sábado, 29 de agosto de 2015

Pixuleco e a humanização dos desalmados

Acordo com uma enorme vontade de fazer nada. abro a janela e o mar me convida. lá embaixo, estranhos pedestres.

O meu vizinho, grave e sisudo, destes que não dão bom dia, sempre com uma gravata a enforcá-lo, atravessa a rua com chinelos de dedo, bermudão e camiseta branca. 

Lépidamente.

Lelê Teles
Articulista
A filha pequena brinca com o cãozinho; a esposa, sempre elegante - chapéu enorme - carrega uma bolsa de palha de coco: imagino o que vai dentro: cangas, protetor, livro, baldinho e pá para coletar os excrementos do shitzu. 

Sorriem como gente humana. 

É sempre assim. nos finais de semana, aquelas máquinas burocráticas voltam a ser gente. 

Pisam na areia, gargalham, compram fuleiragens dos ambulantes para a filhinha e sorriem até para aqueles vendedores de queijo sapecado na brasa.

Olho pro meu pranchão, olho pra mesa do escritório, tem lá uma caneca de chá fumegando e pão integral. 

Decido ler e escrever. 

A praia que se dane, que se danem aqueles humanos de fim de semana.

Abro o note e vejo uma foto linda, mas muito linda mesmo da cartunista Laerte, sentada num sofazão, ao lado do neurocientista dread Carl Hart.

Sorrio.

Corro a minha timeline e, pelas barbas de Bin Laden, pululam imagens de Pixuleco. 

Há uma espetacular, o âncora da Globo fecha as persianas para que o Boneco Inflado não apareça, mas o sacana bota a cabecinha por trás do ombro do cabra.

Gargalho.

Fico sabendo, olhos ainda com remela, de que uma jovem estudante mitou ao desinflar aquele acinte. 

Um furico e Pixuleco desabou na frente dos retardados online.

Lembrei-me de Merval Pereira. 

Quando atacaram o Instituto Lula - reparem que a casa leva o nome do cabra - o imortal desumanizou o ato. disse que se tratava de um mero artefato inócuo que provocara apenas um furico numa parede externa do edifício.

Lembrei, na crônica que escrevi sobre o caso, que bastava um mero furico na testa de Merval e ele deixaria de ser imortal.

Antes de começar a escrever esta crônica, vejo esse print no site do Azenha. o print dizia exatamente o que eu pensava em escrever. 

Para a moçada do Globo, Pixuleco não era somente um bonecão abjeto que mostrava Lula como um prisioneiro; era o próprio Lula cativo, sob a guarda dos Retardados Online. 

Por isso as expressões superlativas: esfaqueou, armaram uma emboscada, polícia pericia...

Por incrível que pareça, os Revoltados, sempre altivos, estavam de cabeça baixa, tristes, olhando para o boneco murcho, como se chorassem a morte do único Lula que aprenderam a amar, um suposto Lula prisioneiro.

Essa era uma espécie de humanização daquela aberração. todo mundo precisa de um Lula para chamar de seu.

No entanto, o Lula de Manu era outro. carne e ossos. mas que também tinha suas representações simbólicas.

Manu era do tipo que sabia que abraçar o Instituto Lula era como dar um abraço no ex-presidente. e atacar o Instituto era atacar o seu homônimo.

Por isso, Manu desejou a morte simbólica daquela aberração. porque ela ia se impondo na mídia marrom, a substituir o Lula real. 

Ao "matar" Pixuleco, Manu desumanizou o godzila da direita. era como se dissesse: vejam, isso é apenas um boneco inflado, não é Lula, Lula é esse que aparece sorridente comigo aqui no meu Facebook.

Fiquei com uma vontade danada de abraçar Manu. 

Olho para o meu pranchão, estico as canelas, alongo a espinha. é, acho que vou à praia. lá, fagueiro, abraçarei meus vizinhos agora humanos. 

E direi entre prantos e sorrisos:

Mataram Lula, Lula está vivo.

Fonte: Brasil 247, 28/08/2015

O dia em que um senhor de 80 anos reacendeu uma chama na esquerda

José Mujica, ex-presidente do uruguai, falando na Concha Acústica da UERJ

As nuvens cinza que se aglomeravam no céu carioca previam a vinda de uma chuva das fortes, na tarde desta quinta (27). Apesar disso, desde as 14h, a Concha Acústica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), um local sem cobertura, começava a se encher de pessoas. Até o fim da tarde, o espaço, que comporta seis mil pessoas, já estava lotado.

Os desavisados poderiam apostar que todo aquele público estava ali para ver uma celebridade internacional da música ou do cinema, mas não imaginariam que o motivo era político: quem apareceria era o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

E o que nem mesmo as pessoas que estavam ali imaginavam era que, em pouco mais de uma hora, aquele senhor de 80 anos reacenderia uma chama na esquerda carioca.

Com jeito simples e olhar pacato, Mujica inflamava o público com suas falas, destoantes do clássico discurso político pré-moldado e decorado. Mujica falava de suas experiências de vida mais do que de práticas políticas. E falava de política, aplicada à vida.

O ex-guerrilheiro tupamaro aplicava em seu discurso a verdadeira práxis revolucionária teorizada por Marx. “Nunca vamos ter um mundo melhor se não lutarmos para mudar a nós mesmos”, “temos que viver como pensamos, porque, se não, acabamos pensando que vivemos” dizia Mujica.

O público, formado majoritariamente por militantes de movimentos de esquerda, ouvia atentamente cada fala, preenchendo suas pausas com aplausos ou palavras de ordem. Ouviu-se seis mil vozes gritarem “não à redução”, “não vai ter golpe” e “se cuida imperialista, a América Latina vai ter toda socialista”.

Assim, em uma única noite, o ex-presidente de um país centenas de vezes menor que o Brasil conseguiu unir diversos movimentos e mostrar a força da esquerda quando unida e ciente de suas pautas. Todos ali presentes gritavam por pautas específicas e convergentes. Todos gritavam contra a redução da maioridade penal, a favor da democracia, pelo fim da guerra às drogas e, acima de tudo, por uma sociedade mais humana e menos materialista, por uma alternativa à selvageria que o capitalismo impõe.

A água da chuva, por fim, não veio. O que surgiu ali foi fogo. Pepe Mujica se despediu com um pedido: “eu não quero aplausos. Quero apenas manter a chama da luta acesa em todos vocês. Lutem, porque a vida é luta”.

Abaixo, algumas das falas de Mujica:

"O alimento para o desejo permanente de transformação da alma vem de dentro da gente".

"Queridos, a nossa crise é de valores e se queremos mudança precisamos mudar a cultura. Não há mudança sem que mudemos a cultura da ética e da economia".

"Não vale a pena viver para pagar contas. Vivam para que possam beijar e caminhar com os seus filhos".

“Não há homem imprescindível, há causa imprescindível. Sem a força coletiva não somos nada”.

“Esta democracia não é perfeita, porque nós não somos perfeitos. Mas temos que defendê-la para melhorá-la, não para sepultá-la”.

“Meus queridos, ninguém é melhor do que ninguém. Tenho que agradecer a sua juventude pelas recordações de tantos e tantos estudantes que foram caindo pelos caminhos de nossa América Latina. Vocês têm que seguir levantando a bandeira. Na vida, temos que defender a liberdade. E ela não se vende, se conquista. Fazendo algo pelos outros. Isto se chama solidariedade. E sem solidariedade não há civilização.”

"Não devemos deixar de nos ver brasileiros, mas temos de nos entender como latino-americanos".

“Temos que pensar como espécie não só como país. Os pobres da África não são da África, são também nossos.”

“Não temos que imitar a Europa ou ao Japão. Não podemos querer o desenvolvimento com dor e angústia, desenvolvimento com felicidade para todos. A generosidade é o melhor negócio para a humanidade e o pior dos negócios são os bancos.”
“Essa etapa da sociedade capitalista tem que ter uma cultura que permita o seu desenvolvimento. Não podemos confundir o consumo com felicidade.”
“Eu creio que estão em crise os valores da nossa civilização. Essa etapa do capitalismo não gera puritanos, mas gera corrupção. Não estamos numa idade de aventura, mas uma idade de sepultura.”
“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Fonte: O Cafezinho, 28/08/2015

Política econômica do Levi só beneficia os bancos

Miguel do Rosário
Miguel do Rosário
Blogueiro
Se Dilma não mudar o espírito de seu governo, se não fizer uma grande mudança na comunicação de governo, se não mudar essa política econômica completamente esquizofrênica, baseada num ajuste fiscal que provoca, ao contrário do que ele busca, um déficit fiscal crescente, na qual apenas os grandes bancos, e só eles, aumentam seus lucros, ela não será derrubada por tucanos golpistas, e sim por seus próprios eleitores.

As grandes fortunas, a CPMF e a batalha da comunicação

Após uma década de avanços, a economia brasileira corre risco, segundo Marcelo Neri

Um dos maiores especialistas do país em distribuição de renda, o economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV-RJ, diz que o Brasil vive um "filme dramático" após uma década de avanços. "Nossa trajetória positiva dos últimos anos está em risco."

Ex-ministro e economista da
FGV, Marcelo Neri
Ex-presidente do Ipea e ex-ministro da SAE/PR, Neri diz que os mais pobres vinham "bombando" por conta do mercado de trabalho até o governo Dilma 2, que agora entra em uma espiral de rápido aumento do desemprego.

"Quando analisamos os motivos de a renda ter crescido e a desigualdade caído, não é tanto por causa do Bolsa Família ou do impacto do salário mínimo sobre a Previdência. O principal foi o peso da renda do trabalho, formal e informal", afirma.

O quadro nesta página mostra o peso da renda do trabalho e de outras fontes entre 2001 e 2013. A renda do trabalho foi preponderante entre os 40% mais pobres e na média da população.

"O pobre da última década não foi uma cigarra consumidora. Mas um trabalhador que teve grande evolução em sua renda por meio do seu esforço." Leia a entrevista:

Folha - Entre 2003 e 2013, o PIB per capita no Brasil cresceu 30% e a renda média, 58%. As chamadas classes A, B e C incorporaram cerca de 56 milhões de pessoas. Para este ano há uma projeção de queda de 2% do PIB e de 0,15% em 2016, com perspectiva de baixo crescimento no futuro. Qual o impacto disso sobre os avanços conquistados?

Marcelo Neri - Nesse período da última década houve uma combinação de elementos que a tornaram especial. Não foi tanto o crescimento do PIB, mas o fato de ele ter crescido de maneira relativamente contínua, o que não acontecia há muito tempo.

O segundo componente é que a renda das pessoas cresceu bem mais do que o PIB. O terceiro é que esse crescimento se deu mais forte na base da distribuição, com a redução da desigualdade.

A combinação dessas três coisas por um longo período gerou esse boom social. É o que a gente pode chamar de um "caminho do meio". Não foi só crescimento, mas houve redução da desigualdade e aumento do bem-estar.

Quando analisamos os motivos de a renda ter crescido e a desigualdade caído, não é por causa do Bolsa Família, que foi importante, mas significou menos de 20% de efeito sobre a desigualdade. Também não foi por causa do impacto do salário mínimo sobre a Previdência, que desempenhou algum papel. O principal foi a renda do trabalho, formal e informal.

O que é mais surpreendente é que desde 2011, quando o PIB parou de crescer, a renda média das pessoas continuou subindo acima do PIB, de maneira até mais forte.

O ano de 2012 foi o do Pibinho. Enquanto a renda per capita subiu 7,5%, o PIB per capita cresceu menos do que 1%. No biênio 2012 e 2013, a renda cresceu 5,5% per capita ao ano, já descontando a inflação, enquanto o PIB andou bastante de lado.

Estamos no final desse ciclo. Vamos voltar para trás agora? Certamente, mas não voltaremos para o começo nem para o meio do caminho, espero. Teríamos que passar por uma crise muito forte, com desajustes crescentes.

Entramos na crise com uma taxa de desemprego bem menor do que em outros momentos ruins, como em 2003 e 1999. Com mais empregos formais e mais gastos sociais. Isso impedirá que a desigualdade aumente drasticamente?

Exatamente. É verdade que a taxa de desemprego está subindo muito rapidamente. Voltamos cinco anos nesse item. Foi uma reversão muito rápida, que veio acompanhada de redução de salários, o que teve um impacto maior na queda da renda.

A fotografia de hoje é mais ou menos a de 2010, quando se cogitava se iríamos entrar ou não em uma situação de pleno emprego. E estamos indo para o outro lado, passando por uma reversão grande e rápida. Mas, levando em conta os níveis das séries, ainda não é muito ruim. O problema é se entrarmos em uma situação de crise crônica.

Estamos vivendo um filme dramático, com reversão de tendências muito rápidas.

Mas ainda temos uma fotografia razoável. É como se o sujeito achasse que tinha ganho na loteria e descobrisse que não, que os números sorteadores eram outros. Ele achou que tinha ido para o céu, mas continua na terra. Não é que ele tenha ido parar no inferno.

O problema é que renda e emprego são os fundamentos da segurança familiar. E estão caindo. Ir do céu à terra pode parecer, para alguns, como ir da terra para o inferno.

Muitos economistas afirmam que a geração da nova classe média foi baseada em mais renda e consumo. Mas que o aumento do crédito foi o grande combustível do processo, que se esgotou agora.

O crédito ajudou nesse ciclo de expansão, mas houve aumento na renda das pessoas. É aquela brincadeira: classe C de "crédito"? De "consumo"? É muito mais de "carteira de trabalho assinada", que foi o que segurou as pessoas. Esse processo continuou até 2014, com alguma flutuação. Vale lembrar que a renda em dezembro de 2014 ainda crescia 2,5% per capita reais (acima da inflação).

Além do aumento da renda entre os mais pobres e da sua melhor distribuição, o que mais houve de avanços nesses 13 anos?

Houve outras mudanças. Em 2000, 45% dos municípios brasileiros tinham um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) abaixo de 0,5. Em 2010, estavam perto de 0,6 (quanto mais próximo de 1, melhor). Houve, portanto, uma transformação profunda. E não é só renda.

Há mais expectativa de vida, mais crianças na escola, etc. Essas mudanças incluíram trabalho formal também. E essa é uma característica fundamental, além da redução da desigualdade com crescimento.

Mas em termos de produtividade o Brasil não fez seu dever de casa. Essa é uma agenda fundamental e é consenso entre os economistas que precisamos dar saltos de produtividade para crescer.

O Brasil também precisa de uma série de reformas, macro e microeconômicas. Outra agenda que encontra muita resistência é da poupança. No Brasil não se acredita muito nas virtudes da poupança. E perdemos uma grande oportunidade de que a crise fosse menos sentida pela população por conta disso. A poupança brasileira hoje equivale a um quarto da das famílias chinesas.

O sr. ainda estava no governo durante a campanha eleitoral de 2014. Ficou claro que houve uma fraude eleitoral, já que Dilma fez tudo ao contrário do que prometeu. Qual sua avaliação?

Não gostei da campanha e isso foi particularmente duro para quem estava lá dentro. Houve um erro na campanha. Até mesmo da própria ótica de quem quer se manter no governo. Não vejo sentido em anunciar que você vai ser expansionista e depois virar conservador de uma hora para outra. Você acaba não ganhando nada com isso. O resultado foi o pior dos mundos.

Entramos em uma grande armadilha. E o problema é que agora estamos em um momento diferente de um debate acalorado e violento de uma campanha eleitoral, que tem uma duração limitada. Ainda faltam três anos e meio até o final do mandato e isso me preocupa muito.

Vai depender das expectativas e da capacidade das pessoas de perceberam que, se não for achada uma solução conjunta, a gente pode acabar perdendo muito mais tempo do que deveria.

Hospital Regional do Tapajós está em construção graças a verba da Taxa Mineral

Hospital Regional do Tapajós, obra do Governo do Estado, na cidade de Itaituba

De acordo com pessoas que tratam do setor, o valor arrecadado pelo governo do estado no ano de 2014 com a cobrança da taxa mineral foi de R$ 361.180.000,00 (trezentos e sessenta e um milhões cento e oitenta mil reais).

A Taxa Mineral foi criada em 2011. Na época até os deputados de oposição elogiaram a iniciativa do governador Simão Jatene de buscar compensações pelo que a atividade mineral do estado deixa de recolher em impostos.

E como grande produtor mineral do estado, o município de Itaituba se beneficia da Taxa Mineral e o retorno desta taxa está vindo através da construção do Hospital Regional, portanto o problema no atraso da construção do HR do Tapajós não é por falta de recursos.

Fonte: Weliton Lima/Blog do Jota Parente, 28/08/2015

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Lula: enquanto eu tiver fôlego, tucanos não voltam

“Eles vão ter que aprender a voar primeiro para depois voltar à Presidência”, afirmou o Presidente em BH

Lula: tucanos vão ter que esperar 2018

Em Belo Horizonte para participar de evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o Presidente Lula discursou para movimentos sociais e criticou parte da oposição que, em sua opinião, não aceitou a derrota da eleição presidencial de 2014, que reelegeu Dilma Rousseff. Em sua fala, o petista ainda reafirmou que não deixará o PSDB voltar ao poder.

“Eu perdi três eleições e eu ia, como dizia o Brizola, lamber as feridas. Eu respeitava os resultados. É um direito de vocês não concordarem com o nosso Governo, vocês cobrarem e vocês protestarem. Mas têm que esperar 2018. Têm que aprender esperar e fazer as coisas certas. Eu jamais vou dizer que sou candidato, mas não digo que não sou. Eu só quero que saibam o seguinte: enquanto eu tiver fôlego para percorrer o país, os tucanos vão ter que aprender a voar primeiro para depois voltar à Presidência. Deixem a Dilma governar e trabalhar”, disse o Presidente nesta sexta-feira (28) no 12º Congresso Estadual da central sindical, que completa 32 anos.

No evento, Lula enalteceu os programas sociais que o partido criou e ironizou as manifestações contra o PT e a Presidenta Dilma Rousseff.

“ [Antes], nós protestávamos porque queríamos mais educação. Eles protestam hoje porque conseguimos fazer com que o filho de um pedreiro virasse engenheiro e a filha da empregada virasse médica. Nós protestávamos porque eles não sabiam governar. Só governavam para um terço desse país. E nós governamos para 100% da população. A única diferença entre nós e eles é que nós protestávamos para conquistar e eles protestam contra as conquistas”, reforçou Lula na capital mineira.

E continuou: “Eu fiz oposição por muito tempo e nunca tive coragem de falar um palavrão contra ninguém. Não é a escola que dá educação para as pessoas. Tem gente que estudou demais e fala palavrão para a Presidenta. São eles, filhinhos de papai, que não se conformam com a ascensão social que aconteceu neste país”, opinou.

Fonte: Conversa Afiada, 28/08/2015

Superado o golpe, começa a disputa pela Presidência da República

E que vença o melhor para o País!

Nesta sexta-feira, ocorreram dois movimentos importantes; de um lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, pela primeira vez, que será candidato em 2018, caso seja necessário. De outro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o PSDB trabalha com o calendário eleitoral de 2018 e que, portanto, não cogita mais a hipótese de eleições antecipadas.

Internamente, para se viabilizar, Aécio terá que conter as pretensões de Geraldo Alckmin e José Serra. Também na oposição, Marina Silva tem conseguido fazer avançar a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade.

Na base governista, Eduardo Paes pode vir a ser o nome do PMDB, caso os Jogos Olímpicos de 2016 sejam bem-sucedidos. Sem tapetão, começa a ser organizado o campeonato político de 2018. Como personagens excêntricos, poderão concorrer também Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa.

Fonte: Brasil 247, 28/08/2015

Dilma defende democracia e promete crescimento


"Meu governo pensa em duas coisas: em como aumentar o emprego, garantir que o país volte a crescer, e em reduzir a inflação, porque nós sabemos como a inflação corrói a renda do trabalho, a renda do empreendedor", discursou a presidente, ao entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida no Ceará.

Segundo dados de hoje do IBGE, o PIB recuou 1,9% no segundo trimestre, confirmando recessão da economia; Dilma destacou também que o Brasil tem "garra" para superar suas dificuldades e assegurou que não haverá retrocessos, seja em relação aos programas sociais ou à democracia.

"Todos nós sofremos as consequências de ter um país não democrático, que não respeitava as leis, não deixava as pessoas darem suas opiniões. Nós temos muito o que preservar, nós conquistamos muita coisa".

Rui Falcão: Há forte desejo de que Lula seja candidato


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta (28) que existe "um forte desejo" no partido pela candidatura de Lula a presidente em 2018. Ele também afirmou que há "um temor" na oposição de que isso aconteça. 

"Eu ouço no povo, na militância do PT, um desejo muito grande de que ele seja. Mas daí a ele ser ou não é uma decisão para 2018", ressaltou. Segundo Falcão, existe também uma campanha orquestrada para "derreter Lula" e, assim, aniquilar o PT.