quinta-feira, 17 de março de 2016

Juiz deu liminar contra posse de Lula em 28 segundos

Então, a liminar foi pronta, junto com o pedido?

Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, mostra que o juiz Itagiba Catta Pretta Neto, que deu a liminar suspendendo a posse de Lula na Casa Civil do Governo Dilma, gastou exatos 28 segundos desde que recebeu os autos conclusos para decidir.

"Um deferimento de liminar com esta repercussão e sobre um assunto absolutamente subjetivo – o de conter eventual desvio de finalidade no ato presidencial – em menos de um minuto?", questiona.

Flávio diz que Lava Jato não pode virar um vale-tudo



Governador do Maranhão se manifesta "em apoio a todas as investigações e em combate à corrupção", mas afirma que "isso não pode se transformar num vale-tudo".

"É preciso observar o que a Constituição e as leis determinam e neste caso concreto, infelizmente, da interceptação telefônica [de Lula e Dilma], houve várias violações legais", disse Flávio Dino (PCdoB), que é advogado e ex-juiz federal.

Ele ressalta que "não era possível o vazamento de áudios" pelo juiz Sérgio Moro e que a gravação não tinha mais autorização da Justiça.

"Obviamente, se não havia ordem judicial vigente, a prova é ilícita, é claro que houve uma ilegalidade", afirmou.

O governador apontou ainda "ao bom senso e ao diálogo".

"Faço um apelo ao respeito às regras do jogo democrático", declarou, reafirmando que não há motivos jurídicos para a interrupção do mandato da presidente Dilma.

Que atitude o Supremo vai tomar contra o juiz que quer provocar uma convulsão social?

Em sua fala, hoje no STF, o presidente da instituição, Ricardo Lewandowski, disse que o Supremo não faltará à sociedade brasileira. "Os constituintes de 1988 atribuíram a esta Suprema Corte a elevada missão de manter a supremacia da Constituição Federal e a manutenção do Estado Democrático de Direito. Eu tenho certeza de que os juízes dessa Casa não faltarão aos cidadãos brasileiros com o cumprimento desse elevado múnus." 

Aproveitando a deixa, ministro, que atitude o Supremo vai tomar contra o juiz que quer provocar uma convulsão social?

Ministro da Justiça diz que vai apurar grampos, 'doa a quem doer'

Em Brasília17/03/201614h41

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, empossado nesta quinta

O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, sugeriu nesta quinta-feira (17), após assumir o cargo, que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, pode ter cometido crime ao tornar públicos os áudios entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, que é subprocurador-geral da República, Moro deveria ter "fechado os autos e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal" ao encontrar o áudio da presidente, que possui foro privilegiado em razão da sua função.

Na visão do ministro, existem "várias circunstâncias" que sugerem que a interceptação telefônica foi ilegal e prometeu "ir atrás" dessa apuração e "tirar as consequências disso, doa a quem doer".

"Se houve conversa da presidente que merecesse atenção jurisdicional, não caberia ao juiz de primeira instância nem sequer aquilatar o valor daquela prova e muito menos dar-lhe publicidade. Como se trata de uma eventual prova obtida em encontro fortuito, sua excelência, o meritíssimo juiz, deveria ter fechado os autos e encaminhado ao STF. Não o fez. E mais, ainda declarou de público que achava importante que a população soubesse", disse Aragão a jornalistas.

Ontem, Moro levantou o sigilo sobre os autos da investigação sobre o ex-presidente Lula e tornou públicos áudios interceptados por investigadores. Em uma das conversas, a presidente Dilma conversa com Lula sobre o termo de posse como ministro da Casa Civil. No diálogo, de ontem, a presidente afirma que iria enviar para Lula o termo de posse para ser usado em "caso de necessidade". Para investigadores, a conversa demonstra tentativa de evitar a prisão do ex-presidente conferindo ao petista foro privilegiado.


O novo ministro da Justiça disse que a publicação do áudio envolvendo a presidente "cheira muitas vezes ao artigo 10 da lei de interceptações, que qualifica como crime quando se torna público uma gravação que diz respeito a investigações autorizadas dentro do marco legal e constitucional".

Ele saiu em defesa, no entanto, da legalidade do diálogo entre Dilma e Lula. Segundo ele, em razão do estado de saúde da esposa do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, a presidente Dilma encaminhou o termo de posse para assinatura do petista. Assim, segundo ele, o Planalto poderia realizar a cerimônia de posse ainda que Lula estivesse ausente. "Não podemos neste momento de crise ter o cargo de chefe da Casa Civil vago. Então foi estabelecido: assine o termo que, chegando, a gente faz a posse com a presidente assinando o termo na cerimônia e o presidente Lula faz a transferência de cargo na terça-feira. Então está tudo muito claro que não houve ali nenhuma intenção de absolutamente nada", disse Aragão.

Segundo ele, a presença de Lula é "fundamental" no governo neste momento para "construir pontes e chegar a algum tipo de consenso nacional". "O presidente Lula é uma pessoa chave nisso", disse Aragão. Citado nas escutas por Lula como "nosso amigo", Aragão disse que as menções a seu nome não o afetam e que o ex-presidente fez observações na esfera privada. "Isso pra mim é uma prova cabal de que minha atuação foi sempre pautada pelo absoluto republicanismo", completou o novo ministro.

Vazamentos

Responsável agora também pela Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça, Aragão afirmou que irá investigar vazamentos seletivos das investigações. "Quero tomar pé e saber em que medida essa seletividade está sendo operada. Não vamos admitir de jeito nenhum falta de profissionalismo. Investigações devem ser feitas com maior respeito à presunção de inocência", disse o ministro.

Juiz que suspendeu posse de Lula foi a ato anti-Dilma, mas nega conflito

UOL, 17/03/2016
Reprodução/Facebook/Itagiba
Catta Preta Neto
O juiz Itagiba Catta Preta Neto, que suspendeu a posse de Lula, postou foto durante protesto que pedia o impeachment de Dilma

O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto,que concedeu a liminar que suspende a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, afirmou que participou de protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Ele disse, no entanto, que não vê "conflito". O juiz concedeu entrevista na tarde desta quinta-feira (17) à rádio BandNews FM.

"Participei sim", respondeu o magistrado ao ser questionado se teria ido a algum ato anti-Dilma. Ele declarou que foi motivado pela "indignação contra a corrupção".

Questionado sobre se poderia haver conflito de interesses, ele foi direto: "não há conflito". "Qualquer juiz, qualquer ser humano sempre vai ter uma influência, vai agir de acordo com suas convicções políticas, religiosas, familiares. Quem julga não é uma máquina, é um ser humano", declarou.

"O juiz não é surdo nem cego ao que está acontecendo em todo o país. Mas o que levou à decisão é o que está no processo", esclareceu o juiz. Neto entendeu que há indícios de crime de responsabilidade na nomeação de Lula porque ela teria o objetivo de garantir foro privilegiado ao ex-presidente que é investigado pela Operação Lava Jato e pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Juiz do Distrito Federal suspende posse de Lula


Decisão da Justiça Federal de Brasília determina a suspensão da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.

A alegação do juiz Itagiba Catta Preta Neto é de que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade.

A decisão do juiz cabe recurso.

Moro grampeou até os telefones dos advogados de Lula

Ele pode tudo!

Além de interceptar e vazar as comunicações entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado Roberto Teixeira, o que é proibido por lei, o juiz Sergio Moro também grampeou os telefones centrais do escritório Teixeira, Martins e Advogados.

Para isso, o número foi incluído no despacho de forma sorrateira como se pertencesse à LILS, empresa de palestras de Lula.

Em nota, os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Martins bateram duro em Moro: "Isso significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Púbico foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-Presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantida pelo artigo 7º, inciso II, do Estatuto do Advogado (Lei nº 8.906/1994)".

Moro, Fernando Henrique e Gilmar Mendes não querem apenas um golpe, mas uma guerra civil

Na tarde de quarta, 16, houve um quiproquó em frente ao Palácio do Planalto, em que deputados, seus assessores, movimentos de extrema direita e penetras como Fernando Gabeira bateram panela e gritaram “Fora Lula” e outros slogans da Avenida Paulista.

A confusão cresceu e, até o momento em que escrevo este texto, há oito mil pessoas em torno de um grito de Ocupa Brasília.

Fernando Henrique Cardoso, Gilmar Mendes e Sergio Moro não estavam presentes pessoalmente, mas em espírito — e um espírito público que se apequena mais e mais, em busca de atirar o Brasil no caos.

Moro vazou para o G1 e a GloboNews o conteúdo de grampos de conversas entre Lula, Dilma e ministros do STF. Justamente no dia em que o ex-presidente assumia a Casa Civil. As gravações trazem um diálogo sobre o convite. No trecho que está sendo usado como prova de obstrução de Justiça, Dilma fala que está mandando o termo de posse.

— Use em caso de necessidade, tá?

Moro encaminhou o despacho para o STF. No próprio documento, ressalta que “não há nenhum indício nas conversas, ou fora delas”, de que as pessoas citadas tentaram, de fato, agir “de forma inapropriada”.

Então por que vazou?

Para se vingar. Porque foi contrariado. Para incendiar um país.

Ele está em boa companhia. Citado na delação de Delcídio, que mencionou os esquemas na Petrobras quando presidiu a empresa, entre 1999 e 2001, FHC tirou os punhos de renda e declarou para uma plateia de corretores de seguros que “conhecimento é fundamental. Você não pode dirigir esse país sendo analfabeto. Não dá”.

Lula no ministério é escandaloso e “um erro do ponto de vista da organização do governo”. A sociedade precisa “reagir energicamente” ao fato de “uma pessoa ser ministro no momento em que pode se tornar réu em um processo”. No governo dele, “no tempo de Jesus Cristo, houve alguém que fez alguma coisa errada. Sempre ocorreu.”

A catilinária de FHC perdeu em baixo nível apenas para a de Gilmar Mendes, que insiste em confundir as funções de juiz com as de político em campanha.

Na sessão que derrubou os recursos de Eduardo Cunha para o rito do impeachment, Gilmar, sempre estrebuchando, enfurecido, o lábio pendente, lembrou que “o quadro se agrava”.

Lula assume o posto, segundo ele, “na condição de ser um supertutor da presidente da República. É preciso muita desfaçatez para obrar desta forma das instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie.”

A conversa de civilização contra barbárie foi usada por muita gente boa, como Hitler, que queria uma “raça pura, única, civilizada”.

Ambos têm uma ficha corrida de dar gosto. A de FHC, particularmente, ganhou contornos mais coloridos e inescapáveis desde a delação contrariada de sua ex-namorada, a jornalista Mirian Dutra. De onde veio isso, tem mais.

A inversão moral é uma ferramenta perigosa. Lula é acusado por essa gente que espuma de ser incitador do “ódio de classes”. Ora, acusar alguém de analfabeto é o quê? O que vem depois? Nordestino safado?

É um caso de estudo. A demagogia não incentiva apenas revoltados on line que escrevem em caixa alta, mas provoca uma reação instintiva que foge a qualquer controle. Ela cria um ciclo de raiva, medo, ódio e violência que empurra moderados para o extremo.

É o que eles querem? Sim. O golpe está nas ruas.

Fonte: DCM,16/03/2016

As mentiras de Aécio Neves em sua defesa no escândalo de Furnas

Ao se defender da delação do senador Delcídio do Amaral, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, repete os mesmos argumentos utilizados dez anos atrás, quando a Lista de Furnas se tornou pública. O objetivo é desqualificar a denúncia e quem fez a denúncia.

Suas declarações não se sustentam nos fatos.

O que diz Aécio: “A Lista de Furnas já teve seu autor condenado por mais de 7 anos.”

Fato: O autor da lista é Dimas Toledo, então diretor de Engenharia, Construção e Planejamento de Furnas, conforme atestou perícia da Polícia Federal. Ele nunca foi condenado.

Aécio Neves deveria estar se referindo a Nílton Monteiro, lobista e delator do esquema de Furnas.

Nílton Monteiro não é autor da lista, mas diz ter recebido de Dimas Toledo quatro listas assinadas por eles, idênticas, com o nome de 156 políticos da base de sustentação de Fernando Henrique Cardoso, que na campanha de 2002 receberam dinheiro desviado de Furnas por 91 empresas prestadoras de serviços ou fornecedora de equipamentos.

Lobista e operador assumido de esquemas de corrupção, Nílton tinha como missão entregar os originais a políticos que encabeçavam a lista, como forma de pressioná-los para que negociassem com o presidente Lula a manutenção de Dimas na Diretoria de Furnas.

Nílton guardou um dos originais, e depois que estourou o escândalo do Mensalão de Brasília, em 2005, entregou o original à Polícia Federal. A lista foi periciada e, em 2006, sua autenticidade comprovada.

Por que, então, Aécio mencionou a condenação de sete anos?

Nílton Monteiro foi condenado em primeira instância num processo que não tem ligação direta com a Lista de Furnas. A origem do processo é uma nota promissória, no valor de 3 milhões de reais, com assinatura de advogado Felipe Amodeo reconhecida em cartório. Quando o advogado morreu, Nílton se habilitou no inventário para receber a nota, a família não concordou e apresentou queixa contra Nílton. Nílton diz que a perícia, realizada pelo Instituto de Criminalística de Minas Gerais, é falsa.

Seu advogado acredita que a condenação deva cair na segunda instância, pois todas as denúncias de Nílton, desde o esquema da Samarco no Espírito Santo, no ano 2000, são contestadas a princípio, e confirmadas depois. Nílton sustenta que o advogado Amodeo e Dimas tinham negócios, e Nílton ficou com a nota, como credor por serviços que ele só revelaria no caso de uma delação premiada no Ministério Público Federal. “Se federalizarem a investigação, eu conto tudo”, diz.

O que diz Aécio: “(Nílton) cumpriu pena em Minas Gerais. É ainda investigado e processado por inúmeros outros crimes.”

Fato: Nílton Monteiro nunca cumpriu pena, já que não há condenação definitiva contra ele. Ele ficou na cadeia por dois anos, em prisão preventiva, decretada na maior parte do tempo quando Aécio estava em campanha para presidente da República.

“Eles queriam destruir minha reputação, para abafar a Lista de Furnas, e com o poder que tinham em Minas Gerais conseguiram fazer com que maus policiais, maus promotores e maus juízes e desembargadores me colocassem na cadeia. Foi uma prisão política. Queriam passar a imagem de que eu era bandido, e confundir as pessoas”, afirma Nílton.

O que diz Aécio: “E esta Lista de Furnas na verdade não é uma, são inúmeras listas de furnas. Para todos os gostos”.

Fato: Existe uma só Lista de Furnas, cujo original foi periciado pela Polícia Federal e serviu de base para a denúncia que a procuradora da república Andréia Bayão apresentou no Rio de Janeiro em 2012, depois de inquérito da Polícia Federal que durou seis anos. Foram onze as pessoas denunciadas por ela, por crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, todas sem foro privilegiado, entre elas Dimas Toledo, o ex-deputado Roberto Jéfferson e o próprio Nílton Monteiro.

Aécio e mais de uma centena de políticos só não entraram na denúncia porque têm foro privilegiado e a investigação contra eles está parada na Procuradoria Geral da República, em Brasília.

O que diz Aécio: “(A lista) foi constituída para chantagear determinados agentes políticos, inclusive do PT.

Fato: Neste esquema, o PT está fora. Todos os políticos da lista eram da base de Fernando Henrique Cardoso, inclusive Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro. O objetivo da lista era mesmo chantagem, mas de políticos como Aécio Neves, para que negociassem com Lula a permanência de Dimas em Furnas. Por três anos, deu certo, e há vários testemunhos, entre eles o de Roberto Jéfferson e agora o de Delcídio do Amaral, de que Aécio pediu a Lula que mantivesse Dimas em Furnas.

No passado, a versão de Aécio prevaleceu sobre os fatos. E agora?

Fonte: DCM, 16/03/2016

Um apelo pela racionalidade e pela paz!

Sou contra a corrupção, mas não posso e não devo colocar fogo no País por causa da luta contra esse câncer. Esse País tem lei. Portanto, sigamos os tramites legais, sem provocar animosidades, sem estimular o vandalismo, a depredação de patrimônios, sem causar derramamento de sangue. Vamos confiar na tramitação dos processos. Que os suspeitos sejam denunciados, julgados e sentenciados de acordo com a lei. Sem distinção de partido, porque os ladrões estão em todos eles. É este o meu apelo!