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quarta-feira, 2 de março de 2016
Lula lança site para mostrar a sociedade as ações que move contra as calúnias e ofensa que sofre
Defesa do ex-presidente Lula está lançando um site, que se chama A Bem da Verdade, que terá todas as ações, cíveis e criminais, movidas por ele contra jornalistas ou personalidades por ofensas.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, a página traz também todas as respostas jurídicas do petista às várias investigações que estão sendo feitas contra ele e reunirá ainda as notas à imprensa já divulgadas por ele.
De outubro de 2015 até agora, por exemplo, foram 33 textos contestando reportagens publicadas por veículos de comunicação.
Nesta terça-feira, o Instituto Lula divulgou uma troca de e-mails com o Globo ironizando mais um “capítulo da história do jornalismo investigativo brasileiro, digno de um filme que mereceria o Oscar ("Os pedalinhos")”.
Ele afirma que os pedalinhos que estão no sítio de Atibaia, novo alvo contra Lula, foram adquiridos por Dona Marisa, que também adquiriu uma canoa de alumínio.
Fernando Morais explica porque cancelou qualquer contato com a Globo
247 - Em sua página no Facebook, o escritor Fernando Morais explica porque cortou qualquer contato com a Globo. Leia abaixo:
‘Minha indignação com a sordidez do noticiário do Jornal Nacional, agora à noite, fez subir a pressão. É o primeiro troco dos Marinho no Lula depois do cacete sem dó que o ex-presidente deu na Globo, sábado à noite, na festa do PT no Rio de Janeiro.
O que uma pessoa como eu, que não tem nenhuma arma na mão, nem real nem metafórica, pode fazer para protestar contra essa gente sem vergonha, além desses choramingos aqui no Facebook? Quase nada.
Faço o que posso. A partir de hoje, estendo aos Marinho o solitário protesto que venho mantendo com a revista Veja: não dou mais declarações para veículos das organizações Globo. Ninguém vai perceber isso, eu sei, mas dormirei mais tranquilo.
Isso significa que o depoimento que eu tinha agendado com a Globonews para a semana que vem, para um especial que estão preparando sobre Fidel castro, está desmarcado. Sei de gente honesta, competente e isenta que trabalha lá. Mas pros Marinho não falo mais. Sobre nada.’
Fonte: Brasil 247, 02/03/2016
Agropecuária da mansão de Paraty usou endereço do genro de João Roberto Marinho. O que a Globo tem a dizer?
Reportagem de Luiz Carlos Azenha aponta que o endereço de correspondência da Agropecuária Veine no Rio, que controla a Paraty House, a mansão de concreto construída de forma irregular na praia pública de Santa Rita, no litoral do Rio de Janeiro, é onde funciona a empresa do genro de João Roberto Marinho, o empresário Alexandre Chiappetta de Azevedo; recentemente, o vice-presidente do Grupo Globo informou que a casa e as empresas ligadas a ela “não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho”
Na página 15 do registro de número 1030822 da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, de 25.10.2010, o empresário Alexandre Chiappetta de Azevedo se declara testemunha da formação de um consórcio.
Alexandre era genro de João Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo, casado com uma das netas de Roberto Marinho, Paula.
O consórcio formado em Minas Gerais uniu duas empresas.
De um lado, a Agropecuária Veine Patrimonial. Está em nome dela a Paraty House, a mansão de concreto construída de forma irregular na praia pública de Santa Rita, no litoral do Rio de Janeiro.
Foi a engenheira florestal Graziela Moraes Barros, do Instituto Chico Mendes, que ligou o triplex de Paraty à família Marinho, em entrevista que deu à Bloomberg, publicada em 8 de março de 2012: Ricos brasileiros não têm vergonha de construir em área de preservação ambiental.
Em notificação a blogs através de sua advogada, João Roberto Marinho informou que “a notícia é inverídica”, pois a casa e as empresas ligadas a ela “não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho”.
Voltando ao consórcio: do outro lado do contrato registrado na JUCEMG estava a Santa Amália Administração e Participações Ltda.
Ela tem como endereço a rua Margarida Assis Fonseca, 171, na capital mineira. O Viomundo esteve lá. É a sede da Brasif, que já operou free shops em aeroportos brasileiros e hoje aluga máquinas pesadas. Pertence ao pecuarista e empresário Jonas Barcellos.
A Brasif, de Jonas, admitiu recentemente ter contratado a jornalista Mirian Dutra, ex-amante de Fernando Henrique Cardoso, para prestar serviços no Exterior. Mirian, repórter da TV Globo, exilou-se quando, grávida, ouviu do então senador FHC que poderia ter o filho de qualquer um, menos dele, que era casado com a antropóloga Ruth Cardoso e pretendia chegar ao Planalto, como chegou.
O caso será investigado pela Polícia Federal, já que FHC ainda ocupava o Palácio do Planalto quando o contrato foi assinado e a Brasif era à época concessionária do governo federal.
O objetivo do consórcio Brasif-Santa Amália-Veine, estabelecido em 2010, foi trazer para o Brasil um helicóptero.
“As partes pretendem conjugar esforços para realizar uma operação de arrendamento operacional de um helicóptero Agusta A109E Power, com número de série 11764, com importação da Aeronave para o Brasil pelo regime de admissão temporária para utilização da mesma pelas Consorciadas e seus executivos”.
A mansão de Paraty tem heliporto. Um vôo entre a Lagoa Rodrigo de Freitas — de onde decolam, inclusive, os helicópteros da Globo — ou o aeroporto de Jacarepaguá e a Paraty House dura menos de duas horas.
O contrato que formou o consórcio teria duração de 5 anos.
A participação da Veine era de 70%. Por isso, a empresa tinha prioridade no uso do helicóptero, que ficou baseado no Rio de Janeiro.
“Todas as notificações e comunicações feitas de acordo com este Contrato de Consórcio devem ser feitas por escrito”, diz o contrato na página 14.
O endereço de entrega da correspondência da Agropecuária Veine, a dona da mansão de Paraty, aparece como: Avenida Borges de Medeiros, 1424, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
No documento, Lúcia Cortes Pinto aparece como a sócia da Veine que nomeia uma procuradora.
Lúcia é uma das sócias originais da empresa. Ela teria entrado com 10% das ações. Os outros 90% eram da Blainville, empresa panamenha que tinha como procurador o contador Jorge Lamenza.
Lúcia mora no Grajaú, um bairro de classe média do Rio. Ela desligou o telefone quando consultada se foi mesmo sócia da Veine.
O ENDEREÇO DE CORRESPONDÊNCIA
O endereço de correspondência da Agropecuária Veine no Rio que aparece no documento de formação do consórcio — avenida Borges de Medeiros, 1424 — é onde funciona a empresa do genro de João Roberto Marinho, que os cariocas conhecem como Lagoon.
É um controverso empreendimento que montou cinemas, restaurantes e estacionamento no estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas.
A Lagoa é um dos endereços mais valorizados do Rio.
No dia 22 de setembro de 1997, o governador e o prefeito do Rio, Marcello Alencar e Luiz Paulo Conde, concederam ao genro de João Roberto Marinho, sem licitação, o uso do estádio de remo para fins comerciais.
Era para ter sido a “título precário”, conforme está escrito no contrato inicial (leia abaixo). Em 2017, o acordo “precário” completará duas décadas.
O contrato foi renovado por outros governantes, sempre sem concorrência pública. Em 15 de junho de 1998 foi celebrado o primeiro aditivo.
Pelo governo do Estado assinou Anthony Garotinho. Pela empresa permissionária, Alexandre.
Como fiadora, assinou Paula Marinho de Azevedo, a filha de João Roberto Marinho.
Naquele primeiro aditivo foi mantida a mesma cláusula de compensação financeira: pagamento mensal de 10% do valor faturado ou, no mínimo, 25 mil reais.
Porém, segundo ação movida pelo Ministério Público Estadual, entre 1997 e 2003 a empresa nunca recolheu o aluguel, tendo dívida calculada então em mais de R$ 3 milhões!
O remo é um esporte muito tradicional no Rio. Tombado pelo patrimônio histórico, o estádio é um ícone para os praticantes.
Muitos deles passaram a reclamar que a empresa permissionária se voltou para atividades comerciais desligadas do objetivo de incentivar o esporte.
Em dezembro de 2006, em preparação para os Jogos Panamericanos de 2007, a arquibancada do estádio de remo foi demolida.
Um oficial de Justiça levou uma ordem judicial que deveria ter paralisado a implosão, por conta de tratar-se de prédio tombado. Mas os engenheiros foram orientados a prosseguir.
O Estado alegou que a ordem deveria ter dado entrada na Procuradoria.
Novas arquibancadas foram erguidas com dinheiro público. Com um detalhe: foram feitas já com a capacidade de abrigar as salas de cinema que hoje funcionam no empreendimento do genro de João Roberto Marinho.
Praticantes do remo ficaram inconformados com as mudanças feitas. Um dos mais ativos é Zezé Barros, neto do arquiteto que projetou o estádio de remo, Benedicto de Barros. Ambos foram remadores. Em um dos desabafos, ele escreveu:
“Hoje, o remo usa quase de favor uma área, sendo cada vez mais espremido. É inacreditável que isto está acontecendo nas nossas caras e não conseguimos impedir esta apropriação indébita. Isto é real e palpável. Não está sendo publicado em nenhum jornal, como se a comunidade do remo não se importasse, como se nem existisse mais. O que fazer?”.
A ação movida pelo MPE para extinguir o contrato foi julgada procedente em 9 de novembro de 2005 pelo juiz Eduardo Gusmão Alves de Brito Neto.
Mas a empresa do genro do dono da Globo recorreu.
Ao longo do tempo, o jornal O Globo, da família Marinho, ao tratar de temas relativos ao estádio, nunca mencionou que a empresa concessionária era de Alexandre, o marido de Paula, filha de João Roberto e neta de Roberto Marinho. Nunca denunciou a falta de licitação.
Pelo contrário.
No dia 24 de abril de 2006, um notinha escondida na página 14 tratou de uma manifestação contra as obras da Lagoon.
Terminou com a declaração de uma porta-voz da concessionária, que acusou os manifestantes de serem “ligados a uma outra empresa que não conseguiu emplacar seu projeto no estádio de remo”.
Os organizadores do protesto denunciaram a reprodução de uma declaração que disseram ser completamente mentirosa.
O Globo não mencionou que a porta-voz falava em nome da empresa de Alexandre, o genro de João Roberto Marinho, dono do jornal.
Em outubro de 2015, o empresário e a filha de João Roberto se divorciaram. Ela voltou a usar o nome de solteira: Paula Marinho.
Nossas tentativas de encontrar os responsáveis pela Vaine na sede da Lagoon até agora foram infrutíferas.
Abaixo, o helicóptero no aeroporto Roberto Marinho, em Jacarepaguá, no Rio e a assinatura da neta do magnata como fiadora de concessão obtida sem concorrência pública:
Fonte: Matéria postada na Viomundo e reproduzida n Brasil 247, 02/03/2016
Decano do PSDB diz que Alckmin 'caminha para o autoritarismo'
Fundador do PSDB e coordenador do programa da campanha de Aécio Neves em 2014, o ex-deputado Arnaldo Madeira acusa o governador Geraldo Alckmin de usar a máquina do governo para favorecer a candidatura de João Doria nas prévias tucanas.
Arnaldo Madeira disse que: "o governador que joga pesado para favorecer esse candidato [Doria] é o mesmo que está escondendo dados do governo. Ele esconde dados da Sabesp, do Metrô, não diz os dados de segurança de forma adequada. Alckmin está claramente em um caminhar para um certo tipo de autoritarismo que contraria a história do PSDB".
Baixaria na prévia do PSDB de São Paulo beneficia Fernando Haddad
Colunista Bernardo Mello Franco comenta o ‘pastelão’ da prévia tucana pela Prefeitura de SP: “além do bundalelê, a eleição produziu acusações de uso da máquina e compra de votos. Mais do que isso, expôs o abismo que separa Geraldo Alckmin do grupo de José Serra e Fernando Henrique Cardoso”, segundo ele, ‘a disputa, que reflete as ambições presidenciais, ameaça produzir uma divisão irreconciliável no PSDB e Fernando Haddad pode ganhar um impulso inesperado à sua campanha pela reeleição’.
Advogado de Palocci nega delação da Andrade
E classifica a delação é uma mentira deslavada
José Roberto Batochio, advogado do ex-ministro Antonio Palocci, negou ter pedido para a Andrade Gutierrez pagar dívida de campanha de Dilma Rousseff com a empresa Pepper: “Isso é um absurdo. Palocci nunca tratou de assuntos econômicos e financeiros da campanha de 2010, atividade atribuída a outra pessoa, (Filippi, o tesoureiro). Ele não conhece a Pepper, nunca teve qualquer tipo de contato e classifica essa delação como mentira deslavada”.
Os delatores da Andrade Gutierrez afirmaram ter pago despesas com fornecedores de Dilma em 2010 através de contrato fictício de prestação de serviço com a agência de comunicação.
Cunha sofre derrota por 1 voto no Conselho de Ética e a casa começa a cair
Grupo aprovou na madrugada de hoje (2), por 11 votos a 10, a admissibiliade do parecer do relator, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que pede a continuidade do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); representação foi feita pelo PSOL e pela Rede.
Cunha agora terá prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa e poderá arrolar um máximo de oito testemunhas de defesa; foi preciso o voto de minerva do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), para desempatar a votação. Ele disse que seguiria o parecer do relator.
Nesta terça, o peemedebista sofreu outra derrota: o STF negou pedido para que fosse adiado o julgamento em que a Corte vai discutir se aceita ou não denúncia contra ele por crimes relacionados à Operação Lava Jato e vai levar o caso ao plenário hoje.
Promotor cometeu um deslize imperdoável contra Lula
Chamado a depor pelo promotor Cassio Conserino, e alvo de "medidas legais cabíveis" em caso de não comparecimento, segundo informava a intimação recebida, o ex-presidente Lula "decidiu neste momento, diante do abuso flagrante de autoridade, que não compareceria. A condução coercitiva aplica-se apenas às vítimas e às testemunhas, não aos investigados, mas Conserino jogou no 'se colar, colou'", descreve Tereza Cruvinel, colunista do 247.
O resultado: o MP divulgou uma nota, na noite desta segunda, que foi lida pelo Jornal Nacional, informando que “houve erro” de Conserino.
"Se Lula não tivesse decidido reagir e resistir, teria se subordinado aos abusos de Conserino, que foi literalmente 'pego com a mão na cumbuca'", e, ainda, se não reagisse Lula seria submetido a algumas fotos, quem sabe algemas, que fariam a alegria da mídia, completa a jornalista.
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