segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Lock-out de caminhoneiro não tem reivindicação


O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira ser fundamental que o Congresso Nacional coloque em primeiro plano os interesses do País para que sejam aprovadas medidas que garantam a estabilidade fiscal e criem as condições de retomada do crescimento econômico.

“O governo está dialogando para que todas as medidas importantes que garantam o ajuste fiscal sejam aprovadas. A presidenta [Dilma Rousseff] respeita bandeiras partidárias, divergências partidárias, que são naturais da democracia, mas neste momento é fundamental que haja uma agenda de interesse nacional. Uma agenda acima de questões partidárias”, disse.

Segundo o ministro, as conversas com líderes partidários e com os presidentes das duas Casas têm sido constantes para esclarecer dúvidas sobre os projetos e construir consenso para garantir que o País retome o crescimento da economia.

“É fundamental, neste momento, que o Brasil garanta a estabilidade fiscal, porque sem ela, nós não poderemos dar o passo seguinte, que é a retomada do crescimento econômico”, acrescentou.

Edinho demonstrou otimismo em relação à aprovação das propostas. “Estamos falando de um País democrático, de lideranças que entendem o momento que o Brasil está vivendo, têm responsabilidade diante desse quadro e sabem da importância da aprovação das medidas que garantam o equilíbrio fiscal”, enfatizou.

Greve dos caminhoneiros
O ministro ressaltou que a greve dos caminhoneiros, que começou na manhã desta segunda-feira, tem “aspiração única de desgaste político do governo”. Segundo ele, nenhuma pauta de reivindicação foi apresentada, mas o governo “está sempre aberto ao diálogo”.

“Uma greve apresenta questões econômicas, sociais, geralmente é propositiva. Mesmo quando trata de questões políticas, a greve é propositiva. Nunca vi uma greve cujo único objetivo é gerar desgaste ao governo. É uma greve que não busca melhorias da categoria, mas desgaste de governo”, explicou.

Edinho destacou ainda que “uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo é uma greve que vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira”.

Em tempo: o Vasco sugere chamar o movimento Golpista do Ivar de lock-out: movimento subversivo de patrão ... E, não, greve.

Em tempo2: e cadê a PF e a Policia Rodoviaria do zé? Aquele que esconde a incompetência atrás do manto do republicanismo ?- PHA


Fonte:Conversa Afiada, 09/11/2015

Protesto de caminhoneiros é contra Dilma, diz líder. Os sindicatos não apoiam

Greve política é bagunça e bagunça exige a ação da polícia

UOL,09/11/2015
Caminhoneiros fazem protesto e bloqueiam rodovias16 fotos1 / 16
Caminhoneiros bloqueiam, nesta segunda-feira (9), a BR-101, em Parnamirim (região metropolitana de Natal), e a BR-304, entre os municípios de Assú e Mossoró (região Oeste do Rio Grande do Norte), em protesto contra os altos impostos e pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. Também há protestos em pelo menos outros oito Estados. Dentre as reivindicações estão a redução do preço do óleo diesel, o salário unificado em todo o país e ajuda federal para financiar dívidas Leia mais Divulgação

Caminhoneiros bloqueiam rodovias em ao menos 12 Estados nesta segunda-feira (9) e pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo o Comando Nacional do Transporte (CNT), que convocou o movimento por meio das redes sociais.

O CNT é crítico ao governo e pede o afastamento da presidente. "Somos apartidários e sem cunho político. Nós lutamos pela salvação do país, e isso só será feito a partir da deposição da Dilma, seja por renúncia ou por impeachment", disse Fábio Roque, um dos líderes do movimento no Rio Grande do Sul, à Agência Brasil.

De acordo com o movimento, há manifestações em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Sindicatos dizem que não apoiam protesto

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), ligada à CUT, afirma que a greve é uma "manobra de um 'grupo' que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria".

Segundo nota divulgada pela entidade e assinada pelo presidente, Paulo João Eutasia, "esse 'grupo' que se autointitula 'comando', não representa os caminhoneiros brasileiros e tem por objetivo atrapalhar os avanços conquistados no diálogo permanente com o governo federal em favor dos trabalhadores".

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se posicionou contra as paralisações: "Ao consultar a sua base de representação, a CNTA e as entidades que a compõe, federações e sindicatos, optam pela defesa dos interesses dos caminhoneiros, por meio do diálogo e negociação com o governo federal e setor privado", disse, em nota, o presidente da CNTA, Diumar Bueno.

"Antes de qualquer pessoa se intitular uma liderança e promover uma paralisação nacional é preciso partir da premissa que uma crítica deve vir acompanhada de uma sugestão", afirma a CNTA, na nota. "Gritos de ordem incitando protestos podem conseguir apoio e simpatia, mas sem propostas concretas de nada adiantam".

Fábio Roque rebateu as críticas das entidades. "A crítica que eles fazem ao nosso movimento é a prova de que eles estão do lado do governo e, por isso, não têm credibilidade com a classe".

Outras entidades ligadas aos caminhoneiros, como a União Nacional dos Caminhoneiros, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Bens do Estado de São Paulo, também disseram que não apoiam as paralisações desta segunda-feira.
Ministro diz que objetivo é desgastar governo 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse mais cedo que os caminhoneiros em greve não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem como objetivo o desgaste político do governo.

"No nosso entender, essa é uma greve que atinge pontualmente algumas regiões do país e, infelizmente, um movimento que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político do governo. Se tivermos uma pauta de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira", disse Edinho Silva em entrevista no Palácio do Planalto.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

A escalada para o golpe branco avança


"A famosa greve dos caminhoneiros chilenos, em 1972, foi organizada para desgastar e derrubar o governo de Salvador Allende. Esta agora, no Brasil, tem como objetivo desgastar e derrubar o governo de Dilma Rousseff. Não é uma especulação, ou uma interpretação: o objetivo político de tirar Dilma do governo tem sido anunciado pelos próprios organizadores da paralisação", afirma o colunista Hélio Doyle, do 247.

Segundo ele, "as reivindicações são apenas cortina de fumaça. O que interessa mesmo aos caminhoneiros é enfraquecer ainda mais o governo e facilitar sua queda".

"A movimentação de caminhoneiros é mais um passo na escalada para chegar ao impeachment, à cassação ou à renúncia de Dilma. Se o governo continuar em sua passividade e não enfrentá-la com o vigor necessário, continuará acuado e sem condições de superar a crise", afirma Doyle.

Greve dos caminhoneiros ou dos "patrões dos caminhoneiros"?

São os patrões, de novo, são eles! E querem, porque querem, parar o país, atravancar a economia, impedir o abastecimento, travar o comércio, Aliás, essa fórmula é velha!

Fila de veículos congestiona a ERS-122, em Caxias do Sul (RS)

Os níveis revolucionários ou transformadores da classe trabalhadora brasileira estão postos à prova, em plena prova e exatamente agora. Não é "greve dos caminhoneiros", o correto, o justo e preciso é dizer: "greve dos patrões dos caminhoneiros"! O que a classe dominante, a mesmíssima classe dos burgueses e que, de uma maneira ou outra, governa nossas vidas, pretende fazer é tornar universal seus desejos e interesses, evidentemente, particulares.

Lembro do magistral filme "O Encouraçado Potenkin" [Bronenosets Potyomkin/1925, dirigido por Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein], sobretudo, da parte em que os oficiais do Encouraçado reúnem no pátio da embarcação, para fins de execução, os marinheiros rebelados e que trabalhavam sob as piores condições quando, de repente, um dos marinheiros a serem executados, lança uma pergunta decisiva aos fuzileiros: "Quem são, os de que, de fato, devem ser fuzilados?". Em um átimo de tempo, os fuzis se voltam contra o alto oficialato desse navio de guerra e outra história é, enfim, contada.

Essa greve não é dos trabalhadores que "ralam" muito, ganham mal, são maltratados, não possuem qualquer segurança em seus ofícios e estão sujeitos a toda sorte de drama ou imprevisto em suas jornadas.

Evidentemente as demandas da classe trabalhadora são notadamente, outras. Esses trabalhadores carecem de melhores salários, de direitos previdenciários, planos de saúde, mais segurança, melhores estradas, alimentação adequada e mais apoios para o cumprimento de suas funções.

São os patrões, de novo, são eles! E querem, porque querem, parar o país, atravancar a economia, impedir o abastecimento, travar o comércio, Aliás, essa fórmula é velha! Estão, nesse momento, usando a economia como arma de guerra porque pela via eleitoral já viram que não conseguem!

Ocorre que, também não conseguiram pela sabotagem econômica e o que restará? Segundo o "manual do golpismo latino-americano", editado pela White House/Pentágono/CIA especialmente para a 'problemática' região compreendida entre o Rio Grande (México) até a Terra do Fogo (Argentina), a mesma América Latina: as velhas e clássicas quarteladas e tão corriqueiras na "Pátria Grande".

O cinema conta! Sugiro que assistam ao irretocável "A Batalha do Chile" [Diretor: Patrício Guzmán. Disponível no YouTube], sobretudo, em sua Parte I - "A Insurreição da burguesia". Irão entender que a estratégia do "black-out econômico" é velho estratagema das oligarquias políticas e econômicas de "Nuestra América".

Quanto aos trabalhadores do volante, que singram noites, que desafiam os dias, cujos corpos e juízos são forjados nos frios, nas secas, na solidão e em riscos cotidianos... Façam as perguntas certas! Por vocês, pelo Brasil, pelo nosso futuro comum.

Fonte: Brasil 247, 09/11/2015

domingo, 8 de novembro de 2015

Globo manda um recado aos midiotas


não a creditem em tudo que a gente publica.

o jornalista Lauro Jardim saiu da revistaveja e chegou ao Globo de forma espetaculosa. Deu uma falsa notícia sobre o filho de Lula e, por isso mesmo, ele próprio virou notícia: saiu na capa do jornal, de braços cruzados e meio riso no rosto; jactancioso.

Uma estreia triunfal como disse o seu colega de O Globo, Jorge Bastos Moreno.

O Lobista Fernando Baiano, segundo Jardim em seu texto de estreia, teria afirmado que botou 2 milhões de lascas no bolso de Lulinha, a pedido de um pecuarista, que atendia a um pedido da nora de Lula, que teria uma dívida a saldar. 

A falsa notícia fez a alegria dos midiotas. Revoltados online, colunistas da mídia velha, lutadores de MMA, atores pornôs, velhotes bicudos e roqueiros amalucados devem ter vibrado.

Incapazes de apontar uma falcatrua factual contra o ex-presidente, os descerebrados avançam contra os seus parentes. No passado já tentaram incriminar, de forma bisonha, o irmão de Lula, Vavá. 

O próprio Collor, em 1989 já acusara Lula de ficar rico porque o ex-operário teria, em casa, um aparelho de som (um 3 em 1) muito mais sofisticado que o do alagoano amante de carrões importados.

Veja que curioso.Como Collor, Jardim sabia que plantava uma falsa notícia. seus patrões também sabiam que se tratava de uma interpretações mal intencionada, canalha. Mas deixaram pra ver até onde ia.

Não foi muito longe. 28 dias depois, o Globo publica uma improvável errata desmentindo e desmoralizando o intrépido jornalista. E por que o fez? pela ética, pelo compromisso objetivo e inarredável com a verdade?

Ora, direis. ouvir estrelas? Jardim desmente a si mesmo porque foi interpelado judicialmente. É medo dos homens de preto, não tem nada a ver com compromisso com a verdade. Da verdade ele sabia, mentiu por que quis.

Fi-lo porque qui-lo, diria. Há uma prática antiga nas redações de jornalões e revistonas dedicada à destruição de reputações. 

Há também, uma antiga prática de mal jornalismo, de jornalismo preguiçoso e apressado. Vimos Sergio Conti, bisonhamente, entrevistar um sósia de Felipão como se fosse o próprio Big Phill. E a loira da TVeja seguia empregada mesmo depois de ter mais de 50 acusações de plágios.

A mídia velha precisa de caras e minas capazes de qualquer coisa. De um irresponsável mentiroso e de lápsico preguiçoso pode se esperar qualquer coisa. São esses tipos de figura que protagonizam casos como o da Escola Base e dos abjetos episódios envolvendo o ex-ministro Alcenir Guerra e o ex-parlamentar Ibsen Pinheiro, só para ficar nos casos mais estrondosos. 

Pequenos erros, diriam, um lapso.

Enquanto isso, Cunha segue livre. ninguém o entrevista apontando-lhe o dedo, todos querem ouvir suas desculpas, esforçam-se até para crer nelas. Mesmo quando ele diz que é um grande fornecedor de carne moída. 

Há jornalistas que acham suas respostas engraçadas. enquanto isso, usam a máquina de moer gente para perseguir os adversários de seus patrões.

O que dirão ativistas midiotizados como Vitor Belfort ao abrirem o Globo de hoje e se depararem com esse jardim de flores murchas.

Por dentro da mente de editor mal-intencionado

Até quando esses jornais a serviço da mentira e do PSDB vão continuar agindo assim?

Escritor Fernando Morais publicou, em seu Facebook, uma análise semiótica de uma página do Estado de S. Paulo, cujo editor quase surtou quando soube que teria que noticiar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão da Odebrecht, em parcelas mensais, ou seja, um mensalão pago por uma empreiteira da Lava Jato.

Para começar, foi necessário, antes, republicar no topo uma notícia antiga e requentada sobre o ex-presidente Lula. Depois, as legendas falam por si, da escolha das fotos, ao uso da ordem direta ou indireta, tudo foi feito para satanizar Lula e poupar FHC.

Nada, no entanto, chega perto do critério de Veja para suas capas. É esse tipo de mentalidade que leva os veículos a cometer erros vergonhosos, como o do Globo, que publicou notícia falsa sobre o filho de Lula e neste domingo se desculpou.

Para evitar condenação da Justiça jornal "O Globo" diz que denúncia era mentira

O objetivo era atingir Lula. Agora que a "cagada" foi feita não adianta quase nada

Menos de um mês depois da estreia triunfal do colunista Lauro Jardim, egresso de Veja, o jornal O Globo, da família Marinho, se retrata em sua primeira página para evitar uma dura condenação cível e criminal.

No dia 10 de outubro, Jardim deu o "furo exclusivo" da delação de Fernando Baiano, que envolveria o pagamento de R$ 2 milhões a Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

A verdade, no entanto, é outra: Fábio não foi nem citado por Baiano, em nenhum de seus depoimentos. Neste domingo, o Globo se retratou. Resta ver se demais veículos de comunicação que se deixaram cegar pelo ódio a Lula também pedirão desculpas nos próximos dias.

IBOPE aponta rejeição recorde ao PT, mas rivais não crescem

A maioria da população tem clareza das propostas e do lado dos partidos adversários do PT. Posicionar-se a favor do PSDB e assemelhados e ser contra a maioria da sociedade. É que diz a pesquisa!

247 – Os escândalos de corrupção e o massacre midiático atingiram em cheio a imagem do Partido dos Trabalhadores, segundo pesquisa Ibope divulgada neste domingo.

Os números apontam que o partido é rejeitado por 38% da população. Em seguida, aparecem o PSDB com 8% e o PMDB com 6%.

No entanto, paradoxalmente, o PT ainda é o partido que tem o maior número de simpatizantes. São 12%, contra 10% do PSDB e 10% do PMDB.

Isso demonstra que, a despeito da parcialidade do Judiciário e dos meios de comunicação, partidos que são favorecidos pela hipocrisia nacional não tem conseguido ocupar espaços e conquistar corações e mentes da população.

O Ibope captou, por exemplo, que os tucanos também têm hoje uma imagem pior do que de outubro de 2014. Na época, segundo o Ibope, a soma de opiniões “desfavoráveis” e “muito desfavoráveis” sobre a sigla chegava a 45%. Atualmente, atinge 50%.

Fonte: Brasil 247, 08/11/2015

Leitor faz declaração antecipada de voto

Mais uma vez: o próprio SATANÁS pode ser o único candidato da ESQUERDA...
AINDA ASSIM votarei nele!!!
Primeiro, porque sempre fui TRABALHADOR; nunca fui EMPRESÁRIO nem DONO DE TERRA; imagina que estes últimos, alçados ao Poder, se preocuparão comigo, é viver no mundo do DELÍRIO; tal como religiosos o fazem...
Segundo, OUTROS DEMÔNIOS estão na DIREITA, e com um diferencial: COM DINHEIRO!!!
Não gosta do PT, nem da DILMA nem do LULA??
OK, não vote neles, mas, EM RESPOSTA, votar no PSDB/PMDB/ETC, é dar provas de ser BURRO e REBANHO...
A menos, é claro que você seja CAPITAL ou TERRA; aí faz todo sentido...
Sendo TRABALHADOR, não faz...
ANULE SEU VOTO, então!!!
LULA 2018!!

Luiz Mourão, comentando: "IBOPE aponta rejeição recorde ao PT, mas rivais não crescem", postagem do Brasil 247, 08/11/2015

Gilmar Mendes, insinua que Dilma não terminará o mandato que lhe dado pelo povo

É profundamente lamentável que o ministro não seja discreto, que mostre claramente que tem um lado político e que colabore para a instabilidade do País

247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu entrevista ao jornalista Márcio Falcão (leia aqui), em que pareceu duvidar de que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu segundo mandato.

"Temos muitas discussões abertas, como o impeachment, processos na Justiça Eleitoral, mas estamos numa situação muito difícil. É preciso encontrar o encaminhamento institucional e não podemos esquecer que, ao lado da grave crise política temos a crise econômica, que exige medidas de quem tem legitimidade, credibilidade e autoridade. Esses são elementos que estão em falta no mercado político", disse ele.

Gilmar foi além. "Estou convencido de que é muito difícil chegarmos a 2018 com esse quadro de definhamento econômico."

Em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enredado numa série de escândalos, Gilmar o aconselhou a buscar algum tipo de solução para uma transição política. "A gente tende a falar mal dos nossos políticos, mas, ao longo dos anos, logramos desenvolver uma classe política muito hábil, que propiciou desdobramentos históricos interessantes, como a transição do regime militar para o modelo de 1988. Espero que o segmento político se inspire nesses exemplos para encaminhar soluções adequadas", afirmou.

Ao ser questionado se Cunha deveria se afastar do cargo, ele voltou a atacar a presidente Dilma. "É uma questão interna do Congresso. Mas, por esse argumento, quem ainda poderia tomar alguma decisão? O que se diz é que não há nenhuma prova contra a presidente, mas nós sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea, e ela estava em funções-chave desde o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela também condições de continuar a governar?"

Sobre o fato de o processo de cassação da chapa Dilma-Temer ter ficado nas mãos da ministra Maria Tereza Moura, Gilmar evitou polemizar. "É uma decisão normal, uma das possibilidades. O processo estará em boas mãos."

Fonte: Brasil 247, 08/11/2015