terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Golpe contra a democracia destrói a imagem do Brasil no exterior


A imagem do Brasil nunca foi tão negativa, quanto em 2016, ano do golpe parlamentar liderado por Eduardo Cunha, que colocou Michel Temer no poder.

Nada menos que 81% das reportagens sobre o País publicadas em 14 veículos internacionais foram negativas.

Este levantamento, que começou a ser feito pela empresa Imagem Corporativa em 2009, revela que o Brasil foi do céu ao inferno.

Em 2009, no auge do governo Lula, nada menos que 80% das reportagens eram positivas.

A autodestruição brasileira foi decisiva para a contaminação da imagem do País, assim como o assalto à democracia.

Na opinião do escritor português Miguel Sousa Tavares, o impeachment foi uma assembleia de bandidos presidida por um bandido.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Homem forte da reforma da Previdência é conselheiro de uma das maiores empresas de previdência privada do País

Marcelo Caetano, secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, é também conselheiro da Brasilprev, empresa que comercializa planos de previdência privada. Acabou denunciado por conflito de interesses
Marcelo Caetano

Viomundo, 24/02/2017 por Tiago Pereira, da RBA

São Paulo – A central sindical Pública, que representa servidores públicos da ativa e aposentados dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), denunciou hoje (23) o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por conflito de interesses. Segundo a entidade, Caetano, um dos principais articuladores da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer, ocupa também cargo de conselheiro na Brasilprev, uma das maiores empresas de previdência privada do país.

A denúncia foi protocolada nesta manhã em Brasília, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. E será também encaminhada ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF).

A Brasilprev, segundo informações em seu próprio site, “é uma sociedade anônima de capital fechado que tem como acionistas a PFG do Brasil Ltda., sociedade pertencente ao Principal Financial Group, e a BB Seguros Participações S.A.” A Principal Financial Group é uma empresa de gestão de investimentos sediada nos Estados Unidos.


Para o presidente da Pública, Nilton Paixão, há “flagrante inconsistência” na atuação do Marcelo Caetano como secretário da Previdência.

“Ele é conselheiro de uma empresa que tem por objetivo lucrar com planos de previdência privada complementar. Na verdade, ele é o redator dos interesses do sistema financeiro travestido de secretário da Previdência”, afirmou.

Segundo a entidade, outro forte indício de conflito de interesses da atuação de Caetano pode ser conferido na sua agenda pública como secretário, em quem manteve muito mais reuniões com representantes de fundos privados e instituições financeiras, inclusive com encontros com a própria Brasilprev, do que com representantes dos trabalhadores, afetados direitos pela mudanças pretendidas no regime de aposentadorias.

“Ficou claramente evidenciado o conflito de interesses, e que o estado brasileiro, nessa questão da Previdência foi capturado pelos interesses privados”.

Segundo Nílton, não há sequer qualquer tipo de pudor em tentar esconder a defesa desses tipos de interesses, com encontros que ocorrem “à luz do dia”.

O presidente da Pública afirmou, ainda, que pretende fazer a tradução da denúncia e encaminhá-la para organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

“Pretendemos fazer a denúncia na ONU, na OEA, na OIT, em todas as instâncias internacionais e divulgar para a imprensa estrangeira o que está acontecendo aqui no Brasil, que é a apropriação do interesse público pela sanha dos interesses privados e a sua busca pelo lucro.”

Gleisi: Reforma da Previdência é terrorismo midiático!

"Esse governo de 5ª categoria quer acabar com a aposentadoria"

Conversa Afiada, 27/02/2017

O Conversa Afiada reproduz, do Blog do Esmael Morais, artigo da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR):

Diariamente, o governo em exercício bombardeia no rádio, na TV e nas redes sociais a ideia de que, sem a reforma, a Previdência Social vai quebrar em poucos anos. Em seu terrorismo midiático, o grupo que tomou o poder após tirar a presidenta Dilma tenta incutir na sociedade a previsão de que, em um futuro próximo, não haverá dinheiro para as aposentadorias dos brasileiros porque o sistema paga mais do que arrecada, tornando assim a conta insustentável. Mas o que vendem para a população é mentira.

O que eles “esquecem” de dizer é que a Previdência não é um programa isolado. Ela faz parte de um amplo sistema de proteção denominado Seguridade Social, que não depende apenas da contribuição previdenciária de patrões e empregados. Dispõe também do que é arrecadado com a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a contribuição ao PIS/Pasep – para financiar o Programa do Seguro-Desemprego –, e ainda das receitas das loterias e de todos os órgãos e entidades que participam do orçamento nacional.

O que isso significa? Significa que não faz sentido falar em déficit porque existem fontes de recursos assegurados pela Constituição no orçamento da Seguridade Social para financiar a Previdência. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) lançaram um excelente estudo desmistificando os dados do governo nesse setor. Intitulado “Previdência: reformar para excluir?”, o trabalho expõe, de forma clara, a realidade dos números.

As duas entidades mostram, por exemplo, que o suposto “rombo” de R$ 85,8 bilhões apurado pelo governo em 2015 poderia ter sido coberto com parte dos R$ 202 bilhões arrecadados pela Cofins, dos R$ 61 bilhões pela CSLL e dos R$ 53 bilhões do PIS-Pasep. De acordo com a Anfip e o Dieese, haveria ainda os R$ 63 bilhões desviados da Seguridade pela DRU (Desvinculação das Receitas da União) e os R$ 157 bilhões de desonerações e renúncias fiscais. Como se vê, dinheiro tem, e muito.

Isso ninguém fala. Aliás, o governo, para tentar agravar ainda mais o quadro que ele alardeia, inclui na conta do INSS o déficit do Regime Próprio de Previdência, dos servidores públicos. Esse regime sequer pode ser computado na Seguridade Social, porque ele não é universal, é diferenciado. O trabalhador do setor público não tem o mesmo teto de aposentadoria do trabalhador do setor privado. Ele ganha, na maioria das vezes, o seu salário integral, e há outros processos de reajuste. Então, ele é separado. Ele tem que ser bancado pelo Tesouro. É um regime próprio. E o governo, maldosamente, coloca esse cálculo dentro do déficit da Previdência. É ou não enganador? 

A Seguridade Social é uma das maiores conquistas que os brasileiros tiveram com a Constituição de 1988. Foi um longo percurso até que esses direitos fossem assegurados. No início, o sistema previdenciário era extremamente excludente. Ainda na República Velha, os primeiros beneficiados foram os trabalhadores do setor exportador – ferroviários, portuários e marítimos.

Em 1930, no governo de Getúlio Vargas, foram criados os institutos de aposentadorias e pensões, com benefícios estendidos a outras categorias, embora ainda prevalecesse a visão corporativa. Havia o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos, dos comerciários, dos bancários, dos industriários, ou seja, cada categoria tinha o seu, com regras próprias.

O sistema foi evoluindo aos poucos, com a junção desses institutos e a criação, em 1963, do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) e do Departamento Nacional de Previdência Social, o embrião do INSS. Em 1974, cria-se o Ministério da Previdência Social, que agrega o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), encarregado da gestão e a administração dos benefícios, e também o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas), que passa a cuidar da gestão financeira e da arrecadação. Surge também o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), que também começa a ser o embrião do nosso Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 1977, constrói-se um sistema de previdência, saúde e assistência social, com o surgimento de órgãos como a LBA (Legião Brasileira de Assistência) e a Funabem (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor), formando assim o precursor da seguridade social, que nós vimos implantada a partir da Constituição de 1988.

Pela primeira vez na história, uma Constituição do Brasil tem no seu texto o direito do povo brasileiro à previdência, à assistência e à saúde, como um sistema único. Foi uma grande conquista da nossa população, dos nossos trabalhadores. Estava consolidada, portanto, a seguridade social, com proteção ao trabalhador, inclusive o do campo, com bem-estar geral e justiça social e com a universalização dos serviços de saúde.

Mas agora tudo isso está ameaçado. Esse governo de quinta categoria, que fechou o Ministério da Previdência, quer acabar com a aposentadoria no País, esmagando principalmente os direitos das mulheres, dos pobres e dos que começam a trabalhar bem cedo no campo. Uma maldade sem fim.

Em sua hipócrita propaganda “Minuto da Previdência”, Temer e seus sócios tentam convencer a população a apoiar uma reforma questionada até mesmo por boa parte de sua base aliada no Congresso.

Vai ser muito difícil ele conseguir isso, mesmo com todo o seu terrorismo praticado minuto a minuto. Resistiremos e lutaremos!

Mino: o pior ainda está por vir

Próximo Governo terá de colocar fim à orgia golpista

Conversa Afiada, 27/02/2017

O Conversa Afiada reproduz editorial de Mino Carta na Carta Capital:

Fantasia midiática

Ando pela rua e dou com a capa da revista Exame exibida com destaque por uma banca de jornais. Leio a chamada, imponente: “O PIOR JÁ PASSOU”. Logo adiante, cartaz pendurado em um poste garante “Magia fundamental”, para o amor e coisas mais, “rápida e absoluta”. Talvez haja uma relação esotérica entre dois anúncios tão promissores.

Mortais comuns, que não se confundem com os magos da mídia nativa, alquimistas setecentescos ou fadas dos contos da carochinha, têm razões para entender o oposto: o pior ainda há de vir. Basta encarar a situação com um mínimo de isenção e recurso comedido aos neurônios, para perceber a inevitabilidade de um desfecho... aqui me detenho em busca do qualificativo.

Trágico? Violento? Espantoso? Acachapante? Ridículo? Só consigo imaginar o trabalho insano a que será obrigado um futuro governo democrático para pôr ordem na orgia golpista.

Quem sabe não seja suficiente um governo para consertar o monstruoso estrago provocado pelo desmando geral e irrestrito do estado de exceção em que fomos precipitados com a contribuição decisiva da mídia nativa. Esta até agora disposta a nos dizer no bom caminho. Crentes nas artes mágicas ou, simplesmente, hipócritas irresponsáveis, brasileiros indignos, os propagandistas midiáticos?

Na seção QI, o redator-chefe Nirlando Beirão conta com a costumeira elegância da escrita a decadência do circo tradicional, substituído pelos picadeiros da política, povoados por palhaços de diversos calibres, entre grotescos e malignos. Reservaria um papel de realce para a mídia nativa e os seus melhores intérpretes, envolvidos na pantomima que os torna porta-vozes do desgoverno.

Em tempo de Carnaval, pérola barroca da nossa vocação festeira mesmo em meio à desgraça, qual seria a fantasia aconselhável aos propagandistas midiáticos? Haverá quem sugira Arlequim, capaz de servir ao mesmo tempo a dois amos e de enganar meio mundo.

Errado: assim como é difícil, senão impossível, colher o adjetivo certo para qualificar o inevitável desfecho do espetáculo em curso, chega a ser impossível escolher a fantasia para tantos militantes de páginas impressas, microfones, vídeo.

Arlequim, vale esclarecer, é um campônio de Bergamo, norte da Itália, esperto e sagaz, aluno da vida atribulada. Há uma sinceridade profunda na sua atuação, uma espécie de rendição ao senso prático, sem contar o irredutível desdém pelos patrões, os primeiros a serem enganados por nosso herói. Não há como sugerir essa fantasia, bem como de qualquer outra proposta pelas personagens da Commedia dell’Arte. Figuras dotadas de extrema autenticidade, fiéis à sua índole e a seu destino.

Na origem do Carnaval era comum que as escolas de samba, sem que houvesse então um sambódromo, vestissem seu balé, de suntuosa pele negra, como cavalheiros e damas de uma corte do século XVIII, igual aos candidatos à guilhotina depois da Tomada da Bastilha.

Quando menino, recém-chegado ao Brasil, pareceu-me colher, ao folhear as páginas da cobertura carnavalesca da revista O Cruzeiro, algo assim como o deboche e a esperança da desforra. Illo tempore, sonhava com a Tomada da Casa-Grande.

Há seres humanos, ou tidos como tais, que dispensam a fantasia. Não me refiro, obviamente, aos cidadãos sábios, e sim àqueles fantasiados por natureza. Sinto-me à vontade ao incluir no rol os sabujos das redações, embora valha recordar que dois deles, se não me engano, podem sair com seu fardão dos imortais, inexcedível indumentária para um perfeito desempenho carnavalesco.

Judeus se revoltam contra possível palestra de Bolsonaro para comunidade hebraica em SP


Um abaixo assinado já tem mais de 2.600 assinaturas contra uma possível palestra do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) no Clube Hebraica de São Paulo; documento organizado por um judeu denominado Mauro Nadvorny, faz duras críticas ao deputado e pede que a presidência do tradicional clube paulistano reconsidere a ideia.

"Bolsonaro representa a extrema direita brasileira e em todas oportunidades em que lhe é permitido falar, explora e ataca as minorias entre as quais, nós judeus, nos encontramos", acrescenta.

"Ele é homofóbico, misógino, racista e antissemita por natureza e convicção. Idolatra a extrema direita neonazista e admira os torturadores da ditadura militar, a qual enaltece em todas as oportunidades".

Paulo Pimenta denuncia suposta lavagem de dinheiro

Deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira, 27, que os documentos revelados pelo grupo Anonymous mostram sem sombra de dúvidas as conexões obscuras entre José Yunes e o seu melhor amigo Michel Temer.

Em vídeo, Pimenta explica os investimentos de Yunes por meio offshores no Panamá, intermediadas pela Mossack Fonseca, que ajudaram a financiar obras de prédios comerciais de luxo na capital paulista.

"E quem possui salas comerciais valiosíssimas? Michel Temer. Em alguns locais com o metro quadrado mais caro do Brasil", afirma.

Para ele, o que falta apenas é a Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal juntarem as pontas e iniciarem a investigação.

"As conexões provam que esta história está muito mal contada. Todo esse dinheiro que José Yunes movimenta dentro e fora do Brasil talvez não seja todo dele".

A perplexidade da imprensa internacional com a nomeação de Moraes para o STF

Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação


Ministro acusado de corrupção se torna juiz anticorrupção… É a perplexa manchete do Liberación, um dos principais jornais da França.

Isso é Brasil, filhos.

Talvez agora vocês, mes amis, entendam o tipo de golpe que houve aqui.

Foi sujo, muito sujo.

Padilha: “Pra essa suruba, não tem camisinha!”


Ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha diz que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) "escancarou parte do sentimento no interior do bloco que construiu o golpe: ‘Se é suruba, todo mundo tem que participar'”.

Segundo Padilha, o Brasil “passa por uma grave crise econômica, política, social e institucional para que uma reunião de atores tão consistente como uma ‘suruba’ seja capaz de conduzi-lo”. 

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma acredita que a reconstrução do país só ocorrerá com um processo de debate que passe pelo voto popular e não escapa de Lula, “que deixa de ser visto como o ex-presidente e volta a ser visto como aposta de futuro”.

Petroleiras fizeram lobby pelo fim do conteúdo nacional no petróleo


A articulação pelo fim do conteúdo nacional no setor de óleo e gás, que segundo associações empresariais brasileiras pode eliminar 1 milhão de empregos num país que já tem 13 milhões de desempregados, foi liderada pelo IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo.

Sediada no Rio de Janeiro, a entidade tem entre seus associados multinacionais como Shell e Chevron e argumenta que o fim do conteúdo nacional pode destravar investimentos no setor de óleo e gás.

Com a chegada de Michel Temer ao poder, não só o pré-sal foi entregue a companhias internacionais, como as plataformas poderão ser construídas fora do Brasil, matando a política industrial para o setor; empresários brasileiros agora se dizem traídos por Temer.

Rui Falcão:"É hora de cessar a parcialidade nos julgamentos"


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu nesta segunda-feira, 27, que a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello que libertou o ex-goleiro do Flamengo Bruno de Souza deveria levar a uma revisão geral nas decisões da Suprema Corte nos requerimentos de habeas corpus sistematicamente negados.

"Diante do excesso de prisões preventivas, sem motivo e prolongadas no tempo para forçar delações, o rigor jurídico do ministro Mello para um homicida confesso deveria estender-se ao conjunto das sentenças do STF", afirma.

"Afinal, por que manter presos João Vaccari, José Dirceu e Antônio Palocci – e há outros em situação semelhante — contra os quais só existem delações e nenhum prova consistente?", questiona.