quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Janot está livre para bater em Chico e em Francisco




Novo artigo do jornalista Hélio Doyle aponta que agora, após ser aprovado pelo Senado, o procurador-geral da República "mais do que antes, está livre para exercer plenamente suas funções e bater em Chico e em Francisco. Não depende mais dos políticos para se manter na Procuradoria e a autoridade de sua função lhe permite agir com isenção e imparcialidade nas investigações que conduz".

"Não que não pudesse fazer isso antes, mas sempre fica no ar a dúvida", comenta o colunista do 247. Durante a sabatina de Rodrigo Janot, senadores do PT cobraram do representante do Ministério Público que investigações, vazamentos e decisões batam em Chico, mas também em Francisco, em alusão a um favorecimento ao PSDB.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Na sabatina de Janot teve voto não contabilizado e xingamentos de Collor

Nao existe mais o decoro parlamentar?

26/08/2015

O voto do senador e ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL), sobre a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cargo não foi contabilizado. Principal crítico de Janot, Collor foi denunciado pelo chefe do Ministério Público acusado de ter recebido R$ 26 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras.

Collor havia se credenciado como suplente da Comissão desde a semana passada, numa manobra para participar da sessão de sabatina. Ele chegou a votar, mas sua opinião não foi computada, já que os demais titulares do bloco do qual faz parte decidiram votar. Os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) são os titulares do bloco União e Força, do qual o próprio Collor é líder.

Na sabatina, Collor chegou a murmurar xingamentos a Janot enquanto o procurador-geral da República respondia os questionamentos do parlamentar. O petebista já chamou, em outras ocasiões, Janot de "fascista da pior extração" e de "filho da p...". Hoje, sussurrava "calhorda" e, novamente, "filho da p...", ao procurador-geral da República.

Janot foi aprovado pela CCJ para permanecer mais dois anos no cargo por 26 votos favoráveis e um contrário. Agora, o plenário do Senado precisa aprovar a recondução do chefe do Ministério Público em votação secreta.

Blindagem a Aécio Neves na mídia lidera críticas nas redes


Hashtag #PodemosTirarSeAcharMelhor foi o tema mais comentado no Twitter desde ontem, quando o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef reafirmam na CPI da Petrobras, na Câmara, que o senador tucano recebeu propina de Furnas.

O portal UOL alterou sua manchete principal para ocultar o nome de Aécio Neves. O jornalista Fernando Brito, do blog Tijolaço, aponta "silêncio sepulcral" da mídia em relação ao caso e questiona: "Os jornais não vão buscar mais detalhes: quem pagava, como pagava, quem levava, quem recebia – a bufunfa? Vamos ficar no 'não vem ao caso'? Ninguém quer tomar a palavra de um bandido da cepa de Youssef como verdade, mas – ao contrário de tudo o mais que ele falou – não se vai investigar?".

Termo 'Podemos tirar, se achar melhor' teve origem em março, quando a agência Reuters vazou essa orientação em uma reportagem que citava FHC.

Fonte: Brasil 247, 26/08/2015

TSE mantém espada apontada contra Dilma


"Quando a tese do impeachment começa a fazer água, mesmo antes da apresentação do parecer do TCU sobre as contas do governo Dilma em 2014, o TSE levanta outra espada sobre seu mandato. E esta transitará na esfera exclusivamente jurídica, sobre a qual o governo não terá qualquer possibilidade de ação política, e nem mesmo a elite econômica poderá se manifestar contrariamente, com fez em relação ao impeachment", diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247.

Ela lembra ainda que, ao votar, o ministro Gilmar Mendes falou em "ação de impugnação de mandato eletivo"; Tereza lembra que o julgamento foi suspenso pelo pedido de vista da ministra Luciana Lóssio e que, após a devolução, Dilma e Temer terão que apresentar suas defesas.

Fonte: Brasil 247, 26/08/2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sem consenso, oposição adia pedido de impeachment de Dilma

A turma do quanto pior, melhor tem que cantar em outra freguesia

Sem consenso sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a oposição recuou e decidiu aguardar novos fatos no cenário político para alinhar um discurso.

A reunião agendada para esta terça (25) foi adiada indefinidamente à espera do "momento adequado".

"Para respaldo ainda maior, é necessária a integração desses movimentos de rua que geraram novo e importante movimento, respaldado por juristas de renome, que podem dizer da substância jurídica desse pedido de impeachment. Envolve aspectos jurídicos e políticos. Temos que aguardar o momento adequado", disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho.

Fonte: Brasil 247, 25/08/2015

Yossef confirma que Aécio recebeu dinheiro de Furnas

Mas não tem problema, ele é do PSDB

O doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça (25), durante depoimento na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas: "Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele", disse o doleiro.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que Aécio seja investigado por ter sido citado por Youssef. Em seu discurso, Pimenta ironizou a atuação do PSDB e do DEM. Ele disse que a atuação da oposição é para que só “meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI. “É curioso porque há um esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá", disse.

Fonte: Brasil 247, 25/08/2015

Doleiro acusa deputado de intimidação em CPI


Acusação foi contra Celso Pansera (PMDB-RJ), autor de requerimentos de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da ex-mulher e de duas filhas de Alberto Youssef. 

Ao responder pergunta do deputado JHC (SD-AL) nesta terça-feira, o doleiro admitiu que estava sendo intimidado por meio de um integrante da comissão. "Ele está aqui?", quis saber o deputado. 

"Está aqui e não está aqui para investigar, mas para fazer intimidações, o que é triste porque eu sou um colaborador e estou aqui para dizer a verdade", disse Youssef. 

O doleiro não apontou o suposto autor de ações de intimidação, mas foi interrompido por Pansera, que quis saber quem era. "É o senhor", respondeu.

Madeira Limpa: 21 são presos em 3 estados em operação para combater desmatamento ilegal

Entre os presos, servidores públicos das três esferas de governo e madeireiros, todos suspeitos de coagirem assentados para retirar madeira ilegal em terras públicas

A Operação Madeira Limpa cumpriu hoje no Pará, Amazonas e Santa Catarina 21 mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha de comércio ilegal de madeira. A investigação é do Ministério Público Federal e da Polícia Federal e as prisões e buscas foram autorizadas pela Justiça Federal. Foram presos madeireiros e servidores públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e da Secretaria de Meio Ambiente do Município de Óbidos.

Apenas dois mandados não foram cumpridos e dois madeireiros são considerados foragidos. Além das prisões, foram apreendidos carros de luxo, jet skis, documentos e computadores que serão analisados na continuidade das investigações. A quadrilha agia em núcleos coordenados: os que atuavam no Incra coagiam trabalhadores rurais a aceitarem a exploração ilegal de madeira dos assentamentos do oeste paraense em troca da manutenção de direitos básicos, como o acesso a créditos e a programas sociais. Os demais asseguravam as derrubadas ilegais e a circulação da madeira no mercado por meio de papéis esquentados.

O grupo é acusado de coação, receptação qualificada de madeira, subtração de bem público, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, falsidade ideológica, estelionato, crimes ambientais. O prejuízo mínimo estimado ao patrimônio público é de R$ 31,5 milhões. Os servidores federais presos são Francisco Elias Cardoso do Ó, João Batista, José Maurício e Álvaro Pimentel, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, em Belém e Adriano Minello e Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, do Incra. Bacelar era o superintendente do órgão em Santarém e o MPF pediu o afastamento de todos os funcionários públicos envolvidos no esquema.

Crimes – Os investigados são suspeitos de formarem grupo organizado, estruturalmente definido e com divisão de tarefas, voltado à práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, uso de documento falso, crimes contra a flora e crimes contra a administração ambiental.

Segundo as investigações do MPF, iniciadas em 2014, o grupo atuava em três frentes interligadas: um núcleo intermediador e empresarial, um núcleo operacional centralizado no Incra e um núcleo relacionado às fraudes em órgãos ambientais.

Enquanto o primeiro núcleo concentrava os negociantes de créditos florestais fictícios (esses negociantes são conhecidos como “papeleiros”) e empresas que recebiam a madeira extraída ilegalmente, o segundo núcleo atuava diretamente com o desmatamento, sob a permissão de servidores do Incra, e o terceiro núcleo era responsável pela mercantilização de informações privilegiadas sobre fiscalizações realizadas por órgãos ambientais e pela liberação irregular de empresas com pendências nessas instituições.

O MPF qualificou como “cruel” o modo de atuação do núcleo concentrado no Incra. “O grupo investigado transformou a SR30 (superintendência do Incra que abrange o oeste paraense) em um grande balcão de negócios, fazendo uso da instituição pública, e no exercício funcional, para viabilizar a extração ilegal de madeira em áreas de assentados. Muitas vezes, a prática criminosa é realizada sob submissão dos colonos à precária situação em que são colocados. Precisam barganhar direitos que lhes são devidos em troca da madeira clandestina”, registra petição do MPF à Justiça Federal.

Assessoria de Comunicação/Ministério Público Federal no Pará, 25/08/2015

Aécio se manifesta sobre Cunha: "Não interfiro"

Ele está dando uma de Pôncio Pilatos

Em sua primeira declaração desde a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), senador diz que posicionamento da bancada do PSDB é de que "as acusações são graves e devem ser respondidas".

Questionado se concordava com o afastamento do deputado da presidência da Casa, porém, declarou: "é uma questão interna da Câmara na qual eu não interfiro".

Quanto à presidente Dilma Rousseff, contra a qual não há denúncias nem elementos que apontam seu envolvimento na Lava Jato, Aécio pede renúncia ou tenta forçar sua saída pelo impeachment.

Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda durante o governo José Sarney, Luiz Carlos Bresser-Pereira, escreveu que o PSDB quer derrubar uma presidente honesta aliando-se a um corrupto.

Abilio Diniz diz que a crise é política que econômica



Durante congresso sobre gerenciamento de crise para empresários do setor de varejo, o empresário Abilio Diniz, presidente da Brasil Foods, afirmou nesta terça-feira, 25, que o cenário econômico brasileiro não é o pior já enfrentado na história do País e nem o Brasil está sozinho na crise.

Abílio foi enfático ao dizer que a crise é "fundamentalmente política, muito mais do que econômica", e pediu a "união" dos brasileiros.

"A hora em que superarmos a crise política através de união dos brasileiros, vamos superar crise com certeza".