mandado é de prisão preventiva, quando não há prazo para soltura.
Polícia Federal recebeu autorização para apreender celulares de Geddel e “arrombar portas e cofres”
O juiz determinou a apreensão dos celulares do ex-ministro Geddel Vieira Lima no despacho em que concedeu a prisão preventiva dele. No documento, o magistrado também autoriza a Polícia Federal a "forçar entrada e arrombar portas e cofres, na hipótese de resistência de seu cumprimento".
Calero diz: "Que desonestos respondam por seus atos"
Ex-ministro da Cultura do governo Temer, Marcelo Calero, responsável pela queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo em novembro do ano passado, comentou nesta segunda-feira 3 a prisão do peemedebista: "Sonho com um Brasil em que honestos possam dar sua contribuição e desonestos respondam por seus atos. Que sejamos um país de justiça, democracia e verdade".
A prisão de Geddel preso abala Câmara
Para Fernando Brito, editor do Tijolaço, prisão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro e ex-braço-direito de Temer, "tem um efeito avassalador nas articulações do atual ocupante do Palácio do Planalto para barrar na Câmara a denúncia de Rodrigo Janot contra ele".
Brasil, vergonha global também no El País
Sob Michel Temer, o Brasil não se cansa de dar vexames em escala planetária.
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, tanto na versão global como na brasileira, o El País, mais respeitado jornal espanhol, questiona: "um presidente pode sobreviver com uma rejeição de 80% dos eleitores, uma denúncia do procurador-geral por receber subornos e um programa de reformas impopulares?".
O El País também lembra a todos os seus leitores, no Brasil e no mundo, que Temer chegou ao poder por meio de um golpe; ou seja: além de tudo, é ilegítimo.
Ação Popular pedirá ao Supremo a anulação do golpe contra Dilma
O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment está recolhendo assinaturas para sustentar ação popular em favor da anulação do golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff.
Na ação, o grupo pede que o STF julgue o mérito do caso, que está na gaveta do ministro Alexandre de Moraes.
Em entrevista recente, outro ministro, Luis Roberto Barroso, reconheceu que o impeachment foi uma conspiração parlamentar.
No mundo civilizado e na comunidade acadêmica, já se formou o consenso de que tudo não passou de uma articulação de políticos corruptos para tentar frear a Lava Jato.
Enquanto Michel Temer se tornou o primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é recordista em inquéritos.
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