quarta-feira, 9 de março de 2016

Instituto Lula diz que PF alterou senha de e-mails da entidade em buscas

09/03/2016

Diego Padgurschi/Folhapress
Diretor do Instituto Lula mostra sala arrombada durante operação da Lava Jato

Em petição encaminhada nesta terça-feira (8) ao juiz Sérgio Moro, a defesa do Instituto Lula alega que a Polícia Federal alterou a senha do administrador de e-mails da entidade nas buscas realizadas na última sexta-feira (4). Diante disso, a entidade pede que a PF forneça a nova senha do correio eletrônico do instituto.

"Funcionários do Instituto Luiz Inácio Lula da Silva não mais conseguem acesso aos seus e-mails, o que vem inviabilizando as atividades corriqueiras do requerente", alega a defesa no documento encaminhado à Justiça Federal no Paraná.

Segundo a defesa, a senha para acesso aos e-mails foi fornecida aos agentes da PF no dia da operação, que tinha entre as ordens judiciais a quebra de sigilo das mensagens eletrônicas de funcionários da entidade.

Chamada de Aletheia em referência à expressão grega "busca da verdade", a 24ª fase da Lava Jato envolveu cerca de 200 policiais que cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor pela Polícia Federal -, incluindo o ex-presidente Lula, alvo principal da ação. As ordens foram cumpridas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro eBahia.

Nesta etapa da operação, os investigadores da Lava Jato apuram as suspeitas de que o ex-presidente teria recebido propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras por meio de pagamentos ao Instituto e à empresa de palestra de Lula, LILS, e também por meio de obras feitas por empreiteiras investigadas em um tríplex no Guarujá (SP) e em um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo petista.

Procurada pela reportagem na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Federal no Paraná informou que ainda não foi notificada do pedido da defesa do instituto e que ainda não irá se manifestar sobre o episódio.

Produção industrial cresce em 8 de 14 locais em janeiro, aponta IBGE

09/03/2016

Fernando Donasci/UOL

A produção industrial subiu em 8 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em janeiro de 2016, em relação ao último mês de 2015.

Na série com ajustes sazonais, o Estado de Santa Catarina teve o melhor desempenho entre as regiões, com alta de 3,7% em janeiro, seguido por Pará, com avanço de 3,3%; e Bahia, com expansão de 2,6%.

De acordo com a pesquisa, a produção industrial de São Paulo subiu 1,1% no começo deste ano, na comparação com dezembro de 2015.

Resultados negativos

Por outro lado, Pernambuco, Amazonas e Espírito Santo, todos com recuo de 2,1%, mostraram as reduções mais intensas em janeiro.

Aliás, a indústria pernambucana teve o segundo resultado negativo consecutivo e acumulou decréscimo de 17,4%; a produção do Amazonas completou o oitavo mês seguido de queda, com recuo de 23,1% nesse intervalo; e a indústria capixaba registrou 20,1% de perda desde outubro de 2015.

Entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a indústria nacional cresceu 0,4%, na série que desconta os efeitos sazonais.

A peneira do Moro

Até agora ninguém sabe explicar o que aconteceu, de fato, no aeroporto de Congonhas, na sexta-feira da vergonha, dia 4 de março.

Mas o vídeo que coloco ao final do post dá sinais do que se planejava e para quem iam os “vazamentos” da turma da “República de Sérgio Moro”.

Bolsonaro e sua turma, na manhã de sexta-feira, convocando para um “foguetaço” na Polícia Federal de Curitiba para saudar a chegada de Lula, preso.

Bem sintonizado com as intenções de propaganda e desmoralização.

Quem leu as “considerações sobre a Mani Pulite” de Moro e acompanha a trajetória desta cruzada, não há mais dúvidas sobre os reais objetivos.

“(…) uma das mais impressionantes cruzadas judiciárias contra a corrupção política e administrativa.” (Moro, 2004)

Tal devaneio se vê ao vivo e em cores, numa operação dissimulada e sem qualquer indício de escrúpulos, para eliminar todo e qualquer obstáculo que atrapalhe a mafiosa turma de voltar ao poder.

Moro apresenta uma visão fantasiosa do que seria o combate à corrupção no Brasil, com base, na operação Mãos Limpas italiana.

Na verdade, seria quase perfeita se fosse aplicada aos políticos envolvidos no roubo de merenda escolar, superfaturamento de trens, entrega do patrimônio público, aos donos de contas no exterior e às remessas ilegais para amantes. Seria bem aplicada também, aos políticos que mantém íntimas relações com o tráfico aéreo de drogas.

Moro avalia como viável um tipo de operação no Brasil, como a que combateu a máfia italiana e suas relações com o meio político, a partir da instituição da delação premiada, e, também, dos vazamentos.

Extasiado, ele menciona o sucesso desses vazamentos meticulosos à imprensa italiana. “A Mani Pulite vazava como uma peneira”.
Talvez o conceito de peneira aqui seja outro. Afinal, só determinadas informações vazam, as outras ainda devem ficar retidas, decerto, na peneira.
O processo de vazamento seletivo, como vemos (e como não vemos) foi eficientemente aplicado.

No entanto, é curioso o conceito de ‘opinião pública esclarecida’, que, para ele, é vital para o sucesso de uma operação.

É curioso imaginar alguém esclarecido desconsiderando que parte de uma nota do Instituto Lula fora suprimida. Ou ainda, que uma mansão premiada e abandonada numa praia paradisíaca não tenha dono.

Essa opinião pública esclarecida ia acabar ficando horrorizada com tanta pasta base de cocaína num só helicóptero, caso isso fosse mostrado aos quatro cantos como os pedalinhos do mais famoso sítio da imprensa brasileira.

Talvez aí possa existir uma chave que ajude a desvendar os mistérios da sexta-feira da vergonha: A ideia não seria observar a reação da opinião pública não-esclarecida?
Era um teste?

Uma bravata?

Uma tentativa de enfiar Lula num jatinho e levar para Curitiba só com apoio dos esclarecidos?

A operação foi abortada?

O que deu errado?

O que frustrou a “festinha” convocada pela turma do Bolsonaro no vídeo abaixo?

Se foi um teste para avaliar a opinião pública não-esclarecida (a de quem não se convence com a inexistência de manchetes de corrupção da turma da Avenue Foch e, ao mesmo tempo, com a fixação a cada passo dado por Lula e pelos membros do PT nos últimos 36 anos) então, o tiro saiu pela culatra.

Ou a reação popular deixou dúvidas?

No “Minha Luta” de Moro há um objetivo bem claro: deslegitimar políticos e partidos ( adivinhe quais) para que sejam levados ao mais completo ostracismo.

Interessante que ele releva que o vazio, deixado na política, abriu espaço para que “Silvio Berlusconi, magnata da mídia e um dos investigados, hoje (em 2004) ocupa o cargo de primeiro-ministro da Itália.”

Para que a “cruzada” funcione, no entanto:

“Talvez a lição mais importante de todo o episódio seja a de que a ação judicial contra a corrupção só se mostra eficaz com o apoio da democracia. É esta quem define os limites e as possibilidades da ação judicial. Enquanto ela contar com o apoio da opinião pública, tem condições de avançar e apresentar bons resultados. Se isso não ocorrer, dificilmente encontrará êxito. Por certo, a opinião pública favorável também demanda que a ação judicial alcance bons resultados.” (Moro, 2004)

Opinião pública esclarecida?

O que falta a essa opinião pública esclarecida cheirosa, parece ser justamente esclarecimentos.

Eis o verdadeiro campo de combate: comunicação com a sociedade.

O plano de prender Lula poderia ter acabado em tragédia

Cem soldados da Polícia da Aeronáutica cercaram o jatinho que levaria Lula a Curitiba. A equipe da lava-jato desiste do plano A.

Jari Mauricio da Rocha

O que teria, de fato, atrapalhado os planos de levarem o ex-presidente Lula para Curitiba é umas das questões mais levantadas após a última tentativa da equipe de Moro.

Aeroporto de Congonhas, sexta-feira, 04 de março, cedo da manhã.

Soldados da polícia da aeronáutica estranham a movimentação de outros policiais armados.

Bloqueiam a entrada e não deixam eles entrarem no aeroporto. Não teriam reconhecido a farda que foi usada pela Polícia Federal, que estava fortemente armada.

Um dos soldados avisa ao coronel o que está ocorrendo.

O coronel fica furioso.

O reforço é chamado. Em poucos minutos a polícia da aeronáutica está preparada com centenas de homens para, se preciso for, confrontar os policias da PF.

A confusão é enorme, então descobre-se que o ex-presidente estava sendo conduzido. Neste momento, o coronel assume o comando do aeroporto e dá ordens para que cem homens da Polícia da Aeronáutica cerquem o jatinho que, segundo lhe informaram, levaria o ex-presidente Lula para Curitiba.

Mais tensão.

Sabe-se então que Lula está na sala da PF para interrogatório. Neste instante é aventada a decisão de invadir a sala para resgatar o ex-presidente. Há uma negociação, mas o coronel, que segundo consta é legalista, teria perguntado: “O que vocês pensam que estão fazendo com um ex-presidente?”.

Em meio a isso, o ex-deputado, professor Luisinho já estaria protestando contra a detenção de Lula e há uma baderna enorme defronte a sala da PF. Manifestantes contra Lula entram em êxtase.

Desmentidos surgem, mas o coronel do aeroporto não dá sinais de recuar. A PA permanece a postos, pronta para qualquer tentativa de condução de Lula.

A equipe da lava-jato desiste do plano A, que seria levar Lula à Curitiba – onde deputados de oposição já estariam comemorando.

Além disso, decidem reduzir o tempo do interrogatório, que era pra ser bem mais longo e, consequentemente, mais cansativo ao ex-presidente.

A Polícia da Aeronáutica, sob o comando do coronel, não arreda pé.

Diante do impasse, o juiz Sergio Moro teria dado ordens para abortar a operação.

O ex-presidente Lula é libertado.

A operação fracassou.

Quem forneceu essas informações, relatou tudo isso, exatamente desta forma.

Provavelmente quem esteve no local, naquela fatídica manhã de sexta-feira, possa ter visto parte desse impasse.

Sobre a veracidade desta versão, cabem duas questões:

De fato aconteceu desta maneira, a partir da ótica do narrador.

Ou, como disse a personagem do filme “Cortina de Fumaça”, Paul Benjamin, interpretado por William Hurt, após ouvir a história de natal de Auggie Wren (Harvey Keitel):

“Para se contar uma boa história tem-se que saber apertar as teclas certas. E nisso, você é mestre”.

Quando o narrador dessa história terminou de contar, me disse: “Podia ter acontecido uma tragédia. Foi muito tenso”.

A mim coube apenas a fidelidade do relato sem o uso de qualquer recurso literário.

Fonte:Carta Maior, 08/03/2016

O que teme o PMDB? A Lava Jato!

Dilma terá força política para não deixar o Renan ir em cana?​


O Senado segura o impítim? O problema do Renan é a Lava Jato. O problema do PMDB é a Lava Jato.

O raciocínio por trás do Renan e do PMDB, especialmente o PMDB do Senado, que recebeu do Supremo o papel de árbitro do impítim, é serem todos tragados pela Lava Jato. E a Dilma não ter força política para impedir que o PMDB seja arrastado para o buraco.

E só por isso o PMDB ainda não largou a Dilma. Porque não sabe o roteiro. Não tem certeza sobre o que acontecerá depois de largar a Dilma. 

Impítim, como, quando? Com o Cunha? Nova eleição? Com a Bláblárina? Com o Lula?

Mas, se o Moro realizar o que pretende, desde o início, que é prender o Lula?

Encontrar um regime semi-parlamentarista, como desejam os tucanos e o Ataulpho Merval, já que os tucanos adoram governar sem voto?

Mas, quando?  E até lá, se perguntam os peemedebistas?  Até lá estarão todos mortos!

O PMDB voltou à situação que se instalou no partido no ano passado, quando o Temer, abertamente, conspirou contra Dilma.

Porque o PMDB está apavorado!

Apavorou-se com a intensidade que a crise política adquiriu, depois do sequestro do Lula. O PMDB não sabe para onde ir. E, se continuar no lugar, o Moro come ele.

Tão simples quanto isso!  Ficar com a Dilma?  Mas, e se a Dilma não tiver força política para livrá-los da cadeia?

Quem mandou o Cardozo, o nefasto, deixar o Moro correr solto?  Por cinco anos e dois meses!

Agora está aí, esse juizeco de província a governar o Brasil – a acender o fósforo, como disse o MinoProvocar a explosão que resultará, pela ordem, na destruição da Petrobras, da Economia, na prisão do Lula e na derrubada da Dilma. 

Chamberlain não teria feito melhor.  Até o Koba, o Stalin subir no Reichstag e ocupar Berlim!

Em tempo: se a Globo, o Ataulpho Merval, o Gilberto Freire com “i” se safam nessa, com a queda da Dilma, estão enganados. Pergunta ao Câmara, aquele Globo de Goiânia?

Paulo Henrique Amorim, em Conversa Afiada, 09/03/2016

MST invade a Globo

O povo não é bobo

Do Jornal Opção, 08/03/2016


Manifestantes ligados ao Movimento Sem-Terra (MST) e a outras entidades sindicais invadiram a sede do Grupo Jaime Câmara, onde fica a filial da TV Globo no Estado, no Setor Serrinha, em Goiânia, no início da noite desta terça-feira, 8 de março.

Entoando gritos de guerra contra a emissora, o grupo entrou até o saguão da empresa, pichou paredes e ameaçou funcionários que deixavam o local.

Os manifestantes chegaram à sede do Grupo Jaime Câmara em ao menos dois ônibus. Os ânimos foram acalmados apenas com a chegada da polícia, por volta das 19h30.
Manifestantes invadem
E deixam recado

Dilma oferece ministério a Lula, que resiste em aceitar

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Em reunião ocorrida ontem, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff teria oferecido um Ministério ao ex-presidente Lula, que, por sua vez, estaria resistindo a aceitar.

Caso isso ocorra, Lula teria foro privilegiado e não poderia mais ser alcançado pelas investigações do juiz Sergio Moro, passando a ser investigado apenas no Supremo Tribunal Federal.

O PT teme que Lula, seu potencial candidato em 2018, seja impedido de disputar as eleições em razão de uma eventual condenação em processo aberto por Moro. Por outro lado, Lula passaria a ter espaços e mais visibilidade política.

De acordo com Renato Rovai, Lula também tratou do assunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o José Sarney, ambos do PMDB, e surgiu a hipótese de que lhe seja oferecido o ministério das Relações Exteriores.

Lula se reuniu com sanadores da base aliada


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta manhã, de um cafe da manhã na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença de senadores de vários partidos da base aliada ao governo.

No encontro, Lula deve pediu o apoio dos parlamentares para que o Congresso não fique paralisado e que medidas importantes, como as do ajuste fiscal, sejam votadas o mais rápido possível.

O café da manhã ocorre às vésperas da Convenção Nacional do PMDB, marcada para o próximo sábado (12) em Brasília.

Ontem (8) à noite, Lula reuniu-se com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

O gênio do fascismo saiu da garrafa


Em entrevista exclusiva ao 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que é um dos quadros políticos mais lúcidos do País, faz ponderações que merecem a reflexão urgente da classe política e de toda a sociedade: 

(1) "um impeachment sem base jurídica não seria um ponto final, mas o início de um longo ciclo de vinganças, retaliações e violência";

(2) “o Brasil tem hoje uma classe dominante, representada pelo capital financeiro e pelos meios de comunicação, subversiva e que decidiu atear fogo às próprias vestes”; 

(3) “a tarefa urgente até o dia 13 é evitar violência. Depois disso, Dilma terá que chamar todas as forças políticas ao diálogo e a oposição terá que reconhecer que o calendário eleitoral é 2018”.

Dino, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz federal prestado por Sergio Moro, afirma ainda que o ambiente de ódio fez com que o gênio do fascismo saísse da garrafa – “e agora não conseguem colocá-lo de volta”.

Aécio Neves é citado em mais uma delação premiada. Vai acontecer alguma coisa com ele?


Ele será conduzido coercitivamente?:


Já citado por vários delatores da Lava Jato como responsável por um esquema de propinas em Furnas e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, o líder da oposição golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), está em mais uma suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Na semana passada, quando trechos atribuídos à hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe.

Agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de impeachment se vier a ser homologada.

Dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra Aécio sem ouvir a principal testemunha.

Advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto, diz que estão sendo divulgados documentos falsos.