domingo, 19 de fevereiro de 2017

Gaspari fura bloqueio e avisa: a jararaca engordou


Embora os principais jornais do País tenham decidido omitir de seus leitores o fato político da semana, que foi a disparada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pesquisa CNT/MDA, o bloqueio foi furado pelo colunista Elio Gaspari.

Mais do que viva, a "jararaca engordou", diz ele, referindo-se ao apelido que Lula se deu no dia em que foi alvo de condução coercitiva.

"A jararaca engordou e dificilmente o risco Lula será liquidado pela Lava Jato. Primeiro porque não será fácil torná-lo inelegível, com uma condenação de segunda instância, antes do pleito do ano que vem. Mesmo que isso aconteça, Lula poderá tirar um poste da manga", diz ele.

"A jararaca está viva, engordou e arma o bote".

Plano Temer: Todos se safam, menos a Odebrecht



Desde que assumiu o poder, há mais de nove meses, Michel Temer tem seguido à risca o roteiro traçado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR); todos os seus movimentos visam proteger a classe política e estancar a sangria da Lava Jato.

É isso o que explica a sua base tão forte no parlamento, onde mais de 300 políticos estão atingidos pelas delações.

Neste cenário de implosão da chamada "velha política", caberia ao procurador-geral Rodrigo Janot conter esse resgate, mas sua decisão mais recente foi contribuir para que dez países da América Latina criem forças-tarefa contra a Odebrecht, que, embora tenha feito o maior acordo de leniência da história e colocado 77 executivos para colaborar com a Justiça, agora corre o risco de ser extinta, colocando em risco mais de 100 mil empregos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Kennedy critica Moro e o julgamento político contra Lula


Jornalista critica atuação do juiz da Lava Jato em audiência com Tarso Genro, quando questionou o petista a respeito de decisões internas do PT sobre punições a José Dirceu e Delúbio Soares após o mensalão.

"Um julgamento criminal tem de levar em conta acusações concretas e específicas contra uma pessoa. Do contrário, é julgamento político - algo próprio das ditaduras, não das democracias. E isso não cabe a Moro nem a ninguém da Lava Jato fazer. Está errado. Sinaliza autoritarismo do Judiciário e do Ministério Público. Enfim, é preocupante", afirma Kennedy.

Florestan Fernandes Jr: só em republiqueta plagiador é indicado ao Supremo

O Supremo corre o risco de ficar ainda menor

Jornalista Florestan Fernandes Júnior criticou nesta sexta-feira, 17, o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, por ter sido indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Michel Temer.

"Como um escritor que plagiou trechos inteiros de outro autor e publicou o 'crime' intelectual tem condições de ser Ministro da Suprema Corte de um país? Só mesmo em republiquetas de quinta. Infelizmente o Brasil voltou a frequentar esse seleto grupo", criticou Fernandes em sua página no Facebook.

Agressão de Freire a Raduan Nassar não é só grosseria, é ignorância

Freire queria responder a Nassar. Acabou em um bate-boca com os convidados

"Ministro da Cultura, Roberto Freire, em lugar de absorver, civilizado, as críticas do escritor Raduan Nassar ao governo de Temer, e responder com espírito (que não tem) e inteligência (que lhe falta) resolveu partir para o 'coice' na entrega do Prêmio Camões ao romancista, sugerindo que ele devolvesse a premiação que, em parte, é subvencionada pelo Estado brasileiro e por Portugal".

Roberto Freire, ministro da Cultura, tentou, insistiu, retrucou, bateu boca, mas não conseguiu concluir seu discurso na entrega do Prêmio Camões, cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira 17 em São Paulo. Aos gritos de “Fora, Temer” e “governo golpista”, a plateia reunida para homenagear o escritor Raduan Nassar, vencedor da premiação, reagiu ao pronunciamento do ministro e várias vezes o interrompeu com vaias.

Fernando Brito, do Tijolaço, diz que a forma como o ministro da cultura se comportou "Revela não apenas sua estupidez, ao não separar o que é o poder público e seu dever de incentivar a cultura – afinal, ele não tem ligações com ela, mas com a política, apenas – como a sua absoluta ignorância sobre quem é o consagrado autor de "Lavoura Arcaica".

YouTuber pago por Temer é notório pelo preconceito e pelo desrespeito ao ser humano

Este tipo de pessoa tem muito valor no governo de Temer

Um dos youtubers que receberão quase R$ 300 mil do governo Michel Temer para elogiarem a reforma do ensino médio, Lukas Marques é conhecido por divulgar racismo, xenofobia, homofobia e misoginia em seus posts.

"Como estragar sua noite: imagine a Dilma de quatro pra você. De nada", escreveu o jovem em sua conta no Twitter.

O youtuber apagou várias das ofensas, mas os prints sobrevivem na internet. è esse o novo garoto-propaganda do MEC.

Escritor denuncia o golpe e lava a alma do Brasil


Raduan Nassar critica governo Temer ao receber Prêmio Camões em SP

Ao receber o Prêmio Camões nesta sexta-feira, 17, o escritor Raduan Nassar, autor de Lavoura Arcaica, reconhecido internacionalmente como um dos maiores escritores brasileiros, denunciou o conluio entre os poderes para perpetrar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e o avanço do autoritarismo no Brasil.

Raduan disse que o STF está "coerente com seu passado à época do regime militar".

"O mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia: não impediu que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e réu na Corte, instaurasse o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Íntegra, eleita pelo voto popular, Dilma foi afastada definitivamente no Senado. O golpe estava consumado! Não há como ficar calado"

Velloso humilha Temer e diz que não entra no governo por ética


Nunca antes na história deste País um governo recebeu um não tão vexatório; em nota oficial, Carlos Velloso, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal e também advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse ter negado o convite para assumir o Ministério da Justiça em razão de "compromissos éticos".

Com praticamente todo o governo delatado pela Odebrecht, Temer, que foi citado 43 vezes apenas numa das delações, foi também ameaçado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-MG), que ameaçou envolvê-lo no esquema de propinas da Caixa Econômica Federal.

Em meio a uma das maiores crises penitenciárias e de Segurança Pública do País, o Brasil não tem ministro da Justiça.

Campanha de Aécio pagou R$ 360 mil a Moraes; senador será titular de sabatina

Tá tudo dominado

UOL, 17/02/2017

Pedro Ladeira/Folhapress

Antigo cliente de Moraes, Aécio é um dos senadores que terão a oportunidade de formular questões ao futuro ministro na sabatina desta terça-feira (21) na CCJ

A campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pagou mais de R$ 360 mil ao escritório de advocacia de Alexandre de Moraes (recém-desfiliado do PSDB) durante a disputa pela Presidência da República de 2014. Membro titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado), o tucano participará na terça-feira (21) da sessão de sabatina de Moraes, indicado para ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

A Coligação Muda Brasil fez a transferência do valor de R$ 364.652, 98 para a empresa Alexandre de Moraes Sociedade de Advogados por serviços jurídicos, como mostram dados da prestação de contas disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

Moraes afirmou, por assessoria de imprensa, que "prestou serviços de consultoria jurídica nas áreas de Direito Constitucional e Administrativo, inclusive com a elaboração de argumentos, pareceres e memoriais". À época, o advogado não era partidário do PSDB. Moraes se filiou à sigla em dezembro de 2015, quando era secretário de segurança pública de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin, e pediu recentemente sua desfiliação, ao ser indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para uma cadeira no STF.


Arte/UOL
Primeira nota emitida em favor de Alexandre de Moraes na campanha de Aécio

Antigo cliente de Moraes, Aécio é um dos senadores que terão a oportunidade de formular questões ao futuro ministro da Suprema Corte, e não há nenhuma objeção legal que o impeça de participar, mesmo tendo relações anteriores com o sabatinado. Como preza a Constituição, o indicado ao STF deve passar por uma sabatina da CCJ composta por 27 parlamentares, entre titulares e suplentes, em que deve ser questionado sobre questões polêmicas, seu passado, opiniões e como pretende desempenhar a função.

Após a sabatina, a indicação de Moraes será submetida a votação no plenário do Senado. A maioria decidirá se ele está apto a assumir o cargo na Suprema Corte. 

Senadores podem se declarar impedidos de participar de votações na Casa por motivações pessoais, segundo o artigo 306 do Regimento Interno do Senado. "Nenhum Senador presente à sessão poderá escusar-se de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha interesse pessoal, devendo declarar o impedimento antes da votação e sendo a sua presença computada para efeito de quorum", diz o texto.

Procurado pelo UOL, Aécio não quis comentar sobre a sua relação com Moraes e a sabatina da terça. 

A reportagem também perguntou a Alexandre de Moraes, via assessoria de imprensa, se ele atuará com isenção em processos da Lava Jato que possam tratar do senador Aécio Neves, que atualmente não está sendo investigado nesta operação. Também questionou se o advogado contava com o apoio de Aécio para a aprovação no Senado. Essas perguntas não foram respondidas.

Para 42,7% dos brasileiros, Lula é perseguido pela mídia e pelo Judiciário


O número foi levantado pelo Instituto Paraná Pesquisas, com exclusividade, para o 247.

"É um percentual extremamente alto, que revela que até não eleitores de Lula enxergam exageros contra ele", diz Murilo Hidalgo, diretor do instituto.

O percentual é maior no Nordeste, onde 50,6% da população considera Lula alvo de perseguição; advogados do ex-presidente já foram às Nações Unidas para denunciar que Lula vem sendo alvo de "lawfare", uma estratégia de guerra que usa meios de comunicação e Poder Judiciário contra os inimigos.

Se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula seria eleito presidente, mas as oligarquias brasileiras pretendem impedi-lo com condenações em primeira instância, por parte do juiz Sergio Moro, e depois no Tribunal Regional Federal.