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sábado, 1 de julho de 2017
Tropa de elite de Temer em ação
Parlamentares e ministros querem a volta do dinheiro das empresas nas eleições, propõem o parlamentarismo e debatem uma PEC para salvar Temer
Piauí/Folha, por Júlia Duailibi, 30/06/2017
Um grupo de parlamentares se reuniu na última terça-feira na casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), em Brasília, para discutir “saídas para a crise”. Entre as propostas específicas que foram debatidas estavam a volta do financiamento privado de campanha, a adoção do parlamentarismo como sistema de governo e uma possível anistia ao presidente Michel Temer. Além de Eunício, participaram do encontro o ex-líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), o senador, José Serra (PSDB-SP), o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) e o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE).
A proposta de volta do financiamento privado teve o apoio de todos os presentes. O grupo de quatro senadores e três deputados considera essa uma questão que deve ser enfrentada pela classe política, apesar da provável resistência da opinião pública. O financiamento empresarial foi vetado em 2015, por decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou o mecanismo inconstitucional. Os senadores e deputados se opõem à ideia de criação de um “fundão”, tal como proposto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que prevê o uso de recursos públicos, num montante de 3,5 bilhões de reais, para financiar eleições no país.
No encontro dos sete, decidiu-se tentar aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de 2015, que libera a captação de recursos privados nas eleições. Ela já passou pela Câmara dos Deputados e agora está em tramitação no Senado. A aprovação até setembro, um ano antes da eleição de 2018, permitiria que a nova regra já entrasse em vigor no próximo pleito. Tasso apoiou a volta do financiamento privado na próxima eleição, mas defendeu que se realize um plebiscito para decidir se a regra deveria continuar a valer nas disputas seguintes – ou se é o caso de adotar o financiamento público.
Já a ideia de oferecer algum tipo de anistia a Temer encontrou maior resistência. De acordo com o relato dos presentes ao encontro, Beto Mansur se disse preocupado com a situação jurídica do presidente e afirmou que, caso houvesse algum tipo de solução jurídica que protegesse Michel Temer, seria mais fácil discutir uma eventual renúncia. Sem o mandato, Temer perderia o foro privilegiado e passaria a responder a processos em primeira instância – o presidente já foi denunciado por corrupção passiva e é investigado por organização criminosa e obstrução à Justiça. À piauí, o deputado e vice-líder do governo na Câmara negou ter falado em “renúncia”. Toda a conversa teria sido feito em tom de brincadeira, disse Mansur.
Levantou-se a hipótese de uma PEC para estender o direito de foro privilegiado a ex-presidentes, o que contaria com o apoio de partidos da oposição, já que beneficiaria também Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Renan, que está praticamente na oposição a Temer e deixou a liderança do PMDB ontem, desaconselhou a medida. “Não existe clima para isso”, disse o peemedebista, segundo relato de um senador presente. Um dos integrantes lembrou então o modelo italiano, onde os ex-presidentes se tornam senadores, o que garantiria por aqui a imunidade parlamentar. A ideia não foi bem recebida.
Sílvio Costa defendeu a adoção do parlamentarismo, com o apoio de Serra. A proposta conta há anos com o interesse dos tucanos, e voltou a ser ventilada por setores do PSDB durante o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado. Segundo os seus defensores, o sistema de governo permitiria enfrentar eventuais crises políticas de maneira mais eficaz e menos traumática do que acontece no presidencialismo. O grupo decidiu criar uma comissão mista no Congresso para voltar ao assunto.
Um derradeiro ponto de convergência surgiu entre os parlamentares presentes ao encontro, ao discutirem a atual conjuntura política. Todos – tucanos e não-tucanos – concordaram que o PSDB foi engolido pela crise e que está com a imagem “arranhada” por defender Temer. Serra, aliado do presidente, pediu cautela. Tasso, que já defendeu o desembarque do governo, concordou com as avaliações mais críticas ao seu partido. “Eu digo isso ao Serra todo dia.”
Singer: decisões sobre Aécio e Loures provam que Justiça é seletiva
E cúmplice do golpe contra Dilma e contra a Democracia
O cientista político André Singer afirma que as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o homem da mala Rodrigo Rocha Loures comprovam a seletividade do Poder Judiciário no Brasil.
Segundo Singer, "agora que é outro o presidente da República denunciado, o tratamento mudou".
Ao soltar homem da mala, STF evitou sua delação
"Quando se trata dos interesses do golpe, o STF se torna imediatamente garantista e respeitador dos direitos dos presos à liberdade", diz Miguel do Rosário, editor do Cafezinho.
"Palocci, Vaccari, Dirceu (até ontem), empreiteiros, ninguém teve colher de chá no STF. Já o homem de Temer, flagrado correndo pelas ruas com uma mala pesando meio milhão de reais em propina, é solto imediatamente".
Dallangol avisa: Aécio pode matar a Lava Jato
Líder da Força-Tarefa da Operação Lava Jato que comanda as investigações do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol deu a entender que a volta de Aécio Neves ao Senado poderá ter consequências devastadoras para a investigação.
“Havia razões para estar preso, pois solto influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o procurador.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Doleiro tenta entregar esquema bilionário de tucanos em SP, mas Lava Jato resiste
Desde a prisão no ano passado, o doleiro Adir Assad, tido como operador central de desvios de obras dos governos tucanos em São Paulo, vem tentando negociar uma "colaboração premiada" na qual promete contar em detalhes e mostrar provas de um esquema criminoso na estatal paulista Dersa, do qual fez parte Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, diretor da estatal entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
O esquema de contratos fictícios teria movimentado R$ 1,3 bilhão. Procuradores da Lava Jato consideram, no entanto, o depoimento de Assad como "frágil".
Mercadante: O uso de orçamento da Educação para passaporte é um escárnio
O ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, classificou como um escárnio a proposta do governo Temer de retirar orçamento do Ministério da Educação para normalizar emissão de passaportes pela Polícia Federal.
"Já acabaram com o Pronatec e o Ciências Sem Fronteiras, cortaram bolsas do Prouni e do Fies, retiraram 43% dos investimentos e 18% do orçamento dos institutos e universidades federais, além de terem paralisado investimentos em creches e escolas, sendo o Ministério da Educação responsável por 53% das obras paradas", afirma.
Costa Pinto: PSDB vai devolver a Aécio presidência do partido?
O Delcídio do Amaral parecia está menos complicado e foi até preso. Por que nada acontece com o Aécio?
O jornalista Luis Costa Pinto afirmou nesta sexta-feira, 30, que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que negou pedido de prisão e devolveu o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB) pode representar o próprio encarceramento do tucano.
"De volta ao mandato, [Aécio] terá de encarar uma reunião partidária para depô-lo. Ou o PSDB também irá restaurar Neves no posto de presidente da legenda?", questiona.
"O 'alvará de soltura' concedido pelo ministro Marco Aurélio ao presidente nacional do PSDB pode se revelar uma pesada sentença para o tucano", afirma o jornalista.
Marco Aurélio, do STF, devolve mandato a Aécio Neves
Agora ficou do jeito que o diabo gosta!
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, revogou nesta sexta-feira, 30, a decisão do ministro Edson Fachin que afastou o senador Aécio Neves (PSDB) de suas funções.
"Provejo o agravo para afastar as medidas consubstanciadas na suspensão do exercício de funções parlamentares ou de qualquer função pública, na proibição de contatar outro investigado ou réu no processo e na de ausentar-se do País, devolvendo ao agravante a situação jurídica que lhe foi proporcionada pelos eleitores no sufráfio universal", diz a decisão do ministro Marco Aurélio.
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