quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dos 51 tucanos, só 1 teve responsabilidade fiscal


Placar da votação do veto da presidente Dilma sobre o fator previdenciário, criado por FHC, revela que o PSDB, presidido por Aécio Neves (PSDB-MG), hoje trabalha pelo 'quanto pior, melhor'.

A tensão política alimenta a alta do dólar e é um dos motivos do rebaixamento do Brasil pela S&P. Dos 51 deputados federais tucanos que participaram da votação, apenas Samuel Moreira (SP) votou a favor do veto: "Votei extremamente convicto. Criar mais despesas para a Previdência não é prudente para o momento que o País está vivendo, com os cofres públicos dilapidados", disse.

Citado por delator, Cunha abre alas para o golpe


No mesmo dia em que foi citado por mais um delator da Lava Jato, que o acusou de ser responsável pela nomeação da diretoria internacional da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu seu parecer sobre o rito de eventual pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Cunha afirmou que, mesmo que o pedido seja rechaçado por ele, caberá recurso em plenário. O roteiro do golpe prevê exatamente isso: Cunha rejeita o pedido e, em seguida, um parlamentar da oposição apresenta o recurso.

Para que tenha início o golpe parlamentar contra a presidente Dilma, serão necessários 342 votos dos 513 deputados. A sorte está lançada.

Alguém merece a minha confiança


Pergunta que não quer calar

As doações recebidas pelo PT foram, em sua forma e em montantes, semelhantes às recebidas por outros grandes partidos do país.  Por que a Justiça condena o PT e não condena os outros partidos?

PT responde a sentença de Moro contra Vaccari

As doações recebidas pelo PT foram, em sua forma e em montantes, semelhantes às recebidas por outros grandes partidos do país. Assim, causa indignação imputarem seletivamente ao PT acusações de ilegalidade. (Rui Falcão/Presidente do PT)

Dilma vai vetar a doação de empresas para as campanhas eleitoras


Presidente Dilma Rousseff já avisou Eduardo Cunha (PMDB) que não irá enfrentar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucionais as normas que permitem a empresas doar para campanhas eleitorais.

“Eu disse ao Eduardo Cunha que nem eu nem ele podemos fazer um enfrentamento com o Judiciário”, teria afirmado a presidente em jantar que teve com a cúpula do PC do B no Palácio da Alvorada.

O projeto que estabelece o financiamento empresarial foi aprovado na Câmara por uma manobra do presidente da Casa e previa um limite para pessoas jurídicas de R$ 20 milhões em doações.

Aécio usou jatinhos oficiais em 124 idas ao Rio de Janeiro


Levantamento foi feito pelo governo de Minas Gerais, que não encontrou justificativas para as viagens de Aécio entre 2003 e 2010, período em que foi governador. 

Durante esse período, embora governasse Minas, Aécio tinha fama de baladeiro e de passar quase todos os fins de semana no Rio. Levantamento também registrou seis viagens de Aécio para Florianópolis, onde ele conheceu sua atual esposa, Letícia Weber. 

Há ainda deslocamentos para balneários fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis. Até outubro, a gestão de Fernando Pimentel informará à Assembleia Legislativa de Minas Gerais o gasto total de Aécio com aeronaves usadas para fins particulares, o que, em tese, constitui improbidade administrativa.

Noblat avisa Aécio de que o golpe subiu no telhado


Ao comentar a movimentação no Congresso contra os vetos da presidente Dilma Rousseff, colunista Ricardo Noblat alerta para o tamanho real da oposição como ficou demonstrado ontem e diz que o PSDB não tem o direito de arrastar o país para uma aventura.

'Votação de vetos mostra que governo tem maioria contra impeachment', diz líder do PT

A votação dos vetos presidenciais nesta terça-feira mostrou que o governo tem maioria para barrar o impeachment, diz o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-líder do PT na Câmara.

"Foi o primeiro grande teste do governo, de temas muito polêmicos e com uma pressão social imensa. E o governo passou", afirma ele. "Havia uma insegurança muito grande, mas Dilma bancou a aposta, contra tudo e contra todos."

O placar das votações será divulgado nesta quarta em detalhes, mas em algumas delas o executivo reuniu mais de 257 votos, ou a maioria na Câmara.

"Isso demonstra que é possível fazer maioria na Câmara contra o impeachment", analisa o parlamentar.

Para aprovar a admissibilidade de um processo de impedimento de Dilma Rousseff, a oposição precisaria dessa mesma maioria. Já para o afastamento seriam necessários 2/3 dos votos.

Parlamentares da oposição também apoiaram a manutenção dos vetos, em nome da responsabilidade fiscal. Teixeira diz que "eles foram importantes do ponto de vista simbólico, mas a formação da maioria estaria garantida mesmo sem esse apoio".

O parlamentar observa que também no Senado o governo conseguiu maioria, mantendo os vetos presidenciais já apreciados.

"Houve vitória ontem no Senado na alta madrugada, com até 42 votos", diz ele. "As duas Casas mostraram que o governo tem a maioria. A base governista estava insegura, mas pagou para ver e ganhou."

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff negociou intensamente com líderes do PMDB. Deputados e senadores do partido devem indicar ministros para integrar a equipe da presidente, ocupando inclusive pastas cobiçadas como a da Saúde.

A adesão do partido ontem garantiu a maioria para a manutenção dos vetos.

Ainda há destaques que vão ser votados, como o que prevê reajuste para servidores do Judiciário. Teixeira diz que o governo está confiante de que ganha também a segunda rodada.

Fonte: Folha de S. Paulo, 23/09/2015

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Governo tenta evitar a bomba atômica


"Se o Congresso votasse e derrubasse hoje as quatro principais matérias vetadas pela presidente Dilma, estaria criando um rombo R$ 127,8 bilhões no período 2015-19, pela soma de despesas novas com renúncias fiscais. Seriam R$ 23,5 bilhões só em 2016, ano que já tem um déficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões, que o governo tenta cobrir com o pacote fiscal que inclui a volta da CPMF", diz a colunista Tereza Cruvinel, sobre um dia que pode ser decisivo no Congresso Nacional.

“Esta é uma verdadeira e indiscutível pauta bomba para o Brasil. Estou apostando na sensatez de todos para evitarmos que ela seja colocada no plenário hoje”, resume o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo.