terça-feira, 11 de outubro de 2016

"Quem não tem dinheiro, não tem que fazer universidade", diz deputado LUCIO BERNARDO JR: Deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) tentou justificar o seu voto favorável à PEC 241, afirmando que "quem não tem dinheiro não estuda", porque o governo não deve gastar com o ensino superior; "Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar", argumenta Marquezelli; "Quem não tem (dinheiro), não faz"; assista ao vídeo; deputado é um citados no escândalo do desvio de dinheiro da merenda em São Paulo, investigado na operação Alba Branca



Deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) tentou justificar o seu voto favorável à PEC 241, afirmando que "quem não tem dinheiro não estuda", porque o governo não deve gastar com o ensino superior.
 
Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar", argumenta Marquezelli.
 
"Quem não tem (dinheiro), não faz".
 
O deputado é um citados no escândalo do desvio de dinheiro da merenda em São Paulo, investigado na operação Alba Branca.

No Paraná 170 escolas foram ocupadas contra MP do ensino médio e PEC 241



Na tarde desta terça-feira (11), pelo menos 176 escolas permaneciam ocupadas no Paraná, além de dois campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
 
O protesto se soma a uma greve dos professores do Estado.
 
Os estudantes protestam contra a reforma do ensino médio do governo de Michel Temer e contra a PEC que congela os gastos públicos por 20 anos, inclusive na educação.

Salário mínimo hoje seria de R$ 400 se PEC valesse desde 1998, diz FGV



O economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), fez uma simulação aplicando as regras da PEC 241 ao orçamento de 1998, quando começa a série histórica dos gastos do governo central, mantida pelo Tesouro Nacional; de 1998 para cá, o salário mínimo teve um crescimento real médio de 4,2% ao ano.
 
"Se o salário mínimo tivesse ficado congelado, muito provavelmente traria implicações, porque houve melhoria da distribuição de renda. Teve um custo fiscal, mas teve o benefício da distribuição", reconheceu Borges.

domingo, 9 de outubro de 2016

Rapidinhas

Lula deve exigir que a Justiça o trate como trata Azeredo

A direita não quer prender Lula por vingança, mas por medo. Se os golpistas levarem a cabo seus planos de precarização do mercado de trabalho, da saúde e da educação públicas, Lula não será apenas imbatível como candidato: será um grande eleitor de deputados e senadores de esquerda.
Dilema da esquerda: repetir o passado ou buscar novo alinhamento programático

A Nova República é marcada por ciclos de auge e decadência que se repetem; ao fim de cada período, a corrupção alimenta o desejo de mudança e agora a esquerda se vê diante dos desafios do futuro.
A direção do PT deve renunciar?

Qualquer que seja a posição que assumamos nesta polêmica, o mais importante é cobrar do grupo atualmente majoritário na direção nacional que renuncie à tentativa de impedir a realização de um congresso plenipotenciário imediato. Pois se insistirem em criar obstáculos para isto, se tornarão na prática cúmplices da destruição do PT.
Lula, Moro, mishell, Judiciário, tucanos, coxinhas, Petrobras e golpe no Brasil

O golpe bananeiro de estado não terminou. O que a direita quer não sei se ela vai conseguir. Mas os golpistas querem o Lula preso ou inelegível por ser condenado em segunda instância.
Sergio Moro tem razão

É por tudo isso que Moro tem razão quando afirma que “estamos em tempos excepcionais”. Impossível discordar. São tempos que, cada vez mais, assemelham-se ao período que medeia entre 1964 e 1985, o do culto à excepcionalidade. Pós-1964, exaltou-se o excepcional. Tempos excepcionais impunham legislação excepcional. De exceção.
Pré-Sal entregue e Lula a beira da prisão: é a fase 2 do golpe

Se o golpe não conseguir dar uma ajeitada nas contas e fazer o país retomar algum nível de crescimento e de recuperação do emprego nos próximos 12 meses, Lula poderia voltar montado num cavalo branco para o Palácio do Planalto. E para que isso não ocorra, não basta mais torná-lo inelegível. É preciso transformá-lo num bandido comum, como José Dirceu foi transformado.
PEC 241 desmonta Estado brasileiro

A PEC 241 é extremamente nociva à população brasileira. O governo ilegítimo insiste em fazer os ajustes pela redução de direitos e pela restrição dos serviços públicos prestados à sociedade. Enquanto isso, os gastos financeiros não sofrem nenhuma restrição.
Uma proposta legítima de um governo ilegítimo

Vou fazer oposição a este governo golpista de Michel Temer até o dia 31 de dezembro de 2018. Não é correto o ataque que eles fizeram à democracia. Tomaram o mandato da presidente Dilma, rasgando a Constituição, mas declaro que, pelo meu país, na próxima segunda-feira vou votar a favor da PEC 241.
A derrota da realidade, o triunfo do nada e as tarefas de nosso tempo

Se o silêncio das urnas não autoriza o projeto liberal também não lhe interpõe obstáculo significativo. Os setores que estão saqueando a Nação manterão sua pauta de retirada de direitos, desmonte do estado, liquidação do patrimônio nacional, precarização dos serviços públicos, redução do valor do trabalho e priorização do capital especulativo, até que alguma força significativa lhes interrompa o movimento.
Quem precisa de inimigos?

Com o sucesso do desmonte da Petrobrás, em andamento por decisão do seu presidente tucano Pedro Parente, o governo Temer já planeja também entregar aos Estados Unidos a base espacial de Alcântara, no Maranhão, igualmente tentada por FHC durante o seu governo.
A derrota eleitoral e o recado das urnas

As ruas desaprovaram o atual modelo de representação política. Ou ouvimos esse recado e mudemos rapidamente o sistema pelo qual escolhemos nossos representantes ou em 2018, os salvadores da pátria terão grande chance de vitória, o que só favorece à direita.
O que significam os votos nulos, brancos e abstenções nas eleições municipais de 2016?

No entanto, nenhum dos três indicadores é capaz de, sozinho, quantificar exata e conclusivamente o desapontamento com a atual política nacional. Eles nos dão pistas (as vezes contundentes, outras nem tanto) acerca da relação dos eleitores com os candidatos e com o sistema político de modo geral.
Rússia denuncia: os Estados Unidos deram o golpe no Brasil com ajuda de traidores brasileiros

Nunca é demais pensar que não há outro caminho se não o da desacomodação para o ingresso na luta, que passa pela unidade para derrubarmos o golpe, expulsarmos os traidores e vendilhões e aprofundarmos estruturalmente as mudanças aqui no Brasil e no mundo.

A verdade sobre o desemprego nos governos progressistas

Não se pode falsear uma verdade: a situação do Brasil se tornou mais difícil devido a uma inegável crise fiscal. O governo não foi capaz de realizar o ajuste fiscal, não cortou despesas para equilibrar as contas públicas, afetada pela queda na arrecadação tributária causada pela recessão

A verdade dos números

O PMDB, portanto, foi o partido que novamente, mais elegeu prefeitos e vereadores reiterando a pujança da sigla, seu conhecimento, aceitação, credibilidade, capilaridade, força e expressão nacional .

O que estamos nos tornando?

A partir do entreguismo clássico, estúpido e previsível de Temer, casado com a repugnante condução de José Serra nas relações internacionais, o Brasil não abre mão apenas do Pré-Sal, abre mão de si, do seu povo, do seu futuro e de qualquer soberania de efetivo sentido

Não temos data para comemorar

Uma das músicas mais emblemáticas da transição entre a ditadura e a democracia no Brasil, O Tempo Não Para, de Cazuza, cai como uma luva à ponte para o futuro que ninguém sabe onde vai dar.

Direita, volver!

O grande derrotado dessas eleições foi o PT do mensalão e do petrolão. E o grande vencedor, foram os tucanos do mensalão mineiro, da compra de votos para a reeleição do príncipe, da lista de Furnas, do assalto ao Banestado, da privataria, do superfaturamento da merenda, do trensalão...

A decisão que Moro esperava

A mais recente tentativa para fisgar o ex-presidente operário foi o seu indiciamento, pela Polícia Federal, sob a acusação de corrupção passiva por ser tio de um empresário que teve negócios em Angola com a Odebrecht. O seu crime: ser tio do acusado. Parece que nesta reta final da operação Lava-Jato, após o estrago produzido nas bases petistas, vale tudo para incriminar Lula de alguma coisa.

‘Mídia usou seu poder para legitimar o golpe’, diz referência mundial da análise do discurso



"No caso do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, pudemos observar o uso de números para exagerar o tamanho das manifestações contra o PT e contra a Dilma, a apresentação de suspeitas e acusações como fatos concretos, a celebração de que a 'rua' era a favor do impeachment", diz Teun van Dijk, professor universitário em Barcelona.
 
"O problema aqui no Brasil é que a mídia conservadora é dominante (propriedade de poucos grupos familiares ricos), sobretudo na televisão. Faltam jornais mais progressistas".

Para Bresser, a PEC 241 desmonta o Estado Social brasileiro

 
"A luta de classes neoliberal tem um objetivo geral: reduzir os salários diretos e indiretos dos trabalhadores. Os salários diretos através das reformas trabalhistas; os salários indiretos através da redução do tamanho do Estado ou a desmontagem do Estado Social através de reformas como a proposta a emenda constitucional PEC 241", diz o professor Luiz Carlos Bresser Pereira.
 
Ele lembra ainda que o Brasil não vive uma crise fiscal estrutural e diz que a carga tributária tem-se mantido ao redor de 33% do PIB, tendo subido de forma expressiva apenas durante o governo FHC.

Temer não é ilegítimo, é caótico

Folhapress/Elio Gaspari/09/10/16


Em agosto do ano passado, o então vice-presidente Michel Temer apresentou-se como candidato ao lugar de Dilma Rousseff dizendo que "a grande missão, a partir deste momento, é a da pacificação do país, da reunificação do país". Em maio, já pintado para a guerra, dizia que "é preciso alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos".

Na Presidência, o doutor e sua caravana de sábios decidiram torrar dinheiro da Viúva com uma campanha publicitária essencialmente política, falando bem de si e mal do governo de sua antecessora e companheira de chapa. Nessa gastança, prometeu: "Vamos tirar o Brasil do vermelho para voltar a crescer".

Ao pisar no Planalto, Temer demitiu um garçom e agora vangloriou-se de ter extinguido "4.200 cargos de confiança". Na realidade, em junho, ele prometeu cortar os cargos comissionados, mas, entre junho e julho, demitiu 5.500 servidores e contratou 7.200.

Atitudes desse tipo nada têm a ver com pacificação ou reunificação. Servem apenas para estimular o clima de gafieira que Temer herdou do petismo. A caravana do Planalto não está pacificando coisa alguma. Dedicou-se a flertar com o mercado, ameaçando a sociedade com aumento de impostos. Anunciou uma reforma da Previdência sem detalhá-la, transformando em campo de batalha o tema quase consensual da necessidade da elevação da idade mínima para a aposentadoria.

A fábrica de fantasmas do Planalto soltou a alma penada de uma reforma trabalhista, sempre em termos genéricos, e logo depois recuou. Conseguiu arrumar confusão até mesmo num serviço banal como a escolha do filme que representará o Brasil na disputa pelo Oscar.

Temer e Henrique Meirelles apresentam-se como campeões da austeridade porque patrocinam uma emenda constitucional que limitará os gastos públicos. Por enquanto, isso é pura parolagem. O que contém gastos é a decisão de não gastar. Se lei equilibrasse Orçamento, a da responsabilidade fiscal teria impedido as pedaladas petistas, e a renegociação das dívidas do Estados, ocorrida durante o tucanato, teria impedido a situação de falência em que estão hoje Estados e municípios, todos aliviados por Temer.

O governo de Michel Temer não é ilegítimo, é caótico. Inventa encrencas, deforma temas e produz fantasmas. Na hora da onça beber água, acha que seu problema é de comunicação e decide fazer uma campanha publicitária para que o povo, esse eterno bobalhão, aprenda o que é melhor para ele.

Lava Jato não quer saber de tucano

Mesmo com "todo mundo na bandeja para ser comido"
 
Fonte: Conversa Afiada, 08/10/2016



No GGN:
Lava Jato não quis saber quem do PSDB discutiu “estancar” a operação

No vídeo em que fornece detalhes sobre o chamado "acordão" para "estancar a sangria" que a Lava Jato representa para a classe política, o delator Sergio Machado mostra que tem condições de citar nomes de parlamentares do PSDB que discutiram a tentativa de obstruir a investigação com o senador Romero Jucá (PMDB). Porém, como se vê na gravação, os investigadores preferiram seguir com o interrogatório sem perguntar quem são os tucanos envolvidos no esquema para frear a Lava Jato.

A partir dos 18 minutos e 50 segundos de vídeo, a força-tarefa se mostra mais interessada em arrancar de Machado uma declaração que serviria, posteriormente, para preencher manchetes de jornais: a de que existiu um "acordão" para "estancar" a Lava Jato envolvendo políticos de várias vertentes. A conversa começa no seguinte ponto:

Lava Jato: O senhor falou em solução política [para barrar as investigações]. Discutiram alguma iniciativa para limitar a Lava Jato?

Sergio Machado: Na conversa com o senador Romero, ele falou que esteve há poucos dias com o PSDB, que estava interessado no assunto. Ele aventou as hipóteses de manter a operação no que estava ou aguardar uma constituinte, que poderia acontecer em 2018, onde seria limitado o poder do Ministério Público.

Lava Jato: Então o senador conversou com parlamentares do PSDB para costurar um acordo…

Sergio Machado: Isso estava acontecendo com vários politicos interessados no assunto. Tinha muita gente peocupada com isso em Brasília.

Lava Jato: E a solução seria o que? Estancar...

Sergio Machado: Uma das soluções seria estancar, a outra seria a constituinte.
 
Depoimento de Sérgio Machado sobre o acordão.  Acesse o link e confira:
 
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/lava-jato-nao-quer-saber-de-tucano 

Nesse momento, o delator é interrompido pelos membros da força-tarefa que pendem "um minutinho” para registrar as falas sobre estancar a Lava Jato. Um deles dita o que está indo para o papel: “Jucá confidenciou tratativas com o PSDB para limitar a Lava Jato, mas não se limitava ao PSDB." Machado concorda e tenta retomar desse ponto, mas os investigadores não perguntam dos tucanos.

Machado segue o depoimento dizendo que, depois de conversas com Jucá e os senadores Renan Calheiros e José Sarney, todos do PMDB, ele ficou sabendo que estava em discussão um plano para "limitar" os efeitos da Lava Jato.

Eles apontaram três caminhos: editar uma lei para proibir delações de pessoas presas, fazer uma constituinte em 2018 para tirar poder do Ministério Público e pressionar o Supremo Tribunal Federal a enterrar a possibilidade de que sentenças em segunda instância já sejam suficientes para determinar o cumprimento da pena em regime fechado.

Machado também disse que, desde dezembro de 2015, quando sua residência foi alvo de busca e apreensão na Lava Jato, ele se preocupava com a possibilidade de cair em uma delação e buscava políticos para discutir alternativas. Para ter uma moeda de troca, decidiu gravar conversas com esses políticos para entregar à Lava Jato, caso fosse detido.

Numa das gravações, Jucá aparece dizendo que para estancar a Lava Jato, seria necessário mudar o governo Dilma Rousseff, colocando Michel Temer em seu lugar.

Em outra, ele diz que, em Brasília, está "todo mundo na bandeja para ser comido."

Ex-tucano, Machado tentou flagrar Jucá falando de um esquema de distribuição de propina para eleger Aécio Neves (PSDB) presidente da Câmara em 2001.

O delator disse que, se o PSDB caísse na Lava Jato, "o primeiro a ser comido vai ser o Aécio", e acrescentou: "O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...". Jucá respondeu: "É, a gente viveu tudo."

Não é a primeira vez que a equipe da Lava Jato é flagrada não avançando sobre informações cedidas por delatores que envolvem o PSDB.

O GGN revelou, em setembro, que Eike Batista procurou a força-tarefa para entregar o que sabia a respeito de pagamentos da campanha do PT ao marqueteiro João Santana. Para demonstrar boa vontade, ele levou uma lista de doações oficiais e "privadas" - sugerindo pagamentos em contas estrangeiras - que ele teria feito nos últimos anos, e destacou que havia nomes do PSDB no papel. A reação da Lava Jato foi devolver o documento para os advogados de Eike.

(...) Ao solicitar a prisão de Jucá, Renan e Sarney, a Procuradoria Geral da República indicou que o acordão foi executado, em parte, quando Michel Temer assumiu a presidência e nomeou, para ministérios, Jucá e Sarney Filho, entre outros nomes indicados pelo PSDB. Os tucanos emplacaram o ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que se envolveu recentemente em polêmicas que colocam em xeque a independência da Lava Jato em Curitiba. O Supremo, contudo, rejeitou, o pedido da PGR.

Lula deve mesmo pensar em asilo político?


 

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, já garantiu que Lula, o maior líder popular da história do Brasil, será preso; a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que seus opositores não serão burros de prendê-lo.
Enquanto esse debate prossegue, dois editores de veículos progressistas passaram a defender o asilo político; "Haverá dois caminhos para Lula. Um deles será buscar o asilo político em alguma embaixada e, fora do país, ter liberdade de ação para denunciar o regime de exceção instaurado.
 O segundo caminho seria aceitar a prisão e transformar-se na reedição de Mandela", diz Luis Nassif, do jornal GGN.
"Não vale a pena para Lula esperar o japonês da federal vir algemá-lo. É hora de começar a pensar em se exilar. Não há espaço possível neste momento para uma resistência que mude essa situação", aponta Renato Rovai, da revista Fórum.
A questão é: qual seria o impacto de uma decisão tão radical?