quinta-feira, 30 de junho de 2016


Em depoimento à Comissão do Impeachment, técnicos do Banco Central rebateram argumentos da acusação de que a presidente Dilma Rousseff teria promovido maquiagem das contas públicas em 2015 para apresentar uma situação melhor do que a real.

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que Dilma jamais interferiu na sistemática de estatísticas do banco para ocultar ou distorcer dívidas do governo.

Já o procurador do BC Marcel Mascarenhas dos Santos disse que as estatísticas produzidas pela entidade são produzidas por técnicos, sem nenhum tipo de interferência política, nem mesmo do presidente da República.

Expansão fiscal de Temer já incomoda mídia aliada


Veículos de comunicação que embalaram o impeachment como um processo para estancar o rombo fiscal que teria sido criado pela administração da presidente Dilma Rousseff já começam a se dar conta de que foram ludibriados; manchete do Estado de S. Paulo informa que o "pacote de bondades" de Michel Temer soma R$ 125 bilhões.

Globo condena aumentos para o Judiciário e para o Bolsa Família "apesar da crise". Como Temer não pode aplicar sua "ponte para o futuro" enquanto é interino, ele gasta para agradar aliados e consolidar o impeachment no Senado – um processo que deixará uma conta de mais de R$ 100 bilhões.

Depois disso é que virão remédios amargos como a volta da CPMF e uma proposta de aposentadoria aos 70 anos para novas gerações (acima da expectativa de vida em vários estados do País).

Dilma abre o jogo e diz que Lula será candidato a Presidência da República


Pela primeira vez, a presidente eleita Dilma Rousseff revela, em uma entrevista exclusiva à revista francesa L´Express, que o ex-presidente Lula não terá outra opção senão a de se candidatar à presidência da República.

"Esta é, certamente, a razão principal deste golpe de Estado: impedir Lula de disputar a eleição presidencial. Hoje, nas pesquisas – e apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem – Lula continua a ser a pessoa mais querida. Eu posso dizer a você que ele vai disputar a próxima eleição", afirmou.

Dilma abre o jogo e diz que Lula será candidato a Presidência da República


Pela primeira vez, a presidente eleita Dilma Rousseff revela, em uma entrevista exclusiva à revista francesa L´Express, que o ex-presidente Lula não terá outra opção senão a de se candidatar à presidência da República.

"Esta é, certamente, a razão principal deste golpe de Estado: impedir Lula de disputar a eleição presidencial. Hoje, nas pesquisas – e apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem – Lula continua a ser a pessoa mais querida. Eu posso dizer a você que ele vai disputar a próxima eleição", afirmou.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Escárnio: Nardes agora diz que pedaladas não importam mais


Quase nove meses após apontar que as 'pedaladas fiscais' "distorceram a realidade fiscal" e que a responsabilidade da presidente eleita Dilma Rousseff sobre elas seria "direta", o ministro Augusto Nardes, relator das contas de 2015 de Dilma no TCU, diz agora que as pedaladas "não são tão importantes".

"O mais importante é a abertura de crédito", disse Nardes nesta quarta-feira, 29, dois dias depois de perícia do Senado isentar a presidente de responsabilidade nos atrasos em repasses aos bancos públicos.

Dilma abre campanha para viajar e denunciar o golpe


Campanha virtual "Jornada pela Democracia - Todos por Dilma" foi iniciada nesta quarta-feira, 29, por duas amigas da presidente.

A meta é arrecadar R$ 500 mil para financiar viagens pelo Brasil para denunciar o golpe contra o seu mandato e contra a democracia pelo País.

A primeira doação foi de R$ 10; em seis horas, valor arrecadado já havia ultrapassado R$ 93 mil.

Depois de Gaspari, não há mais como defender o golpe


Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirmou que após o colunista Elio Gaspari, dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, admitir que o processo de impeachment é um golpe, "é porque não há mais como defender qualquer outra coisa"; para ele, "em termos de mídia, depois da confissão de Elio Gaspari, o próximo passo seria um editorial da Folha nos mesmos termos. Mas aí já seria esperar demais da família Frias"

Dilma pergunta: !Impedido de ir à Câmara pode ir ao Jaburu no domingo à noite?"


Com ironia, a presidente eleita Dilma Rousseff voltou a questionar nesta quarta-feira 29, em entrevista à rádio Panorâmica, da Paraíba, o encontro ocorrido no último domingo, na residência oficial da vice-presidência, entre o interino Michel Temer e o deputado afastado Eduardo Cunha.

"Fica visível que o vice-presidente é capturado pelo Cunha, que tem duas denúncias do STF, acusações de lavagem de dinheiro, contas no exterior...", destacou Dilma, lembrando que o Supremo "proibiu este senhor de ir à Câmara dos Deputados".

Ela revelou ainda uma "desilusão" com "alguns ex-ministros", que votaram a favor do impeachment, a quem chamou de traidores; e reafirmou que a perícia do Senado comprova que "não há crime" cometido por ela e que, portanto, o que acontece é um golpe.

Por que o Ministério Público rejeita a delação de Eduardo Cunha


Membros do Ministério Público, comandado por Rodrigo Janot, mandaram recado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo: o de que são grandes as chances de uma delação premiada de Eduardo Cunha não ser aceita; um dos motivos é que o deputado afastado pode ser um troféu dos procuradores, e com a delação, ele poderia se livrar da prisão.

O outro é de que, a essa altura, Cunha teria capacidade reduzida de entregar peixes grandes. "De que adianta ele delatar 80 deputados do baixo claro?", teriam questionado.

O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, pergunta: "Estranha lógica a dos 'fiscais da lei': 'só' oitenta cidadãos que têm o direito de decidir, com seu voto, como serão as leis do país, os direitos do povo e o destino dos dinheiros públicos? Ou será que suas excelências se preocupam que Cunha, delatando, fale dos peixes grandes com os quais conversava como chefe do cardume?"

Boulos: onde está o “rombo” da Previdência?


Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, diz que o governo intensifica a "mistificação" da opinião pública, de que o ataque às aposentadorias é uma preocupação com o futuro e que, sem ele, o país caminharia à bancarrota.

"Meirelles e sua turma têm um lado bem definido nesta disputa. Com os argumentos falaciosos do 'rombo' e das 'distorções', querem na verdade retirar direitos adquiridos, penalizando os setores mais vulneráveis", diz.

"Aliás, não os vemos questionar o pagamento de pensões vitalícias a familiares de militares nem o acúmulo de benefícios pelos ministros do Superior Tribunal Militar".