quinta-feira, 3 de março de 2016

Senador Delcídio Amaral nega delação e diz desconhecer os documentos

O Senador tá mentindo ou tem uma grande trapaça à vista


247 - O senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou, em nota divulgada na tarde desta quinta-feira 3, que não confirma o conteúdo da reportagem da revista IstoÉ com denúncias que seriam de um acordo de delação firmado por ele no âmbito da Operação Lava Jato.

No texto, o parlamentar diz não ter sido contatado pela jornalista Débora Bergamasco, que assina a reportagem. "Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", aponta.

"Esclarecemos que em momento algum, nem antes nem depois da matéria, fomos contatados pela referida jornalista para nos manifestarmos sobre a fidedignidade dos fatos relatados", acrescenta.

Abaixo, a íntegra da nota:

Fonte: Brasil 247, 03/03/2016

Por unanimidade, STF torna Cunha réu por corrupção



André Richter – Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (3) abrir ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos crimes de corrupção. Com a decisão, Cunha passa à condição de primeiro réu nas investigações da Operação Lava Jato que tramitam na Corte.

A votação, que começou na sessão de ontem (2), foi unânime (10 votos a 0) quanto às acusações contra o presidente da Câmara. Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além de votar pelo recebimento da denúncia contra Cunha, votaram pela rejeição da denúncia contra Solange Almeida (8 votos a 2). Seguiram o relator, Teori Zavascki, pelo recebimento da acusações conta Cunha os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

A partir de agora, o processo criminal contra Cunha e a prefeita de Rio Bonito, que é aliada do presidente da Câmara, passa para fase de oitivas de testemunhas de defesa e de acusação. Não há data para que a ação penal seja julgada, quando será decidido se o parlamentar e Solange Almeida serão condenados e presos.

O ministro Luiz Fux não participou da votação porque está em viagem oficial a Portugal.

Fonte: Brasil 247, 03/03/2016

Saudade: 20 anos sem Mamonas Assassinas

O início dos anos 90 definitivamente ficou marcado, entre outras coisas, pela criação de uma das bandas de maior sucesso, no Brasil todo. Marcados pelo bom humor e muito, mas muito carisma, os integrantes do grupo Mamonas Assassinas continuam, até hoje, mesmo após uma morte bem trágica, na mente e no coração dos “órfãos” fãs.

Neste contexto, nesta quarta-feira (2) tem tudo para ser de muitas lembranças e saudade para os admiradores, amigos e familiares de Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, já que fazem exatamente 20 anos que os artistas morreram, em um acidente aéreo na cidade de São Paulo, em pleno auge de sua carreira, iniciada em 1990.

No próximo sábado (5), inclusive, o vocalista Dinho completaria seus 45 anos de idade e a data também acabou sendo um motivo a mais para que as lembranças dos artistas fluíssem na mente de seus grandes admiradores.

O início

Depois de várias conversas e ideias, que tiveram como principal cenário a periferia de Guarulhos, os cinco jovens, cheios de sonhos, principalmente de viverem exclusivamente da música, decidiram formar uma banda, que, inicialmente, recebeu o nome de Utopia e se tornou bem conhecida no próprio município paulista.

Com um estilo debochado de se apresentar e músicas com letras super divertidas, o grupo começou, como vários de seus colegas, com uma agenda de shows não tão lotada, mas, em questão de poucos meses, foram vendo o sucesso começar a aparecer, além de notarem que precisavam dar uma mudada no nome da banda, para acompanharem tamanha repercussão.

Mesmo ainda com uma guitarra bem marcante em seu som, os figurinos dos músicos passaram a ficar mais divertidos, combinando perfeitamente com o novo nome escolhido para o grupo: Mamonas Assassinas, duas palavrinhas que não saem da cabeça das pessoas, em que devem permanecer por muito, muito tempo ainda.

Fama e sucesso

Tamanho talento e determinação em alcançar o topo das paradas musicais despertou a atenção do renomado produtor musical Rick Bonadio, que aceitou o desafio de ajudar os meninos a buscarem uma gravadora que também topasse ajudá-los.

Depois de perceber que a música dos Mamonas tinham chamado a atenção do filho, Rafael, e poderia vir a ser aprovada por vários outros adolescentes, o diretor João Augusto Soares, da empresa EMI, convidou o grupo para entrar para seu seleto time, já com planos em mente, inclusive, da gravação de um primeiro disco.

Mesmo com apenas uma semana para a composição de mais hits, após a assinatura do contrato, Dinho e seus companheiros pareceram não ficar com medo de tanta responsabilidade e não só cumpriram o combinado, como também foram até os Estados Unidos para finalizarem seu primeiro CD, intitulado de Mamonas Assassinas, que já foi lançado batendo vários recordes, principalmente por conter o sucesso Vira-Vira.

Além dos diversos shows que passaram a ser marcados, cada vez em maior quantidade, por todo o Brasil, os novos artistas também eram muito requisitados pelos mais conhecidos apresentadores de televisão, como Fausto Silva e Silvio Santos, e contavam com um avião fretado para darem conta de tantos compromissos. Só não imaginavam que tal meio de transporte poderia colocar um ponto final definitivo em suas carreiras.

Morte trágica

O que era para ser um dia de ainda mais alegrias, principalmente por anteceder a viagem para Portugal, que abriria as portas do mercado internacional para os Mamonas, acabou ficando marcado por uma tragédia. No dia 2 de março de 1996, depois de embarcarem em um jatinho, para um último show em Brasília, antes da saída para a Europa, os jovens acabaram morrendo, após o avião se chocar com a Serra da Cantareira, também em São Paulo.

Em questão de apenas alguns instantes, o Brasil inteiro já havia parado, mesmo em pleno fim de semana, para conferir a cobertura completa do acidente fatal, que acabou com a história que prometia render ainda mais sucesso para a banda, feita por diversas emissoras de televisão, que fizeram questão de obter detalhes ao vivo do ocorrido.

Vale lembrar que, conforme foi revelado na época do acidente, no mesmo dia de sua morte, Júlio Rasec (tecladista do grupo) disse para um amigo que havia sonhado, na noite anterior, com um acidente de avião, o que, claro, causou ainda mais alvoroço, no momento da tragédia.

Como não podia deixar de ser, milhares de fãs acompanharam tanto o velório quanto o enterro de seus queridos ídolos e, mesmo depois de duas décadas, continuam lembrando e relembrando os artistas, que, aliás, também têm sido alguns dos principais assuntos de vários tipos de matérias, não apenas na TV, mas no rádio e, atualmente, na internet.

Homenagens

Por conta dos 20 anos de sua morte, Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sérgio estão sendo os principais temas de várias homenagens póstumas neste ano de 2016, que, claro, estão sendo compartilhadas com os fãs, amigos e parentes dos eternos Mamonas.

Entre as várias manifestações de carinho programadas para os próximos dias, está a peça O Musical Mamonas, que deve estrear dentro de apenas alguns dias, em São Paulo. Na montagem, Ruy Brissac foi escolhido para interpretar o vocalista Dinho, enquanto Yudi Tamashiro, conhecido por suas diversas aparições na televisão, deve ser o guitarrista Bento Hinoto.

Os atores escalados para darem vida aos integrantes de um dos maiores fenômenos da música brasileira no teatro, inclusive, também devem ser os mesmos que vão protagonizar a série mais do que especial, composta por cinco episódios, que a Record está preparando, e que deve estrear ainda no segundo semestre deste ano na grade da emissora.

Além disso, uma possível exposição, contendo objetos e imagens marcantes na trajetória da banda também deve entrar para a lista de homenagens, que, claro, vão fazer com que a saudade que praticamente todo mundo sente dos Mamonas Assassinas seja amenizada, pelo menos um pouco, e se transforme, ainda mais, em boas e eternas lembranças, principalmente do tamanho bom humor e carisma, presentes em todos os cinco artistas, sem exceção.

Governo não pode tratar Cunha como um qualquer, mas não deve temê-lo

Li, hoje, no Uol que "o Palácio do Planalto acompanhou com cautela e evitou comemorar nesta quarta-feira (2) decisão da maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) pela abertura de ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O receio é de que o peemedebista utilize a possibilidade de virar réu como pretexto para retaliar o governo federal em votações no Congresso Nacional, como fez anteriormente após o vazamento de informações contra ele no rastro da Operação Lava Jato.

A maior preocupação é de que, alegando perseguição por parte do procurador-geral Rodrigo Janot, o peemedebista acelere a votação de pautas-bomba que tramitam na Câmara dos Deputados, como a proposta que aumenta os gastos em saúde e decreto legislativo que altera o indexador das dívidas dos Estados e municípios com a União.

(...).

Para evitar uma retaliação, a ordem do Palácio do Planalto é evitar comentar sobre a decisão da Suprema Corte e adotar o discurso sobre a separação dos poderes e a soberania do STF."

"É uma questão judicial e o governo federal não tem desde o começo desse processo que envolve o deputado federal feito qualquer observação de caráter político em relação a isso. A Câmara dos Deputados é soberana para tomar suas decisões", disse o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

Por outro lado, o governo não deve temer Eduardo Cunha porque, na condição de réu, ele perde significativamente a força, mesmo na Presidência da Câmara. A de se considerar, também, que o Conselho de Ética, finalmente conseguiu dar um passo importante, ao aprovar na madrugada desta quarta-feira (2), com placar apertado, o relatório preliminar que pede a continuidade do processo disciplinar com pedido de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com isso, o peemedebista vai ser investigado por quebra de decoro por ter ocultado contas bancárias no exterior.

Eduardo Cunha, com razão, sofre um massacre midiático e poucos deputados continuarão sendo fieis a ele, depois de tanto desgaste político. Hoje, a maioria dos deputados sabe que não pode fortalecer o ainda presidente da Casa sob pena de também sofrer um desgaste político.

Com duas aparentes derrotas, Cunha está cambaleando e sabe que outros torpedos serão atirados em sua direção. Portanto, salvo melhor juízo, a via crúcis dele tende a aumentar.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Constatação

Andrade é tucana, mas delata PT e PMDB. Por quê?


Maior doadora da campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República, a Andrade Gutierrez é a bola da vez do mercado de delações premiadas, com acusações relacionadas à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.

Capitaneada por Otávio Azevedo, a Andrade se tornou controladora da Cemig, nas gestões do PSDB em Minas, mesmo sendo minoritária, e foi beneficiada com pagamentos excessivos de dividendos.

Além disso, a cúpula da empreiteira torceu abertamente pela eleição de Aécio; no entanto, a delação de seus executivos é parcial e mira apenas desvios relacionados ao PT e ao PMDB, em obras como Mané Garrincha, Maracanã, Arena Amazonas e Angra 3.

Ao que tudo indica, a empresa – que na gestão de Fernando Pimentel perdeu o controle abusivo na Cemig – se prepara para um novo ciclo político no Brasil e tenta contribuir para que ele chegue mais rapidamente.

Defesa expõe dez motivos para Moro soltar Santana e sua esposa


247 – A defesa do publicitário João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Moura, apresentou ao juiz Sérgio Moro, que comanda os processos da Lava Jato em primeira instância, dez motivos que justificariam a soltura do casal.

Entre as razões, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalvez Perez, que assinam a petição, argumentam que os dois marqueteiros, que trabalharam nas duas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, de Lula, em 2006, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), "foge completamente ao perfil de investigados" na operação.

"Não são nem nunca foram funcionários públicos, não têm nem nunca tiveram contratos com o poder público, não são nem nunca foram operadores de propina ou lobistas", sustenta a defesa no documento encaminhado ao juiz.

"São empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada", argumentam ainda.

Os dois foram presos na quarta-feira 24, no âmbito da 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Na última sexta-feira 26, Sérgio Moro revogou a prisão temporária dos dois por mais cinco dias. O prazo vence nesta quinta-feira 3. Confira aqui a íntegra do documento apresentado pela defesa de João Santana e Mônica Moura, divulgado pelo blog de Fausto Macedo.

Os advogados do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, enviaram hoje (2) um novo pedido pela liberdade do casal ao juiz federal Sérgio Moro. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz na semana passada, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.

Após a detenção, o casal prestou depoimento em Curitiba, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná. A defesa já havia pedido a revogação das prisões logo após os depoimentos prestados na semana passada.

Na sexta-feira (26), o juiz Moro prorrogou a prisão de Santana e de Mônica por cinco dias, atendendo a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Segundo a PF, há indícios de que o publicitário João Santana recebeu R$ 4 milhões da empreiteira Odebrecht no Brasil e os documentos apreendidos contradizem a versão apresentada pelo casal nos depoimentos. A suspeita é que o dinheiro tenha origem no esquema de desvios na Petrobras.

Na decisão, Moro disse que João Santana e Mônica Moura não explicaram, nos depoimentos na Polícia Federal, os motivos pelos quais a Odebrecht teria feito pagamentos a eles pela participação em campanhas eleitorais na Venezuela e em Angola.

Em defesa do casal, os advogados argumentam ainda que Santana e Mônica “são empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional e que, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada”.

Pimenta e Wadih pedem investigação contra a Globo

O Império Global está ameaçado e outra história começa a ser escrita

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) protocolaram no Ministério Público Federal nesta quarta-feira 2 um pedido para que sejam feitas diversas investigações sobre as conexões entre a Rede Globo, a FIFA, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes.

O documento assinado por mais de 30 parlamentares pede investigação sobre "a existência de eventuais bens da família Marinho em situação ilícita de ocultação patrimonial, as atividades das offshores vinculadas ao grupo Globo e as relações entre a Globo, suas respectivas empresas e offshores e a FIFA".

De goleada, Eduardo Cunha vira réu no Supremo

A era Cunha esta chegando ao fim, antes que ele acabe com o Brasil

Responsável direto pela crise política, com seu pedido de impeachment e suas pautas-bomba, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se tornou réu por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 2.

Em um resultado parcial de 6 a 0, a maioria do plenário aceitou a acusação de que Cunha usou seu cargo para pressionar o empresário Julio Camargo via requerimentos na Câmara a fim de receber propina e ainda pelo crime de lavagem de dinheiro.

O relator, Teori Zavascki rejeitou a acusação por crimes relacionados à celebração de contrato fraudulento.

O seu voto foi seguido pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Carlos Fachin, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber; julgamento continua nesta quinta.

O Brasil perdeu muito com este infame, mas era Cunha esta chegando ao fim.

O verdadeiro significado