domingo, 17 de julho de 2016

Celular de Azevedo mostra operação Cunha-Temer

 

Conversas recuperadas pelos investigadores da Operação Lava Jato do celular de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, mostram que houve um acordo entre o interino Michel Temer e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha com o empreiteiro, que hoje cumpre prisão domiciliar, mostra reportagem da revista Época.
 
Em uma das mensagens, em abril de 2012, Cunha fala de um encontro entre os três.
 
"O Michel (Temer) cansou de te esperar e foi embora. Fiquei só eu"; e no fim do mês, Azevedo e Cunha marcaram um encontro com o vice-presidente.
 
"Você pode sair e ir ao Jaburu me encontrar e ao Michel, se quiser", envia Cunha para Azevedo, que acabou remarcando a reunião para o gabinete de Temer.
 
"Chego às 14h, ok?", confirma o executivo.

Duas derrotas na eleição de Rodrigo Maia

 

"Além de instalar um inimigo dos direitos dos trabalhadores e da população pobre na presidência da Câmara, a escolha de Rodrigo Maia para presidência da Câmara revelou uma insuspeitada boa vontade dos principais integrantes da resistência democrática no Congresso para negociar seu futuro com o governo Temer, cuja prioridade absoluta consiste em dividir e derrotar forças que resistem à ruptura institucional de abril-maio", escreve o colunista do 247 Paulo Moreira Leite.
 
Para ele, apoio de uma parcela de petistas e do PCdoB ao candidato do DEM "não tem precedentes nem mesmo na luta contra o regime militar".

sábado, 16 de julho de 2016

Ministro da Saúde, de Temer, diz que pacientes “imaginam” doenças





Interino Ricardo Barros criticou o que chamou de "cultura do brasileiro" de buscar exame e medicamentos na rede básica, o que estaria levando a gastos desnecessários no SUS.
 
A maioria, segundo ele, apenas "imagina" estar doente, mas na verdade não está. "A maioria das pessoas chega ao posto de saúde ou ao atendimento primário com efeitos psicossomáticos", disse nesta sexta-feira, em um evento da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo.

Erdogan diz ter retomado poder; tentativa de golpe deixa mais de 250 mortos

 

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirma ter retomado o poder depois da tentativa de golpe militar na noite desta sexta-feira 15; 265 pessoas morreram, entre elas 104 militares, e 1.440 estão feridas.
 
Segundo o primeiro-ministro, Binali Yildirim, 20 militares que lideraram o golpe foram assassinados e 2.839 soldados foram presos pelas forças leais ao governo por participação no ato.
 
Ao chegar a Istambul, Erdogan discursou para um multidão que foi às ruas contra o golpe militar; ele disse que os golpistas pagarão caro por sua "traição", anunciou que "o Exército será limpo" e avisou: "Há um governo eleito aqui".

Gabrielli: mudança no pré-sal e privatização são crimes de lesa-pátria

Em entrevista à TVT, o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli classifica a retirada da exclusividade da estatal na operação de exploração do pré-sal como "crime de lesa-pátria", com a ampliação da participação das empresas estrangeiras, previsto no Projeto de Lei 4.567, de autoria do senador licenciado José Serra (PSDB), que atualmente tramita na Câmara dos Deputados

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Povo na rua derruba o golpe... na Turquia



"Nessa noite, na Turquia, pudemos ver que o povo na rua derrubou um golpe de estado", diz o colunista Alex Solnik.
"Quando o presidente Erdogan convocou o povo para ir às ruas soou como um convite ao suicídio, pois os golpistas de parte do exército turco ocuparam o aeroporto da capital, invadiram a televisão estatal, bloquearam pontes, sobrevoavam a cidade com helicópteros e cercaram o Parlamento com tanques. E estavam, evidentemente, armados", afirma.
No entanto, em poucas horas, o golpe foi vencido e golpistas foram detidos por civis, como na foto acima.
Solnik lamenta que "o golpe do PMDB, com Temer à frente, que não tem apoio militar, não usa tanques, nem helicópteros, prossegue dentro do Congresso Nacional sem que um movimento popular o abafe".

Empoderando PSDB e DEM, Temer rifa Centrão e PMDB



"Na disputa pela presidência da Câmara, o Planalto não apenas desidratou a candidatura do peemedebista Marcelo de Castro, que tinha o apoio do PT, como limou todos os candidatos do chamado Centrão, a começar de Rogério Rosso, do PSD, o candidato de Eduardo Cunha. Pois Cunha também será descartado juntamente com as buchas de canhão que serviram ao golpe mas que agora serão apenas massa de manobra".
 
A afirmação é da colunista do 247, Tereza Cruvinel. Ela pontua que o PMDB "está ressentido", mas frisa que é o centrão, formado por partidos como PP, PR, PT, PRB e assemelhados, que sentiu mais fortemente o golpe.
 
"Nesta geleia geral, o baixo clero voltará para seu lugar e o PMDB continuará sendo coadjuvante de um governo que será efetivamente conduzido pelo grupo palaciano, pelo DEM e pelo PSDB. Este é o sentido mais perverso do golpe. Os que perderam a eleição presidencial chegaram ao governo sem voto e vão governar sem voto", complementou.

“Ó, não tem pedalada não”, diz Dilma, lembrando decisão do MP


 

Presidente comentou a decisão do Ministério Público Federal, que a inocentou na questão das "pedaladas fiscais", durante discurso em Teresina, no Piauí, onde participou de Ato em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais.
 
"Passaram dois anos que tinha pedaladas, aí chega o Ministério Público e diz que 'ó, não tem pedalada não'. Tirando a pedalada que eu ando, não tem pedalada", disse Dilma Rousseff.
 
Ela lembrou em seguida que "gravações" também comprovaram que sua retirada do poder foi um golpe parlamentar.
 
Dilma criticou as medidas do governo interino no campo social e alertou: "Se eu não voltar, essas medidas graves se tornarão permanentes".
 
A presidente anunciou que lutará "em todas as frentes" contra o impeachment; "Temos que honrar essa democracia".

Dilma: meios de comunicação deram o golpe

  Em entrevista ao jornalista Michel do Rosário, do blog O Cafezinho, a presidente eleita Dilma Rousseff reafirmou que os grandes veículos de comunicação de massa foram decisivos para o golpe contra seu mandato em curso no Senado.
 
"Eu vou falar das grandes empresas. Dos grandes conglomerados de mídia, que tem uma orientação única. Eu acredito que, sem sombra de dúvida, houve por parte desse segmento uma participação protagonística, ou seja, não agiram a reboque de ninguém, foram sujeitos atuantes na estruturação e na organização no processo do meu afastamento. Não tenho dúvida de que participaram da articulação desse golpe", afirmou.
 
Dilma acredita que a partir do golpe, os brasileiros adquiriram "massa critica" para discutir o papel da mídia no Brasil.
 
"Pra discutir as distorções desse papel". A presidente voltou a defender realização de um plebiscito sobre novas eleições e a investida sobre o petróleo brasileiro.

Líderes mundiais hesitam em comparecer à Rio 2016

 

O motivo, segundo reportagem da agência internacional Associated Press, reproduzida pelo Washington Post, é que muitos não querem participar de uma cerimônia promovida por um governo ilegítimo; muitos também pretendem evitar a saia justa diplomática que haverá na festa de abertura dos Jogos, com mais de uma liderança representando o Brasil.
 
Afastada temporariamente por um processo de impeachment, Dilma pode voltar ao poder dias depois do fim do evento.
 
O Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, se recusou a informar números e o porta-voz da comissão organizadora da Rio 2016, Mario Andrada, disse não saber quantos líderes iriam participar.
 
Nessa semana, a foto de um encontro entre Temer e atletas olímpicos, que sorriram amarelo, mostra que o clima que antecede os Jogos Olímpicos não é dos melhores.