quarta-feira, 9 de março de 2016

MST invade a Globo

O povo não é bobo

Do Jornal Opção, 08/03/2016


Manifestantes ligados ao Movimento Sem-Terra (MST) e a outras entidades sindicais invadiram a sede do Grupo Jaime Câmara, onde fica a filial da TV Globo no Estado, no Setor Serrinha, em Goiânia, no início da noite desta terça-feira, 8 de março.

Entoando gritos de guerra contra a emissora, o grupo entrou até o saguão da empresa, pichou paredes e ameaçou funcionários que deixavam o local.

Os manifestantes chegaram à sede do Grupo Jaime Câmara em ao menos dois ônibus. Os ânimos foram acalmados apenas com a chegada da polícia, por volta das 19h30.
Manifestantes invadem
E deixam recado

Dilma oferece ministério a Lula, que resiste em aceitar

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Em reunião ocorrida ontem, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff teria oferecido um Ministério ao ex-presidente Lula, que, por sua vez, estaria resistindo a aceitar.

Caso isso ocorra, Lula teria foro privilegiado e não poderia mais ser alcançado pelas investigações do juiz Sergio Moro, passando a ser investigado apenas no Supremo Tribunal Federal.

O PT teme que Lula, seu potencial candidato em 2018, seja impedido de disputar as eleições em razão de uma eventual condenação em processo aberto por Moro. Por outro lado, Lula passaria a ter espaços e mais visibilidade política.

De acordo com Renato Rovai, Lula também tratou do assunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o José Sarney, ambos do PMDB, e surgiu a hipótese de que lhe seja oferecido o ministério das Relações Exteriores.

Lula se reuniu com sanadores da base aliada


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta manhã, de um cafe da manhã na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença de senadores de vários partidos da base aliada ao governo.

No encontro, Lula deve pediu o apoio dos parlamentares para que o Congresso não fique paralisado e que medidas importantes, como as do ajuste fiscal, sejam votadas o mais rápido possível.

O café da manhã ocorre às vésperas da Convenção Nacional do PMDB, marcada para o próximo sábado (12) em Brasília.

Ontem (8) à noite, Lula reuniu-se com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

O gênio do fascismo saiu da garrafa


Em entrevista exclusiva ao 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que é um dos quadros políticos mais lúcidos do País, faz ponderações que merecem a reflexão urgente da classe política e de toda a sociedade: 

(1) "um impeachment sem base jurídica não seria um ponto final, mas o início de um longo ciclo de vinganças, retaliações e violência";

(2) “o Brasil tem hoje uma classe dominante, representada pelo capital financeiro e pelos meios de comunicação, subversiva e que decidiu atear fogo às próprias vestes”; 

(3) “a tarefa urgente até o dia 13 é evitar violência. Depois disso, Dilma terá que chamar todas as forças políticas ao diálogo e a oposição terá que reconhecer que o calendário eleitoral é 2018”.

Dino, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz federal prestado por Sergio Moro, afirma ainda que o ambiente de ódio fez com que o gênio do fascismo saísse da garrafa – “e agora não conseguem colocá-lo de volta”.

Aécio Neves é citado em mais uma delação premiada. Vai acontecer alguma coisa com ele?


Ele será conduzido coercitivamente?:


Já citado por vários delatores da Lava Jato como responsável por um esquema de propinas em Furnas e também como o 'mais chato' cobrador de recursos da UTC, o líder da oposição golpista, senador Aécio Neves (PSDB-MG), está em mais uma suposta delação: a do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Na semana passada, quando trechos atribuídos à hipotética colaboração judicial de Delcídio vazaram, Aécio mobilizou suas tropas para decretar o fim do governo da presidente Dilma e tentar acelerar o golpe.

Agora, o presidente nacional do PSDB afirma que a suposta delação, não reconhecida por Delcídio, só será anexada ao pedido de impeachment se vier a ser homologada.

Dias atrás, o MP arquivou uma acusação contra Aécio sem ouvir a principal testemunha.

Advogado de Delcidio, Antonio Figueiredo Basto, diz que estão sendo divulgados documentos falsos.

Mais uma prova de como a Globo continua manipulando a sociedade


Na sexta-feira passada, quando a suposta delação do senador Delcídio Amaral voltava-se contra a presidente Dilma Rousseff.

O jornal O Globo, da família Marinho, manchetava que "Delação de Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato", dando corda ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua insana cruzada antidemocrática.

Menos de uma semana depois, quando se descobre que o senador Aécio também está na mesma suposta delação, o Globo esconde a notícia num pé de página, onde Aécio não aparece nem no título e mais: o mesmo jornal que antes questionava a negativa de Delcídio em relação à hipotética delação hoje publica declarações de seu advogado, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que estão sendo publicados documentos falsos. 

É preciso desenhar?

Rapidinhas

Falta coragem pra isso Duvido que a denúncias contra os Marinho e a Globo venham prosperar.

Leitura errada A presidente Dilma Rousseff ofereceu um ministério a Lula. O objetivo é fazer com ele tenha mais visibilidade política. Equivocados, os adversários dizem que a oferta é para evitar que Lula possa ser preso na Lava Jato, por uma decisão de Sergio Moro. Até o início da noite de ontem, o grande líder resistia à ideia.

Boa ideia O desespero com os desdobramentos da Lava Jato e com a falta de perspectiva na economia é tão grande que surge no Congresso pressão para que Dilma convoque um conselho com representantes dos três Poderes, nos moldes do “Conselho da República”.

Falta a toga Previsto na Constituição, o colegiado incluiria Executivo, Legislativo e sociedade civil, mas não o Judiciário, o que, aos olhos do Congresso, é crucial para impor limites à Lava Jato.

Ninguém dorme Congressistas afirmam que a condução coercitiva de Lula mostrou que todos estão vulneráveis. A avaliação é que a “República está dormindo de sapatos” e que Dilma foi engolida pela Lava Jato. “Será melhor trocá-la”, defende um político.

Operação Caça Lula Muitos não sabem ou fingem não saber que o objetivo principal da Operação Lava Jato não é atacar a corrupção, mas tirar Lula da disputa eleitoral de 2018. Se quisessem mesmo combater a corrupção Outros delatados já estariam em situação muito difícil e não batendo palmas diante das ações.

Trocando a casa pelo motel Do deputado Weverton Rocha (PDT-MA), em reunião no Planalto, sobre os rumores de nova fase da operação da Lava Jato: “No Maranhão, teve prefeito que saiu de casa para ir dormir em motel!”.

Tensão Adir Assad, que surgiu na delação de Delcídio do Amaral (PT-MS) como responsável por uma das “maiores operações de caixa dois da campanha de Dilma”, irá depor na CPI dos Fundos de Pensão nesta quarta (9).

Será? Mirian Dutra, ex-amante de FHC, deve ser chamada a depor em breve. Ela afirmou à Folha que parte de suas despesas no exterior foi bancada no exterior pela Brasif, a pedido do ex-presidente.

Aposta errada A Lava Jato dobrou a aposta na delação de Marcelo Odebrecht. Agora que foi condenado a 19 anos por Sergio Moro, “ele vai para o sistema” caso não se torne colaborador, diz um investigador.  Nabor Bulhões, advogado do condenado, disse que o processo está eivado de irregularidades, o que na sua avaliação facilita a defesa do seu cliente na instância superior da Justiça.

Sem rumo É assim que estão todos aqueles que esperavam a prisão e o fim político de Lula na sexta-feira passada.Como Lula saiu fortalecido, eles agora procuram, desesperadamente, outros meios para atingi-lo!

Fiquem ligados Na reunião de coordenação política, Dilma demonstrou, ela mesma, preocupação com a possibilidade de desembarque do PMDB. Com o receio do distanciamento, ministros foram orientados a dar atenção especial à sigla.

Convite sem resposta Das 3,9 milhões de pessoas convidadas para a manifestação do dia 13 de março criado pelo Vem Pra Rua, contra Dilma, no Facebook, até agora  somente 232 confirmaram presença.

Presente de grego A PF cogitou retirar Lula de helicóptero do aeroporto de Congonhas, onde o ex-presidente depôs na sexta (4). Desistiu por um motivo: a aeronave que o governo Alckmin ofereceu tinha um brasão da PM.

Devia ter dito O deputado Ricardo Tripoli disse a amigos que reclamou com Geraldo Alckmin de não ter sido avisado por ele que João Doria era seu candidato quando foi pedir as bênçãos para lançar sua pré-candidatura.

Dilma vai à Nova York A presidente visitará os Estados Unidos de 19 a 22 de abril.

Delcídio cita Renan Calheiros e Aécio Neves em delação premiada

Mas contra Aécio Neves não tem problema, não vem ao caso, não é ele que nós queremos.A Operação é Caça Lula!

Evaristo Sá/AFP 
O senador Delcídio do Amaral deixa batalhão em Brasília

A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), além de agravar a crise política e reacender na oposição a pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, traz citações a vários políticos, incluindo colegas do Senado.

A Folha apurou com pessoas próximas à investigação que Delcídio fez referências a integrantes das cúpulas de PMDB, PSDB e PT. A reportagem não teve acesso ao contexto do suposto envolvimento desses políticos.

Entre os nomes citados pelo senador estão parlamentares que já são investigados em inquéritos da Lava Jato no STF (Supremo tribunal Federal), como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Delcídio também fez referências ao senador Aécio Neves (MG). O presidente do PSDB já foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff e pelo transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará, mas ambos os procedimentos com menções ao tucano foram arquivados.

A simples menção feita pelo senador petista não indica que os citados cometeram crimes ou que serão investigados.

Agora, os investigadores da Lava Jato vão analisar se os fatos atribuídos aos senadores têm indícios mínimos para justificar o pedido de abertura de inquérito.

Segundo a Folha apurou, a citação a Renan, por exemplo, teria sido lateral. O presidente do Senado é alvo de seis inquéritos que apuram sua suposta ligação com os desvios da Petrobras.

A delação de Delcídio ainda está na Procuradoria-Geral da República aguardando um ajuste solicitado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato.

Na semana passada, a revista "IstoÉ" revelou trechos da colaboração do petista nos quais ele implica Dilma e o ex-presidente Lula, que negam ilegalidades.

OUTROS LADOS

A assessoria de Aécio Neves afirmou que não iria comentar a citação pela falta de "informação concreta" sobre o envolvimento do senador com Delcídio.

Valdir Raupp afirmou à Folha que recebe com "estranheza" a informação de que teria sido citado. "Eu nunca tive uma relação mais próxima com Delcídio. Minha relação com ele sempre foi muito republicana", disse.

A reportagem não conseguiu localizar na noite de terça (8) os demais senadores citados por Delcídio. Procurada, a defesa do petista disse desconhecer a delação.

Delcídio implica Lula e Dilma em delação, diz revista

Reprodução/Revista "Istoé"

Fonte: Folha, 09/03/2016

Assinatura falsa foi utilizada para encerrar o processo de cassação de Cunha

Pedro Ladeira/Folhapress 
Vinícius Gurgel (PR-AP) em reunião do Conselho de Ética sobre cassação de Cunha

A tentativa de enterrar o processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolveu a falsificação da assinatura de um deputado federal, atestam dois laudos grafotécnicos encomendados pela Folha.

Os peritos consultados asseguram que a assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), na carta em que ele renuncia à vaga de titular no Conselho de Ética, documento entregue ao órgão por aliados de Cunha, é uma falsificação "grosseira" e "primária".

Gurgel, que é aliado e voto declarado a favor de Cunha, estava fora de Brasília na noite do dia 1º de março e na madrugada do dia 2, quando o Conselho de Ética aprovou por margem apertadíssima –11 votos a 10– dar sequência ao processo de cassação contra o presidente da Câmara.

Em um cenário em que cada voto era considerado decisivo, Cunha e aliados queriam evitar que o suplente de Gurgel, um deputado do PT e contrário a Cunha, votasse.

Para isso, era preciso que Gurgel renunciasse à vaga no Conselho, o que abriria a possibilidade de o PR indicar outro deputado pró-Cunha.

De forma atípica, Cunha esticou naquele dia 1º uma esvaziada sessão do plenário da Câmara até após as 23h, com pouco mais de dez aliados presentes.

O objetivo era atrasar a votação no Conselho –que só poderia ocorrer após o plenário encerrar as atividades– até que a operação para a troca de Gurgel fosse concluída.

A carta de renúncia de Gurgel chegou ao Conselho às 22h40. Seis minutos depois, chegava a indicação, para a vaga, do líder da bancada, Maurício Quintella Lessa (AL), que votou a favor de Cunha.

A Folha encaminhou para a perícia cópia da carta de renúncia de Gurgel e três assinaturas do deputado reconhecidamente autênticas, dadas em outros documentos da Câmara dos Deputados.

O Instituto Del Picchia, de São Paulo, emitiu laudo afirmando que a assinatura da carta de renúncia apresenta características "peculiares às falsificações produzidas por processo de imitação lenta, quais seja, imitação servil ou decalque", com "inequívocos índices primários das falsificações gráficas".

O outro laudo, assinado por Orlando Garcia –perito oficial da CPI que investigou o esquema PC Farias, nos anos 90– e Maria Regina Hellmeister, afirma que os exames comparativos mostram variados antagonismos gráficos que levam à conclusão de que a assinatura é "produto de falsificação grosseira".

O presidente da Câmara é réu no Supremo Tribunal Federal e investigado em outros inquéritos sob a acusação de integrar o esquema do petrolão. Há no STF um pedido da Procuradoria-Geral da República para que o peemedebistaseja afastado do cargo sob o argumento, entre outros, de que age ilegalmente para barrar o seu processo na Câmara.

OUTRO LADO

O deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP), 37, afirma que embora estivesse fora de Brasília durante a votação deixou em seu gabinete diversas cartas de renúncia assinadas. Segundo ele, a falsificação apontada pelos peritos pode decorrer da tremedeira por tê-las assinado de ressaca. "Se eu assinei com pressa, se eu tava [de] porre, se eu tava de ressaca, se eu assinei com letra diferente, não vou ficar me batendo por isso", disse.

Ressaltando que manifestou por telefone ao PR sua intenção de renúncia e que a operação de sua troca não interferiu no resultado, ele não quis ver os laudos que sustentam ser falsa a assinatura.

"Podem ser 20, 40 [laudos]. Não tô, assim, justificando nem tirando a coisa. Eu bebo. Podia estar de ressaca. Quando a pessoa está de ressaca, não escreve do mesmo jeito, fica tremendo, acho que tinha bebido um dia antes, assinei com pressa no aeroporto, pode não ter sido igual, rabisquei lá", diz o deputado.

Mais adiante, ele é mais assertivo sobre o momento e a circunstância em que assinatura teria sido colocada no papel.

"A assinatura realmente era minha, acho que eu tinha bebido muito no dia anterior, estava de ressaca, assinei com pressa, e não posso fazer nada se eles acham que não é minha."

O deputado do Amapá diz que objetivo de deixar várias cartas de renúncia no seu gabinete era impedir que o suplente do PT assumisse e votasse contra Cunha.

"A minha convicção é de não cassar colegas, assim como o impeachment da Dilma. O povo não elegeu? Burro de quem elege. A hora que acabar o mandato dele, a Câmara, com o colegiado de 513 deputados, se achar que ele é um ladrão, um bandido, não tô dizendo que ele é, mas se acham que ele é alguma coisa, que votem em uma pessoa ilibada", afirma.

Maurício Quintella Lessa afirma que recebeu a carta da assessoria do deputado, negou interferência de Cunha, e disse que cabe a Gurgel responder por eventuais questionamentos ao documento.

terça-feira, 8 de março de 2016

Lula pede a Moro a relação de casos em que é citado


"Em nome do Princípio da Ampla Defesa", advogados do ex-presidente Lula protocolaram nesta terça-feira 8 na Justiça do Paraná o pedido de uma certidão com a relação de todos os processos que envolvam o nome de Lula ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato; defesa menciona "todos os processos, procedimentos ou incidentes vinculados ao presente feito ou não, em regime de sigilo ou não", que envolvam o nome do ex-presidente.

Na 24ª fase da investigação, deflagrada na última sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e em empresas de Lula e de seus filhos e ainda de condução coercitiva contra o ex-presidente.

Também nesta terça, os advogados de Lula recorreram no STF contra a decisão da ministra Rosa Weber, que negou a suspensão das investigações da Lava Jato e do MP-SP até que seja definido qual órgão será responsável pelos casos.