domingo, 13 de dezembro de 2015

Datafolha: adesão aos protestos contra Dilma cai mais de 70%

E os golpistas só tem uma alternativa, esquecer o impeachment, trabalhar pelo País, aprovando os projetos e leis que propiciem o ajuste da economia 

De acordo com o instituto, 40,3 mil pessoas foram às ruas pelo impeachment em São Paulo, neste domingo; número representa uma queda de 70,2% em relação aos 135 mil de agosto passado.

Em Brasília, a queda foi ainda mais acentuada: 72%; em Curitiba, o recuo foi de 84%; no Rio de Janeiro, de 95%; reação da sociedade organizada à tentativa de golpe capitaneada pelo PSDB e pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, pesou nos números.

Sem povo nas ruas, o impeachment da presidente Dilma Rousseff tende a naufragar.

Representação popular pede afastamento de Cunha da Presidência da Câmara


Por iniciativa de Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, representação contra a permanência de Eduardo Cunha no comando da Câmara Federal será entregue ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na próxima terça (15).

O documento já conta com o reforço de quase 1,7 mil assinaturas. A ação alega que é preciso uma intervenção contra Cunha, que perdeu a credibilidade e idoneidade para presidir a Câmara.

"Toda a sociedade brasileira vem assistindo estarrecida a permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados. Diante dos constantes atentados aos mandamentos constitucionais e ao regime democrático cometidos por esse parlamentar, imperiosa se faz a atual representação ao Chefe do Ministério Público da União, pela reconhecida combatividade e destemor à frente do cargo que exerce, pois o faz de maneira imparcial e, acima de tudo, dentro dos ditames constitucionais e legais", diz o texto.

"Meia dúzia de gatos pingados" foi as ruas a favor do impeachment contra Dilma

Pouca gente no protesto pró-impeachment deste domingo (13) na Avenida Paulista 

A Avenida Paulista vive neste domingo (13) um clima misto de lazer e manifestação. Famílias com os filhos e animais de estimação, esportistas de fones de ouvido, pessoas visitando o MASP (Museu de Arte de São Paulo) e transeuntes atrás de compras de fim de ano ou apreciando artistas de rua. Todos esses dividem o espaço com indivíduos, famílias e militantes dos grupos que organizam os atos contra o governo federal, vestidos geralmente de camisa amarela, muitas vezes personalizadas com caricaturas de Dilma e/ou Lula.

Seis caminhões já estão instalados, de acordo com a CET, abaixo-assinados são coletados entre os dois grupos acima descritos, cartazes são estendidos e 250 camisetas do Movimento Brasil Livre (MBL) começam a ser expostas para serem vendidas.

"Pressão"

O jovem de 19 anos nega que o ato seja uma comemoração ao acolhimento do impeachment pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no último dia 2. Kim diz que é uma "pressão" para os políticos darem seguimento ao processo.

Apesar do menor público esperado em São Paulo, Kim espera que a "magnitude muito maior" dos manifestantes seja suficiente para interditar a ciclovia e a ciclofaixa de lazer. Para ele, o fato de a avenida estar fechada para lazer e a mistura dos dois públicos não atrapalham o protesto.

Kataguiri vê com bons olhos se o vice-presidente Michel Temer assumir o planalto, mas avalia essa possibilidade apenas como uma "consequência constitucional", lembrando que Temer foi eleito junto com Dilma. Os próximos atos programados pelo grupo é "manter pressão corpo a corpo" com os políticos e suas "bases" pelo impedimento de Dilma.

Vem Pra Rua

Outro movimento que lidera o ato, o Vem Pra Rua, se encontra perto do cruzamento da Rua Pamplona (O MBL está em frente ao MASP). Os integrantes do Vem Pra Rua distribuem panfletos personalizados para este domingo e trouxeram em caminhão cartazes, galões de água e bandeiras.

O grupo também colhe assinaturas a favor das 10 medidas anticorrupção capitaneadas pelo Ministério Público Federal.

Já o jornalista Mauro Ferreira, de Montes Claros, Minas Gerais, trouxe o filho João Vitor de 14 anos para o primeiro protesto antigovernamental em São Paulo de que participa. Ele disse já ter votado em Lula e Dilma para o primeiro mandato, mas se diz "enganado". Mauro, que participou de protestos em Minas, afirma que viajou quase mil quilômetros pois não passa nenhum dia sem ver novas notícias de corrupção. João Vitor, por sua vez, vê "esperança se o PT sair".

Clima de festa

O domingo de protestos não assustou os paulistanos que foram apenas passear na Avenida Paulista. A fila para o Museu de Arte de São Paulo (MASP) tinha dezenas de pessoas.
A própria Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que aproveitava o movimento para colher assinaturas contra a aprovação da CPMF, promovia um evento musical com orquesta e dançarinas em frente à sua sede.


O ator Alexandre Frota foi um dos manifestantes na marcha deste domingo, na Avenida Paulista, que reúne pouquíssimas pessoas; Frota disse representar "a classe artística de bem"; manifesto contra o golpe foi assinado por centenas de artistas e intelectuais

MBL admite pouco público no protesto em Brasília
Manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã deste domingo, em Brasília, reuniu bem menos gente do que os organizadores do Movimento Brasil Livre (MBL) esperavam; "Cada um de vocês liga para duas pessoas para vir. Precisa desse clamor para o impeachment. Todo mundo reclama do governo, mas não vem para a rua. Temos poucas pessoas", gritou uma das organizadoras no carro de som; ato foi encerrado por volta de 13h20 e não houve nenhuma ocorrência grave.

Protesto contra Dilma foi um fracasso em Curitiba

Movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que na capital paranaense tem apoio do governador Beto Richa (PSDB), acabou fracassando neste domingo; organizadores esperavam público de milhares de pessoas nas ruas, mas não foi o que aconteceu e informações preliminares apontam que apenas 300 pessoas estavam concentradas Praça Santos Andrade (UFPR) às 13h40.

Sem o público esperado Globo a cancelou a cobertura


Emissora dos Marinho, que pretendia cobrir as manifestações de hoje como a apoteose das Diretas-Já, se surpreendeu com a constrangedora falta de público; sem ter o que mostrar nas manifestações que pretendia insuflar, Globonews preferiu mudar de assunto


Manifestação do Rio tem mais helicóptero que Golpista

Carioca malandro

Manifestação em Brasília não teve negros nem brancos

Técnico do PNAD

Estimulante de delação

O plano do Temer é simples

Amar é encontrar-me em ti

Rapidinhas

Pergunta que não quer calar A que se deve essa esdrúxula e suprema omissão (e inoperância) da PGR e do STF ao permitir que um homem acusado de tantos e tamanhos crimes, com suas eternas e vis manobras, prossiga na Presidência da Câmara, a terceira autoridade na linha de sucessão?

Temer rima com deslealdade Michel Temer há muito devia estar por trás de todos os desgastes envolvendo o governo, a presidente, o PT, a base aliada e o PMDB. Seu nome sempre esteve associado a nomeação de apaniguados e a cada batalha congressual maior era a fatura cobrada pelo vice à presidente do país

A esperança não morre Pelo andar da carruagem e mesmo com as defecções, traições e cartas hipócritas, há uma forte esperança de que a democracia deve vencer mais essa batalha

Desavergonhado "Numa semana que teve tapas, xingamentos e cabeçadas no Congresso, a principal notícia saiu do pacato Palácio do Jaburu. Seu morador ilustre, o peemedebista Michel Temer, reuniu a tropa e passou a avançar ostensivamente em direção à cadeira de Dilma Rousseff", diz o colunista Bernardo Mello Franco. 

PSDB e Educação Nada a Ver Após 20 anos com o PSDB comandando o governo de São Paulo, muitos alunos se formam, mas com nível deficiente em português e matemática; o aluno da rede estadual se forma no ensino médio com desempenho que deveria ter sido alcançado três séries antes; "O PSDB demonstrou não ter projeto claro para educação no Estado", afirma a diretora-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz; "Há forte desânimo entre professores e alunos. 

Fora Cunha Um dia depois de O Globo, a Folha, também pede a saída imediata de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara; texto "Já chega", da Folha, é até mais enfático do que o do Globo; no entanto, Frias expõe um objetivo que Marinho havia mantido oculto; "O personagem que Eduardo Cunha representa, plasmado em desfaçatez e prepotência, está com os dias contados –ele próprio sabe disso. É imperativo abreviar essa farsa, para que o processo do impeachment, seja qual for seu desenlace, transcorra com a necessária limpidez", diz ele; barões da mídia parecem ter concluído que o golpe tucano, conduzido por Cunha, é imoral demais para ser aceito pela sociedade

Saída de pela esquerda O governo prepara o que chama de uma “suave correção de rota” caso a presidente da República sobreviva ao processo de impeachment. Auxiliares asseguram que Dilma Rousseff tenderá, aos poucos, para a esquerda. “Não a esquerda irresponsável e expansionista”, diz um ministro próximo. Há pressão na Esplanada, mas a cobrança maior vem do PT e do ex-presidente Lula, em resposta àqueles que, na hora do aperto, vão para as ruas defender o mandato da petista.

Primeira vítima Mesmo ministros que, até agora, estavam ao lado de Joaquim Levy na defesa de um superavit primário de 0,7% do PIB em 2016 já começam a dizer que a meta estabelecida pelo titular da Fazenda não é “razoável”.

Galileu Eis a explicação: o PIB está “em queda livre”. Não se trata mais de adotar medidas para estimular a atividade –mas sim para estabilizar a economia, pondera um dos aliados de Levy.

Eu sozinho O pedido de impeachment foi aceito há 11 dias e, até o momento, a presidente ainda não conta com um gabinete de crise nos moldes do montado pelo antecessor na época do mensalão.

Muita calma Durante o segundo turno das eleições de 2014, o risco de derrota fez o Estado-Maior petista passar a se reunir regularmente. Agora, com o impeachment em curso, nem mesmo uma reunião entre a presidente e o antecessor foi marcada.

Exílio Lula, a propósito, praticamente não falou com Dilma desde a abertura do processo por Eduardo Cunha.

Pouca prosa Apesar de afastado da pupila, o ex-presidente telefona quase que diariamente para ministros próximos a ele. Dá palpites e reclama da falta de acenos para a base política do PT.

Já vai tarde De tanto ameaçar que deixará a Fazenda, colegas brincam que o ministro Joaquim Levy já mandou plastificar sua carta de demissão e anda com ela no bolso. “Só passa Liquid Paper na data”, atira um gaiato.

Justificando o injustificável A Polícia Federal usa o parecer da juíza Célia Regina Ody Bernardes para refutar a afirmação dos advogados da família Lula de que informações sobre Luís Cláudio, filho caçula do ex-presidente, foram vazadas à imprensa por servidores.

Voo solo Em recente reunião com tucanos no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin reclamou do silêncio do PSDB durante as manifestações contra a reorganização escolar que era proposta pelo seu governo.

Bom entendedor João Doria, pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, recebeu o apoio de José Herinque Reis Lobo, fiel escudeiro do senador José Serra.


sábado, 12 de dezembro de 2015

Opinião

Temer não foi homem pra dizer que ia romper enviou uma carta. Ridículo!

Ainda providenciou a divulgação pra sentir a repercussão. Foi o papel mais patético que já vi de um político que deseja governar este país. 

Dizer que foi figura decorativa? E por que quis ser vice novamente? O PMDB chantageou e conseguiu todos os cargos que quis no governo. Digo como Cid Gomes: larguem o osso!

Ronaldo Marçal 

O Brasil precisa de mais democracia

e não de golpe

"Incapacitados de obter aprovação da maioria da população nos processos eleitorais, pelo caráter antipopular do seu programa, a direita brasileira volta à carga para tentar, valendo-se das debilidades do governo, impor um impeachment e voltar ao governo", afirma o cientista político e colunista do 247 Emir Sader.

Segundo ele, "a ausência de um projeto do governo e a convocação a grandes mobilizações populares de apoio a esse projeto deixa o campo livre para as aventuras da direita".

Ao defender que o Brasil "precisa de mais e não de menos democracia", Sader aponta que "o desenvolvimento econômico com democratização social como eixo fundamental do projeto iniciado por Lula e continuado por Dilma tem que ser retomado imediatamente pelo governo. Ele é parte do combate ao impeachment e à restauração conservadora que a direita trata de colocar em prática".

Pergunta que não quer calar