sexta-feira, 15 de julho de 2016

Empoderando PSDB e DEM, Temer rifa Centrão e PMDB



"Na disputa pela presidência da Câmara, o Planalto não apenas desidratou a candidatura do peemedebista Marcelo de Castro, que tinha o apoio do PT, como limou todos os candidatos do chamado Centrão, a começar de Rogério Rosso, do PSD, o candidato de Eduardo Cunha. Pois Cunha também será descartado juntamente com as buchas de canhão que serviram ao golpe mas que agora serão apenas massa de manobra".
 
A afirmação é da colunista do 247, Tereza Cruvinel. Ela pontua que o PMDB "está ressentido", mas frisa que é o centrão, formado por partidos como PP, PR, PT, PRB e assemelhados, que sentiu mais fortemente o golpe.
 
"Nesta geleia geral, o baixo clero voltará para seu lugar e o PMDB continuará sendo coadjuvante de um governo que será efetivamente conduzido pelo grupo palaciano, pelo DEM e pelo PSDB. Este é o sentido mais perverso do golpe. Os que perderam a eleição presidencial chegaram ao governo sem voto e vão governar sem voto", complementou.

“Ó, não tem pedalada não”, diz Dilma, lembrando decisão do MP


 

Presidente comentou a decisão do Ministério Público Federal, que a inocentou na questão das "pedaladas fiscais", durante discurso em Teresina, no Piauí, onde participou de Ato em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais.
 
"Passaram dois anos que tinha pedaladas, aí chega o Ministério Público e diz que 'ó, não tem pedalada não'. Tirando a pedalada que eu ando, não tem pedalada", disse Dilma Rousseff.
 
Ela lembrou em seguida que "gravações" também comprovaram que sua retirada do poder foi um golpe parlamentar.
 
Dilma criticou as medidas do governo interino no campo social e alertou: "Se eu não voltar, essas medidas graves se tornarão permanentes".
 
A presidente anunciou que lutará "em todas as frentes" contra o impeachment; "Temos que honrar essa democracia".

Dilma: meios de comunicação deram o golpe

  Em entrevista ao jornalista Michel do Rosário, do blog O Cafezinho, a presidente eleita Dilma Rousseff reafirmou que os grandes veículos de comunicação de massa foram decisivos para o golpe contra seu mandato em curso no Senado.
 
"Eu vou falar das grandes empresas. Dos grandes conglomerados de mídia, que tem uma orientação única. Eu acredito que, sem sombra de dúvida, houve por parte desse segmento uma participação protagonística, ou seja, não agiram a reboque de ninguém, foram sujeitos atuantes na estruturação e na organização no processo do meu afastamento. Não tenho dúvida de que participaram da articulação desse golpe", afirmou.
 
Dilma acredita que a partir do golpe, os brasileiros adquiriram "massa critica" para discutir o papel da mídia no Brasil.
 
"Pra discutir as distorções desse papel". A presidente voltou a defender realização de um plebiscito sobre novas eleições e a investida sobre o petróleo brasileiro.

Líderes mundiais hesitam em comparecer à Rio 2016

 

O motivo, segundo reportagem da agência internacional Associated Press, reproduzida pelo Washington Post, é que muitos não querem participar de uma cerimônia promovida por um governo ilegítimo; muitos também pretendem evitar a saia justa diplomática que haverá na festa de abertura dos Jogos, com mais de uma liderança representando o Brasil.
 
Afastada temporariamente por um processo de impeachment, Dilma pode voltar ao poder dias depois do fim do evento.
 
O Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, se recusou a informar números e o porta-voz da comissão organizadora da Rio 2016, Mario Andrada, disse não saber quantos líderes iriam participar.
 
Nessa semana, a foto de um encontro entre Temer e atletas olímpicos, que sorriram amarelo, mostra que o clima que antecede os Jogos Olímpicos não é dos melhores.

Novo presidente da Câmara encerra CPI do Carf


O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu uma decisão nesta sexta (15) que praticamente encerra a CPI do Carf, impedindo que ouça novos empresários investigados sob suspeita de corrupção na Operação Zelotes.
 
Maia revogou uma determinação do seu antecessor, Waldir Maranhão (PP-MA), de prorrogar por 60 dias a CPI. Os integrantes da CPI protestaram contra a mudança.
 
"Rodrigo Maia já deixa sua marca de blindador das grandes empresas ao cancelar a prorrogação da CPI do Carf", afirmou Ivan Valente (PSOL).

Parecer do MP sobre ‘pedalada’ é “mais um duro golpe nos golpistas”



Ex-ministro do governo Dilma, Jaques Wagner diz que decisão do procurador Ivan Cláudio Marx, do Ministério Público Federal, que conclui que as chamadas "pedaladas fiscais" não configuram crime, "é mais um duro golpe nos golpistas, que a cada dia encontram mais dificuldades para justificar o impeachment".
 
A prática contábil é a principal base do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Congresso. Nesta quinta, o MP mandou arquivar a ação sobre o caso.
 
"Apesar de estar previsto na Constituição, o impeachment, tal como está configurado no caso de Dilma, se transformou em uma grande farsa. Uma farsa inventada para levar ao poder os que fracassaram sucessivamente nas urnas", diz Wagner.

MPF: ou todos devem ser responsabilizados, ou ninguém o deve




Jornalista Marcelo Auler destaca trechos da decisão do procurador Ivan Claudio Marx, do Ministério Público, que inocentou a presidente Dilma na questão das "pedaladas fiscais", em que ele alerta que o problema é antigo, que outros presidentes também o cometeram e que ou se responsabiliza todos, ou não ser responsabiliza nenhum.
Marx mostra ainda que o Tribunal de Contas da União não cumpriu totalmente seu papel, por não ter questionado a prática entre 2000 e 2015.

Requião: MPF não vê crime em pedaladas. “Fim do impeachment”



Senador Roberto Requião (PMDB) repercutiu nesta sexta-feira, 15, o parecer do Ministério Público Federal (MPF) que atesta que a presidente eleita Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade no caso das "pedaladas fiscais".
 
"Ministério Público não vê crime de responsabilidade nas supostas pedaladas de Dilma Rousseff. Fim do impeachment", disse Requião pelo Twitter.
 
O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, pediu arquivamento dos inquéritos sobre "pedaladas" no Plano Safra e no BNDES.

MEC discute “revisão completa” do Fies

Em coletiva de imprensa, o ministro interino da Educação, Mendonça Filho, defendeu a Medida Provisória publicada nesta manhã, pela qual instituições de ensino superior privado serão agora obrigadas a bancar a remuneração dos agentes financeiros na concessão de empréstimos no programa. A investida, segundo ele, irá gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões.
 
BRASÍLIA (Reuters) - O governo buscará ampliar a oferta de vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2017, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Educação, Mendonça Filho, acrescentando que a formatação do programa está sendo discutida junto a bancos e instituições privadas para garantir sua sustentabilidade no médio e longo prazo.

Nesse sentido, o MEC considera a hipótese de participação de bancos privados no incremento do financiamento, que o ministro chamou de "Fies Turbo". "O que nós pretendemos é que em 2017 possamos ampliar o número de vagas a mais do que as ofertadas para 2016. 220 mil (novas vagas) será o piso, teremos mais vagas em 2017", disse ele, acrescentando que as discussões com as empresas sobre o tema levarão de seis a oito meses.

Em coletiva de imprensa, o ministro defendeu ainda a Medida Provisória publicada nesta manhã, pela qual instituições de ensino superior privado serão agora obrigadas a bancar a remuneração dos agentes financeiros na concessão de empréstimos no programa. Segundo Mendonça Filho, a investida poupará cerca de 400 milhões de reais para o Tesouro em 2016.

"Essa medida era a garantia da preservação do Fies. Se não a tomássemos, isso significaria a inviabilização das 75 mil novas vagas para esse segundo semestre de 2016 e a impossibilidade de renovação de contratos antigos no total de 1,5 milhão", afirmou.

O ministro disse que o presidente interino Michel Temer decidiu recompor o orçamento da pasta em 4,7 bilhões de reais, depois do contingenciamento de 6,4 bilhões de reais que havia sido determinado pela presidente afastada Dilma Rousseff.

No entanto, apenas esses recursos não seriam suficientes para garantir o Fies, razão pela qual Temer já havia encaminhado ao Congresso proposta de suplementação orçamentária para o MEC de mais 700 milhões de reais. Como o Legislativo ainda não analisou a matéria, a pasta se reuniu com os ministérios da Fazenda e Planejamento em busca de solução, viabilizada pela edição da MP.

O ministro afirmou que as 75 mil novas vagas terão custo total de 468 milhões de reais, sendo quase totalmente coberto pelo novo mecanismo de custeio das taxas bancárias, agora pelas instituições privadas de ensino.

Mendonça Filho afirmou que as empresas se comprometeram a não repassar esse custo aos estudantes.

Após as ações das instituições terem reagido negativamente à MP nesta manhã, elas passaram a operar no azul durante a coletiva do ministro.

(Por Marcela Ayres)

Luciana Genro lidera disputa em Porto Alegre

 

A ex-deputada federal Luciana Genro (PSOL) lidera a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, com 20,8% das intenções de voto em um dos cenários; em seguida vêm Raul Pont (PT), com 14,5%; Sebastião Melo (PMDB), com 13,7%; e Vieira da Cunha (PDT), com 11%; os dados são do Instituto Methodus.